Yo, minna!
Anos depois cá estou eu com o segundo capítulo. I'm back to the fight! XD Podia arranjar mil e uma desculpas, mas eu digo a verdade… demorei tanto por preguiça mesmo XD. Mas aqui está o capítulo. Eu devo estar doente para actualizar duas fics num tão pequeno espaço de tempo. XD. Bem, eu vou, então calar-me… Boa leitura!
Capítulo 2: Pensamentos…
Shaoran estava debaixo da água morna do duche. A água escorria-lhe pelo corpo.Abanou a cabeça e encostou a testa na parede A bela visão daquela criatura maravilhosamente linda que era a esposa do seu amigo não parava de lhe atormentar a mente. Mas que podia ele fazer? A visão daquela jovem mulher quase fizera o sangue parar de circular no seu corpo. Ela era terrivelmente bonita e diferente de todas as outras mulheres que Shaoran já tinha visto. Aqueles olhos… Sim, eram aquelas belas esmeraldas que a tornavam tão especial… Abanou novamente a cabeça. Desta vez com mais vigor. Não podia ter aqueles pensamentos sobre a mulher daquele que era o seu amigo de infância. A relação que teria com ela teria de ser o mais impessoal possível. Deu um suspiro profundo e saiu debaixo daquele chuveiro improvisado, anexado numa sala ao lado do quarto que era agora os seus aposentos. Vestiu um robe vermelho escuro que deixara pendurado ao seu alcance e passou as mãos pelos revoltos cabelos. Mais uma vez suspirou, pressentindo que a sua vida não seria particularmente fácil dali para a frente…
Do outro lado do palácio, Sakura tomava também o seu banho matinal. Estava emergida na sua banheira de mármore particular. Hiro já tinha sido para os seus afazeres, cedo, como todos os dias. Mas não era nele que a jovem Sakura pensava… Não. Era em Shaoran, aquele que se encarregaria de a ensinar dali para a frente, pelo menos durante uns tempos. Mesmo no fugaz instante em que estiveram juntos na noite anterior, Sakura reparara como ele era bonito. Sim, Hiro também era bastante atraente, mas nele a jovem de olhos esmeraldinos via apenas um amigo, apesar deste ser seu marido. Agora a maneira como pensava no belo Shaoran era outra. Reparara, mesmo ele estando inteiramente vestido, no seu porte forte e musculoso. E aqueles olhos… lindos. De cor tão rara como os seus. Claro que Hiro também tinha um porte forte, ele próprio um soldado, de outra maneira não poderia ser. Mas, como já foi referido, Shaoran era diferente. De repente, Sakura deu por si a pensar como seria ser possuída por um homem daqueles... Sacudiu a cabeça, repreendendo-se mentalmente, subitamente envergonhada com aqueles pensamentos vergonhosos. Ela própria uma virgem, nunca tinha experimentado os prazeres da carne e nunca tinha pensado muito nisso. Apenas Shaoran lhe acendera esse pensamento, na sua antes, pura mente. Aliás, ele era o primeiro homem em quem pensava libidinosamente. Se quisesse saber como era a sensação poderia fazê-lo com Hiro, afinal o porte deles não era assim tão diferente. Nestes últimos dias tinha começado a pensar resignar-se e ser como uma verdadeira esposa para Hiro. Afinal estava à espera do quê? Não havia salvação possível para ela. Não iria aparecer o grande amor da sua vida e levá-la para fora dali. Era uma mulher casada e não havia nenhuma lei que o poderia impedir. Pelo menos nenhuma lei que estivesse ao seu alcance. Suspirou pesadamente e levantou-se da banheira, vestindo o robe verde-escuro de seda (que lhe fora oferecido pela sua ama, para condizer com a cor dos seus olhos), que estava pendurado ao lado da banheira.
