Desafio 100 temas: Tema 100 – Sobre sonhos.
Beta: Slplima, meu carinho, amizade e lealdade forever ande ver! Obrigado amore, por mais uma vez aceitar betar uma de minhas loucuras!
Notas da Beta: Minha amiga querida!
Sinto que nosso Yuuri está preso dentro de um turbilhão de sentimentos; a saudade do que foi, e o medo do que virá.
Meu coração entristeceu-se com a dor da alma dele.
O fantasma da morte o assombrando, e tirando-lhe todos os sonhos. O reencontro com o passado e com as recordações doces de sua infância, devolvendo-lhe a esperança. Um ciclo doloroso e perverso, não é?
Ah!
Espero, e muito, que Viktor seja o seu respiro mais profundo e inesquecível.
Parabéns por este capítulo lindo e emocionante. Pois que uma das coisas mais belas da vida é poder estar com aqueles que nos amam, de verdade; a família.
Amei!
Você, Telma, é incrível.
Bjocas, amada.
Notas da Coelha: Eu sempre pensei que nunca mais iria me inspirar, ou reencontrar minha inspiração ao estar assistindo um filme, e ainda mais um que eu amo de paixão. Essa fanfic é inspirada no filme que a diva Queen Latifah protagoniza chamado Last Holiday (As férias da minha vida). Eu tentei apenas me inspirar na situação chave do filme, e espero que tenha conseguido o meu intento, e que vocês me deem uma chance de contar minha estória.
Devo dizer que o estória não terá um final triste! Assim, espero que me deem mais uma vez uma chance, pois não é fácil escrever um tema como este! Sem mais... enjoy!
Música Inspiração: A viagem – Roupa Nova
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Sentado na sala de espera do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, o jovem chefe tentava inutilmente acalmar sua ansiedade. Faltavam poucas horas para finalmente embarcar e, mesmo sabendo disso, sua mente parecia estar em um vórtex, e tudo se tornava humanamente impossível de acreditar. Sentia-se enjoado, e até mesmo com vontade de voltar atrás em sua decisão!
"Katsuki Yuuri! Você não é um medroso! Sua decisão já foi tomada, apenas tente se manter com os pés no chão!" - pensou antes de se deixar levar e cair em uma crise de ansiedade, como nunca mais havia tido!
Respirando profundamente, voltou sua atenção para o luminoso onde indicavam os voos a partirem. Sabia perfeitamente que teria de esperar pela chamada de embarque, mas irrequieto, começava a se mover na cadeira, não achando uma posição confortável.
Talvez, quem sabe, se fosse tomar um chá conseguisse relaxar, mas ao voltar seus olhos curiosos por todo o lugar, descobriu que sua vontade não era tanta a ponto de enfrentar as tantas pessoas que se encontravam naquele setor do aeroporto!
Arrependera-se por não ter pego um livro, ou mesmo comprado uma revista para ler, mas não contava com aquele super atraso! Bufando, pescou seu eletrônico do bolso do casaco e abriu uma das redes sociais, que Phichit havia conseguido que ele criasse. Buscando pelo restaurante Imperiya, esperou que a página deste carregasse para começar a navegar pelo mesmo. As fotos do local, e de alguns pratos servidos, despertavam ainda mais o interesse do japonês.
Ao finalmente clicar sobre uma imagem em destaque das cozinhas, novo link fora aberto, e a primeira foto que ali se encontrava no centro, em evidência, quase o deixou sem ar. O chefe responsável pela cozinha sorria para quem havia congelado aquele momento. Seu sorriso, que lembrava quase um coração, charmoso, os olhos brilhantes parecendo duas gemas preciosas! O moreno mal conseguiu conter um suspiro enamorado.
Viktor Nikiforov era sua paixão platônica desde que pudera acompanhar um vídeo dele. Nunca se interessara tanto por alguém como havia acontecido com o platinado! E ser como ele, ou mesmo parecido, era o que sempre fizera Katsuki se manter na linha, lutando por seus ideais, por seus sonhos!
Com o coração batendo forte e descompassado em seu peito, Yuuri sabia que tinha de conseguir experimentar cada uma daquelas delícias gastronômicas! Todas aquelas delícias que o chefe Nikiforov preparava, e que ele só havia podido tentar descobrir o sabor por seus próprios esforços ao se ariscar reproduzir alguns pratos que encontrava a receita, em seus dias de folga.
Suspirando profundamente, não sentia vergonha por ser um fã e adorador devoto do chefe russo!
Não mesmo!
Sendo assim, tudo que dizia respeito ao platinado o moreno ia atrás, garimpando e lendo avidamente cada nova matéria a respeito do jovem que assumira a cozinha de um dos melhores restaurantes de todo o território russo. E isso já tinha alguns anos, os quais Katsuki saberia contar, um a um, sem pestanejar!
Perdido em seus pensamentos, e recordações, não soube dizer quanto tempo havia passado olhando vidrado para aquela foto única do chefe russo.
