N/A: Eu não sei pra que eu coloco notas no começo , isso é realmente desnecessário, já que posso falar tudo no final do capítulo... mas quem se importa com isso? É só pra dar "oi" pra vocês mesmo. E ah, sim, agradecer pelos comentários, obrigada aí Nina!
Histórias Passadas
Senhores, faço uma aposta,
De que ninguém desmente;
Em geral a gente gosta,
De quem não gosta da gente.
Desconhecido.
Harry observou o professor entrar rapidamente na sala cheia de agitados alunos, fazendo sua capa verde-esmeralda esvoaçar. Ele depositou uma pilha de livros em sua mesa, enquanto os cochichos aumentavam.
- Bom dia. – Disse Odoy lançando um olhar rápido para todos. – Sou o Prof. Odoy, de defesa contra as artes das trevas, como os senhores já devem saber.
Deu a volta em sua cadeira, acompanhado pelos olhares de todos, abriu uma pequena gaveta na mesa do professor, e pegou alguns pergaminhos dali.
- Sabemos que a Professora Delacour sofreu um pequeno acidente, e está temporariamente incapacitada de dar aulas para os senhores... – Ele falava lentamente, ao mesmo tempo lia um dos pergaminhos. – E como o prof. Snape não pode cumprir duas cargas horárias... Apesar de sua grande vontade de fazer isso. – Riu para si mesmo enquanto virava um pergaminho de cabeça para baixo.
- Vamos continuar a matéria vista? – Perguntou Hermione de imediato.
- Sim... – Disse ele após pensar um pouco. Largou os outros pergaminhos, ficando com um só na mão. – Aqui estão as anotações de Delacour, vejamos... – Ele começou a ler vagarosamente em voz alta. - Turno da tarde, Grifinória e Sonserina... – Olhou para os alunos, confirmando as anotações ao ver o mar de uniformes vermelhos e verdes. – Introdução e esplanada superficial do conteúdo de vampiros.
Os alunos o observavam com atenção, ele não parecia se importar muito com isso. Desenrolou mais um pouco o pergaminho, distraidamente.
- Anotação profissional: - Ele abriu um sorriso. – Se a turma não for dedicada o bastante, não vencerá o conteúdo. Anotação pessoal: Permito dizer que a Srta. Umbridge foi completamente inútil no quesito "ensinar". – Ele olhou para os alunos. – Espero que agora compreendam por que as aulas vão ser desgastantes, conto com a coragem dos grifinórios que estão aqui, e com a ambição dos sonserinos. Encarem como um desafio, caso contrário, ficarão aqui para contar a história.
Harry olhou para Rony que retribuiu com um gesto de "Que coisa agradável para se falar na primeira aula".
- Onde os senhores param nos vampiros? – Perguntou ele após a chamada, Hermione levantou a mão.
- Deveríamos ter lido uma parte do capítulo, como lição extraclasse. – Disse ela feliz por ser útil.
- Um pouco vago, mas vou tentar continuar mais ou menos onde par... – Sua voz foi baixando devagar, até se tornar inaudível, ele fixou o olhar do lado sonserino da classe. – Srta. Delacour?
Ela estava sentada ao lado de Draco Malfoy, agarrada ao braço do loiro que parecia levemente perturbado com a situação, já que Parkinson estava com uma cara muito amarrada e o olhar raivoso sobre Fleur.
- Ela tem que vir comigo às aulas. – Disse Draco arrastando a voz, fazendo o professor voltar do choque. – Faz parte do tratamento.
- Sim... Falaram-me sobre isso... O senhor é o guardião dela? – Falou Odoy se aproximando cuidadosamente.
- Sim senhor.
- Ela tem uma certa afeição exagerada por Malfoy. – Grunhiu Pansy sem tirar os olhos da garota.
- Como está? - Perguntou o professor. – Ela pode falar?
- Acho que sim. – murmurou Draco. – Ela tem medo de todos.
