N/A: Bem, vamos lá! Atrasadinha estou por que minha Internet amada e linda falhou. Obrigada Melissa Silvermore, e sim, vamos acabar com boa parte dos mistérios nos próximos capítulos! Aham, finalemnte chegou a parte de que eu tanto falava, em que as coisas seriam esclarecidas! Eu sei que é pouco provável uma Fleur comensal, e foi por isso mesmo que eu a fiz assim! E Laura, Snape não é justo, ele é o Snape! Obrigada!

O Ataque da Lula-Gigante

"Há alguma coisa errada que não está certo".

Yury Hans Kelsen

- Eu vou procurá-la. – Anunciou Malfoy se levantando, estranhamente demorado para alguém que deveria estar em pânico.

- Vá, vá! – Disse Snape, a porta da masmorra se abriu violentamente. – E não volte sem ela.

Depois de um último olhar significativo, Draco cruzou a passagem, já retirando a varinha das vestes.

- Senhor? – Pediu Hermione cheia de desesperança. – Considerando que a Srta. Delacour deve ter sido seqüestrada, não seria melhor mandar alguém mais qualificado que um aluno?

- A senhorita está se superando hoje! – Gritou o professor esmurrando a mesa. – Não quero suas opiniões nem suas considerações! Fique quieta antes que meu bom humor acabe e eu tire cinqüenta pontos da sua maldita casa!

Os alunos permaneceram parados, ninguém ousou respirar enquanto o mestre de poções mirava todos de forma ameaçadora. A porta se fechou lentamente, produzindo um ruído irritante que, sozinho quebrava o silêncio da sala inteira.

- Se pensam que se livrarão da minha aula, estão muito enganados. – Sibilou Snape voltando a folhear o livro de poções. – Página duzentos e noventa e oito, poções de transformação...Senhores, voltem para mim sua atenção!

Os poucos ousados que ainda observavam atentos a porta, pularam assustados abrindo os livros de forma estabanada.

-Começaremos hoje um novo capitulo que tem poções mais complexas, são usadas em testes e costumam ser bastante úteis para o ministério. A que faremos hoje exige em seus resultados um pouco mais de espaço do que nós temos nesta sala e os jardins são o lugar ideal já que realmente eu não sei as proporções do que os senhores poderão se tornar...

Alguns alunos estremeceram.

-Existem bruxos que podem se tornar animais,como os senhores já sabem estes se chamam animagos. Para se tornar um animago registrado é preciso se fazer muitos testes, um deles consiste em uma poção que é feita pelo próprio bruxo que quer tomar uma forma animal. Não podemos escolher qual será a forma que tomaremos, é de acordo com a personalidade de cada um que o animal é designado. Esta poção será feita pelos senhores, ela só mostra que forma os senhores tomariam, todos os estudantes há algum tempo fazem já aqui em Hogwarts, isso para que não tenham que esperar a hora dos testes no ministério, assim podem pensar se vale a pena.

-Esta poção nos tornará os animais que seriamos se fossemos animagos? – Dino Thomas quase deu um pulo sorrindo.

-Sim, por algum tempo. –Falou o professor monotonamente, rolando os olhos diante da felicidade do garoto.

-E se algo de... – Começava Hermione

Pela vigésima vez a garota foi interrompida em uma de suas perguntas ou conclusões, mas não foi o Prof.Snape quem o fez neste momento. Batidas fortes na porta fizeram com que todos se virassem, largando os livros.

Snape fez um pequeno gesto com a varinha e a porta se abriu, por ela entraram um Filch acompanhado de seu sorriso demoníaco, puxando um Malfoy muito impaciente pelo braço seguido de uma Madame Nor-r-ra quase saltitante.

- Desculpe-me a interrupção de sua aula Prof.Snape, mas este aluno estava correndo como um desalmado pelos corredores – Ele levantou a sobrancelha esquerda suspeitoso.- E pelo que consta no seu horário ele deveria estar aqui.

- Eu tentei explicar, mas ele não ouviu. - Bufou Draco puxando seu braço, fazendo Filch quase cair.

- O senhor Malfoy tinha a minha permissão para correr como um desalmado pelos corredores senhor Filch! – Disse o professor enfático. - Estava tentando encontrar a senhorita Delacour que está sob sua responsabilidade e conseqüentemente meus cuidados.

-Ah, desculpe...- Murmurou ele finalmente soltando o braço do garoto.- A minha ajuda seria necessária?

