N/A: Não sei por que, mas não fui muito com a cara deste capítulo...(?) Angela, as respostas estão viiindo!

Em Busca das Almedas

"Se nós não tivéssemos defeitos, não teríamos tanto prazer em notá-los nos outros"

(La Rochefoucauld)

- Snape é orgulhoso demais para aceitar certas coisas. – Murmurou Harry, vários colegas grifinórios balançaram afirmativamente a cabeça.

- Não... não. – Pansy , entretanto, não parecia nada convencida daquilo. Seus olhos claros e suspeitosos pousaram em Draco, permaneceu com a cabeça erguida, como se duvidasse do Malfoy.

- O que foi? – Perguntou ele irritando com a pressão que lhe era depositada com tais olhares.

- Ele te mandou para a floresta por que perdeu Delacour por aí? – Perguntou ela erguendo sua sobrancelha direita.

- É o que parece. – Retrucou ele irônico.

- Não...não. – Ela se aproximou de Draco vagarosamente. – Ele nunca faria isto.

- Ele acabou de fazer. – Sussurrou ele rindo friamente.

- O nosso mestre de poções não colocaria toda a turma da Sonserina em detenção. – Murmurou Pancy enigmática.

- Quem se interessa pelos motivos? – Urrou Finnigan aborrecido. – Teremos que cumprir uma detenção do mesmo jeito... pelo menos perdemos o resto da aula de poções...

Alguns alunos resmungaram em concordância, e partiram em grupos para o castelo, temerosos de continuar próximo ao lago.

- Parkinson tem razão, Snape nunca colocaria em detenção uma turma tão grande de sonserinos. – Disse Rony enquanto começavam a caminhar pelos gramados. – E ainda colocou o Malfoy no nosso grupo, que vai ter uma detenção pior...

- Quem sabe ele esteja sendo justo, uma vez na vida. – Hermione olhou não falou com muita crença.

- Você acha que ele está armando alguma coisa Harry?

O garoto estava imerso em seus pensamentos, por um motivo muito estranho não culpava o professor por tê-lo colocado em detenção. Também não achava nada estranho os sonserinos cumprirem uma detenção. Afinal, as risadas deviam ter ecoado dentro de sua cabeça, fazendo-o lembrar de tudo o que havia acontecido em sua juventude, da vergonha, da humilhação...

Parou abruptamente, no que diabos estava pensando? Desde quando tentava justificar as decisões injustas de Snape, nunca havia pensado pelo lado dele... O que o fizera pensar assim, por que se sentia levemente culpado, como se o professor fosse o inocente e ele o vilão?

- Cara, cara! – Gritou Rony, ele estava cerca de cinco passos à frente. – Você vai ficar aí parado? Anda!

Afinal, ficaram na sala comunal a maior parte do tempo livre que conseguiram com a aula de poções que fora cortada pela metade. Naquele momento estavam no quarto, guardando os últimos livros, procurando as botas para terra e alguns gorros.

E pensando melhor, se existia alguma coisa em que Harry era experiente, isto com certeza era entrar na Floresta Proibida, ainda mais á noite. Nem sempre eram as detenções que proporcionavam estes momentos, mas afinal, agora ele tinha uma detenção a cumprir e começava a achar, como Rony, que fora inclusive quem havia feito este comentário sem utilidade, que os professores começavam a perder a criatividade quanto à escolha de detenções.

- Sempre: pra floresta! – Chiava Rony atirado em uma das poltronas macias da sala comunal, gesticulava como um revolucionário.

- Ouvi dizer que os outros alunos vão ter que ficar destripando lesmas com Snape. - Lembrou Harry vagamente enquanto organizava seus livros.

- Arg!Odeio destripar lesmas. – O ruivo fez uma careta engraçada, mas logo se acomodou na poltrona, e sua expressão tornou-se séria. - Mas, falando sério, a floresta é bem perigosa...

- É, bem mais perigosa que as lesmas. – Adicionou Harry tentando enfiar seus livros na mochila gasta. - Se Hagrid for junto com a gente, o que eu não duvido, vamos estar mais seguros.

- Agora que ele é professor quem saiba não possa. – Murmurou Rony preocupado.

- Mas ele continua sendo guarda-costas. – Ele finalmente conseguiu colocar o livro de astronomia dentro da mochila, e agora a erguia para levá-la ao dormitório. - E o único que pode entrar na floresta sem problemas

- Quem sabe alguém se habilite a ir lá junto com a gente... – Um sorriso esperançoso começou a tomar o rosto dele

- Isso não vai acontecer. – Respondeu Harry engraçado. – Hagrid deve ir com nós

- Imagina o Snape, - Seus olhos ficaram vidrados, ele fez um gesto grande com as mãos, como um apresentador de circo, prestes a mostrar seu maior número. - Aquelas aranhas poderiam levá-lo como jantar e...

