N/A: Bem, eu devo algumas explicações...não postei por que o meu computador teve um treco, e foi levado pela emergência ( o técnico ) e só voltou ontem...além do que, muitas cositas me ocuparam neste meio tempo. Agora está aqui o capítulo e é o que importa, certo? Obrigada pelos comentários, Nina feliz de você que sabe o que vai acontecer, e Laura, sim eu voltei para a Era dos Marotos!

Detenções em Família

"Antes tarde do que mais tarde ainda"
Anônimo

Rony deu um muxoxo em total descontentamento, jogando-se no chão em uma tentativa de acordar daquele sonho exageradamente real.

- Não seria melhor que falássemos com alguém? – sugeriu Harry para eles.

Estavam parados no meio do gramado, desnorteados. Não que os jardins de Hogwarts estivessem muito diferentes, eles simplesmente não sabiam para onde ir em busca de uma solução.

- Não, lembre-se que não podemos interferir. – havia um certo tom de desgosto na voz de Hermione, mas ela se conservou firme, consciente de que era responsável por manter a calma no grupo.

- Se ficarmos aqui plantados como sebes, nunca voltaremos ao nosso tempo. – Pansy olhou feio para a grifinória, cruzando os braços com infantilidade.

- Concordo com Parkinson. – resmungou Malfoy chegando mais perto de Hermione. – Agora desfaça esse feitiço que nos prende.

- Não. – respondeu ela friamente. – Se nos separarmos não teremos a mínima chance.

- Vou procurar o professor de defesa contra as artes das trevas deste tempo. – sussurrou o loiro. – Ele saberá o que fazer.

- Não vamos envolver ninguém nisso! – bradou Mione empurrando levemente Malfoy para que ele se afastasse. – Eu sou a única pessoa do grupo que já lidou com instrumentos de tempo, por tanto estou no comando do grupo.

- No comando? – Pansy deu uma risadinha sarcástica. – Sonhe...

- O que quis dizer com: "eu já lidei com instrumentos de tempo" ? – perguntou Simas, que permanecera resmungando palavras desconexas até o presente momento.

- Ah... –lamentou Hermione por ter notado o seu deslize. – Foi há algum tempo, coisas minhas...

- Hum, imagino. – resmungou Pansy laçando um olhar suspeito para Rony.

- Estão nós vamos esperar? – Harry tentou desviar do assunto, para o alivio da garota.

- É o melhor. – decretou ela se sentando no gramado, calmamente, crente de que o professor apareceria ali a qualquer momento.

Mas isso não aconteceu, apesar de até mesmo os sonserinos terem esperado e o grupo todo ter ficado junto, já haviam passado cerca de vinte minutos, e nada de professor. Obviamente as pessoas que voltavam do campo para o castelo estranharam a cena: dois grifinórios sentados no chão, um ruivo deitado no gramado olhando para o céu, três sonserinos de pé, aparentemente muito zangados e um outro grifinório dando voltas intermináveis neles... realmente estranho.

- Chega! – gritou Malfoy fazendo todos pularem, em total revolta. – Por que diabos eu ainda estou aqui parado? – ele lançou um olhar desafiador a Hermione, que sentada no chão encontrava-se despreocupada, olhando para a grama. – Accio! – a varinha de Hermione saiu do meio das vestes dela, e voou até a mão do sonserino.

- Ei! – chiou Hermione levemente indignada. – Devolva-me isso!

- Pegue. – ele desfez o feitiço de união, e jogou o mais longe que pôde varinha.

- EI! – gritou Hermione realmente indignada olhando a direção em que sua varinha havia sido lançada. – Isso foi muito infantil!

Porém, ele não pareceu ouvir a reclamação dela, e seguido de Pansy, disparou em direção ao castelo.

- Volte aqui! – gritou a garota perplexa.

- Ah, eu sabia que era bom demais para ser verdade... – murmurou Harry se aprontando para alcançar o sonserino. – Malfoy sendo racional e não um idiota completo como de costume... que ingenuidade a minha...

- Deixem-no ir. – resmungou Rony ainda deitado no chão, os olhos brilhantes quase fechando diante da luz do sol. – Não vai nos fazer nenhum mal ficar sem a companhia "agradável" dele.

- Rony, cala a boca e corra antes que aquele débil acabe com o nosso futuro! – gritou Hermione começando a perseguição a Malfoy.

Harry executou um simples "Accio" que o fez recuperar a varinha da amiga, que no momento corria descontroladamente tentando alcançar Draco, visivelmente mais rápido que ela, apesar de ter Fleur agarrada ao seu braço. Seria realmente cômico se não fosse tão grave.