Assustando-se com o choro alto de um bebê, Yuuri se remexeu na cadeira, ao observar um jovem tentando conter inutilmente o pequeno em seu colo. Não era bom com crianças... de fato nunca havia tido contato com elas nessa idade, mas sentindo ganas de ir tentar ajudar, ao que parecia, um pai de primeira viagem, se remexeu mais uma vez na cadeira!
Reprimindo a vontade de sair correndo daquele local, automaticamente, o chefe voltou seus olhos para a tela de cristal de seu celular, deixando que o display iluminasse para poder checar as horas.
Dando de ombros, focou sua atenção nos transeuntes que caminhavam de um lado para outro. Centenas de pessoas que passavam apressadas, outras mais tranquilas, alegres, assustadas e até mesmo carrancudas, seguindo para seu portão de embarque tão logo eram impulsionadas por aquela voz fria, impessoal e monocórdia, que a ele lembrava uma gravação e não a voz de alguém que estava lendo os avisos de fato.
A realidade é que era sempre cada um por si mesmo!
Balançando a cabeça, o moreno suspirou pesarosamente. Verdade fosse dita, ele já havia esquecido como era ficar ilhado no aguardo do embarque, e ter de se expor a conversas, risos e ao choro de outrem.
Já mergulhado em melancolia, tentou se desligar mais uma vez, mas sabia que não podia se dar ao luxo de ficar muito tempo com seu eletrônico em uso. Sabia que poderia carregá-lo com a ajuda de seu carregador portátil, mas não deveria abusar da sorte.
Mirando um ponto qualquer, bufou entediado.
Ao guardar o aparelho dentro de sua valise de mão, assustou-se ao reparar que havia esquecido ali, em um dos compartimentos internos, um livro que fora dado como perdido no retorno daquela louca viagem que Phichit e ele haviam feito alguns meses atrás.
Puxando a publicação para fora, preferiu deixar o celular no bolso interno do seu casaco para, em seguida, fechar a valise. Folheou com calma as folhas, buscando por seu marcador.
Agora sim, Katsuki tinha absoluta certeza que as horas iriam passar mais rápido.
Bem mais rápido!
Aliviado, deixou-se envolver naquela maravilhosa obra literária. A narrativa era ótima, e ele sempre gostou muito de ler!
Desde muito pequeno, sua outra paixão eram os livros. Amava os contos, histórias fantásticas, com magia, dragões, mistério! Viajava ao começar a ler. Perdia hora se não se atentasse e, naquela manhã, naquele local tão impessoal, Katsuki Yuuri se desligara totalmente de tudo e todos, sendo envolvido pelo misterioso livro policial que havia encontrado.
Quando, finalmente, se dera conta de que deveria seguir para o portão de embarque, o aviso sonoro pelos alto faltantes já estava na última chamada. De olhos arregalados, e desconcertado, se arrumara rapidamente e com passos decididos, rumara para o local ao qual embarcaria.
Praticamente fora a última pessoa a embarcar, e ao seguir para a classe econômica, não imaginava que ficaria um tanto desconfortável, não pelo lugar, mas sim devido as pessoas que o rodeavam.
Tentando se desligar do que acontecia ao seu redor, Yuuri se fixou em sua leitura o quanto pôde, e quase agradecera alto aos céus quando todos os burburinhos e as conversas cessaram com a chegada do sono!
Yuuri aguentou ficar um pouco mais acordado, mas logo se rendeu ao cansaço, despertando pouco antes da primeira escala, onde ficariam poucas horas até decolarem novamente.
Quando desembarcou no Aeroporto de Fukuoka, tudo correra como algo surreal. Em um momento, estava novamente entre as pessoas verborrágicas, exposto as piadas sem graça e ao choro desconsolado de crianças, e no outro, já havia passado por todos os sistemas legais para poder continuar com sua viagem.
Com calma, seguiu até onde embarcaria em um trem para casa. Não havia necessidade de ter pressa. Ainda teria tempo de sobra para chegar à estação e pegar o trem.
O jovem chefe achara melhor não avisar ninguém de sua vinda, pois não queria se preocupar com o que, de fato, falar para sua família em um primeiro momento.
Recusava-se a ser o alvo de olhares curiosos e repletos de sentimentalismo.
Não era um covarde. Não! Longe disso!
O fato era que não sabia se deveria abordar com a família o que estava acontecendo consigo. E mais, tinha receio de que eles sentissem a maldita pena, ou mesmo, quisessem que ele consultasse outro especialista apenas para já ter a certeza do que ele tinha! Realmente, Yuuri não estava preparado para isso.
Egoísta? Sim, poderia ser, mas seria do seu jeito! Acreditava piamente não aguentar mais esse peso sobre os próprios ombros.
