N/A: Então, como sempre, obrigada a Nina...por tudo mesmo. O que dizer, eu me atrasei um pouco na promessa de postar de dez em dez dias...mas pessoas, foi uma semana tão cheia de coisas pra fazer que nem deu tempo de lembrar disso ou ligar o computador. Obrigada pelas reviews!
Casinha na Floresta
"Posso resistir a tudo, menos às tentações" ·
Oscar Wilde
- GRIFINÓRIA!
- Zabini pega a goles, passa para Lestrange... Sirius Black intercepta, passa para Johnson, Lestrange intercepta, passa para Malfoy, ah...
- VAI!VAI!
- Ponto para a Sonserina!
Rony cruzou os braços, zangado, lançou um olhar mortífero para Draco que sorria para Pansy e Fleur, resmungou alguma coisa inaudível e bufou.
- Logo vamos melhorar. – Ffalou Hermione observando Lúcio Malfoy acenar para a torcida sonserina.
- Temos o meu pai. – continuou Harry, ele olhava fixamente para Tiago, que estava em um ponto mais alto do campo, observando o jogo cuidadosamente.
Belatriz se aproximou vagarosamente do apanhador grifinório, enquanto observava o campo.
- Apreciando a vista? – Comentou ela se referindo à torcida de sua casa.
- No momento estou tentando achar o pomo. – ironizou ele. – Como um apanhador deve fazer.
- Eu não preciso achá-lo. – retrucou ela.
- Claro que não, - continuou olhando para o chão. – Quando eu achá-lo para você, me seguirá, como sempre faz...
- Eu poderia lhe dar um tapa por isso. – falou Black com simplicidade.
- E por que não dá?
Ela deu um sorriso malicioso, e observou Weasley defender uma goles de Lestrange.
- Marcariam falta contra mim, seu idiota.
- Afinal de contas. – resmungou ele desistindo de insultá-la de volta. – Para que veio aqui me atazanar?
- Estou tentando conhecê-lo.
- Eu? – ele ergueu as sobrancelhas presunçosamente. – Não sabia que era o seu tipo.
- Ora, desinfle este peito. – ela fez uma careta. – Estou tentando ver o que Sirius viu em você, que o encantou a ponto de trair a família.
- Estás tentando me distrair. – retrucou ele voltando a olhar para o campo.
- Vocês têm um caso?
- O que? – perguntou ele descrente, olhando para ela indignado. – É obvio que não!
- Hum, sim... – resmungou ela fixando o seu olhar em algum ponto acima do aro esquerdo da Sonserina. – Oh céus...
E no segundo seguinte havia disparado naquela mesma direção, deixando um Potter ainda indignado para trás, mas que logo correu para alcançá-la.
- Parece que acharam o pomo! – berrou a comentarista interrompendo a narração das jogadas dos artilheiros. – Black está alguns centímetros á frente, mas Potter já está alcançando-a...
- GRIFINÓRIA...
- Estão emparelhados...
- VAI!VAI!
Os dois mergulharam rapidamente, Harry podia ver, com pouca nitidez, a bolinha dourada alada na frente dos dois, satisfeita por ser muito difícil de alcançar. Tiago esticou a mão direita em uma tentativa de pegar o pomo, mas não conseguiu, já que este desviou rapidamente para a esquerda, e subiu velozmente, os dois apanhadores olharam para cima, instintivamente, e foram segados pelo sol.
Ainda estavam descendo vertiginosamente com as vassouras, perdendo o controle, Tiago caiu, milagrosamente, de pé no gramado do campo, mas Belatriz... Foi praticamente arremessada para o chão pela vassoura desgovernada, caiu com grande estrondo e quando tentava levantar, foi atingida pela própria vassoura, que a nocauteou.
- Uh! – fez a comentarista. – Essa deve ter doido na apanhadora e na alma dos sonserinos!
O juiz adentrou o campo correndo, ergueu a mão sinalizando alguma coisa, e apitou decretando tempo. No exato momento em que o apito do juiz soou, os balaços pararam no ar, assim como a goles, que no momento estava nas mãos de Sirius, que ficou muito zangado por não poder mais movimentá-la.
- Foi decretado tempo! – anunciou a comentarista. – Parece que o estado da apanhadora sonserina não é muito bom!
