N/A: Alô pessoal, desculpa por ter demorado tanto para atualizar...mas eu viajei, e andei um pouquinho atarefada nos últimos dias...

Missão Cumprida

"Duas palavras abrem qualquer porta: puxe e empurre"
Anônimo

A luz era do amanhecer, todos estavam acostumados com a escuridão da floresta, tinham ficado lá tantas horas que seus olhos estavam ajustados para aquela iluminação. Foi um susto e um alívio para Harry ver o sol, sem as folhagens cobrindo parte de sua luminosidade, e foi um alivio maior ainda ver o castelo com suas altas torres e grandes janelas.

Quando entraram as mesas ainda estavam vazias, era muito cedo para qualquer aluno estar acordado. Haviam andado tanto que Harry estava cambaleante por causa do sono, mas também tinha muita fome, toda aquela caminhada e acontecimentos um tanto confusos o fizeram perder muita energia.

Não viu Rony, ele deveria estar dormindo em um sono profundo e de barriga cheia. Mas agora não era hora de pensar no amigo, que certamente estava bem, até melhor que ele, era hora de tomar um banho, comer e dormir. Faltaria à primeira aula, fosse ela qual fosse, afinal, decididamente não estava em condições de ficar em pé ou acordado, quanto mais aprender algo.

Foi para a sala comunal da Grifinória a mando do prof. Snape, que ordenara que tomassem um banho e então seriam servidos antes dos demais para que pudessem repor as energias. Devagar e acompanhado por Hermione que estava tão cansada quanto ele arrastaram-se, literalmente, até seus respectivos dormitórios, e lá Harry pôde confirmar suas suspeitas: Rony dormia invejosamente bem em sua cama, envolto por cobertas e sua cara não era de fome.

Embora estivesse muito tentado a deitar-se em seu macio colchão, sentiu a barriga roncar particularmente alto de fome, e decidiu tomar o banho com a esperança de se manter acordado para comer alguma coisa. O banho foi rápido e tomado às pressas, seco e já vestido Harry desceu, um pouco mais motivado, as escadas para a sala comunal e esperou por Hermione, que demorou pouco mais de dois minutos para aparecer no seu lado e puxá-lo para além do retrato da Mulher Gorda.

Suas pálpebras pesavam insistindo em fechar e não tornar a abrir toda a vez que ele piscava, acompanhando Mione pelos corredores, Harry sentia-se cansado e estranhamente mais vagaroso que o comum. Seguiu a garota, que estava um pouco desnorteada, mas ele não se importava com isso, desde que ela não soltasse sua manga e que ele pudesse continuar com os olhos fechados descansando, até que tropeçou e quase levou um tremendo tombo.

- Harry, presta atenção! – Reclamou a garota ajudando o amigo a se equilibrar novamente.

- Estou com sono. – Ele se queixou, esfregando o joelho que tinha o batido no chão.

- Vamos comer alguma coisa e depois dormimos. – Resmungou ela voltando a andar

- Ok. – Concordou Harry a seguindo.

Eles foram o até o salão, e ainda guiado por Hermione, Harry se sentou e desabou com os braços na mesa sem nenhuma cerimônia.

- Hey, Potter, está na mesa errada. Sei que todos gostariam de ser da Sonserina mais a vida não é generosa com idiotas... – Disse lentamente uma voz conhecida e muito arrastada. Harry levantou a cabeça e deu de cara com Malfoy sentado bem na sua frente, ele tinha os olhos semi- cerrados e Fleur dormia tranqüilamente em seu ombro.

- Malfoy? – Perguntou Harry lentamente, sua voz também se tornara arrastada, não tanto quanto a habitual de Draco, que falava mais vagarosamente ainda, porém seus olhos estavam mais abertos que os de Harry.

- É, os seus óculos não funcionam nada bem. – Ele sorriu maldosamente.

- Pois eu acho que são os seus olhos azuis-sem-graça que não funcionam. – Retrucou Harry. – É você que está na mesa errada

- Potter, eu sei onde fica a minha mesa. – Ele apontou para a mesa. – E é aqui.