Ninguém, além dele, precisava sofrer. Quando tudo acontecesse, bem... Quando tudo acontecesse, seria apenas a dor da perda! Não teriam que se preocuparem se sua cabeça estaria doendo, ou qualquer outro tipo de situação relacionada!
Yuuri não queria que sentissem pena dele! Talvez ele não suportaria ver aquilo estampado nos olhos de pessoas que ele amava tanto.
Balançando a cabeça, aproximara-se do guichê para comprar sua passagem para casa. O primeiro trem com destino a Hasetsu partiria logo bem cedo, sendo assim teria um tempo para tomar um bom café antes de embarcar.
Enquanto esperava dar a hora para poder se dirigir até a plataforma de embarque, Katsuki aproveitou para checar as notícias, e se inteirar um pouco do que estava acontecendo fora da bolha que ele havia criado ao seu redor.
As manchetes sensacionalistas não prenderam muito sua atenção. Era fulano, astro do rock, que havia se separado, outro que estava vendendo sua mansão milionária em Beverly Hills, e Yuuri ainda não compreendia por quê, cargas d'água, havia se dado ao luxo de começar a ler matérias como aquelas.
Deslizando mais o dedo sobre o cristal líquido de seu eletrônico, passou sem dar a devida atenção sobre como possíveis alterações climáticas atingiriam, não somente o Japão, como também um vasto território europeu e asiático.
Degustando seu cappuccino, o qual havia elegido no lugar de seu chá favorito, Yuuri voltou seus olhos curiosos para todos os lados. Àquele horário a estação começava a ganhar vida. Jovens em seus uniformes escolares seguiam para seus destinos, homens e mulheres imersos em seu próprio mundo seguiam para seus empregos, e ali estava ele, apreciando as pequenas coisas daquela manhã fria.
Lançando o copo descartável na lixeira destinada, caminhou lentamente para a plataforma. Sabia ter tempo suficiente para chegar ao local, mas mesmo assim, caminhou com passos decididos até se encontrar parado a frente da linha férrea, observando melhor o local. Quanto tempo não se via ali, parado, mirando o céu azul?
Um misto de saudosismo e, até mesmo, de déjà vu o acometera. Parecia ter voltado no tempo; ainda jovenzinho e sonhador, a perseguir seus sonhos. Tornar-se um bom chefe e um dia conhecer seu querido chefe russo!
Yuuri era consciente que ainda não havia chegado aos pés de Nikiforov, apesar de ter tentado muito, mas de certa forma, mesmo com toda adversidade que se abatera sobre si, ele iria experimentar os pratos daquele jovem homem, que com apenas vinte e três anos chegara a uma posição cômoda no mundo gastronômico e se mantinha anos a fio nesse patamar, ganhando fama, reputação e renome!
Ao longe o apito anunciava a chegada da composição. Voltando a cabeça na direção da chegada do trem, o nipônico pôde divisar ao longe seu transporte chegando rapidamente.
Mordiscando o lábio inferior, preparou-se para poder embarcar. Faltava muito pouco para estar entre os seus, e matar as saudades de todas as pessoas queridas que estaria vendo pela última vez em anos.
Balançando a cabeça, tentou afastar qualquer tipo de pensamentos que pudessem o desestabilizar. Tinha de chegar em sua casa sereno, e não aparentando alguém que está fugindo totalmente da vida!
De nada valeria o sacrifício de sofrer por antecedência!
Suspirando, deixou que as pessoas que iriam desembarcar, saíssem, para somente depois buscar por um acento cômodo e confortável.
Tão logo havia terminado de se arrumar, novo apito sonoro indicava que o trem estava partindo.
Mirando a paisagem pela janela, o moreno se perdeu em seus pensamentos. Era inegável a saudade que sentia de sua terra natal! De seus costumes, e até mesmo dos aromas, dos doces e do principal: o Katsudon que sua mãe preparava!
Só de pensar nesse prato por deveras delicioso, e o seu preferido, já se relembrava sentado na sala de jantar, degustando aquela iguaria feita com tanto carinho e esmero pela matriarca da família!
Era impossível não ter a boca cheia de água apenas por resgatar essa memória.
Com um pequeno sorriso a lhe iluminar o rosto, Yuuri fechou os olhos em deleite. Queria muito estar entre os seus entes queridos, e imaginar que aquilo não seria um adeus!
Deveria agir como se nada estivesse acontecendo, e ser o melhor possível, ser merecedor de ter o direito de ter seu prêmio! Sim, pois era um trato dos pais consigo, e sempre que ele tirava notas boas nos testes finais, ou qualquer coisa que ele se esforçava em fazer, recebia como prêmio aquele delicioso prato.
E como não lembrar da última vez que pôde estar com os seus, e ter Katsudon?
Como?
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O cheiro gostoso que vinha da cozinha parecia encantar o jovem sentado juntamente a seu pai ao redor da chabudai. A irmã mais velha, estava com a mãe esperando para ajudá-la na tarefa de levar as coisas para junto dos dois, o que fora feito sem demoras, tendo finalmente a família reunida.