- Rony! – Chamou o outro. - Volte à realidade!

- Hã? Desculpe, estava imaginando coisas...-Disse ele com um sorriso sonhador.

- Você está parecendo com a Luna. – confessou Harry, começaram a subir as escadas para o dormitório.

- A Luna? – Perguntou Rony divertido. – E parece que ela tinha razão sobre a Lula começar a atacar os alunos...

- Na verdade, ela só queria comer aquele chocolate do Crabbe. – Murmurou ele colocando a mochila em cima da cama. – e não comer a cabeça dele.

- Vou lembrar de dizer à Luna que a Lula-Gigante gosta de chocolate, e não maçãs... – Murmurou Rony arrumando melhor o colarinho e pegando uma capa mais reforçada. – Mas acho que ela ficará um pouco aborrecida...

- Vamos logo antes que a gente se atrase e perca pontos. – Harry também pegou outra capa, a noite parecia fria.

Seguiram pelas escadas e, em uma das extremidades da sala comunal encontraram Simas e Dino conversando animados.

- Dino! – Chamou Rony se aproximando acompanhado de Harry. - Por que a felicidade? Esqueceu que temos detenção?

- Não, nem poderia. – Resmungou o garoto dando adeus para Simas, e passando a acompanhá-los rumo ao Salão Principal. – Hermione já havia me lembrado, quase me arrastou junto meia hora antes do combinado.

O Salão Principal, com suas grandes e longas quatro mesas, estava quase vazio. Alguns alunos ainda sentados conversavam baixinho, não notavam a presença dos sete alunos do sexto ano parados em frente à porta.

- Onde está o Filch?- Perguntou Hermione pela vigésima vez.

- Você não entende? Não sabemos! Ninguém sabe!- Gritou Malfoy irritado.

- Não grite com Hermione!- Disse Rony ameaçador.

- Pode ficar tranqüilo Weasley, - Sibilou ele venenoso. - Não vou gastar minha preciosa paciência com este ser.

- Sr.Filch está atrasado! – Resmungou Fleur, ela estava tentando inutilmente cachear uma mexa de cabelo de Draco, com o dedo.

-Nós notamos...- Murmurou Harry mal humorado

- Eu queria saber o que ele está fazendo que o impede de vir aqui. – Disse Goyle pensando alto.

-Algo muito importante para atrasar uma detenção.- Deduziu Dino mexendo distraidamente em um dos botões de sua camisa..

-Ah, - Uma voz rouca e satisfeita soou atrás deles. - Vejo que já estão aqui esperando!

- Poderíamos saber por que o senhor se atrasou?- Perguntou mau-educado Goyle, observando rudemente o zelador e sua gata.

- Por que eu estava procurando alguém para salvar a pele de vocês! – Sibilou ele acariciando a cabeça peluda de Madame Nor-r-ra

- Hum... – Pigarreou Hermione discretamente. - O Hagrid não vem?

- Não. – A gata ronronava sonoramente. - Obviamente se ele fosse, eu não estaria procurando alguém, por que já teria alguém!

- Quem vai? - Cortou Malfoy decididamente.

- O professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, ele já está vindo. –Respondeu ele se afastando em direção a mesa dos professores.

- Ótimo! – Ironizou Goyle. - Estaremos muito seguros agora

- E ele nem tem um cachorro enorme...- choramingou Draco baixinho.

- Odoy é um ótimo professor, ele saberá nos defender dos perigos da floresta. – Disse Hermione temerosa.

- Claro Granger. – Malfoy olhou distraidamente para o teto. – Vamos ignorar o fato de que ele quase perdeu seus alunos numa viagem no tempo...

- Aquilo foi um acidente! – Protestou Harry. – E ele nos salvou.

- Acidentes vivem acontecendo, não é? – Sibilou ele maldosamente.

- Senhores! De detenção... Deveriam pensar mais antes de fazer certas coisas. – E ali na frente deles apresentava-se o prof.Odoy, com sua longa capa verde-esmeralda e um sorriso estampado no rosto. - Estamos em cima da hora.

Ele abriu as portas de carvalho e saiu seguido de todos os alunos em detenção. Os grifinórios permaneceram mais à frente, enquanto Draco ocupou a maior parte do tempo em que consistiu a ida resmungando coisas que o professor não pôde ouvir como "Atrasados, só se for o senhor, eu estava esperando a uma meia hora..." e "Esta grama está horrível, tão feia quanto aquela capa ridícula verde esmeralda do Odoy..."

O professor parou em frente à escura floresta e voltou-se para os alunos, depois de olhar brevemente para as estrelas.