- Não. – Sibilou Malfoy voltando a sair da sala.

- Obrigado pela dedicação senhor Filch, - Snape respirou profundamente. - Mas seus trabalhos, receio, não são mais necessários nesta sala.

- Sim. - Ele fungou, saindo chateado com sua gata no encalço.

- Isso não está me cheirando bem... – Sussurrou Harry para Rony e Hermione.

- O sumiço de Delacour? – Perguntou Rony.

- Sim, vocês não acham que estão todos calmos demais para o que provavelmente é um seqüestro? – Resmungou o garoto observando atentamente o mestre de poções.

- Ainda mais um seqüestro de um membro da ... – Disse Hermione fazendo-se entender. – Snape deveria estar bem mais preocupado, alertado Dumbledore.

- Há não ser... – Murmurou Rony. – Que ele tenha alguma coisa a ver com isso.

Harry olhou bem para o professor, para sua cara levemente aflita... sabia que estava escondendo alguma coisa, mas não conseguia ver o que...

- Acho que não foi ele.

- O que te dá tanta certeza? – Rony olhou para o amigo que observava Sanpae cuidadosamente.

- Não sei... ele só não parece...culpado. – Balbuciou Harry confuso.

- Cara, isso é muito estranho... muito estranho... – Murmurou Rony o encarando estranhamente. – Ninguém tem toda esta intuição.

- Senhores! – Urrou o professor batendo na mesa com seu punho. – Se esta conversinha em cochichos está tão interessante, por que não vêm aqui na frente contar para todos nós?

- Não será necessário. – Disse Hermione. – Receio que o senhor estará perdendo mais tempo de aula.

Os olhos dele faiscaram, permaneceu observando Hermione Granger por alguns segundos, mas sua atenção logo foi desviada pelo ruído do relógio de pendulo, que marcou mais um minuto passado.

- Muito bem. – Sussurrou rouco. – Comecem as poções rapidamente, temos outra etapa da aula para cumprir, e o tempo não está ao nosso favor.

-Nós não íamos aos jardins? – Perguntou Patil desanimada.

- Nós vamos aos jardins, quando eu achar melhor! – Sibilou o professor olhando rudemente. - Comece a fazer sua poção, - Deu um sorrisinho sarcástico. - Mesmo que eu duvide muito que vá dar certo...

Harry anotava as palavras que surgiram no quadro com um aceno de varinha de Snape, desconcentrado enquanto pensava no que poderia ter acontecido com Delaocour.

Estava muito irritado por ela ter sumido, como se já não bastasse ter que dormir na enfermaria todos os dias, pois ainda acreditavam que ela estava doente. Na verdade não havia nada de especial na enfermaria, só não era um lugar agradável de se ficar.

Usava um feitiço para tentar localizá-la, se perguntava por que ela havia saído sem avisá-lo, corriam sérios riscos de serem desmascarados, teria que inventar uma boa explicação para justificar o desaparecimento da garota. Não poderia dizer que ela simplesmente " havia saído para dar uma volta e decidiu dormir em outro lugar pois havia se cansado do papel de parede da enfermaria." Por estar doente ela nunca poderia sair espontaneamente de perto dele, seria obrigado a sustentar a história do seqüestro.

Realmente quase teve um de seus ataques muito perigosos quando notou que a varinha apontava para fora do castelo, teria que passar pela turma do quinto ano que estava tendo aula de trato de criaturas mágicas como Hagrid.

Reconheceu de imediato a presença dos grifinórios pelos notórios cabelos fogo da Weasley, que o olhou juntamente com todo o resto de sua casa, mais os lufos e o professor gigante.

- O senhor não deveria estar em aula? – Perguntou gentilmente o professor, em suas mãos havia um bicho muito nojento que Malfoy não lembrava, e nem queria lembrar de ter estudado.

- Estou indo á frente da turma de poções. – Resmungou revirando os olhos diante da aparente incompetência do professor em descobrir seus afazeres que na verdade não eram reais.

Obviamente ele desviou dos olhares de todos, procurando seguir a direção que sua varinha apontava, olhou bem para a floresta à sua frente, balançando a cabeça indignado por ter que entrar ali e encontrar aquela quase veela que deveria permanecer ao seu lado dia e noite.

Fleur estava delicadamente dormindo juntamente a uma árvore, a capa cobrindo sua camisola branca. Draco bufou exasperado, caminhou fortemente até ela, balançou seu ombro de forma nada paciente, até que ela abrisse seus olhos, confusa.