Os jogadores deixaram lentamente as suas posições, descendo para o campo, à medida que faziam isso seus nomes ficavam gravados no ar, em uma fumaça, no lugar onde estavam na última jogada.
- Será que ela está bem? – balbuciou Hermione.
- Tomara que não. – falou Harry se debruçando para ver melhor a situação.
- E se tiver morrido? – disse Fleur suavemente.
- É obvio que ela não morreu. – ralhou Draco. – Eu ainda vou conhecê-la no futuro...
Lúcio Malfoy andou até o local da queda vagarosamente, como se estivesse cansado demais para socorrer um componente do próprio time. O juiz estava tentando reanimá-la com uns feitiços muito estranhos.
- Levante-se Black. – ordenou o Malfoy rispidamente, ao que recebeu um olhar indignado do juiz.
- Ela está desacordada!
- É só manha, para chamar atenção. – resmungou o loiro afastando os cabelos dos olhos. – Ela costuma fazer isso. – Ele puxou Belatriz para que ela se levantasse, quando finalmente a pôs de pé, ela deu um pequeno sorriso abobado para ele e despencou, caindo no chão novamente.
- É melhor que se afaste Sr. Malfoy, deixe que eu cuido dela.
- Ela não tem nada! – protestou o sonserino.
- Afaste-se ou serei obrigado a expulsá-lo do jogo.
- O que? – gritou ele descrente.
- Vamos Malfoy. – a garota loira da torcida o puxou, para que se afastasse de Black. – Antes que lhe tirem do jogo, ou vai nos fazer sofrer a humilhação de perder para a Grifinória?
- Claro que não Narcisa. – falou ele mais suavemente que o normal. – Sua resposta ainda está de pé?
- Sim. – Ela concedeu a ele um sorriso malicioso e se afastou balançando suas belas madeixas loiras.
- Wow. – fez Simas se pondo de pé. – Quem é aquela mulher lá em baixo?
- É a minha mãe seu imbecil! – urrou Draco zangado quase se levantando também.
- Arre, não precisa ficar assim! – defendeu-se Simas. – Foi um elogio!
- Você cantou a minha mãe!
- Não... Bem, é... Mas que é bonita, é sim!
- Oras, cale-se! Seu atrevido!
- Eu ainda não acredito que voltamos ao passado. – disse Hermione totalmente alheia à discussão de Malfoy e Finnigan. – Para ver um jogo de quadribol!
- Você queria ir para onde? – retrucou Rony sacudindo freneticamente uma bandeirinha da Grifinória que um garoto da fileira de trás havia dado a ele. – Para o tempo do Dracúla?
- Seria mais educativo. – falou a garota fitando o Weasley. – Bem interessante.
- Não vá me dizer que você tem uma queda por assuntos que envolvem gente "má"! – Rony caiu na gargalhada, finalmente parando de sacudir a bandeira de sua casa.
- Pombas, fique quieto! – bradou Hermione envergonhada. – É claro que eu não tenho nenhuma queda por criaturas das trevas! Mas com certeza eles devem ser bem mais gentis do que você!
Foi à vez de Malfoy sorrir sarcasticamente, parando de discutir com Simas, Rony olhá-la indignado e Harry observá-la um pouco surpreso.
- Hei! – reclamou o Weasley vermelho. – Eu sou muito gentil com você.
- Ah, claro Ronald. – falou ela retorcendo o nariz ironicamente. – Você é decididamente a pessoa mais amável que eu já conheci na minha vida!
- Eu concordo plenamente com você. – respondeu ele sério, como se Hermione tivesse falado a verdade.
- Sinceramente! – gritou ela fazendo Harry dar um pulo. – Ás vezes até Malfoy é mais gentil que você!
Draco inclinou-se para frente, com o intuito de ver melhor Hermione, ele desenhou em sorriso mais do que presunçoso em seus lábios, o que decididamente deixou Rony mais furioso ainda.
- Ok, ok, gente.- falou Harry segurando Hermione para que ela não se levantasse e começasse a gritar mais alto. – Acalmem-se, o juiz vai apitar para que o tempo acabe, vamos ver o maldito jogo.
Belatriz levantou-se aparentemente muito zangada do chão, chutou sua vassoura, fazendo-a voar alguns metros, o juiz a repreendeu e apitou para que os jogadores se posicionassem onde estavam os seus nomes.