- Vocês estão aqui por que desrespeitaram seriamente o professor Snape, e ele realmente se empenhou muito para castigar vocês muito bem... Se estão interessados, os seus outros colegas ficaram nas masmorras cumprindo uma detenção no mínimo mais nojenta, do que emocionante... – Ele fez uma careta de nojo, ao lembrar de alguma coisa. – Mas suas detenções não serão, de fato, totalmente inúteis: temos que achar algumas ervas para a Madame Pomfrey que só existem aqui. Não faço a mínima idéia de onde estejam, por isso quanto mais colaborarem, menos tempo ficaremos aí dentro.Alguma pergunta?

Hermione ergueu a mão.

-Sim? – Falou ele suavemente.

-Que erva seria esta?

- Almedas rosas. – Esclareceu ele com a certeza de que todos sabiam do que se tratava as tais ervas.

- Senhor...- Disse Malfoy com sua voz arrastada.

-Hum?

-Não poderíamos fazer isso à luz do sol? – Perguntou sutilmente com seu tom mais tedioso.

- Temos a luz das varinhas. – Disse o professor simplesmente.

- Eu quis dizer, - Sibilou ele estreitando os olhos. - Se não podíamos fazer de dia?

- Podíamos. – Ele piscou aproximadamente quatro vezes seguidas.

- E... – continuou Draco monotonamente. - Por que não fazemos?

- Assim fica mais emocionante! – Retrucou Odoy. – E além do mais, o professor Snape fez questão de que fosse de noite... para que esse arrependessem mesmo de tê-lo desrespeitado.

- Sim, - Draco estava mais impaciente. - E corremos o risco de alguém, como um animal desgovernado, nos atacar.

- Sr.Malfoy, não exagere! – Pediu o professor virando-se para a floresta. - Eu estarei com os senhores, e agora chega de perguntas. Vamos, me sigam!

Entraram na floresta traçando os passos do professor, e com as varinhas iluminando o caminho. As árvores formavam grandes sombras à luz do luar, mas era possível só ver alguns recortes do céu, entre as folhagens escuras. Harry percebeu que as tais ervas estavam consideravelmente longe, pois caminhavam a muito tempo, em que o silencio, a não ser pelos passos pesados que todos faziam e os galhos sendo pisados e quebrando, era absoluto.

-Senhor, não havia animais morando nesta floresta? – Perguntou Hermione incerta, olhando para os lados.

-Há, senhorita Granger, há. – Respondeu o professor pulando uma grande árvore que havia tombado no chão.

- E todo este silencio? – Intrometeu-se Dino temeroso.

- Não sei, - Resmungou ele sinceramente. - É um tanto suspeito.

- Uhhh... – Começou Goyle tentando instalar um clima de terror entre eles.

- Para com isso! – Reclamou Delacour se recolhendo para perto de Malfoy.

- Você acha que engana alguém?- Perguntou Harry incrédulo.

- Não estava tentando enganar ninguém! – Protestou o brutamontes infantilmente - Foi só um "uhhh" inocente!

- Sinceramente! – Falou Rony exasperado.

- Poderiam parar de discutir? – Perguntou Hermione irritada se virando para eles.

- Estou cansado! – Gritou Malfoy escandalosamente. - Se ninguém percebeu estamos andando a mais de uma hora!

- Não estamos andando há uma hora... –Começou Hermione cansada.

- Estamos sim Granger! – Ele iluminou com a luz de sua varinha o relógio no pulso de Goyle- Uma hora e quatorze minutos!

- Onde estão estas ervas?- Pediu Dino.

- Devem estar por aqui. – Resmungou o professor vasculhando o chão.

- E pretende ficar andando até encontrar?- Perguntou Goyle.

- Não seria nem um pouco aconselhável.-Disse Hermione.

- Não é aconselhável ficar andando de noite por uma floresta perigosa.- Lembrou Rony.

-Weasley, é quase um milagre ainda estarmos vivos e inteiros, - Começou Draco com seu tom arrastado porém impaciente de voz. - Um milagre não termos sido parados, é um milagre.

- Sem encenações, senhor Malfoy, - Odoy olhou feio para ele. - Voltemos à busca.

- Senhor, - Goyle lembrava uma campainha. - Estamos andando há uma hora e não encontramos nada! – Retrucou emburrado.

-E estamos indo somente para frente, - Lembrou Harry. - Se encontrarmos logo demoraremos mais uma hora pra voltar.

- Está bem, - O professor se rendeu desanimado. - Vamos descansar um pouco mas não pensem que voltaremos ao castelo sem as Almedas Rosas!

- Pra que servem afinal estas coisas! - Perguntou Harry se sentando na árvore que havia tombado.

- As Almedas rosas tem vários usos.- Começou Hermione, como um gravador.

- Fale.- Pediu Harry, Rony se sentou ao lado dele e escorou os cotovelos nos joelhos, e o rosto nas mãos.

- Podem ser usadas para fins curativos,ou... - Disse ela se juntando ao professor que estava sentado em uma grande pedra. – Para outras coisas.