- Fale com ela. – ordenou Odoy. – Quero ver se está bem.
Malfoy paralisou por um momento, estava recebendo uma ordem direta de um professor, decididamente não gostava daquilo.
- O que está esperando? – perguntou o professor olhando para ele.
- Um momento. – resmungou Draco quase fazendo uma careta. – Fleur, Fleur...
Ela abriu os olhos devagar, espiou as pessoas ao redor dela, passando os seus olhos azuis por toda a sala, uma expressão de medo assustadora tomou conta de suas feições quando viu o professor tão perto. Porém, quando avistou Malfoy novamente, deu um suspiro aliviado.
- Fleur, onde paramos com o conteúdo? – Perguntou Draco suavemente.
- Eu ia começar os... – Começou Fleur em um tom distante. – Não lembro...
- Ela não lembra? – perguntou o professor extasiado.
- Não, ela acabou de dizer isso. – Falou Draco em um tom maldosamente irônico.
Odoy voltou devagar ao seu lugar perto da mesa grande do professor, virou-se para a turma.
- Então vou começar um novo capitulo. – Disse ele placidamente.
Iniciou-se, então, uma explicação sobre um tipo de feitiço, que prometia ser tão longa e tediosa quanto as aulas de poções, até que ele parou ou abruptamente de falar, fazendo alguns alunos acordarem, seus olhos estavam distantes, pensativos, começou a procurar alguma coisa rapidamente nos bolsos.
- Mudei de idéia, eu tenho uma pequena surpresa para todos vocês. – continuou ele mexendo em todos os sues intermináveis bolsos.
- O que ele vai fazer? – perguntou Harry para Rony, que acabava de despertar.
- Sei lá... – resmungou o amigo esfregando os olhos. - Espero que seja muito bom, por que o meu sono estava ótimo.
- Devo algumas explicações, mas vamos deixar esse capítulo terrível sobre feitiços para depois, a minha licença acaba hoje...
- Licença? – perguntou Neville temeroso. – Licença pra quê?
- Para ficar com isso. – disse ele puxando um relógio de bolso para fora da capa.
- Um relógio... – resmungou Draco irônico. – Que objeto mais...Intrigante.
- Não é um relógio. – explicou o professor ofendido. – Só se parece com um.
- O que é então? – pediu Harry observando objeto.
- Por um acaso, os senhores já estudaram os vira-tempos? – ele olhou bem para a turma, procurando uma resposta.
- Era matéria do final do ano passado. – Esclareceu Dino Thomas.
- Então creio que muita gente não faz nem idéia do que é... – murmurou o professor olhando para o teto, depois poliu um pouco o relógio e falou rapidamente para a turma. – Vira-Tempo é um objeto em forma de ampulheta que é capaz de levar pessoas ao passado, horas ou dias atrás. Mexer com o tempo é uma tarefa muito difícil, por isso, todos os vira-tempos foram capturados e encontram-se no ministério da magia, em um lugar muito seguro. São usados somente em causas muito nobres. – ele ergueu o relógio, para que ficasse a vista de todos.
Era prateado, como um relógio de bolso, tinha ponteiros, atrás desses, onde deveriam estar os números, havia um grande redemoinho branco e preto.
– Esse é um Relógio de Aspin, chamado assim, pois Carl Aspin o inventou, infelizmente ele morreu por loucura há cinqüenta anos atrás, mas... Voltando à invenção do homem, tem a mesma função que o vira-tempo, sendo considerados primos, porém o relógio é mais potente, faz com que se voltem anos, décadas...
- Se o vira-tempo é tão protegido como o senhor diz, os relógios devem ser mais, pelo grande poder que eles tem. – disse Hermione desafiadoramente – Como o senhor conseguiu um?
- Tinha alguns problemas de suma importância para resolver. – disse o professor um pouco desconfortável.