- Eu não acredito que você adormeceu na floresta! – xingou já se erguendo para observá-la de cima.

Ela olhou para os lados, certificando-se que não havia ninguém além deles ali, logo depois olhou levemente enrubescida para o loiro.

- Foi um acidente. – Ela sorriu, - Onde está o meu beijo de bom dia?

- Agora todos acham que você foi seqüestrada! – Continuou ele ignorando-a, observando a garota se arrumar. – E vamos ter que confirmar, ou vão descobrir que você já se curou... se andas por aí sozinha.

- Pare com esta ladainha. – Resmungou Fleur espichando-se. – Minhas costas doem...

- É isso que tem a me dizer? – Ele guardou a varinha em suas vestes. – Teremos que nos explicar para o diretor sobre o seu sumiço... logo ele ficará sabendo!

- Arre, eu sei... – Disse ela impaciente, se aproximando dele e enlaçando os seus braços no pescoço do sonserino. – Diremos que fui seqüestrada, e pronto.

- Seqüestrada por quem? – Perguntou ele atrevidamente.

- Centauros? - sussurrou fazendo seus narizes se encontrarem.

- Ah, claro. – Ele acenou como se estivesse tudo resolvido. – Deves ser a rainha deles, oh, não... a princesa!

- Pare com esses comentários sarcásticos. – Resmungou ela o beijando com intensidade.

- E antes que eu me esqueça... – Disse depois de se separarem. - O que diabos você veio fazer na floresta proibida no meio da noite? – Ele quase gritou, mas conteve a voz, sabendo que poderia ser ouvido.

- Fui chamada. – Fleur deu um leve sorriso diante da indignação de Draco.

- Por quem? – Sussurrou.

- Você sabe... – Ela deu uma piscadela. – Quem.

- Teriam me chamado junto se fosse um comunicado. – Retrucou dando passos em volta dela.

- Era um comunicado. – Delacour ajuntou os pergaminhos do chão, e entregou a ele. – Mas foi Orgeron quem veio entregá-la para mim...

- Aquele cafajeste... – Murmurou ele mirando o chão. – Tentou te atacar.

- Sim, mas dei conta do recado. – Ela começou a rasgar a camisola com alguns galhos. – Trate de decifrar a droga da poesia, e não use magia de alta potência perto daquilo. – Apontou para o saco de estopa, que ressurgiu naquele mesmo instante.

- Por que está estragando sua camisola? – Ele olhou descrente para o rosto dela, coberto pelos cabelos loiros enquanto tentava rasgar mais suas vestes, e depois para as belas pernas dela que começavam a ficar a mostra.

- Querido. – Falou ela irônica. – Fui seqüestrada por centauros, minhas roupas não podem estar uma maravilha.

Deu um pequeno sorriso, voltando seus olhos para o poema, e depois se aproximando novamente dela.

- Longbotton... – Cantarolou o professor sutilmente. - Esta poção deveria estar verde esmeralda.

- Eu sei, senhor... – Murmurou o garoto mexendo desesperadamente a poção com uma longa colher de pau.

- E por um acaso és tão idiota, que nem as cores tu discernes? – Ele se abaixou, tentado encontrar os olhos de Neville, que estava com a cabeça baixa.

- Não senhor. – Sussurrou ele começando a ficar vermelho. – Sei que a poção está marrom.

- E presumo que o senhor também saiba que está errada. – Sibilou o professor vagarosamente.

- Sim... – Parecia que ia explodir, tamanha vermelhidão.

- Então comece a fazer outra logo. – Decretou Snape friamente, seus olhos se iluminaram maldosos. - Mais uma coisa: cinco pontos menos para a Grifinória.

Harry observou que o professor continuava andando vagarosamente pela sala, passando agora para o lado sonserino.

- Hum, a sua está certa... – Murmurou o mestre satisfeito. – Mas não mexa deste jeito,vai acabar a deixando pastosa.

- Sim, professor. – Disse Zabini alto o bastante para todos ouvirem.

Seus olhos encontraram com os poços fundos que eram os de Snape, o professor deslizou até ele, Rony e Hermione.

- Weasley? – Deu um grande sorriso amarelo para o ruivo.

- O que? – Resmungou Rony adicionando mais ervas roxas ao seu caldeirão.

- O que é isso dentro do seu caldeirão? – Ele apontou com seu dedo longo para o interior do caldeirão.

- Minha poção! – Disse o garoto descrente.