- Isso é ridículo! – protestou Simas parando de dar voltas, ele aprecia muito tonto.- Sabe, eu acho que Parkinson tem duas cabeças... – ele deu um sorrisinho bobo e desabou no chão.

- Era só o que faltava! – resmungou Harry. – Rony, tente acordá-lo, eu vou ajudar Mione...

Tudo estava muito bom enquanto eles só corriam atrás de Malfoy, diga-se de passagem, estava até divertido! Claro que as coisas não ficaram tão "bonitas" assim quando quase foram acertados por uma bola de fogo, obra de Fleur.

Com as vestes chamuscadas, eles foram apreendidos pelo zelador, Filch, com um brilho demoníaco no olhar, juntamente com Rony, que estava esbofeteando Simas em uma tentativa de acordá-lo.

- Esses arruaceiros... isso se repete a cada maldito jogo de quadribol.. – murmurava o zelador enquanto empurrava os sete alunos castelo adentro, em direção à sala que ainda seria sua no futuro.

- Senhor, o senhor não está entendendo! – protestou Hermione pela vigésima vez.

- Todos dizem que são inocentes! – gabou-se o zelador.

- Eu exijo falar com o diretor! – Draco parou abruptamente de caminhar, olhando desafiadoramente para o zelador.

- Com o diretor? – repetiu o homem descrente. – Arre, mas é muita ousadia... Vou castigá-lo duplamente...

- Nós viemos do... – Hermione começou a cantar em altos brados, não deixando ninguém escutar o resto da frase de Draco.

- Calem-se! – gritou Filch. – Parem com essa algazarra!

Eles foram empurrados pelos corredores escuros do castelo, às vezes eram observados por alunos que se encontravam no caminho, eles pareciam um pouco confusos por não reconhecer os arruaceiros. A sala do zelador era mais aterrorizante do que Harry lembrava, já havia um garoto sentado em uma das duras cadeiras de madeira em frente à mesa do zelador, Harry o reconheceu de imediato, era seu pai.

- Caçando mais uns alunos? – disse Tiago com um grande sorriso, como se Filch fosse um conhecido de longa data.

- Muito engraçado Senhor Potter... – resmungou o zelador ordenado que os novos alunos capturados sentassem nas cadeiras restantes.

- Eu sei, não precisa ficar repetindo. – ele deu um sorrisinho falsamente ingênuo. – Assim vou ficar convencido...

Rony e Harry deixaram escapar leves risadinhas, o homem lançou um olhar mortal que os calou. Com todos sentados em volta da mesa, particularmente apertados, ele acomodou-se confortavelmente em sua poltrona e começou a remexer em alguns papéis.

- Convenhamos que isso é uma sacanagem... – resmungou Tiago observando os outros alunos. – Cumprir detenção enquanto a Grifinória está comemorando...

- É justamente por isso que o senhor está sendo castigado . – murmurou Filch com um grande e horrível sorriso. – Onde já se viu mandar corujas com berradores contendo aquela musiqueta de vitória para todos os alunos da Sonserina?

- Você fez isso? – perguntou Rony descrente.

- Sim, o corujal ficou vazio... – falou ele com os olhos vidrados. – Foi uma visão inesquecível!

- Wow, eu nunca vi o corujal vazio! – Simas ainda estava realmente tonto, embora tivesse acordado.

- Eu não conheço você? – perguntou Tiago olhando melhor para Rony.

- Anh, não. – respondeu Rony enquanto Harry se escondia atrás dele, numa tentativa de não ser visto.

- Fiquem quietos! - resmungou o zelador. – Aquela melodia besta dos berradores ainda está batucando na minha cabeça...

- Oh, sim, é uma criação dos Marotos, não poderia deixar de ser boa...

- Por falar nos seus colegas... – murmurou observando Tiago. – Eles o ajudaram, com certeza...

- Por que diz isso? – perguntou ele em um tom exageradamente indignado. – Por acaso o senhor está duvidando das minhas habilidades de escrever mais de cento e cinqüenta berradores em meia hora?

- Sei que está encobrindo os seus amigos... É humanamente impossível fazer tantos berradores em tão pouco tempo...

- Agora eu estou provando o contrário, não é? – falou Tiago presunçosamente.

- Foi realmente uma pena eu não ter pegado todos vocês... – ele deu um sorriso maléfico. – Mas as correntes o aguardam, senhor Potter.