- O senhor poderia me emprestar? – pediu Goyle abobalhado. – Eu acho que fui mal na prova de transfiguração, talvez se eu voltar possa melhorar a minha n...
- Não! – interrompeu Odoy. – É preciso prática e cuidado para se mexer com isso. – ele deu um suspiro cansado. – Se não colaborarem vou continuar com a explicação dos feitiços...
- Não! – gritaram sob a ameaça.
- Por que será que isso sempre funciona? – perguntou ele intrigado. – Mas, tudo bem, eu sei que esse conteúdo deveria ser ensinado mais adiante, porém, vamos aprender agora, e na prática.
Rony pulou na cadeira.
- Vamos voltar ao passado?
- Sim senhor Weasley, todos nós viajaremos no tempo. – ele deu um sorriso sonhador. – Para a maior Copa de Quadribol de Hogwarts... Que eu infelizmente não pude assistir naquele tempo.
- Vamos correr perigos, voltando no tempo só para que o senhor veja um jogo de quadribol? – Perguntou Pansy incrédula.
- Sim, Sonserina contra Grifinória, o jogo do século. – Continuou ele sonhador, lembrando levemente Luna Lovegood. Voltou à realidade – Algum problema?
- Não. – Murmurou Parkinson sarcástica. – Nenhum problema.
- Então estabelecerei algumas regras : Nada de falar com as pessoas, não fiquem conversando com ninguém, mas não sejam mal educados, não chamem atenção, não saiam escondidos, não ousem se distanciar dos grupos, não digam a nenhum aluno " acho que você é meu pai" apesar dele ser realmente o seu pai, mas nenhum de você nasceu nessa época, eles têm uns quinze anos e não pensam em ter filhos, não montem barracas dizendo que sabem do futuro em uma tentativa besta de arrecadar dinheiro, não vendam nada e o mais importante – ele inspirou profundamente. – Não apartem brigas, não dêem opiniões sobre desgraças de qualquer tipo e não comecem umas amizades mais profundas com ninguém, resumindo... Fiquem quietos, no lugar de vocês!
Depois de ter dito todas as opções imagináveis e não imagináveis de desobedecer a ele, Odoy pediu para que todos fizessem um circulo.
- Muito bem, olhem aqui, no centro do relógio, estão todos vendo?
Um murmúrio de concordância dos alunos.
- Ótimo. – ele fez com que os ponteiros girassem rapidamente, em sentido anti-horário, o redemoinho branco e preto começou a girar. Harry começou a ficar um pouco tonto, logo não era só o redemoinho do relógio que girava, e sim tudo a sua volta, sentiu o chão se afastar e logo depois um baque.
Olhou em volta, estavam nos jardins de Hogwarts, mas tudo parecia tão estranhamente diferente, Harry não sabia o que era, estava tudo igual ao mesmo tempo.
- Esse babaca nos fez voar janela afora... – Reclamou Draco se levantando e puxando Delacour para que fizesse o mesmo.
- Vou tirar cinco pontos pela ofensa, Sr. Malfoy. – falou Ed se levantando também. – Voltamos ao tempo sim. – Ele tirou um frasquinho cheio de um liquido verde, de um de seus bolsos e bebeu. Harry viu, impressionado, o professor voltar a ter aproximadamente dezesseis anos de idade. – Agora, só mais umas coisinhas que eu esqueci de dizer. – A voz era um pouco diferente. – Os uniformes são diferentes dos seus, então vou fazer algumas pequenas mudanças.
Com um feitiço, as roupas de todos se transformaram, Harry apalpou a grande capa vermelha, de um tecido muito macio que vestia, presa a ele por meio de um cordão dourado, avaliou atentamente a calça preta , uma simples camisa branca um blusão fofo, e particularmente quente, com a bandeira da Grifinória no canto direito. Hermione soltou uma exclamação de admiração ao ver suas roupas, parecidas com a dos garotos, a não ser pela saia, mas longa que a habitual, e as belas meias coloridas, que a encantaram, além dos sapatos com um salto baixo.