-Como... – Pediu Rony lentamente.

-Hum...como ... depende com que misturarmos, Almedas rosas são as únicas plantas que tem o poder de desmemoriar uma pessoa, são tão fortes, ou até mais que os feitiços de memória! Mas são precisos outros ingredientes difíceis de serem encontrados para que seja feita esta poção. Embora seja de fácil preparo são raros os elementos necessários para que seja feita, por exemplo...as Almedas azuis!

- Almedas azuis? – Harry fez uma careta.

- Só são encontradas em florestas como estas, úmidas e escuras, e só fazem efeito se forem colhidas na lua cheia, em uma determinada hora, que é às três e treze da madrugada, e devem ser misturadas as Almedas rosas no máximo às treze e quatorze,o que é muito trabalho comparado á um simples feitiço de memória...

- Com certeza...- Comentou o professor. – Quem se daria ao trabalho de fazer tudo isso? Se embrenhar em uma floresta destas para fazer uma poção para memória?

Malfoy o fuzilou com os olhos.

- Senhor,o que exatamente estamos fazendo? - Perguntou ele sarcástico.

-Tenha certeza que Almedas rosas vão ser muito bem usadas pela Madame Pomfrey, Senhor Malfoy. – Retrucou ele impaciente.

-Sim! – Hermione juntou as mãos de maneira emocionada. - Elas têm capacidade de curar muito grande, quase todas as poções de cura têm algum tipo de Almeda!

- Ah! – Gemeu Malfoy.- Fleur, isso é meu pé!

- Desculpe Draco, eu não o vi! –Falou a garota penalizada.

Goyle se atirou no chão quase derrubando Dino, que gritou indignado.Harry mirou o sonserino desconfiado enquanto Rony gargalhava, Hermione e o professor pareciam bastante, alias, os únicos preocupados já que Fleur, como de costume tentava encaracolar uma mecha dos lisos cabelos de Malfoy com o dedo indicador e ele tinha a expressão de maior pouco caso que Harry já vira.

- Senhor Goyle,o senhor está bem? – Perguntou o professor incerto se aproximando.

- Ele está bem sim, professor.- Resmungou Malfoy.

- Ele caiu no chão, parece desmaiado...-Disse Hermione se aproximando juntamente com o professor.

- Poupe-nos dos seus diagnósticos.-Continuou Draco no mesmo tom de voz mau humorado e impaciente. - Ele se jogou no chão e não caiu,é muito diferente

- Sinceramente! - Berrou Hermione, que pelo que Harry pôde perceber, começara a se irritar profundamente com os comentários que Malfoy fazia.- Estou tentando ajudar seu colega e nem para isso pode me respeitar e ajudar também?

O loiro parecia um tanto surpreendido e assustado com a grifinória que se colocava em sua frente, gritando em plenos pulmões como ele era um incompetente convencido, de que era capaz de tudo quando nem para ajudar seus amigos servia, que não agüentava mais todos aqueles insultos... Não que fosse sem um motivo, já que até Harry teve um pouco de receio de se aproximar da amiga.

Mas Malfoy, que sempre se mostrara imune a gritos e costumava revidar, estava visivelmente preocupado se realmente sairia vivo daquela detenção, ou se o verdadeiro perigo não eram os vampiros ou lobisomens que pudessem habitar a escura floresta e sim a garota em sua frente com a varinha em punho contra ele e Fleur, que não se distanciava nunca de seu protetor.

- Senhorita! - Gritou o professor imóvel.

- O que vai fazer Granger?- Ofegou Malfoy, a varinha de Hermione apontava para seu pescoço. - Me acertar na frente de um professor?

- Não Malfoy, pretendia te mandar para a ala hospitalar para que pudesse verificar se as Almedas rosas estão sendo mesmo usadas...-Sussurrou ela aproximando perigosamente o rosto do dele. Fluer Fungou.

- Se isso acontecer vou me divertir imaginando por que detenção medonha vai estar passando...-Ele murmurou mantendo-se firme.

- Senhorita, afaste-se devagar...- Interferiu o professor temeroso que acontecesse alguma coisa.

- Queria que soubesse de uma coisa Malfoy.- Seus narizes quase se encostavam. – Você me enoja.

Ele permaneceu com sua expressão sóbria, mas quando ela fez um movimento para executar um feitiço, foi atirada para longe, batendo com a cabeça em uma árvore, e caiu sonoramente.

Fleur continuava com a mão erguida, sem a varinha, havia usado um de seus poucos poderes de veela. Pôs-se na frente de Draco, com o intuito de protegê-lo, seu nariz torcido de desgosto.

- Hermione. –Gritaram Harry e Rony, ela não estava mais se mexendo.

N/A: Uhhh... será que alguma coisa de muito mal aconteceu com Mione? Eles vão sair vivos desta detenção? Todos eles?