Harry sentiu um leve frio percorrer a espinha, então era este o tempo em que Filsh tanto falava...Quando os alunos eram literalmente torturados...

- O senhor não pode torturar os alunos! – protestou Hermione instintivamente.

- O que? – o zelador parecia impressionado com o atrevimento da garota.

- Isso é ridículo! E só mostra como o senhor não tem poder o bastante para controlar os alunos sem violência!

- Ern, belo discurso. – elogiou Tiago. – Mas as torturas foram abolidas há muitos anos, desde que Dumbledore virou o diretor...

Hermione parou abruptamente antes de reiniciar o seu falatório moral, ela franziu o cenho, confusa.

- Mesmo? Então por que ele falou sobre correntes?

- Eu posso pendurar os alunos de cabeça para baixo por alguns minutos quando as sentenças são muito graves. – resmungou o zelador.

- Eu adoro ficar de cabeça para baixo! - confessou Simas estupidamente tonto.

- Fred consegue escrever de cabeça para baixo... – disse Rony.

- Eu também! – Tiago abriu um grande sorriso. – Sirius fez a lição de poções desse jeito... bem...a nota dele também não foi muito boa...

- Arre! – exclamou o zelador. – Parem com isso! Deveriam ter medo das correntes! -batidas fortes balançaram a porta de madeira reforçada, Filch levantou um pouco aturdido detrás de sua mesa, mas ao ver que não conseguiria passar por tantos alunos amontoados, ordenou que Pansy abrisse a porta. Era um aluno da Corvinal.

- Com licença, eu tenho ordens do diretor para levar estes alunos ao escritório dele. – Harry não conseguiu ver bem quem era ele, mas a voz parecia estranhamente familiar. – Sou um monitor.

Ele entrou no aposento de maneira soberana, mostrando o distintivo que carregava no peito.

- Ordens diretas de Dumbledore? – repetiu o zelador descrente.

- Sim. – confirmou ele.

Repentinamente um sorriso se espalhou pela cara feia do homem.

- Parece que é o fim da linha para você Sr. Potter, o diretor deve ter cansado das suas brincadeirinhas sem graça...

- O diretor tem pressa. – continuou o monitor em um tom levemente mais apressado.

- E o que estão esperando para ir até o escritório dele? - o zelador deu um murro na mesa. – Levantem-se e corram! Não façam o diretor esperar!

Eles saíram um pouco assustados pela porta de madeira, deixando Filch para trás com um grande sorriso de satisfação.

- Ele não vai me expulsar? – começou Tiago esfregando as mãos preocupado. – Vai?

- Esses assuntos não são de meu respeito. – retrucou o monitor rudemente, Harry sentiu uma pontinha de raiva dele. – Se forem todos embora de Hogwarts, devem ter feito algo de muito grave.

- Pombas! – reclamou Pansy enquanto viravam um corredor à direita. – Eu só estava correndo pelo jardim!

O monitor parou abruptamente e olhou melhor para ela, um sorriso cínico tomando suas faces.

- Claro. – falou ele voltando a andar.

Harry não ousou protestar, assim chamaria a atenção de seu pai e decididamente isso arruinaria qualquer plano de manter o futuro igual. Eles seguiram por um caminho agora desconhecido, decididamente não o caminho do escritório do diretor, mas talvez fosse em outro lugar nesta época.

Rony deu um leve cutucão em Harry ao notar que estavam se encaminhando para a torre de astronomia, mas eles mudaram de direção novamente, subindo as escadas para uma outra torre que nenhum deles lembrava existir.

- Muito bem. – o monitor virou-se para eles, parando de andar. Estavam no alto da torre, o vento levou embora o chapéu que o corvinal usava, mas ele não pareceu se importar com isso. – Eu achei que nunca mais ia encontrá-los!

- O que? – resmungou Tiago antes de ser atingido por um feitiço "obliviate" que o fez cair no chão com parte da memória apagada.

- O que diabos está fazendo? – gritou Harry indo socorrer o pai.

- Acalme-se... – resmungou o monitor aborrecido. – Sou eu, Odoy...

- Professor? – pediu Hermione duvidosa.

- Sim... acabei voltando ao futuro sem vocês, tive de voltar para vim pegá-los! Mas, para minha surpresa não se encontravam em nenhum lugar! Por que não fizeram a gentileza de não quebrar às regras do colégio enquanto eu não chegava?

- Mas professor... – tentou intervir Rony.

- Mas nada! Já causaram encrencas o bastante por hoje... – resmungou ele se aproximando de Tiago.