- Tudo está mesmo certo com suas acomodações em Paris? – Hiroko perguntou ao sustentar as íris chocolates do filho.
- Sim, okaasa! – Yuuri respondera prontamente, para logo em seguida levar nova bocada de Katsudon a boca.
- A universidade fica próxima, então, de onde vai ficar? – Toshiya sustentou o olhar do filho mais novo ao fazer a pergunta.
- A Le Cordon Bleu não fica muito perto, pelo que eu entendi, mas também nada absurdamente longe pelo que pude ver pelo mapa. – respondeu pensativo. – Mas se quiserem, assim que estiver instalado, posso tranquilizá-los ao fazer o trajeto e ver quanto tempo posso demorar a percorrê-lo! – sorrindo, mirou a irmã mais velha, que parecia alheia a tudo o que estava sendo dito, mas ele sabia que só parecia mesmo! Mari era observadora, e fazia de sua quietude uma forma de não se fazer prestar atenção enquanto com seus olhos astutos não perdiam nada.
- Tenha cuidado com os franceses! – gracejou Mari, mas com a voz e olhar galhofeiros. Ela tinha certeza que o irmão a entenderia.
- Mari-nee! – Yuuri estava rubro de vergonha, o que causa um acesso de riso na mais velha.
- Mari, deixe de implicar com seu irmão! – pediu Hiroko tentando apaziguar a situação, e ao voltar seu olhar para o caçula ordenou. – Coma mais, Yuuri, fiz esse Katsudon para você, para comemorarmos sua entrada na universidade de seus sonhos!
- Arigato, okaasa! – agradeceu, ao servir-se de mais uma porção.
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O apito estridente do trem, anunciando sua primeira parada, acabara por despertá-lo de suas recordações.
Apenas por se lembrar daquele dia, não via a hora de chegar ao onsen e desfrutar de tudo o que mais sentia saudades! Principalmente de um bom banho nas termas.
Fechando os olhos, tentou relaxar um pouco, quem sabe passar para um cochilo. Ainda havia tempo para o seu destino, e bem, tinha de tentar se desligar de tudo que estava o atormentando.
Sem saber muito bem quando, ou qual fora o momento, Katsuki despertou de um sono sem sonhos e tranquilo, um tanto aparvalhado. Ajeitando os óculos sobre a ponte do nariz, arregalou os olhos ao perceber que estavam chegando em sua parada.
Arrumando seus poucos pertences que havia tirado de sua bagagem de mão, levantou de um salto pegando tudo e saindo para o corredor estreito, até chegar a porta de saída.
Fora por pura sorte que não perdera a estação correta! Não queria ter de descer na seguinte, demorando mais para poder finalmente estar em casa.
A passos decididos, deixou a estação, a qual parecia ter continuado da mesma forma que se lembrava. Sentiu uma certa nostalgia ao ganhar as ruas estreitas, e com o ar fresco, resolveu seguir caminhando até o lar de seus pais.
Mesmo cansado, aquele por menor parecia ter sido suplantado pela ansiedade, pela alegria de retornar ao berço de sua infância.
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Sentado confortavelmente dentro de uma das termas, Yuuri deixou seu corpo relaxar como a muito não podia fazer. Fazia tantos anos que não se sentia tão bem dentro das águas quentinhas, que estava até mesmo pensando em ficar muito mais tempo do que costumava ficar.
De pálpebras fechadas, ele vivenciava o reencontro com sua família. Os abraços apertados, o choro feliz de sua mãe emocionada. Realmente, ele havia esquecido como era bom se sentir amado, bem recebido, e poder ver seus pais e a Mari.
E como fazia falta sentir aquele calorzinho gostoso dentro do peito.
Não havia preço para tudo o que estava sentindo de uma só vez!
Sendo assim, tinha de aproveitar ao máximo cada segundo! E como se fosse uma bateria, tomar carga máxima junto aos seus pais, e irmã, e aos poucos amigos que tinha, para poder continuar sua empreitada.
Pensativo, quase sorriu divertido ao se lembrar dele ainda pequeno entrando naquelas águas, mas querendo pular como faria em uma piscina pública, e seu pai lhe advertindo para não fazer aquilo, pois não era o correto.
Havia algo como um ritual para ser seguido ao adentrar nas termas, e não seria delicado fazer algo como o que o pequeno queria.
Suspirando, espreguiçou-se languidamente antes de se levantar e deixar as quentes águas. Ao terminar de se enxugar, colocou o jinbei verde, e calçando chinelos de palha, mirou seu reflexo um tanto borrado no espelho. Com os dedos tentou arrumar o cabelo espetado, mas quanto mais tentava mais desgrenhado os fios ficavam. Dando de ombros, voltou para seu quarto.