Depois de devidamente vestida e penteada, Sakura resolveu ir dar uma volta pelo palácio, afinal que mais tinha ela para fazer agora? Saiu pela porta dos seus aposentos. Vestia um vestido vermelho de seda, com detalhes de pequenas flores amarelas e rosas. Os cabelos soltos, que lhe ficavam mais ou menos pela altura dos ombros, esvoaçavam enquanto andava. Caminhou pelos longos corredores de chão de mármore e decorados com inúmeros jarros de flores. Passou pela porta do escritório do seu marido. Bateu à porta, resolvendo verificar se ele estava lá. Um "entre" foi proferido do lado de dentro, mas a voz não era de Hiro. Sakura entrou. Lá dentro estava o velho Tsang sentado na secretária.
- Oh! Bons dias, Senhora Sakura. – cumprimentou gentilmente, pondo-se de pé.
- Bons dias, meu bom Tsang. Podes voltar a sentar-te. Não te incomodes comigo. – respondeu ela.
Tsang voltou a sentar-se, parecendo cansado.
- Onde está o meu senhor e marido Hiro? – questionou Sakura.
- Ah… Bem, o seu esposo… foi à aldeia. – respondeu Tsang, hesitantemente.
- À aldeia? Porquê? Que foi ele lá fazer? – Sakura ficou subitamente preocupada.
- Não se preocupe, senhora. – disse Tsang, reparando no tom dela. – Ele está protegido. Foi lá para tentar conversar com o povo, embora na minha humilde opinião não sirva de nada. – terminou com um pesado e cansado suspiro.
Sakura não ficou mais aliviada por Hiro estar protegido. Sentia-se inquieta por ele estar fora da segurança dos muros do palácio.
- Ah, bem… está bem. Eu vou então continuar o meu passeio. Obrigada, Tsang.
- De nada, minha senhora Sakura.
Tsang pôs-se de novo, respeitosamente, em pé. Ela dirigiu-lhe um sorriso ao sair e desapareceu através da ombreira da porta, fechando-a atrás de si. Tsang deixou-se afundar na cadeira, com mais um suspiro de cansaço. Algo lhe dizia que não fora particularmente boa ideia, Hiro ir à aldeia.
Enquanto isto… Hiro e alguns dos seus soldados encaravam uma pequena multidão que parecia… bem… não propriamente feliz. Hiro tentava obter alguma reacção positiva deles com as suas palavras. A multidão era constituída, na sua maioria por homens e mulheres adultos, algumas crianças agarradas à saia da mãe aqui e ali e até mesmo algum cão ou gato curioso.
- Vamos… não sejam precipitados… – dizia Hiro, com a sua voz melodiosa.
- Precipitados? – indagou cepticamente, um homem que parecia ser o chefe, por assim dizer, daquelas outras pessoas. – Nós somos precipitados? – continuou céptico.
Era já um homem um pouco velho. O seu cabelo completamente cinzento, olhos escuros e duros, mas ainda tinha o porte de um guerreiro.
- Por favor, senhor Haoshi. O senhor sabe muito bem que a atitude do povo tem sido algo precipitada, atacando os nobres. – ripostou Hiro, referindo-se ao homem de cabelos grisalhos que falara anteriormente.
- Oras… - começou de novo Haoshi. – Capitão Hiro, de que outra maneira poderia o povo manifestar-se contra a extorsão do Imperador?
- Há muitas maneiras de mostrarem o vosso desagrado… - tentou Hiro falar, mas foi cortado por Haoshi.
- Ah sim? Então enumere-as, capitão. – propôs em tom desafiador.
Hiro suspirou. Sabia muito bem que os seus argumentos não convenceriam aquela gente, muito menos entrariam na cabeça dura do velho Haoshi, mas mesmo assim tentou.
- Ora, bom Haoshi… Com diplomacia, conversações… - novamente foi interrompido.
- Pois claro! Já sabia que dirias isso rapaz! O Imperador nunca ouviria a voz do povo e tu sabes muito bem! – Haoshi pronunciou. Ouviram-se alguns murmúrios e expressões de apoio atrás de si.
Um dos soldados mais jovens de Hiro chegou-se à frente.
- Quem o senhor pensa que é para falar assim com o nosso capitão Hiro? – disse para Haoshi, num tom descontente.