O jogo continuou acirrado, mas houve um ponto em que a sonserina inevitavelmente tomou a liderança nos pontos, apesar de Arthur ter defendido inúmeras bolas, e esta liderança se deveu surpreendentemente à torcida sonserina, foi então que Harry entendeu o sentido da frase que a comentarista havia dito antes do inicio do jogo, a torcida realmente guardou uma "surpresinha" para mais tarde.
Praticamente todos os jogadores, com exceção das garotas, pararam ao ouvir uma certa voz doce chamar lá do chão do campo, pertencente à estonteante irmãzinha da apanhadora sonserina. Ela acenou sorridente para todos, inclusive os grifinórios, ou poder-se-ia dizer, principalmente para os grifinórios...
- Hoje ela tira. – murmurou Johnson para Thomas, que segurava abobado o seu bastão de batedor.
- Ah, cara, você ainda não perdeu as esperanças? – pediu Tiago se juntando a eles.
Estranhamente o jogo parecia ter parado, os jogadores flutuavam, alguns ainda se mexiam.
- Nunca. – continuou Johnson.
- Ela tem um caráter horrível. – murmurou Sirius.
- Quem se interessa pelo caráter dela? – sussurrou Thomas rindo.
Lá de baixo a Srta. Narcisa ameaçava, cheia de olhares provocantes, levantar a saia e mostrar seus joelhos,ou algo mais. Se seu plano era desviar a atenção do jogo, ela estava obtendo quase máximo sucesso, ninguém poderia repreendê-la, afinal, só estava dando um "oi" inocente para os jogadores...Mexendo na saia, nada de mais... Obviamente eram as mentes sujas dos jogadores que estavam a imaginar outras coisas...
- Mamãe? – Draco tinha um tom de voz entre surpreso e desconsolado, como se não pudesse acreditar que aquela era, de fato, a sua mamãe.
Mas enquanto certos jogadores olhavam embasbacados para ela, Marguerite Milary voava velozmente com a pose da goles, sendo perseguida por Zabini, Lestrange, e um balaço aparentemente muito perigoso lançado por Bulstrole. Sentiu grande alivio ao ver um de seus colegas, Johnson, livre e imediatamente lançou a goles contra ele. Infelizmente, por um motivo desconhecido ele acabou por não ver a jogadora, nem a goles, nem o balaço...E foi atingido pelos dois últimos.
Malfoy se posicionava propositalmente alguns metros abaixo do grupo dos distraídos grifinórios, e fez outro ponto com extrema facilidade, já que não havia ninguém para impedi-lo.
- Ai! – gritou Johnson zangado. – Tome mais cuidado ao passar a goles, Milary!
- Era você quem estava olhando para o lado errado. – falou ele maliciosamente, fazendo-o enrubescer.
- Olhem! Black está atrás do pomo! – berrou a comentarista.
Tiago pulou assustado, e saiu, pela segunda vez, para a disputa do pomo.
- Não conte com a sorte! – avisou Belatriz
- Sorte? – Tiago fez uma cara de desentendido. – Não preciso de sorte em uma disputa com você.
Ela grunhiu e tentou dar um tapa nele, enquanto ainda voavam em direção ao pomo.
- Idiota de meia figa! – gritou ela antes de dar de cara em uma das balisas sonserinas.
- Acho que desse jogo tu não sobrevives. – Resmungou Linver, a goleira sonserina.
- POTTER PEGOU O POMO! – a comentarista se levantou do lugar, junto com todo o resto da torcida. – VITÓRIA GRIFINÓRIA!
Uma total algazarra tomou o campo, enquanto Tiago se exibia com o pomo, todo o resto do time estava pulando juntamente com a torcida, os berros baixaram de volume quando o grupo da torcida começava a cantar uma melodia.
É, parece que a Sonserina perdeu de novo!
Não só parece!Ela perdeu,
E merece levar ovo!
Mas vão jogar mal assim pra lá da floresta proibida!
Enquanto a gente comemora com muita dança e bebida!
Essa cobrinha não está com nada
Não mete medo nem na Trelawney,
Aquela mau amada!
- Hei! – protestou uma garota do último ano, com grandes óculos que aumentavam os seus olhos, o que realmente não fez nenhuma diferença quanto à força que a música era cantada.
Ainda se acham do direito de esnobar...
Mas é a Grifinória que faz só ganhar!