- Está horrível! – Seu sorriso se alargou mais ainda. - Chama isso de poção?

-Err... – Fez o garoto passando a notar o olhar satisfeito do professor. - Sim...

-Eu não chamo esta coisa que se apresenta dentro do seu caldeirão de poção! - Deu uma risada juntamente com os sonserinos. - Jogue fora! Dez pontos menos para a Grifinória.

-Hunf! – Resmungou Rony tentando executar um feitiço para limpar o caldeirão.

O professor deu mais um sorriso antes de se voltar para os outros dois sentados ao lado.

- Granger... – Sibilou ele. – Parece que a sua está boa.

- Obrigado senhor. – Ela segurou o riso diante da grande vontade dele de tirar mais pontos da Grifinória.

- Receio que depois de seus colegas terem tirado tantos pontos da sua casa... – Murmurou ele arrastando as palavras. - Não vão fazer diferença os seus pontos.

- Pois ainda sim faço questão de tê-los. – Disse ela secamente. – Sempre ajuda.

- Se insiste, - Ele revirou os olhos em desgosto. - Dez pontos para a Grifinória.

Ela acenou brevemente com a cabeça, em agradecimento, enquanto Snape reprovava a poção de Harry e tirava mais cinco pontos da Grifinória.

- Se depender do Snape, seremos a casa com menos pontos este ano. – Resmungou Rony começando novamente a picar umas raízes fedorentas.

- Peguem uma amostra de suas poções e deixem na minha mesa. – Ordenou o professor voltando à sua posição perto do quadro negro. – Srta.Granger, já que sua poção foi um dos melhores resultados, distribua para todos. – Ele observou a expectativa dos alunos. – Mexam-se, vamos aos jardins.

A capa esvoaçou, ele andava em passos rápidos fazendo com que a turma o seguisse quase correndo. Saíram rapidamente das masmorras, passando pelo Salão principal sob o olhar atônito de alguns estudantes em descanso.

- O que acha que você vai ser Rony? – Perguntou Hermione enquanto colocavam os pés na grama.

- Tudo menos uma aranha. – Olhou para o dia ensolarado, suas pupilas diminuíram significativamente de tamanho.

Perto do lago o professor parou abruptamente, se virando para a turma, o que fez com que alguns tropeçassem.

- Façam uma fila e tomem quando eu mandar a poção. – Disse Ele secamente.e

Demoraram cinco minutos de muita paciência de Snape para organizar as filas, o professor explicou que a poção duraria dois minutos aproximadamente.

Ordenou que o primeiro da fila se aproximasse do lago caso fosse algum tipo de animal aquático.

- Pode tomar senhor Thomas.

Dino tomou rápido e fez uma careta, logo depois um alto estampido fez com que todos pulassem, menos Snape que disse com uma certa indiferença que eles iriam trabalhar este fenômeno causado pela poção na aula de transformações em breve. Harry procurou o grifinório que tomara a poção mas não o encontrou.

- O Dino Sumiu! – Gritou Patil escandalosamente.

- O Sr. Thomas deve ser um animal pequeno. – Sibilou o professor calando as lamurias da garota. - Não se movam se o quiserem de volta inteiro.

Todos os sonserinos pularam três vezes juntos, gargalahndo.

- Olhem! - Gritou Rony apontando para o chão.- É um camundongo!

-É mesmo...-Comentou Harry admirado, olhando para o bichinho marrom e aparentemente muito macio.

-Que graça! - Disse Parvati se adiantando para pegá-lo, mas quando já estava em seu colo transformou-se em Thomas de novo, fazendo com que os dois caíssem no chão.

- Por que estou no seu colo? – Disse Dino se levantando.

- O senhor é um camundongo. – Sibilou Snape enquanto ele ajudava a garota a se erguer.

- Um camundongo! – gritou Dino olhando para os lados. - Para que raios serve ser um camundongo?

- Bem, senhor, a escolha é sua, vai ter bastante tempo para pensar. - Ele começou a remexer nos antigos papeis que tinha em mãos.- Segundo sua ficha... Seu pai era uma abelha e sua mãe uma chinchila, próximo da fila!

Desta vez era um sonserino,Gregório Goyle andou desajeitado até o professor.

- Tome, senhor Goyle. – disse o professor quando notou que o garoto estava observando bobamente a paisagem.

O barulho desta vez foi bem mais alto, não precisaram procurar muito, onde estivera o garoto ,agora se encontrava uma autentica hiena com grandes dentes afiados.