Ele se abaixou, e encostou a varinha na testa do garoto desacordado, todos o observavam construir uma memória para ele.

- Os sete alunos estranhos são de outro colégio de bruxaria, vieram visitar Hogwarts para decidir sobre estudar ou não aqui, voltaram para seu outro colégio por vontade própria, o diretor pediu que não contasse a ninguém sobre isso, por serem questões estreitamente da escola, pediu-lhe para melhorar o seu comportamento por algum tempo, ou não teria outra opção a não ser ceder aos apelos do zelador, e expulsá-lo. – ergueu-se e olhou para os seus alunos, tirando o Relógio de Aspin do bolso. – Vamos embora.

- Ele vai ficar bem? – perguntou Harry.

- Claro que vai... agora olhem todos aqui para o centro do redemoinho.

Aquela sensação de que tudo estava girando atingiu a todos com mais intensidade, e quando abriram os olhos estavam de volta à sala de defesa contra as artes das trevas, estranhamente vazia.

Simas parecia ainda mais tonto do que já estava, aquela viagem decididamente havia feito mal para ele, se encaminhou ainda meio zonzo para enfermaria.

- Onde estão todos? – resmungou Draco pondo-se rapidamente de pé.

- Os liberei. – o professor tomou mais uma poção, voltando a ter sua aparência normal. – Se ficassem sabendo que Harry Potter ficou preso no tempo, até a hora do jantar contariam para todos os conhecidos e desconhecidos que encontrassem pela frente. – ele sacudiu os cabelos-mola, cansado.

- E isso seria péssimo, suponho. – continuou Malfoy, agora sibilando. - Pois demonstraria a sua incompetência em controlar os próprios alunos.

Rony soltou um assovio baixinho, se preparando para ouvir o professor tirar alguns duzentos pontos da Sonserina, mas ele não o fez.

- Sr. Malfoy, eu tenho razões para manter isso em sigilo muito maiores que o meu emprego. – ele deu um sorrisinho. – Razões que o senhor deseja com muita intensidade saber quais são... suponho.

Draco praticamente bufou, exasperado. E depois de um olhar arrogante dirigido ao professor, ele retirou-se em passos leves, seguido de Pansy, que corria para alcançá-lo.

A porta bateu com suavidade, Odoy virou-se para eles girando nos calcanhares, abrindo um grande sorriso ao assegurar-se que Harry realmente estava ali. Foi um susto para todos quando o homem correu até ele e o agarrou em um abraço mais apertado que o da Sra. Weasley.

- Está vivo, vivo! – eritou ele erguendo Harry no ar sob o olhar descrente de Rony, que logo em seguida também foi abraçado, mas não erguido, devido a sua altura.

- Ok..ok.. eu estou bem. – Murmurou Harry constrangido enquanto o professor cumprimentava Hermione por ter mantido o controle no grupo.

- Não é assim tão simples. – falou Odoy suspirando aliviado. – Todo o trabalho que temos para protegê-lo... Eu não deveria ter feito esta viagem.

- O senhor deve continuar. – falou Rony ainda um pouco vermelho. – Foi uma aula muito divertida!

- Perigosa seria a palavra mais correta. – ele andou até a sua mesa para pegar alguns papéis. – Provavelmente vou ser despedido.

- Por que? – perguntou Harry, finalmente havia encontrado um professor razoável desde Lupin.

- Riscos, Sr. Potter, o senhor correu muitos riscos nesta aula. – ele começou a guardar algumas coisas dentro de uma maleta. – Mas eu dou razão a Dumbledore, se ele quiser me tirar do cargo...

- Nós daremos apoio ao senhor. – protestou Hermione. – E aposto que os outros alunos também darão.

- Obrigado pela força de vontade, mas o emprego em si não é essencialmente importante para mim. – ele deu um sorriso. – Tenho muitas outras coisas para fazer. – Ele fechou a maleta lentamente. – É melhor irem atrás do Sr. Finnigan, ele não parecia nada bem...

- Vamos agora mesmo. – disse Hermione, indo em direção à porta juntamente com Rony e Harry.

- Só mais uma coisa. – o professor fez que parassem antes que cruzar a passagem. – Por que não estavam no lugar combinado na hora de voltar?

- Encontramos alguns conhecidos pelo caminho... – Harry sorriu deixando um Ed um pouco confuso para trás.

N/A: Ah, desculpa acabar assim, mas já estava ficando longo demais...porrrrém, suas reviews nunca serão longas demais para meus olhinhos sedentos de críticas.