- E quem tu pensas que és, rapaz, para falar assim comigo? Para tua preciosa informação, jovem, eu conheço o teu capitão Hiro, desde que usava fraldas e mamava nos seios da sua mãe! – respondeu rispidamente o velho.
- Por favor, Mao. – disse gentilmente Hiro, ao jovem soldado que falara. – Não te metas, peço-te.
O jovem Mao, recuou, assentindo hesitantemente.
- Relembrando agora a tua infância como um de nós Hiro, muito me surpreende que tenhas passado para o lado de lá e chegado ao posto a que chegaste. – comentou Haoshi.
- Nada se consegue sem trabalho, bom Haoshi. E é como um de vós que eu estou aqui para vos pedir que acabem a revolta ou pelo menos encontrem outro meio para a fazer. – pediu o jovem capitão.
- Hiro, não existe outro meio. Só desta maneira abriremos os olhos ao idiota do nosso Imperador!
- Por favor, Haoshi. Reconsidera. Esta gente – fez um gesto na direcção da multidão – ouve-te. Acatarão aquilo que disseres. Arranja outra maneira, por favor.
- Já te disse que não há outra maneira! Junta-te tu a nós Hiro! Os teus homens são-te fiéis, seguir-te-ão seja qual for o caminho que escolheres! Se te juntares a nós será um rude golpe nas defesas do Imperador! – sugeriu Haoshi, entusiasticamente.
As pessoas atrás de Haoshi, murmuraram, esperançadas que Hiro aceitasse. Ele suspirou exasperado e abanou tristemente a cabeça em sinal negativo.
- Sabes bem que não posso, Haoshi. Jurei fidelidade ao Imperador e não sou do tipo de homem que quebra juramentos... – disse, triste. – Além do mais, sou casado com uma das suas filhas. Não posso simplesmente trair o pai da minha esposa. – suspirou outra vez – Suponho que então, acabaram as conversações.
Hiro voltou-se para irem embora, fazendo sinal aos seus homens para o seguirem, mas então, Haoshi pronunciou-se outra vez:
- E a fidelidade para com o teu povo? Tornas-te assim um traidor das tuas gentes, Hiro! Eu, que te vi crescer, esperava que nos levasses mais em consideração! É aquela maldita feiticeira de olhos verdes que te mantém sob o seu feitiço, não é? Por isso estás cego! Preso num encantamento de amor, daquela bruxa! – Haoshi praticamente gritou.
A multidão susteve a respiração, ao perceberem que Haoshi falara de mais. Ele próprio pareceu dar-se conta disso, quando Hiro parou de andar e se voltou lentamente para trás, com um brilho demoníaco nos olhos.
- Nunca… - começou ele, parecendo furioso. – nunca mais te atrevas a falar assim dela! Um velho como tu não devia sequer abrir a boca para falar da minha senhora! – dito isto, Hiro, desferiu um soco na cara do homem, que nem teve tempo de se defender e caiu no chão.
A multidão encolheu-se perante aquele gesto e a fúria que parecia emanar do jovem capitão. Haoshi, ainda no chão, levou a mão direita à face que tinha sido atingida e olhou, com algum temor, para o rapaz à sua frente. Este pareceu-se dar conta do que tinha feito e amenizou a sua expressão, parecendo arrependido. Um fio de sangue escorria do canto da boca de Haoshi. Hiro estendeu-lhe uma mão e disse:
- Perdoa-me Haoshi. Falei sem pensar, assim como acredito que não tiveste verdadeiramente intenção de ofender a minha senhora. Por favor, aceita a minha mão. Não deixemos que a nossa amizade acabe assim.
Mas Haoshi ignorou a mão estendida e levantou-se sozinho. Olhando furiosamente para Hiro. A multidão retraiu-se e alguns começaram a dispersar, assim como algumas mães levaram os filhos para casa.
- Então as tuas desculpas são falsas! Pois eu tive verdadeira intenção de atingir aquela bruxa! – respondeu, destemidamente Haoshi.