- Que droga é isso? – Resmungou Simas Finnigan.

- Cinco pontos menos para a Grifinoria ! – Adicionou Snape.

- Arg!Uma hiena! – Falou Parkinson se encolhendo.

Goyle voltou à forma normal risonho, com o olhar fora de foco, rindo abobalhado.

- Uma admirável hiena. – Ele passou seus olhos no documento em suas mãos. - Seu pai era...Um porco-espinho e sua mãe...Uma barata

- Interessante,uma hiena - Falou ele sozinho voltando para seu lugar nos sonserinos.

- Próximo, tome a poção.

Hermione se aproximou e ao ouvir o estampido como em todas as outras vezes ninguém mais se assustou, depararam-se com uma coruja parda de olhos de âmbar.

- Não tem precedentes bruxos. – Murmurou o professor em tom desgostoso.

Hermione-garota já havia voltado dando pulinhos de alegria pelo sucesso de sua poção.

-Sr.Weasley! – Resmungou Snape monotonamente. – Tome logo isso.

Depois de um olhar nada amistoso para o professor, Rony tomou a poção e um alto estampido depois se apresentava na forma da um pequeno macaco com uma espécie de juba.

- Um macaco? – A garota inclinou a cabeça de modo estranho.

- É um mico-leão-dourado, Parvati, estão quase extintos... – Explicou Hermione encantada.

- Quem quer saber disso ? – Falou um arrogante Crabbe.

- É muito importante que todos nós tenhamos uma educação sobre a sobrevivência dos animais.

- Srta. Granger, nos poupe de sua ladainha sobre preservação natural trouxa... –Sibilou o mestre de poções friamente. - Senhor Weasley, um mico-leão-dourado segundo a senhorita Granger, seu pai um gorila e mãe um vaga-lume.

E Rony já estava de volta um pouco emburrado, caminhou até Harry.

- Um macaco. –Resmungou ele revoltado.

- Um mico-leão-dourado. – Corrigiu Harry

- Grande coisa. – Retrucou o garoto cruzando os braços enfezado.

- Próximo... Senhor Potter. – Disse o professor, mas antes que o aluno pudesse sequer dar um passo, ele gritou outro nome. – Sr. Malfoy!

Draco chegava arrastando uma Fleur em um estado lastimável, as vestes rasgadas., cabelos emaranhados e cheios de galhos quebrados.

Sob os olhares atônitos dos colegas, Draco falou alguma coisa em sussurros ao professor, que ao notar a atenção dos alunos em tentar descobrir o que diziam, mandou Harry tomar a poção.

Ele andou inseguro até a margem do lago, podia sentir que todos o observavam atentamente apesar de ainda estar de costas, ergueu o tubo de ensaio tampado por feitiço até a altura de seus olhos.

- Não temos todo o tempo do mundo ao nosso dispor senhor Potter! – Resmungou Snape voltando a falar com Malfoy.

Ele se virou para os colegas e bebeu a poção, tinha um gosto estranho, lembrava torradas, suco de abóbora e couve de bruxelas, tudo ao mesmo tempo. Não ouviu desta vez o barulho e por um breve momento chegou a pensar que algo dera errado, não sabia como, mas sentiu de alguma forma que tudo tinha dado certo.

Estava mais perto do chão, mas poderia jurar que não tinha sentido-se cair, observou todos, Rony com uma cara de quem estava avaliando algo, no caso Harry pôde perceber que o que o amigo avaliava era ele, Hermione parecia um pouco surpresa mas ainda assim sorridente, o professor continuava com seu mau humor de todo o santo dia, sussurrando coisas para Draco, que parecia incrivelmente entediado.

- Senhor Potter, um cavalo branco, seu pai era um cervo e sua mãe uma borboleta. – Murmurou o professor enquanto mandava que Delacour fosse para o castelo

Sentiu uma tontura rápida e voltou para perto de Rony.

- Pelo menos um cavalo presta para alguma coisa... – Resmungou o ruivo irritado.

- O macaquinho tem suas utilidades. – Disse Hermione calmamente.

As águas do lago moveram-se, produzindo um ruído característico, desviando a atenção de todos. Pequenas ondas começavam a se formar, ultrapassando os limites habituais do lago. O professor se afastou, tentando manter sua capa seca, mas foi realmente inútil, já que uma grande onda se formou, e do meio dela uma criatura rosa surgiu fazendo metade da turma gritar.