- Nesta época, cada casa de Hogwarts tinha uma torcida organizada. – informou o professor que agora parecia mais um aluno no meio deles, vestia-se como um corvinal. – Então não estranhem se virem algumas pessoas no campo, que não são os jogadores. Separarei os senhores em grupos, juntem-se com quem tiver o sobrenome terminado com a mesma letra que acaba o de vocês, rápido. Vamos, vamos, podem ir vocês seis. – Falou ele empurrando um grupo para frente. – Rápido, Wesley, Malfoy, termina com y, fiquem aí, mais alguém com a letra y? R, Granger e Potter, se juntem com o Weasley e o Malfoy.
- Com o Malfoy? – Repetiu Hermione indignada.
- Sim, e levem Parkinson e Finnigan junto. – Disse ele os impelindo a caminhar.
Obviamente não foi possível separar Delacour de Malfoy, por isso, eles eram o único grupo de sete pessoas. Odoy pediu que exatos cinco minutos após o jogo estivessem todos naquele mesmo lugar para que pudessem voltar ao tempo normal sem maiores problemas.
Andaram quase juntos até o campo, quando começaram a ver grifinórios com os mesmos uniformes estranhos, Harry abriu um largo sorriso, nunca esqueceria do gesto do professor, no Ministério não pôde ver seus pais pelo espelho de Ojesed, agora os veria pessoalmente, mesmo que nenhum soubesse o que os aguardava no futuro.
- Vamos ficar um pouco mais afastados. – Resmungou Pansy se aproximando de Draco. – Não seriamos nada convincentes, grifinórios e sonserinos andando juntos.
- Não nos separaremos. – Decretou Hermione calma. – Mantenham-se perto.
- Seremos apedrejados por andar com essa gente ruim. – Murmurou Malfoy impacientemente.
Harry virou-se para ele, com o intuito de xingá-lo, mas foi então que realmente notou o que o sonserino estava vestindo. Uma capa verde musgo, aparentemente do mesmo tecido que a sua, mas um pouco mais longa, a calça inteiramente preta, os sapatos impecavelmente lustros, uma espécie de colete verde escuro, com muitos adornos, e a particularmente chamativa corrente de prata de prendia sua capa, a bandeira da casa ao lado esquerdo do peito.
- Poderia ir a uma festa de Hallowing deste jeito. – Disse Harry fazendo Fleur amarrar a cara.
- Você diz isso só por que nossas roupas são melhores! – Interveio Parkinson mimosamente, ela até ficava bonita no novo uniforme, que basicamente tinha um toque mais feminino, mas ainda sim era muito exagerado.
- Quem é que vai ganhar esse jogo? – Perguntou Rony que aparentemente não estava prestando atenção na conversa.
- Não sei que copa é esta. – Comentou Simas. – E saber quem vai ganhar no final faz com que o jogo perca parte da emoção.
Eles caminharam mais um pouco, a cada passo o número de alunos aumentava, estavam todos agitados com o jogo, porém, eram mais organizados que os alunos do "futuro" sendo que foi relativamente fácil entrar no campo. Com uma certa surpresa, descobriram que não haviam arquibancadas separadas para cada casa, ao contrário, havia uma só uma arquibancada, grande o bastante para todos, que rodeava o campo inteiro.
- Certo, agora nos separamos. – falou Draco dando o primeiro passo para longe deles.
- Não! – umas três garotas olharam abismadas para Hermione. – Você está louco? – ela sussurrou dando um grande sorriso para as garotas corvinais que ainda a olhavam. – Vamos acabar nos perdendo, - falou entre os dentes segurando o braço dele. – O professor não nos deixou em grupos por acaso.
- O que sabe você das razões daquele professor idiota. – resmungou ele puxando o seu braço. – Não vou sair por aí com uma trouxa do lado.