Precisava ir ver Yuuko, Takeshi e as trigêmeas, bem como fazer uma visita aos lugares que quando adolescente gostava de passar o pouco tempo que tinha. Todavia, precisava pensar em como dividir seu tempo, para não se esquecer de nada e nem de ninguém! A começar, claro, por Vicchan!
Yuuri queria se redimir com seu pequeno poodle, e com esse pensamento, ao sair das termas, seguiu para onde o altar da família se encontrava.
A sala com tatames verdes estava em total silêncio. Aproximando-se do pequeno altar familiar, o moreno se ajoelhou, sentando em seguida sobre as pernas dobradas, e após acender um incenso, uniu as mãos em seu peito quase sobre o coração, e fechando os olhos, começou sua oração. Em seguida, acarinhou o pequeno quadro onde o mascote e ele ainda criança, juntos estavam.
Como sentia falta daquela bolinha de pelos!
"Em breve nos veremos de novo, Vicchan!" - pensou, com lágrimas escorrendo-lhes pelo rosto corado, para logo em seguida se levantar e deixar o local.
Yuuri tinha ideia de ir até o jardim pequeno, que ficava na área particular do onsen destinados apenas a família. Queria sentar embaixo da frondosa cerejeira, e apreciar a brisa leve, sentir o cheiro das flores cultivadas pela mãe. No entanto, tudo o que ele sentiu naquele momento era o cheiro peculiar vindo da cozinha, e era impossível resistir. Assim, em pouco tempo, estava adentrando ao ambiente pertencente a matriarca da família.
- Okaasa... – ciciou, ao parar um pouco atrás dela. Quando esta mirou-o com curiosidade, ele perguntou. – A senhora precisa de ajuda?
- Não, Yuuri! – respondeu prontamente ao limpar as mãos no avental que estava usando. – Vá descansar um pouco! Eu tenho certeza que você deve estar sentindo ainda a viagem. – Hiroko respondeu. – Eu sei que você quer cozinhar para nós, e não faltarão oportunidades, até o fim dessa semana você poderá nos encantar com seus dotes de cozinheiro chefe. – e se aproximando do filho mais novo, sapecou-lhe um beijo estalado no rosto, e com delicadeza o empurrou para fora da cozinha. – Quando tudo estiver pronto, te chamarei!
- Está bem! – Yuuri concordou ao sapecar um beijo estalado na bochecha de sua mãe. Sabia que poderia ser um gesto não esperado por ela, mas ele tinha de demonstrar o quando a amava. Aproveitando da proximidade, abraçou-a carinhosamente, e sorriu ao afundar do rosto em seu ombro, ouvindo a voz melodiosa quase o embalando.
- O que foi, Yuuri? – perguntou Hiroko ao acarinhar os cabelos de seu filho mais novo. Aquele pequeno gesto trazia uma grande nostalgia a ambos.
E como era bom estar ali, nos braços daquela mulher batalhadora!
Balançando a cabeça, Yuuri preferiu não dizer nada. Não queria preocupar nenhum deles, em principal sua mãe.
- Tudo isso é saudades? – gracejou a mulher ao acertar melhor seus óculos sobre a ponte do nariz. – Por que se for, devo confessar que também senti muitas saudades, e não me importo de ficar abraçada a você sem motivos aparentes! – comentou ao apertar o abraço, e dar-lhe outro beijo no rosto.
Com um sorriso que lembrava aos muitos que vira quando o homem ainda era apenas um garoto chegando a puberdade, Hiroko o soltou para voltar sua atenção para as panelas.
- Vá descansar, Yuuri! – murmurou mais uma vez ao finalmente ver o filho concordar, e se afastar.
Ao deixar a cozinha, seguiu até seu antigo quarto, que parecia ter parado no tempo. O local estava como ele havia deixado na última vez que ali estivera.
Sorrindo, fechou a porta reparando nos pôsteres espalhados pelo local. A maioria deles do chefe Viktor, e um ou dois de sua banda preferida, The Gazette!
Deixando o corpo cair sobre a cama macia, voltando seus olhos pelas paredes do local, sorriu ao lembrar como adorava ficar ali perdido em seus sonhos juvenis, onde ele desejava ardentemente poder ir novamente a um show de sua banda favorita, e chegar a ser um chefe como seu ídolo.
Bufando, Yuuri preferiu deixar aquelas lembranças esquecidas, pois não havia conseguido o que queria e de nada valeria ficar lembrando e pensando nos "e se"?
Fechando os olhos, o japonês tentou relaxar. Estava cansado mesmo, e sabia que a mãe tinha razão, seria melhor descansar um pouco para poder aproveitar a companhia de sua família depois.
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- Yuu-ri!
Era a terceira vez que Mari batia na porta do irmão sem receber sinal de vida deste. Ela se recordava muito bem, que se deixassem, o jovem dormiria o dia todo. Sendo assim, com cautela abrira a porta espiando com curiosidade para a penumbra. Podia divisar os contornos do irmão dormindo a sono profundo em sua cama.