A Lula-gigante foi muito rápida, estendeu um de seus tentáculos nojentos e roubou a barra de chocolate que se encontrava no bolso superior do casaco de Crabbe, sumindo imediatamente na água.

Grande quantidade de água que formava a onda foi atirada para cima deles, sendo o principal atingido o professor de poções, já que muitos correram para longe, e depois voltaram, incertos do que iam encontrar.

- Esta era uma barra de quatro sabores! - Gritou o sonserino furioso, mexendo as mãos agressivamente contra água. – Elas custam mais caro que as outras! Sua lula nojenta!

Em resposta, o que deveria ser o papel de embrulho veio das profundezas, boiando.

As risadas dominaram o ar, mas não por causa de Crabbe, e sim de Snape, que se encontrava totalmente encharcado, dos pés à cabeça. Os cabelos negros estavam caídos sobre o rosto, enquanto continuava parado como uma estátua, em uma mistura de indignação e descrença.

- SILÊNCIO! – Gritou ele debaixo de seus cabelos negros.

Mas ninguém parecia ouvir Snape.

-SILÊNCIO! – Repetiu ele firmemente.

Isso só contribuiu para que as gargalhadas se tornassem ainda mais altas, era impossível não compará-lo a um ridículo urso de pelúcia molhado tamanho família. Snape, entretanto, não estava achando a menor graça daquilo, e quando afastou os cabelos dos olhos, declarou firmemente:

- ESTÃO TODOS EM DETENÇÃO!

Quase que imediatamente as gargalhadas se tornaram fortes acessos de tosse.

- Vão ir todos para a Floresta Proibida. – Sibilou ele prazerosamente.

- Senhor!- Gritou Draco perturbado, ele ouvira as risadas, quando voltava para o castelo acompanhando Fleur, e fora prontamente puxado de volta pela mesma, curiosa como sempre.

- Nem ousem protestar! – Ele ergueu o dedo indicador ameaçadoramente, enquanto sibilava, causando arrepios nos alunos. – Realizaram uma falta muito grave ao me desrespeitar desta maneira... Estão dispensados.

- Mas eu nem tomei a poção! – chiou Parkinson acompanhada de quase toda a turma.

- Pois não, todos os que já provaram vão cumprir a detenção esta noite. – Suas vestes pingavam sonoramente. – Os que ainda não fizeram uso da poção, se apresentem nas masmorras onde costumamos ter aula, hoje à noite. Estejam descansados, depois de descobrirem que animais são, vão cumprir detenção.

- Nós vamos mesmo para a Floresta Proibida? – Pediu Rony incerto. – Todos nós?

- Lógico senhor Weasley. – Sibilou o professor. – Vou trabalhar arduamente para conseguir esta punição...

- O diretor não permitirá que uma turma deste tamanho entre na floresta! – Hermione olhou-o desafiadoramente.

- Então... – Sussurrou Snape dando meia volta em direção ao castelo. – Somente o pequeno grupo de pessoas, que não precisam ir a minha sala fazer uso da poção, adentrará na Floresta, à noite, naturalmente.

- O senhor só pode estar fazendo uma brincadeira de muito mau gosto! – Disse Malfoy alto o bastante para que todos pudessem ouvir.

- Não, realmente não costumo fazer isso. – Ele olhou de relance para Draco. – E tu, vais junto com Goyle para a floresta.

- Eu! – Gritou ele arregalando os olhos. – Mas não tomei ainda a poção!

- O senhor sabe muito bem. – Ele lançou um olhar significativo à Delacour.

- Não pode me culpar pelo seqü... – Começou Malfoy replicante, mas o professor o interrompeu.

- Deixe estes assuntos para o diretor, e faça o favor de não sair espalhando informações restritas. – Sibilou Snape apressando o passo para chegar ao castelo.

Os alunos permaneceram parados, incrédulos dos acontecimentos, rápidos demais para serem digeridos.

- Tem alguma coisa muito errada aqui...- Murmurou Pansy observando, suspeitosa, o professor ao longe.

N/A: Nossa, nunca pensei que esta fic teria tantos capítulos. Hum, nem são tantos, mas estão razoavelmente longos... Este está de bom tamanho, talvez longo demais? Os comentários são muito importantes para mim, me reanimam. Por favor, nunca deixem de comentar, e mesmo tendo mandado um comentário, ou até mais de um, não tenham receio de mandar outros! Muitos maiiiiiiiis!