Todos temeram o que iria acontecer a seguir. Temeram que Hiro puxasse da espada e matasse ali o velho. Todos sabiam a devoção e amor que ele tinha à sua esposa Sakura. Mas isso não aconteceu. Hiro apenas suspirou, triste e controlou a sua raiva. Voltou novamente as costas a Haoshi e começou a andar para ir embora. No caminho, apenas disse:
- É uma pena que a nossa amizade acabe aqui e assim, Haoshi. – e todos perceberam o tom perigosamente calmo e raivoso com que Hiro disse aquilo, deixando uma nota de vingança no ar.
Haoshi novamente não controlou a sua língua e murmurou, ainda que num murmúrio audível para quem estivesse perto:
- Traidor do próprio sangue! Cão miserável que não merece o chão que pisa! Filho da … - deteve a sua língua nesta parte devido ao respeito para com a mãe dele.
Desta vez os outros soldados tiveram que agarrar Mao, para este não se atirar para cima de Haoshi e o espancar. Hiro disse calmamente:
- Deixa, Mao. Já ouvi muitos insultos na minha vida e esta não será a última vez, só tenho pena que venham de quem vêm. – e continuou o seu caminho, sendo seguido pelos seus soldados arrastando um Mao, já mais calmo.
Sakura, que estava a caminhar no jardim em frente ao portão do palácio, viu Hiro aproximar-se com a sua escolta. Quando eles passaram os portões, que se fecharam atrás deles, ficando em segurança, Sakura correu para o seu marido.
- Hiro! Fiquei preocupada! Não devias ter ido! – repreendeu.
Ele suspirou, tentando esboçar um sorriso alegre.
- Desculpa ter-te preocupado minha flor. Mas tinha de tentar falar com eles.
- E então? Como correu? – perguntou ela, curiosa.
Pela milésima vez no mesmo dia, Hiro suspirou. Ofereceu o braço a Sakura. Esta aceitou-o. Começaram a caminhar pelo jardim. Hiro contou-lhe pesarosamente o que acontecera. Sakura ficou triste por uma amizade ter acabado por sua causa. E quando revelou isso a Hiro em voz alta, ele tentou confortá-la:
- Não, minha Sakura. A culpa não foi tua. Se isto tinha de acontecer seria inevitável. Se alguém é culpado, sou eu, por ter agido de cabeça quente.
- Oh, não, Hiro! Não te sintas culpado, peço-te por favor. – pediu ela.
Ele sorriu-lhe um pouco mais alegre. A presença dela fazia-lhe bem. Tentou mudar para outro assunto:
- Então e Shaoran? Onde está ele? – questionou.
Sakura ficou subitamente corada, mas Hiro pareceu não reparar. Os seus pensamentos vergonhosos de quando estava no banho, afloraram-lhe à mente.
- Não sei. – respondeu ela, não conseguindo olhar nos olhos negros de Hiro. – Ainda não o vi hoje.
Ele fez um aceno de cabeça e continuaram a caminhar. No entanto, num canto escuro, não muito longe deles, Shaoran ouvia e observava tudo. O que Hiro, também, não sabia era que Shaoran estivera na aldeia disfarçado e presenciara tudo. Não que aquilo tivesse muita importância. Apenas ficara um pouco chocado quando vira, Hiro, bater em Haoshi. Shaoran também conhecia o homem. Ele e Hiro costumavam brincar com os filhos dele, quando eram crianças. Mas os seus dois filhos homens, tinham morrido numa guerra na qual foram colocados, contra vontade do pai, pelo actual Imperador. Era compreensível que o homem guardasse algum rancor. Agora tudo o que tinha era uma filha, de uma mulher da vida, que tivera a criança e a deixara com Haoshi. Shaoran nunca vira a rapariga, mas supunha que ela fosse alguns poucos anos mais nova que ele. Ainda assim, achara que Haoshi tinha abusado um pouco da sua sorte, deu também para Shaoran perceber que Hiro não permitia qualquer coisa que fosse feita contra a sua esposa. Suspirou. Era pena que a amizade com o velho Haoshi tivesse acabado assim e provavelmente quando soubesse que Shaoran estava no palácio para ensinar Sakura a proteger-se, também nunca mais quereria nada com ele. "Por um, sofremos todos.", pensou Shaoran, "Mas não posso culpar o Hiro, ele teve motivos para aquilo que fez.". Deu meia volta e entrou dentro do palácio. Assim, como Sakura e Hiro já tinham desaparecido da sua vista.