- Ninguém vai precisar saber que Hermione não é sangue-puro, - murmurou Rony para Malfoy cuidadosamente. – Se você não contar.
Ele olhou para os dois, observou Harry totalmente indiferente à discussão e estreitou os seus olhos azuis acinzentados.
- Eu sei que Granger não é sangue-puro, e isso já basta para querer mantê-la longe.
- Oh, céus, por que diabos estamos tentando convencer o Malfoy de algo? – resmungou Mione sacando a sua varinha sob o olhar assustado do loiro, e conjugando um feitiço rápido no pulso dela.
Harry sentiu que alguma coisa se agarrara ao seu braço, embora não conseguisse ver nada, foi puxado para perto de Hermione, Rony e Malfoy, exatamente o mesmo aconteceu com Finnigan, só que ele soltou um berro pedindo socorro, o que realmente chamou a atenção de muitas pessoas que estavam tentando encontrar bons lugares para assistir a partida.
- Cale a boca Finnigan! – xingou Pansy que também fora puxada para perto deles. – Vais acabar arruinando tudo! – ela voltou-se enfezada para Hermione. – E, Granger, trate de tirar essa porcaria de feitiço do meu pulso, eu não quero ficar presa a você!
- Acalmem-se... – pediu Hermione pacientemente. – É um simples feitiço de união... Assim, estarão todos presos a mim, e não criarão confusões.
- Era só o que me faltava. – resmungou Malfoy enquanto era puxado para que começasse a subir as escadas da arquibancada. – Preso à Granger... Potter, Weasley e Finnigan!
- Espero que ela saiba mesmo como reverter isso depois. – resmungou Parkinson desistindo de desgrudar Delacour de Malfoy, e indo para o lado esquerdo dele.
Só conseguiram lugares depois de mais alguns degraus, ficaram dispostos os sonserinos em uma extremidade, e os grifinórios em outra, tiveram que se amontoar por causa do feitiço, Simas ficou no meio, para evitar brigas entre Malfoy e Harry ou Rony.
- Bom dia! – uma voz feminina, porém forte invadiu o campo. – Sou Sabrin Strunver, e vou narrar para todos os senhores esta partida! Refrescarei a memória dos torcedores mais distraídos: Depois de uma memorável partida contra a Lufa-Lufa, a Grifinória se classificou para as finais, congratulações ao Sr. Potter, o amado apanhador que garantiu a vitória do time. Em um verdadeiro espetáculo, que lavou a lama dos sonserinos, a casa foi classificada com o incrível placar de 350X100, sinceros parabéns ao Sr. Malfoy, ovacionado artilheiro sonserino que mais uma vez nos impressionou com sua habilidade ao fazer onze dos vinte gols.
- Ele fez cento e dez pontos? – perguntou Pansy incrédula para Draco. – O seu pai era um ótimo artilheiro... Por que nunca me falou sobre isso?
- Eu... – ele mantinha os olhos parados, a boca levemente aberta. Sem aviso pareceu voltar à realidade. – Não sabia! Aquele cretino não me contou que era um artilheiro de sucesso!
Pansy o encarou levemente assustada com a reação que tivera, decidiu deixá-lo sozinho com sua indignação e procurar pessoas conhecidas, com os olhos, pelas arquibancadas mais próximas.
- E lá está a torcida oficial da Grifinória! – gritou a comentarista empolgada.
Um bando de grifinórios invadiu o campo, em uma alegria contagiante, envoltos por faíscas douradas e vermelhas. Cantavam alguma coisa não muito inteligível no meio de toda aquela bagunça de cores, pulos e gritos. Saltitaram até o meio do campo, rindo descontroladamente, fizeram um verdadeiro espetáculo de fogos coloridos que saiam das varinhas, bombas que gritavam " Grifinória!" incessantemente, mas o final, com certeza, foi o melhor: uma grande bandeira da casa feita por alguma coisa muito brilhante, tomou conta do chão do campo, os leões rugiram e saíram da figura para se tornarem reais, correr fazendo um grande estardalhaço, e explodir em confetes coloridos que voaram pelo ar.
