--Antes de Hyoga enfrentar Espártacus--

Marim: Shun. Shun, acorde.

Shun: ... M... Marim...!

No topo da montanha, Shun acordara meio tonto nos braços de Marim.

Shun: O que aconteceu?Ai... Minha ... cabeça...

Marim: Chegamos aqui e você desmaiou de repente. Fiquei preocupada.

Shun: Desmaiei ...? A... - Se levantou e estendeu a mão para ajudar Marim a se levantar – Acho que é porque vinha me sentindo sonolento enquanto subia.

Marim: Sonolento?

Shun: Hã... Bem ... Na verdade, um pouco tonto. Mas deve ser a pressão.

De repente ouviu-se o assopro forte e uivante dos ventos mexer com os dois. Quando, imediatamente, um brilho se formou na frente deles quase os cegando.

Marim: Ar! – Virava o rosto para se proteger.

A luz seguia-se com muita intensidade e nenhum dos dois ousou tentar ver por trás de tanto brilho. Sentiram as retinas doerem enquanto tentavam resistir a tentação de abrir os olhos.

Pouco a pouco a intensidade da luz foi diminuindo fazendo com que desse a visão para os exploradores. De repente Marim deu um passo atrás e Shun abriu a boca quase perplexo tentando emitir algum som.

Marim: Mas... É você!


CAP.8

TUDO POR ATHENA

Shyriu sentia cada músculo dilatar e contrair ao mesmo tempo, mas ainda sim se mantinha de pé, sem nenhuma demonstração de dor ou de cosmo enfraquecido. Como se apenas seus movimentos estivessem prejudicados.
E Lumi reconhecia isso, apesar de manter os braços cruzados e o sorriso puxado pra um canto da boca.

(Shyriu) "O Cólera do Dragão e o Dragão Nascente não deram certo. Mas como?"

Lumi: Sabe, meu caro. Não gosto de prolongar muito uma disputa.

Novamente o cosmo do guerreiro brilhou

Lumi: Portanto permita que eu adiante sua morte.

Shyriu: ...

" ACUUUUUUUUUUUUUUUN TIROOOOOOOOOOO"

Shyriu: RÁAAAAAAAAAAAAAAAA!

Shyriu preparou todas as suas forças para tomar fôlego e correr na direção de Lumi (Ainda sendo acertado por todas as agulhas) e pular por trás dele dando-lhe um chute certeiro. Em seguida elevou ao máximo seu cosmo se preparando para um novo ataque.

" CEM MIL DRAGÕES DE ROZÃÃÃÃÃÃÃÃ"

Lumi: A..! AAAAAAAAAAAARRRRR!

Os Dragões colidiram com Lumi até fazerem um buraco no chão e espalharem nuvens de poeira no ar.

Shyriu apenas ficou olhando...

Nada...

Shyriu: Ar... ar... – Virou as costas ofegando

Lumi: Já indo embora, Dragão?

Shyriu: Hã!

De dentro do buraco saía Lumi, aparentando cansaço, porem sem nenhum arranhão.

Shyriu: O que! Você bloqueou meu golpe!

Lumi acenou negativamente.

Lumi: Apenas resisti. Mas não foi fácil.

(Shyriu)" Como!"

Shyriu iria lhe perguntar isso, mas a dor dessa vez atingiu a espinha, de modo que ele não conseguiu sequer se manter de pé. Havia levado muitos golpes como aquele o que tornavam as coisas mais difíceis. Até mesmo para fazer com que Shyriu desse um último golpe, qualquer um que fosse.

Lumi: Hum... deve está se perguntando por que um golpe tão poderoso como esse seu não me atingiu. Bem, vou lhe explicar. Meu cosmo se adapta para que eu suporte qualquer ataque... desde que eu o conheça.

Shyriu: ...

Lumi: Por acaso se lembra de ter visto alguma coisa estranha na casa de Áries?

Shyriu: ...! Ar...!

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Os olhos do Dragão se fixaram diretamente em Lumi, como se isso ajudasse-o a refrescar a memória.
Na mente do Dragão uma imagem se formava. A lembrança ainda nítida da casa de Áries, quando derrotou Miceni.