Balançando a cabeça, a mais velha dos irmãos se aproximou a passos comedidos, evitando fazer muito barulho. Parando ao lado dele, Mari baixou um pouco o corpo.
- Yuuri! Acorde belo adormecido! – gracejou ao chamar mais uma vez.
E a morena aguardou mais um pouco, mas nada parecia tirá-lo de seu sono, ou de se mover, ou dar sinal que iria acordar!
Yuuri continuava ressonando, respirando calmamente e compassado.
Sorrindo de lado, Mari deslizou sorrateiramente sua mão gelada para debaixo da camisa que o irmão estava usando para dormir, tocando a pele quente, deixando que este sentisse muito bem as diferenças de temperaturas entre eles.
- Friooo! – reclamou o chefe ao, finalmente, abrir os olhos. O riso cristalino e escrachado da irmã ribombando em seus ouvidos. – Mari-nee! – protestou entredentes.
- Vamos, Yuuri! Okaasa pediu para vir te acordar, e eu bati várias vezes na porta! Te chamei, e você nada de acordar! – comentou, e antes dele poder dizer alguma coisa, Mari continuou. – E sabe, isso me pareceu um déjà vu! – riu-se ao recordar quando ainda eram adolescentes, e que o irmão fazia manha para levantar. – Você continua um dorminhoco!
- Desculpe, Mari-nee! Eu realmente estava cansado, não consegui relaxar no vôo e muito menos no trem! – comentou ao dar de ombros. – Quando consegui fechar os olhos, quase perco a estação para desembarque! – um Yuuri muito envergonhado e coçando a nuca explicou o ocorrido para a irmã.
- Entendo, mas vamos lá, ou okaasa vem atrás de nós! E eu creio que você não queira comer Katsudon gelado, não é? – gracejou ao dar as costas ao mais novo e sair do quarto.
Balançando a cabeça, Yuuri conteve a vontade de rir alto, pois certas coisas realmente nunca iriam mudar, e ali estava sua irmã, agindo como quando eram pequenos, adolescentes.
"Ah! Como é bom estar em casa!" – pensou ao deixar a cama, ajeitar os cabelos com os dedos, e seguir atrás da irmã.
oOoOoOo
A noite despontava cobrindo com seu manto ébano a abóboda celeste. Iluminado pela claridade prateada da lua cheia, o quintal onde estava a cerejeira se encontrava levemente na penumbra.
Sentado encarapitado com as costas recostadas na cabeceira da cama, Yuuri observava com interesse o céu e as poucas estrelas que se uniam a beleza da lua.
Seus pensamentos vagaram, e era impossível não recordar a todo instante dos momentos queridos passados naquela noite com os pais, sua irmã e com Minako, a tia de coração que os jovens Katsuki haviam elegido já há muitos anos atrás.
Ajeitando melhor as cobertas onde havia se enrolado, Yuuri sorriu ao lembrar das indiretas da velha bailarina. Ele devia muito a ela, que sempre o encorajara muito a perseguir seus próprios sonhos. Todavia, era constrangedor escutá-la perguntando sobre possíveis namorados, e este ter de negar veemente que até então, ele só tivera tempo para si mesmo. O que não deixava de ser verdade, mas realmente, era muito agoniante falar de sua intimidade perante seus pais. Que claro, sempre o apoiariam em tudo, mas ele queria manter sua vida amorosa, que não existia, só para si.
No tempo certo, seria interessante ter e apresentar alguém para sua família, mas Yuuri agora tinha uma realidade totalmente diferente. E o ditado: "a vida é curta para se desperdiçar", parecia lhe calar fundo na alma.
Chateado, o moreno preferiu se ajeitar e tentar dormir um pouco. Queria ter disposição suficiente para aguentar o outro dia.
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Estarrecido!
Estarrecido poderia ser a definição de como o chefe se sentia naquela manhã, logo após acordar.
Uma forte chuva se abatera pela costa do Japão, deixando os dias que se seguiriam, incluindo Hasetsu, um tanto mais frio e instável.
Se saísse como gostaria, talvez Yuuri acabasse pescando um resfriado, e não queria de forma alguma ficar doente.
Era terrível viajar assim!
Desse modo, lá estava ele, bufando pela quarta vez seguida aquela manhã. Mesmo que quisesse assumir a cozinha para preparar algo para a família, tinha chegado atrasado, pois sua mãe havia, com esmero, preparado tudo o que ele mais apreciava. Seria muita desfeita comentar algo, ou nem se dignar a comer pelo menos um pouco.
- Yuu-ri... – a voz de sua irmã o chamando insistentemente, o tirou de seus devaneios.
- Desculpe, Mari-ne! O que você me perguntou? – Yuuri a mirou desenxabido. Quiçá envergonhado, pois podia sentir perfeitamente a quentura de suas bochechas.
Certas coisas nunca iriam mudar!