Um minuto de silêncio, e grandes risadas tomaram conta do campo, mas uma vozinha inimiga que se tornou muito forte soou para todos ouvirem:
Se a letra fosse boa até bateríamos palmas
Mas pelo amor de Merlin...
Tenham dó de suas almas!
- Isso está começando a ficar estranho... – murmurou Hermione. – Acho melhor irmos embora, o jogo já acabou.
Como se coragem fosse uma grande virtude
Astúcia tem algo mais de magnitude...
Em nenhum dia irão nos ultrapassar!
E sempre a Sonserina estará...
Em primeiro lugar!
- Por que ir embora? – Simas deu um grande sorriso. – Isso é muito mais divertido que os nossos jogos.
- Sucede que o jogo acabou há um considerável tempo. – justificou a garota impaciente. – E o professor falou que...
- Sim Granger. – resmungou Pansy parando de cantar enquanto os outros sonserinos continuavam. – Todos sabemos o que o professor disse, não somos idiotas, não precisa repetir para mostrar que gravou cada sílaba.
- Cala a boca Parkinson. – xingou Rony.
- Weasley sujo!
- Arre. – Resmungou Harry. – Parem com isso! Vamos embora mesmo, daqui a pouco eles vão rsem nós.
- Deixe de ser besta Potter. – Malfoy levantou-se acompanhado das sonserinas. – Ele não vai ousar me deixar aqui.
Harry ignorou o comentário convicto de Draco, e seguiu Hermione saindo das arquibancadas, como ainda estavam presos pelo feitiço de Mione, todos foram puxados, e, por tanto, obrigados a seguí-la.
- Vamos ficar mais um pouco! – pediu Simas vendo a comemoração da sua casa.
- Viemos ver o jogo! Isso não inclui festas pós-vitórias. – reclamou a garota enquanto saiam do campo, alcançando os jardins.
- Hei Malfoy! – gritou uma voz estranhamente familiar. – Como é que veio parar aqui?
Eles observaram o garoto alto, de cabelos negros ensebados se aproximar vagarosamente.
- Eu... Hem... – Balbuciou Draco perplexo. – Vim correndo.
Ele encarou Malfoy, olhou para o campo, olhou para Malfoy novamente...
- Eu acho que isso é humanamente impossível. – Arqueou a sobrancelha, observou a reação nervosa de Draco. – Você está muito estranho...Parece diferente
- É... Por causa da derrota. – murmurou ele olhando para os lados, com medo que o verdadeiro Lúcio Malfoy aparecesse.
- Afinal, o que diabos fez com o seu cabelo? – perguntou ele ao ver que o Malfoy não tinha as habituais madeixas longas. – Está horrível!
- Hei! – protestou Draco olhando-o ofendido. – Está muito bom desse jeito!
- Como é que você pôde cortar? Pensei que gostasse de...
- É um feitiço. – resmungou Malfoy o interrompendo. – Você é o Snape, não é?
- Sou, decididamente não está bem, conversou comigo todos os dias na sala comunal, quando veio treinar na véspera do jogo... E por que está andando com grifinórios? Você enlouqueceu? – gritou ele ao notar a presença de Harry Rony Hermione e Finnigan.
- Nós estávamos discutindo até que alguém apareceu! – reclamou Draco afastando um pouco Fleur.
- Reze então. – falou Severo irônico. – Black está vindo e não vai gostar nada disso... – Ele indicou, com, seu nariz já excessivamente grande, Pansy e Fleur.
Eles espicharam os pescoços, e avistaram ao longe uma garota loira andando descontraída pelos gramados, ainda não havia os visto.
- Era só o que me faltava. – murmurou Hermione puxando todos para que se escondessem em algum lugar, deixando um Snape muito confuso para trás.
- Por que estamos fugindo da mãe do Malfoy? – perguntou Harry indignado enquanto era forçado a correr desesperadamente para a Floresta Proibida.
- Já interferimos o bastante! – gritou Hermione adentrando na floresta com incrível velocidade. – Conseqüências catastróficas vão ter nossos atos se provocarmos a briga de um casal!
- Vamos voltar! – disse Rony sorrindo ofegante, enquanto corriam, o que pareciam ser voltas. – Se aqueles dois não casarem não vão ter um filho!
- Cala a aboca Weasley! – Pansy deu um murro nele, zangada. – Tem gente ali!