- Aqui é a mesa da Grifinória... – Resmungou Harry voltando a apoiar a cabeça nos braços.

- Não é não. – murmurou Draco infantilmente.

- Senhores? – Snape acabara de aparecer atrás de Malfoy, e tinha em seu rosto um olhar admirado.

- Hum? – Perguntou Hermione descontraída.

- Por que estão discutindo? – Ele observou seus alunos tontos de sono.

- Por que Potter insiste em dizer que esta é a mesa da Grifinória. – Informou Draco rindo como se aquilo fosse um absurdo.

- E Malfoy diz que é da Sonserina! – Retrucou Harry levantando novamente a cabeça.

- Os senhores beberam alguma coisa? – Snape sorriu cruzando os braços.

- Hein? – Fizeram os dois em uníssono.

- Alcoólica? – Continuou ele agora quase rindo.

- Não! – Disse Draco emburrado.

- Se querem saber minha opinião parecem estar..um pouco... – O professor ergueu as sobrancelhas - Bêbados!

- Bêbados? – Repetiu Malfoy bobamente. – Como o senhor pode dizer isso? Eu passei a noite inteira naquela maldita floresta!

- Estão um pouco lentos demais. – Comentou Snape admirando eles. – E esta mesa não é da Sonserina...

- Haha! – Exclamou Harry apontando para Draco. – Eu sabia!

- E muito menos da Grifinória. – Completou Snape, ao que Malfoy fez uma careta satisfeita. – É da Corvinal. Creio que um bom sono curará esta tonteira dos senhores... – Ele deu uma pequena risada. - Os elfos estão vindo com algo que os senhores possam comer, e fiquem nesta mesa mesmo. – ele se afastou ainda risonho.

A profa.McGonagal atravessou o salão correndo com um aluno que parecia estranhamente familiar, mas Harry estava tão cansado que não se importou muito em tentar lembrar onde o tinha visto. Serviu-se de algumas torradas que estavam, na sua opinião, deliciosas, não como sempre, estavam muito, mas muito deliciosas mesmo, foi então que ele pensou que todo aquele esplendor de suas torradas devia ter uma provável origem da fome avassaladora que sentia naquele momento.

Hermione comia com pressa um mingau esquecendo dos modos. Isso era realmente raro acontecer, era ela quem cutucava Rony toda a vez que este fazia alguma coisa errada, Fleur havia sido acordada por Malfoy e agora comia panquecas animada com o mesmo, que servia para os dois o suco de abóbora.

Foi um admirável café da manhã, e extremamente pacifico, considerando o fato de que estavam sentados, na mesa da Corvinal, grifinórios e sonserinos, se alimentando juntos, não houve brigas já que Malfoy estava ocupado demais comendo as panquecas com Fleur para notar Hermione e seu repentino esquecimento dos bons modos.

Depois de comerem, Harry e Hermione foram para Grifinória deixando Malfoy que cortava uma laranja em pedaços e Fleur que tomava suco na mesa. Caminhavam pelos corredores praticamente dormindo, foi um milagre não terem batido de cara em alguma parede de pedra fria. A Mulher Gorda estava confusa com aqueles alunos indo e vindo para passar por sua moldura naquelas horas da manhã.

- Jovens,o que fazem acordados as estas horas? – Perguntou ela retirando rolos do seu cabelo.

- Hipogrifo em terra. – Harry disse a senha, desanimado.

- Respondam a minha pergunta. – Disse ela ajeitando seus cachinhos.

- Hipogrifo em terra. – Repetiu Hermione automaticamente.

- Sabiam que é muito mal educado não responder às pessoas? – A Mulher Gorda olhou feio para eles, desviando sua atenção do seu pequeno espelho por um momento.

- Nos deixe entrar... – Suplicou Harry. - Por favor ...

- Sr.Potter, sempre foi tão educado e gentil com os quadros. – Chiou a pintura. – E a senhorita Granger sempre primou pela educação...