Shaoran, Hiro e Sakura só se reuniram naquele dia à hora do jantar. Estavam sentados a uma comprida mesa de madeira escura. Hiro sentava-se à cabeceira, Sakura do seu lado direito e Shaoran do lado esquerdo. A restante mesa era ocupada por alguns outros nobres que viviam no palácio também e alguns dos servos com cargos mais altos, como Tsang, por exemplo. Durante toda a refeição, Shaoran não parara de olhar Sakura intensamente com os seus intensos olhos âmbares. Apenas desviava os olhos quando era obrigado a fazê-lo, para olhar para Hiro. E Sakura reparou naqueles olhos intensos, a observá-la, tentando ao máximo, evitar cruzar o seu olhar com o dele. Mas sentir aquele olhar, quase lascivo (na sua opinião), em cima dela, fizera-a ficar mais vermelha que o vinho no seu copo de estanho. Hiro parecia não reparar nos olhares de Shaoran para a sua mulher, ou se reparava, fingia que nada via. Sakura perguntava-se porque estaria ele a fazer-se de cego. Claro, que Shaoran era seu amigo, mas daí a permitir que ele a olhasse assim… isso fazia-a sentir-se incomodada. Quando, por fim, Hiro deu por terminada a refeição, sentiu-se aliviada. Pelo menos assim ficaria livre do olhar de Shaoran. Mas enganara-se, ficando novamente incomodada, quando, ao saírem da sala, Hiro lhes lembrara que Shaoran devia começar a ensinar Sakura o quanto antes.
- Se a senhora concordar, podemos começar amanhã cedo. – sugeriu o jovem mestre.
- Então, Sakura? Pode ser? – questionou Hiro.
Ela apenas assentiu com a cabeça numa afirmação.
- Então, peço-lhe, senhora Sakura… - Shaoran pronunciou o nome dela, de uma maneira algo sedutora na sua opinião, o que a vez novamente ficar ruborizada. – que esteja pronta por volta das 8 da manhã.
Sakura assentiu novamente.
- Então… boa noite, Senhora, Hiro. – despediu-se Shaoran.
- Boa noite, Shaoran. – retribuiu Hiro, sorrindo.
Ao ir embora, Shaoran não perdeu a oportunidade de beijar a mão de Sakura. Ela sentiu a pele queimar no sítio onde os lábios dele tocavam. E enquanto beijava a mão dela, naquele cumprimento aparentemente formal, não deixou de a olhar nos olhos calorosamente. Feito isto, virou-se e foi-se embora, retirando-se para os seus aposentos. Sakura quase podia sentir a marca dos lábios dele latejar. E quando o observou a deslocar-se para o seu quarto, não pode deixar de reprimir os pensamentos indecorosos que mais uma vez lhe assaltaram a mente. Ela e Hiro acabaram também por irem para o seu quarto.
Sakura já tinha a sua camisa de noite vestida e observava de pé, Hiro sentado na cama de casal, tirando as botas. Não pôde evitar, que uma pergunta menos "decente" lhe escapasse dos lábios, ao observar cada movimento do belo corpo de Hiro.
- Hiro? – chamou. Ele soltou um "Hum?". – Como é fazer amor com alguém? – perguntou rapidamente.
Por um momento pensou que ele não tivesse ouvido bem, devido à expressão confusa que fez. Mas depois a expressão confusa mudou para surpreendida e depois para uma passiva. Apesar de apanhado completamente desprevenido com a pergunta da sua amada, respondeu simplesmente:
- Não sei.
Ela ficou confusa. Como assim? Ela tinha certeza que ele já tinha dormido com outras mulheres, pelo menos antes de serem casados.