Por uma razão muito estranha, como um vírus que se propaga rápido demais para ser contido, as risadas tomaram conta do campo, Harry não sabia o porquê, mas também queria rir junto com eles. Obviamente os únicos que permaneceram calados foram os sonserinos, mal encarados, porém com um brilho estranho no olhar, como se aguardasse a vingança.
- Como sempre essa casa nos surpreende! – Interrompeu a comentarista. – Passo a palavra para uma representante da torcida, que vai, como sempre, nos deixar uma mensagem depois de toda essa apresentação.
- Hum... Decidimos que desta vez, - uma garota magra de voz calma silenciou o lugar. – nossa pequena homenagem vai para o time inteiro, obvio, porém, mais especialmente para Tiago Potter, que no começo do ano retrasado deixou de ser artilheiro do time, e com nosso incentivo, passou a ser apanhador, nos proporcionando grandes festas! – uma salva de palmas. – Obrigada!
- Muito bem, obrigada pela declaração! Então que entre a torcida oficial da Sonserina.
Eles estranharam quando, ao contrário da outra torcida, entraram somente três garotas, lideradas por uma loira, que andava a alguns passos à frente, ela aproximou a varinha da boca, ergueu seus brilhantes olhos azuis.
- O nosso verdadeiro espetáculo. – A voz doce se propagou palas arquibancadas silenciosas. – Está nos jogadores, e no que eles fazem. Surpreendam-se! Verão do que somos capazes.
- É, bela declaração... A Sonserina é uma caixinha de surpresas. – A comentarista quebrou o silencio. – Pode ser uma caixinha com cobras perigosas mas...
- Srta Strunver! – Uma voz conhecida ecoou pelo campo. – Pare imediatamente de fazer insinuações! – Harry olhou com mais atenção, e notou que Mcgonagall estava ao lado da garota, aparentemente mais nova.
- Claro queridíssima professora, agora vamos anunciar os times!
Saiu do vestiário um grupo de alunos com vassouras, Harry os reconheceu, um a um, mas foram os últimos que fizeram o seu coração saltar, era o seu pai. Ele sentiu vontade de se atirar de lá e ir abraçá-lo, de berrar que estava ali...Sirius, sorrindo para todas as garotas próximas, e para sua surpresa, elas realmente retribuíam.
- Harry. – Sussurrou Rony percebendo a reação dele. – Acalme-se, cara, calma... Lembre-se do que o professor falou.
- Não interessa o que ele falou. – Murmurou Harry com os olhos fixos no campo.
- Se interferir, pode ser que mude alguma coisa, e quem sabe quando voltarmos, você não vai nem existir? – balbuciou o Weasley nervoso segurando o pulso de Harry. – É preciso cautela.
- WEASLEY, JOHNSON...
- Mas esta deve ser última vez que vou vê-los... – Disse ele em um lamento.
- KESNVAN, THOMAS...
- Eu sei, mas existem coisas nas quais não devemos mexer...
- HUNFRY, MILARY...
- Para o nosso próprio bem – finalizou ele apertando o pulso de Harry para que o olhasse.
- BLACK E POTTER!
- Nunca. – completou firme.
Harry desviou o olhar, voltando a observar o antigo time grifinório acenar alegremente para torcia, para ele...
- E o esperado time da Sonserina! LESTRANGE, ZABINI, BLACK, BULSTROLE, WIGAN, LINVER E MALFOY!