- Por favor – Hermione esfregou os olhos. – Estamos com sono

- Por que estavam fora da cama? – Retrucou ela largando o espelho.

- Hipogrifo em terra! – Gritou Harry.

- O que estavam fazendo? – Seus olhos brilharam de curiosidade.

-Hipogr... – começou Hermione, mas ao ver a cara da Mulher Gorda, ela desistiu. - Estávamos em detenção!

-A detenções não vão até estas horas. – Ele arregalou os olhos, curiosa, aproximando-se cada vez mais deles.

- Como os sonserinos têm sorte de ter uma parede que não faz perguntas! – Intrometeu-se a pintura de um homem logo ao lado.

- O que está fazendo aqui! – A Mulher Gorda voltou-se furiosa para ele. - Seu lugar é na sala comunal da Sonserina! –

- Agora queres me proibir de passear pelas molduras? – Ele riu gostosamente.

- Certamente todos agradeceriam se você desaparecesse! – Exclamou ela erguendo o dedo ameaçadoramente.

-Hum...Nós poderíamos entrar e deixá-los aqui discutindo à vontade? – Perguntou Harry esperançoso.

- Vocês têm que ver como este homem é horrível!

Hermione gemeu num inicio de choro, se encostando a uma parede e fechando os olhos.

- Eu? - Protestou o quadro. – Pois nenhum aluno nunca reclamou de mim!

- Ora, seu metido convencido! – Ela fungou. – Eu só quero a segurança de minha casa!

- Parem com isso! – Pediu Harry cansado.

- O que você quer é fofocar! – Acusou o homem mexendo furiosamente na capa. – Sua gorducha!

Ela abriu a boca, indignada, colocando a mão um pouco abaixo de seu pescoço, procurando palavras para rebater a ofensa.

- Olhem aqui. – Interrompeu Harry antes que recomeçassem. - Poderiam discutir outra hora? Quero entrar na minha sala comunal e isso é um direito meu! –ele lançou um olhar incisivo para os dois. – Hipogrifo em terra!

A Mulher Gorda olhou indignada para ele, ainda à procura de palavras, mas parecia não tê-las encontrado, já que selou os lábios e abriu passagem para os dois.

- Ah, finalmente! – Resmungou Hermione passando pelo buraco da parede que dava acesso à sala comunal da Grifinória acompanhada de Harry.

Os dois se separaram chegando às escadas, Harry vestiu seu pijama, e quando estava prestes a deitar na cama viu ao lado, na cabeceira, um pergaminho escrito que não tinha percebido antes:

Harry

O Snape disse que amanhã não teremos as duas primeiras aulas já que ficamos a noite inteira atrás daquelas malditas almedas rosas... Ainda bem, não me agüentava mais em pé, e depois eu ficaria dormindo até se tivesse aula, estou com sono e não me acorde de manhã.

Como eu acho que vou acordar antes de você, mesmo que eu duvide um pouco disso, dava pra escrever aqui como está o Odoy? Ele não morreu né? Até que era bem simpático... Demorou muito para que os professores achassem vocês? Pegaram quem atirou a flecha? Ninguém se machucou? Tomara que não, sem contar o Malfoy, claro. Bom sono pra você, e desculpe por ter que fazê-lo escrever ,eu sei que está com sono, mas se não escrever vou te acordar!

Atenciosamente

Rony

Harry suspirou e sorriu para o amigo que se remexia na cama, pegou pena, tinteiro e respondeu no mesmo pergaminho:

Rony

Não fique com peso na consciência por ter me feito ficar acordado por mais alguns minutos para responder suas perguntas : Não sei se o professor Odoy está bem, mas Madame Pomfrey não parecia nada desesperada, .Todo mundo está bem, até o Malfoy embora ele tenha ficado bem engraçado com todo aquele sono, o Dino sumiu, mas creio que a prof McGonagal já o achou. Não me acorde, tive realmente muito trabalho para passar pela Mulher Gorda.