- Tudo bem, não é como se algo tivesse mudado, não é? – gracejou. – Mas, visto que hoje o tempo está contra seus planos, que tal se fizermos algo para o pai e a mãe. Dar folga para os dois um pouco! – sugeriu Mari ao bebericar mais um pouco de sua xícara de chá.
- Seria interessante! Eu assumo a cozinha! – Yuuri se apressou em dizer.
Revirando os olhos, a mais velha sorriu de lado.
- Ah! Irmãozinho, eu já iria deixá-la para você mesmo! – a Katsuki mais velha comentou. – Bem, só precisamos fazê-los se afastarem um pouco. Temos poucos hóspedes, e creio que posso muito bem dar conta de tudo sozinha! – comentou um tanto pensativa.
- Está bem! De acordo! – e se levantando como um raio, o chefe gastronômico seguiu levando as tigelas e o resto dos utensílios para a cozinha. Seria complicado conseguir fazer com que os patriarcas da família fizessem o que ambos queriam, mas não custava tentar!
oOoOoOo
Se os irmãos pensaram que seria uma tarefa fácil fazer com que Hiroko e Toshiya os deixassem para aproveitar aquele dia, eles estavam redondamente enganados. Tanto um como o outro acabaram negando aos filhos o que queriam, e com eles ficaram. Mesmo que Toshiya estivesse nos jardins um pouco, ainda permanecia ao redor de Mari, que estava às voltas com os poucos hóspedes que eles tinham.
Já Yuuri, mesmo tendo aprendido a se portar como um verdadeiro e experiente chefe, sentia-se um tanto nervoso por ter sua mãe sentada o observando atentamente. O jovem chefe sentia o coração batendo descompassado no peito, e mesmo não querendo, queria mostrar que os anos longe de tudo e todos haviam dado frutos!
Ensimesmado, o moreno quase cometera um erro de principiante ao deslizar a faca sem o cuidado devido, e por muito pouco quase acaba se cortando ao fazer um movimento rápido e desleixado. De olhos arregalados voltara sua atenção para a direção a qual se encontrava sua mãe, mas esta, como se fosse uma aparição, havia praticamente brotado ao seu lado.
Íris iguais em cor e intensidade, sustentaram-lhe o olhar. Curiosidade e preocupação estampadas no brilho incontido, fazendo a pergunta que dos lábios da matriarca pareciam não querer sair.
- Okaasa... Que susto! – ciciou Yuuri ao não comentar nada, e deixar que Hiroko efetuasse a pergunta que ele havia entendido apenas na troca de olhares.
- Sumimasen! (Me desculpe!) – Hiroko pediu ao observar um pouco mais as coisas dispersas sobre a área de trabalho. – Quer que ajude com alguma coisa? – questionou, evitando comentar que havia notado o que quase acontecera ao filho.
- Okaasa...
- Eu adoraria ter a possibilidade de trabalhar junto com você, meu bem! – confessou a matriarca. Seus olhos pareciam chocolate derretido e brilhante ao mirar com amor ao homem ao seu lado.
- Podemos combinar de fazer o almoço juntos amanhã, o que acha, Okaasa? – Yuuri perguntou antes de mirá-la com emoção. Não era novidade que o nipônico amava estar com Hiroko na cozinha desde tenra idade. – Seria uma honra poder estar ao seu lado, okaasa! – completou ao voltar seus olhos para a táboa onde agora picava com agilidade os legumes que utilizaria no prato escolhido por ele.
- Está bem! Amanhã trabalharemos juntos, e hoje você nos surpreende com os pratos da gastronomia francesa que está nos preparando! – e sem mais nada a dizer, Hiroko voltou a se sentar, vendo com orgulho, que seu filho, sempre tão acanhado e inseguro, se tornara um homem bonito e conhecedor de seu ofício.
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O almoço fora animado, os pratos foram apreciados por todos, e isso porque Yuuri tinha feito coisas simples, mas que haviam conquistado seu paladar tão logo havia se instalado em Paris. Para sobremesa, ele optara por um Mille-Feuille com bastante frutas vermelhas, aproveitando os morangos, amoras e framboesas que ele encontrara na geladeira. Não era uma iguaria que fosse encontrada com facilidade nas terras do sol nascente, e até mesmo por isso, Hiroko pedira ao filho que este lhe passasse a receita a fim de tentar reproduzi-la.
Após prometer que o faria, Yuuri e Mari assumiram a incumbência de lavarem a louça deixando os pais sozinhos um pouco.
Enquanto lavava os utensílios, Yuuri deixou seus pensamentos vagarem. Já tinha evitado responder várias chamadas do melhor amigo que havia ficado na França, e aquilo ele sabia não ser o certo. Todavia, não se sentia bem o suficiente para ter com Phichit e evitar contar a verdade para o tailandês. Também tinha o fato de ser o mais evasivo possível quando tivesse realmente de conversar com Mari, pois ele sabia que a irmã mais velha era mais desconfiada que seus pais.