Entre as folhagens era possível ver algumas pessoas andando, entre passos pesados e algumas risadinhas, era possível ouvir vozes.
- Eu não acredito que fez isso.
- Claro que fiz, vai ser de muita utilidade... mesmo que eu não esteja mais na escola...
- Outro esconderijo nunca é demais.
- Ainda mais fora do castelo...Cara, eu não acredito que perdemos para os grifinórios.
As vozes iam se afastando, Hermione começou a dar passos sorrateiros, as seguindo.
- Foi a Black...
- Eu fiz a minha parte! – protestou uma voz doce.
- Não você, sua irmã!
- Cale a boca, como se já não bastasse eu ter dado de cara numa baliza!
- Chega de discussão... Chegamos!
Harry espiou entre os arbustos que o cobriam, e viu um grupo de sonserinos, praticamente o time inteiro e mais alguns componentes da casa, parados de costas para ele. Um se abaixou e puxou alguma coisa no chão, percebeu que era uma espécie de alçapão.
- Isso não está muito visível? – resmungou um deles.
- Se eu não tivesse dito. – retrucou o outro. – Nem teriam notado que estava aqui.
- Hum, mas vamos colocar alguns feitiços de segurança?
- Se souber conjurar alguma coisa descente Bulstrole, pode ir adiante.
- Não dê atenção ao que ele diz. – disse uma voz feminina, provavelmente pertencente à morena mais próxima do arbusto de Harry. – Ele só disse por que sabe que feitiços não são exatamente o seu forte.
- Não é o forte dele? – um ruivo riu estrondosamente. – Bulstrole não sabe nem fazer alguém flutuar!
- Ora seu! – um brutamontes quase avançou, mais foi segurado por outros dois.
- Daria para vocês ficarem quietos? – resmungou o loiro em uma voz arrastada. – Com toda essa afobação vão acabar arruinando todo o meu esforço de fazer um esconderijo descente fora do castelo.
- Pare de se vangloriar Malfoy, abra logo esse alçapão. – Linver, uma garota de voz muito impaciente e de cabelos espetados, bateu fortemente o pé no chão. – Quero ver a cor dos tapetes, eu não confio em seu censo de decoração...
Depois de uma risadinha cínica em resposta, ele se abaixou, afastou algumas folhas de cima da tampa de latão, com um leve movimento de varinha abriu-se uma passagem através do chão.
- Vamos entrar aí dentro? – perguntou Zabini descrente, espiando a abertura. – Parece meio fundo.
- Malfoy vai esperar que todos pulem, - falou Belatriz dando passos lentos e cheios de suspeitas. – Para que depois jogar terra em cima, e estaremos enterrados vivos para toda a eternidade.
Houve um silêncio incômodo entre eles, interrompido por um ataque de riso de Narcisa.
- Do que está rindo? – ralhou a irmã.
- Você é totalmente maníaca! – gritou ela rindo descontroladamente. – Inteiramente louca!
- E além do mais, não ficariam eternamente enterrados vivos. – corrigiu Malfoy friamente. – Um dia iriam morrer, e nem precisaríamos cavar para fazer as covas!
- Isso não é a coisa mais aconselhável para se falar no momento. – Belatriz continuava olhando desconfiada para ele.
- Arre, pare com isso. – Narcisa se levantou da grande pedra em que havia sentado, indo para o lado de Malfoy. – Lúcio nunca me enterraria viva, não é? – ela passou carinhosamente a mão pelo peito dele.
- Claro que não... – sussurrou antes de beijá-la.
- Argh, parem com isso! – Exigiu Wigan em seu habitual tom impaciente. – Eu quero entrar logo nesse esconderijo!
Ela se encaminhou decidida até o alçapão, e desapareceu pelo buraco.
Alguns dos outros se entreolharam, e a seguiram afobados, com exceção de Lúcio e Narcisa, que notaram um garoto sonserino que surgia da outra extremidade dos arbustos, silenciosamente.
- Snape... Por que se atrasou?
- Decidiu mudar de novo o corte de cabelo? – resmungou ele desatento.
- O que? Do que esta falando?
- Ah, nada, acho que vou desistir de tentar entender suas atitudes.
- Hum, não estou entendendo onde você quer chegar, mas ok, trouxe a poção?
- Está aqui. – ele tirou do meio das vestes um frasco contendo liquido verde. – Dessa ninguém passa.