Atenciosamente

Harry

Harry não esperou nem mais um segundo e se jogou na cama, dormiu quando fechou os

0olhos...

Estava tudo estranhamente escuro demais, seu corpo estava gelado, mas não estava com frio... sem

aviso algumas luzes apareceram ao seu redor, seus olhos se estreitaram, numa tentativa de se acostumar com a luminosidade, então ele percebeu serem estrelas, estava flutuando sozinho.

Abaixo dos seus pés havia uma densa floresta, apertando um pouco mais os olhos podia ver algo se mover rápido e sem fazem ruídos. Ainda observando o movimento em meio à massa verde escura que era a floresta, decidiu descer até lá. Localizando uma boa área de pouso, ele deu um impulso leve com a cabeça, o que o fez descer muito rápido, aterrissando com um ruído cortante no ar.

Seus olhos vermelhos vasculharam a área a sua volta sem que mexesse um músculo, continuava com os joelhos levemente dobrados, para amenizar o impacto da aterrissagem, os braços estendidos suavemente para manter o equilíbrio. Após se assegurar que estava só com o vento e o chacoalhar das árvores, endireitou-se.

Um leve sorriso torneou seus lábios finos, a luz do luar fez que seus sapatos lustrosos brilhassem, deu alguns passos, seguro que ele logo apareceria. Afastou alguns arbustos para ter uma vista melhor do castelo, há quanto tempo não vinha ali? Muitos anos, certamente. Foi surpreendido por uma sensação estranha, mais conhecida, era como se houvesse alguém respirando fortemente ao seu ouvido, mas ele sabia que não tinha ninguém ali... ele sabia que ainda estava longe, mas se aproximava rapidamente.

Virou-se encarando uma grande árvore, a respiração no seu ouvido tornando-se mais forte a cada momento...alguns galhos se quebravam à medida que os passos rápidos se aproximavam. Uma mão pálida surgiu afastando alguns galhos da árvore, assim abrindo caminho para o homem alto e esguio que carregava um grande arco dourado e uma flecha posicionada para atingir qualquer um que ele desejasse, mas assim que o viu, direcionou a flecha par ao chão.

- Mestre? – Perguntou o homem incerto.

- Não reconheces teu pai? – Ele deu um sorriso ao observar o homem ajoelhar-se e pedir mil perdões.

- A selva tem me deixado louco... – A arma agora jogada no chão, ajoelhado, tinha a testa encostada no chão, o que fez suas vestes pretas se espalharem, formando um circulo, o que parecia um grande buraco no chão.

- Mesmo na loucura não deves esquecer teu mestre. – Lançou um olhar frio a ele, podia sentir o seu medo crescer.

- Nunca mestre, nunca...

- Mas pelo que fui informado... – Mexeu o pé despreocupadamente. – Tevês sucesso em sua tarefa.

- Sim...

- Assim reforças minha confiança em ti.

Acordou exaltado, o que havia sido cumprido? Ele sabia que estava na pele de Voldemort naquele sonho, e que ele devia ser mais de um sonho, uma realidade. Só não conseguia saber o que, o que o aliado das trevas havia feito.

N/A: Ok, vocês sabem o que ele cumpriu, não é? Está bem claro...mas eu vou explicar nos próximos caps se alguém não entendeu.

Angela Danton: Sorry, eu sei que eu não disse o que aconteceu com o Dino, nos próximos, nos próximos... Estou feliz por você ter achado a fic legal, mas sabe com é...se as pessoas não comentam é de se achar que está ficando ruim...

Nina Black Lupin: Eh, garota, voltou é! Hehhee, eu sei muito bem das suas dificuldades com a internet... Desculpa a falta de modéstia, mas eu também amo a minha Fleur! É, escritores sabem o que é não ter comentários, espero realmente que as pessoas que não comentam só sejam um pouco preguiçosas demais, ou talvez envergonhadas...ou simplesmente não tenham idéia do que falar além de "gostei". Aaaah, mas eu ficaria feliz ainda se alguém me mandasse comentário com " sua fic é boa, atualiza."