- Como não sabes? – começou ela. – Pensei que…
Ele interrompeu-a.
- Simplesmente não sei, Sakura. Já me deitei com outras mulheres, sim. Mas o que fiz com elas não foi amor. – respondeu. – A única pessoa com quem o poderia fazer, não me quer. – acrescentou, sorrindo-lhe tristemente.
Ela ficou um pouco chocada. Aquilo não era inteiramente verdade. Sakura tinha começado, a olhar para ele com outros olhos naquele dia. Reparara melhor como ele era bonito e forte. E olhava-o agora quase que com desejo. Mas do outro lado tinha Shaoran. Uma imagem dela numa cama, com o jovem de olhos castanhos, ambos nus, passou-lhe pela cabeça. Rapidamente sacudiu-a para se livrar daquele "horrível" pensamento.
- Mas porque queres saber isso, Sakura? – indagou Hiro, despertando-a das suas divagações.
- Por nada, Hiro. Apenas tive curiosidade. – respondeu ela.
Hiro não ficou muito convencido, mas encolheu os ombros enquanto ela se deitava na cama. Terminou de se "arranjar" e deitou-se também.
Sakura repreendia-se mentalmente por ter feito aquela pergunta idiota e pelos seus pensamentos impúdicos. Se não fazia aquilo com o seu marido, porque tinha que se imaginar a fazê-lo com outro homem? Ainda por cima, um homem que mal conhecia. Teve uma súbita raiva por Shaoran, por ele ter feito este tipo de pensamentos despertarem nela, mas rapidamente de desfez desse sentimento. Não, era uma idiotice pensar assim. Se alguém era culpado era ela. E fechou os olhos com força, obrigando-se a dormir.
Hiro, por sua vez, também estava perdido nos seus pensamentos. Remoía na sua cabeça a pergunta de Sakura, e remoía também o motivo pelo qual ela perguntara. E mais, questionava-se até quando eles iriam viver assim? Aquilo era como viver numa mentira. Todas as noites, os criados e as outras pessoas pensavam que eles se deitavam juntos. E na verdade deitavam-se, apenas não cumpriam os costumes de dois adultos casados. Daqui a algum tempo, Sakura teria de estar grávida. Poderiam, claro, alegar infertilidade. Mas aí iriam sugerir para ele tomar outra esposa e ele não queria. Deu mais um suspiro, e adormeceu sobre aqueles pensamentos.
Do outro lado do palácio, Shaoran também estava na cama. Mas não dormia. Mais uma vez os seus pensamentos voavam em direcção a… Sakura. Pensar que agora ela estava na cama de Hiro, dava-lhe a volta ao estômago. Tentava não imaginar o que estariam a fazer, isso causava-lhe uma sensação incómoda. Só de imaginar, Sakura com outro homem, fazia-lhe o sangue ferver. "Mas que estou eu para aqui a pensar?", pensou. "Eles são casados, podem fazer o que muito bem entenderem, que eu não tenho nada a ver com isso. E desde quando eu me importo com uma mulher? Ora… Posso ter todas as que quiser, porque fico a pensar apenas nela?". Aquilo era terrível para ele. Nunca se apaixonara na vida e teria de ser logo pela mulher do seu amigo de infância? Abanou a cabeça. Não, aquilo não era amor. Era apenas desejo. Afinal, Sakura, era a mulher mais bela que já tinha visto. Deu voltas e voltas na cama, tentando adormecer e livrar-se de tão incómodos pensamentos… Amanhã, seria um longo dia…
Continua…
E pronto, já foi! Capítulo dedicado aos pensamentos de cada um. A Sakura está a ficar muito saídinha! XD Mas é compreensível, não meninas? ;p. Podem esperar uma cena quente entre Sakura e Hiro no próximo capítulo. Sim, leram bem XD. SAKURA e HIRO. Mas descansem (aqueles que não gostam) que não vou por para aqui hentai, simplesmente porque não me apetece. XD Mas se quiserem vou pensar nos vossos casos. Quando aos olhares do nosso Shaoran, atrevidinho…XD. Será que o Hiro não repara, mesmo? Hummm…. A ver vamos… Quem estava à espera da continuação desta fic, deve agradecer à escritora Marion Zimmer Bradley. XD Sim, porque eu ando a ler a sua obra "As Brumas de Avalon", e foi essa história que me deu vontade de voltar a escrever. Tanto que até a Sakura, já parece uma Gwenhwyfar (Guinevere, mais vulgarmente), o Hiro um Arthur e o Shaoran um Lancelet (ou Lancelot, como quiserem). Por isso se a Sakura estiver irritante demais para ser suportada avisem XD. Bem, vou então, passar às reviews de alguns meses atrás:
Aggie18: Obrigada pelos elogios! Er… desta vez o Shaoran e a Sakura não vão ter tantos conflitos antes de se apaixonarem. E desta vez vão também perceber rapidamente o que sentem! Ao contrário dos da outra fic, coitados. XD. Beijos!