Balançando a cabeça, o moreno tentou não se deixar levar por tudo o que vinha lhe acontecendo. Assim, voltando seus olhos com curiosidade para a pequena janela a frente da pia. O céu, que até pouco tempo atrás estava acinzentado, agora parecia abrir um pouco, e a chuva torrencial passado.
Uma boa calmaria!
E nessa calmaria, Yuuri viu sua chance de poder finalmente ir visitar os amigos que não via desde que partira para conseguir alcançar seus sonhos. Não seria nem um pouco cortês estar em Hasetsu e esquecer de, pelo menos, ir rever os Nishigori.
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Explicações e Lembretes:
Sim, eu sei que demorei muito para conseguir produzir esse capítulo, mas era algo que eu sabia que seria desafiador e um tanto fora de minha zonha de conforto. Junte com minha falta de inspiração para esta parte da história, os perrengues da vida corrida, e bem... Nem preciso dizer que a bola de neve foi ganhando tamanho e força! But... cá estou, e eu sei que deixei muita coisa no ar, mas prometo que isso será elucidado nos próximos capítulos, que eu pretendo não demorar tanto em escrever.
Devo lembrar também que os nomes, Pierry`s Bristrô bem como o Imperiya são criações minhas, e se os quiser usar, basta pedir e por favor dê os créditos, isso não faz cair a mão e muito menos nascer uma verruga no nariz de ninguém. O uso indevido dos mesmos será considerado plágio!
Agora vamos para algumas coisas que pesquisei para poder usar nesse capítulo:
Chabudai é uma mesa de refeições comum no Japão. Em geral, elas são de forma retangular ou circular, e muitas são dobráveis. Esse tipo de mesa começou a ser usada nas últimas décadas do século XIX, e viu sucesso nacional em meados da década de 1920.
Jinbei ou Hippari é um conjunto de happi com shorts ou calças, usado como uma espécie de pijama no verão. Todos podem usá-lo, tanto homens, como mulheres e crianças. Como é uma roupa para o verão, ele é feito com tecidos leves, geralmente algodão.
Mille-Feuille: mil-folhas, também conhecido pelos nomes Napoleão, fatia de baunilha e fatia de creme, é uma massa cuja origem exata é desconhecida. Sua forma moderna foi influenciada por melhorias feitas por Marie-Antoine Carême. Tradicionalmente, um mil-folhas é composto por três camadas de massa folhada (pâte feuilletée), alternadas com duas camadas de creme de confeiteiro (crème pâtissière). A camada superior da massa é finalizada de várias maneiras: às vezes é coberta com chantilly, ou pode ser polvilhada com açúcar de confeiteiro, cacau, migalhas de massa ou amêndoas fatiadas. Também pode ser esmaltado com glacê ou fondant sozinho, ou em listras alternadas de branco (glacê) e marrom (chocolate) ou de outras cores, e penteado para criar um efeito marmoreado. – Wikipédia
Momento Coelha Aquariana no Divã:
Viktor: Eu te disse que ela andava muito estranha por esses dias! *cochichando com o moreno ao lado*
Yuuri: Se eu fosse você, a deixava sem fazer nenhum questionamento. Sabe que eu até mesmo o casal máster dela *e aponta com a cabeça para o escorpiano e o gelado ao longe* tem evitado chegar perto.
Viktor: Mas ela poderia escrever algo novo... uma nova fic!
Yuuri: Ela está passando por um momento difícil de falta de inspiração. *bufa* Até parece que você não sabe o que é ficar assim? *revirando os olhos ao ver o beicinho do platinado*
Viktor: Realmente, eu nunca vi ela segurar um capítulo ou fic pronta e betada para ir ao ar tanto tempo como esse que ficou uma semana esquecido! *arregalando os olhos* Será que ela está doente? Será que um abraço apertado ajuda?
*sorrindo ao escutar o que os dois estão falando*
Ah! Só vocês dois para me fazerem sorrir! Merci por se preocupar Vitya! Mas estou apenas sem vontade de escrever... Talvez deva finalmente pendurar as chuteiras e parar de escrev...
Kardia: Ah! Mas de jeito nenhum! Eu te proíbo! Não permito isso e se alguém em sã consciência vier falar pra fazer isso, vai estar comprando briga comigo e mais uns ai! E sem reclamação. Eu vou agradecer a todos e tu vai lá ler, jogar, se inspirar... tentar escrever, mas não vai parar com o que mais gosta de fazer! E tenho dito.
Ae, moçada. A Coelha não está legal, peguem leve com ela, pois ninguém sabe as agruras de quem tem de pensar com carinho no que vai escrever para levar balde de água fria sem merecer! E tendo dito. Obrigado a quem chegou por aqui! Se gostaram, mesmo que uma linha, digam, afinal ficwriter feliz, escreve mais!
Kardia
Theka ^^