- Só poderia confiar no melhor aluno de poções para fazer isso. – Respondeu Malfoy em uma risada observando o movimento da poção, que segurava agora. – É um bom aliado, apesar de ainda estar estudando para se formar... – ele olhou para Snape. – Ah, pode entrar aí se quiser.
Depois de um sorrisinho vencedor, ele pulou para a passagem.
- O que vai fazer com essa poção? – perguntou Narcisa.
- Proteger a entrada. – ele fechou a tampa do alçapão com o pé, silenciosamente. – O que achas...- Foi virando lentamente o liquido verde, ela ainda estava muito perto, agarrada a gola do casaco dele. – Se... Dermos um... – a voz arrastada se prolongando cheia de malicia enquanto derrubava a poção nas bordas da passagem. – Pequeno susto... Na sua irmãzinha?
- Diremos que foi só... Para testar a eficácia da poção. – a voz dela era ainda mais cheia de malicia, se isso fosse possível. – Queria eu ver a feição de desespero dela, quando encontrar a passagem fechada.
- Vamos deixá-los aí por algum tempo. – ele abriu um longo sorriso. – Não tempo demais, para que não notem a falta deles. – ele voltou seus olhos cinzentos para ela. – O seu pai falou ontem comigo, está esperando que você acabe a escola... concorda ou quer esperar mais?
- Pode ser... – Ela deu um giro fazendo a capa esvoaçar. – Que tal irmos para as masmorras?
- Acho que eu não lembro exatamente o caminho... – ele observou o brilho estranho no olhar dela, e em seguida, notando a mensagem, perguntou descrente: - Agora?
- Comemorar nossa derrota... – ele foi puxado pela manga violentamente, em uma grande risada, sumindo com ela pelas árvores densas e escuras da floresta.
- Isso não pode estar acontecendo... – murmurou Simas aborrecido.
- Eu também acho que trancar os colegas da casa em um alçapão não seja muito amigável, mas nós não podemos fazer... – começou Hermione, mas ela foi interrompida por Finnigan.
- Não isso! – falou ele impaciente. – Você acredita que ela já está comprometida?
- Ela? – resmungou Rony confuso. – A mãe dele? – perguntou indicando um Draco muito zangado.
- Claro! – ele revirou os olhos em descrença. – Se eu tivesse tempo bem que... – mas ele não conseguiu terminar a frase, já que levou um belo tapa na cabeça, de Malfoy.
- Seu atrevido! Não ouse ter esse tipo de pensamentos sujo com minha mãe!
- Arre! – falou ele acariciando sua própria cabeça. – Eu também gostei da mãe do Harry...
- Ei! – Harry não podia negar que sua mãe era bonita, mas Simas estava realmente atrevido naquele dia. – Contenha-se cara.
Eles foram puxados por uma Hermione totalmente alheia à conversa, que observava atentamente a passagem do alçapão, aproximando-se perigosamente.
- O que pensas que vais fazer? – perguntou Pansy a puxando de volta. – Deixe-os aí!
- Será que vão ficar bem? – balbuciou a grifinória.
- É o que dizem, vaso ruim não quebra... – resmungou Rony. – É um monte de sonserinos...
- O que esta insinuando? – Draco arqueou a sobrancelha.
- Vamos embora! – gritou Harry sem aviso. – Nos distraímos, eles já devem ter partido sem nós!
- Pelas barbas de Merlin! – gritou Rony notando a gravidade da situação.
Não foi necessário mais ninguém gritar, todos correram, o mais rápido possível, conscientes de que as chances eram poucas, e talvez foi por isso, que quando chegaram ao local de onde haviam aterrissado não sentiram-se tão surpresos em não encontrar ninguém, só um pequeno ponto de luz que se dissipou rapidamente no ar.
Eles se entreolharam, esquecendo de suas diferenças e rivalidades entre casas, um misto de descrença e desespero.
- O que faremos? – perguntou Draco, tentando inutilmente não deixar seu tom de desespero a vista. Fleur se segurou melhor em seu ombro, olhando desconfiada para os lados, com um bicho em uma jaula.
N/A: Ah, que coisa boa acabar o capitulo assim, no maior suspense... o.o parem de me olhar assim! Não! Parem de fazer estas caras de " eu não acredito que ela fez isso!" nheuch, a história continua, e convenhamos que esse capitulo já estava ficando longo demais.