Harry desviou um momento o olhar de seu pai e deslumbrou o time da Sonserina, um retrato de muitos conhecidos desconhecidos. A inconfundível Belatriz, ainda Black, despertava ódio no coração de Harry, mas era confuso, pois Sirius estava logo ali ao lado... Tão confuso quanto isso, era ver um retrato perfeito de Draco ao lado dela, o cabelo mais longo, uma franja muito estranha que cobria parte do seu olho esquerdo, o olhar permanecia sério, observando cada movimento dos oponentes. Porém, quando ouviu todo e qualquer ser vestido de prata e verde gritar o seu nome, ele desenhou um sorrisinho convencido, ergueu a mão como um rei, e gritou juntamente com a multidão, ao que a torcida da Grifinória começou um berreiro que abafou o nome do sonserino com milhares de vivas à Grifinória, Potter e Black.
- Isso mesmo! Este promete ser maior jogo do século justamente por ter os melhores jogadores de suas casas! – Ela acenou alegremente para Arthur Weasley. – Apesar de já terem se formado, Malfoy e Lestrange voltam ao time depois de milhões de pedidos muito insistentes da Sonserina! O direito de ter dois jogador já formado foi aproveitado pelos grifinórios, que chamaram Weasley de volta! – A torcida vibrou. – O antigo goleiro grifinório está de volta! E só ele é páreo para o antigo artilheiro sonserino! – Ela levantou a mão animando a platéia. - Se algum jogador deseja falar alguma coisa. – A comentarista estava quase pulando. – É a última chance, por que agora vai começar a partida no ano!
Os jogadores se entreolharam, Lestrange, deu os ombros em total desinteresse, era quase igual ao homem da penseira, mas agora tinha um olhar quase vitorioso, Wigan, uma garota que parecia muito impaciente acenou pelo time inteiro que ninguém tinha nenhuma declaração a fazer.
Arthur Weasley, visivelmente o mais velho de todos do time grifinório, que estava realmente muito estranho com cabelos cobrindo a cabeça, sussurrou alguma coisa para Thomas que deu uma risada e murmurou algo para Black, que cochichou para Potter, que o olhou estranhamente e depois levantou a mão, sinalizando para a comentarista.
Zabini revirou os seus olhos azuis escuros resmungando para que começassem logo o maldito jogo, ao que Tiago começou a falar.
- Ok, vocês venceram... – Ele olhou para a torcida da Grifinória. – Se excederam esse ano, e eu sei que foi só por que me homenagearam. – Completou ele brincalhão. – Sabem, tem mais uma coisa, que Sirius fez o favor de me lembrar: já que estamos no final do ano e o baile de encerramento se aproxima, mesmo que eu não seja do último ano, todos sabemos que os alunos mais novos do quinto ano em diante podem ir. – Ele deixou a platéia fazer um " huummm" muito malicioso. – E uma certa pessoa está se negando a ser meu par, acho que vou ter que pedir de novo. – Uma boa porcentagem da torcida feminina fez um "ah..." em lamento. – Acalmem-se, depois eu vou contar um segredinho para vocês, continuando, Srta. Evans, queira fazer a gentileza vir comigo? Ah... Vamos!Final de ano!
Uma das garotas da torcida foi empurrada para o campo, uma certa ruivinha de olhos verdes, muito envergonhada, que Harry reconheceu imediatamente.
- Se o senhor for mais gentil com todos. – Resmungou ela. – Eu vou!
Mas ele e o resto do time pareceu ouvir só a parte do " eu vou" e saltaram em vivas e gritos.
- Só mais uma coisa! – Pediu Tiago. – O Sr. Sirius Black ainda não tem um par!
A platéia feminina foi ao delírio, Sirius tentou negar, mas não foi ouvido, já que o juiz começava a entrar no campo, e apesar da algazarra, ele deixou o pomo voar, jogou a goles para cima, e apitou o inicio de jogo.
N/A: Bem, eu sei que nenhum professor em sã consciência levaria os alunos ao passado para ver um jogo de quadribol, mas convenhamos que isto é muito mais divertido do que uma explicação sobre feitiços... e não contem que tudo vai sair como o planejado neste "passeio"