Cleopatra-Cruz: Oi nee-chan! Claro que tens razões para estar orgulhosa de mim! XD. Loool Estou a brincar. Mas é verdade sim! Se não fosses tu (minha sensei XD) talvez não tivesse conseguido melhorar tanto. Não precisas de ser modesta, porque é bem verdade que foram os teus conselhos que me ajudaram muito! E como mais tarde me disseste no msn, o primeiro capítulo desta fic, não se compara ao primeiro da outra. Nem parece que foi a mesma pessoa a escrever XD. Se bem que me parece que eu tenho um estilo de escrita diferente da outra fic, nesta. Mas se esta fic, está assim tão boa, claro que em parte foi devido a ti! Muito obrigada! Beijos!
Leila M Santos: Claro que eu sei que és leitora da minha outra fic! ;p Ainda bem que estás a gostar! Beijos!
Hyuuga Tha: Oi! Ainda bem que gostou! Amor à primeira vista? Terá sido? XD Parece que sim! É, tadinho do Hiro, ainda nem escrevi nada demais e já estou com pena dele também. Espero que continue lendo mesmo depois dessa demora! XD Beijos! Ja ne!
Mannu Slytherin: Que bom que gostou! Você sabe o quanto eu amo a sua fic também! Eh eh eh… Foi amor à primeira vista sim! E sim… o Hiro irá causar alguns problemas à Sakura e Shaoran, mas ainda bem que gostou dele, eu também adoro ele. De todas as (poucas) personagens que criei, ele é o meu preferido. Acho que todas nós gostávamos de ter um Li, também! XD Beijos!
Daniela Alex: Filhinha! XD Bem que eu estranhei da outra vez! XD Aqui estás tu de volta com os teus reviews curtinhos! XD É claro que eu sou doida! A quem tu achas que sais? Ao lindinho, fofinho, maravilhoso do teu pai é claro que não! XD Ainda bem que gostaste. Er… já devias conhecer a tua mãe… XD Sabes que eu demoro sempre para actualizar. Beijos!
Maylene Angel: Oi mori! Não fiques embaraçada. XD Nem devias ter tido tanta "pressa" em ler isto! XD Já sabes como é a minha preguiça. Vamos ver se esta fic tem assim tanto potencial como dizes! "Até fikei aki a pensar s tava memo a ler uma Fic tua" XDDDDD looooool Esta foi demais! XD É minha sim! XD Mas, quando a escrevi também fiquei a pensar se tinha sido mesmo eu a escrevê-la. XD Beijos, my Yuki! XD
Ana Spizziolli: Oiii! A sua review foi o empurrãozinho que me faltava para voltar a escrever esta fic! Obrigado pelo elogio! Aqui está então a tão ansiosamente esperada continuação! XD Beijos!
E pronto, reviews respondidas, hora de ir. Agora, veremos se a Deusa me dá inspiração para continuar rapidamente a actualizar (XD muitas "Brumas de Avalon"). Uma coisa eu prometo, vou começar a escrever o próximo capítulo, mal acabe isto aqui. Só não sei quando acabarei de o escrever. Bem, então é só!
Ja ne!
Beijos,
Daniela