O golpe dos cem mil dragões não perdoou Miceni nem por um minuto. Persistiu por muito tempo , assim como o cosmo de Shyriu (Que já estava a ponto de bala). Sendo assim nem precisou esperar otimismo. O corpo carnificina do guerreiro cravou na parede ... morto.

Shyriu não demonstrou sinais de seqüelas, apenas ofegou um pouco e se levantou com a armadura intacta (Suando um pouco que ninguém é de ferro). Em seguida voltou a postura e caminhou até a saída.
Enquanto um vaga lume que estava na parede deixou de bancar o lampiro na casa e voou para a saída.

Shyriu: Esse não era muito forte. Só espero ter a mesma sorte na próxima casa.

E saiu correndo para a próxima casa.

0o0o0o0o0o0o0o0o

Shyriu: O vaga-lume!

Lumi: Humhum... Você é bem esperto para a sua classe.

Shyriu: Desgraçado ... – Tentava se manter de pé – Você trapaceou! Já sabia de todos os golpes que apliquei em Miceni.

Lumi: Chame como quiser, Dragão. Agora você não tem forças sequer para disparar um simples soco. Meu cosmo pode se adaptar a QUALQUER poder ... desde que eu o conheça.

Shyriu: Pare de blasfemar... Ainda não me dei por vencido.

Lumi: POIS JÁ ESTÁ NA HORA!

"ACUUUUUUUUUUUUUUUUUUN TIR ..."

"CORRENTE DA RAPOSA"

Lumi: Ar! – Sentiu o repentino lampejo de uma rápida corrente prender seu braço antes que direcionasse as agulhas para Shyriu – Hã...

Shyriu tomou forças para tentar ver quem era. Sim, de um lado mais escuro da casa surgia nitidamente Walki segurando a corrente ao lado de uma Shina em posição de ataque. June, porem, se aproximava de Shyriu para ajudá-lo a se manter de pé.

Shyriu: Amazonas!

Shina: Chegamos tarde?

Lumi: A voz dessas amazonas... - Contraiu o punho que estava preso - Há! Pelo visto foram essas que mulheres que tentaram estragar o ritual.

Shyriu: ...

Lumi: Como os cavaleiros de Athena são patéticos... Se escondendo por trás das saias de mulheres.

Shina: Você vai engolir seco o seu orgulho.

Shyriu: Não, Shina... –Se colocava de pé dolorido – Deixem ele comigo.

Marim: Se não quiser nos ofender, Shyriu, vá embora.

Shyriu: ...

As amazonas encararam Shyriu e Lumi, ainda evitando partir para cima do guerreiro. Por fim Walki puxou mais a corrente (Em vão, porque Lumi também fazia força).

Walki: Tudo bem, Shyriu, a gente entende.

Shyriu: O que! Mas...

Walki: Vimos tudo e esse cara jogou sujo. Numa luta honesta ele nunca venceria você.

Shyriu: ... Eu não posso deixar vocês aqui.

June: Escute, cavaleiro. Por favor, confie em nós e siga em frente. Precisamos que pelo menos um chegue até a sala do mestre.

Walki: Humhum.

Shina: E alem disso ele conhece seus golpes, portanto não perca suas energias. Nós vamos lutar, queira você ou não.

Voz: Não, Shina!

Rapidamente o brilho de outra corrente passou raspando a semi-escuridão em linha reta, enrolando – se no braço de Lumi, quebrando o efeito da corrente de Walki.

Walki: Ar! Mas ...

Shun : Não são vocês que lutarão.

Walki: Mestre!

June: Shun!

Shun: É melhor irem embora depressa.

Shyriu: O que? Não. Você não vai lutar sozinho.

Shun: Shyriu, ele conhece os golpes das amazonas já que elas lutaram no dia do ritual. E você foi injustiçado.

Shyriu: ...

Shun: Por favor. Não é hora de sermos orgulhosos. É a vida de Athena.

Shyriu ficou fitando Shun, mesmo que este desviasse a atenção mostrando uma nota de medo e outra de preocupação. Como se estivesse no lugar do personagem Davi, ao enfrentar o gigante Golias.
A muito contragosto, o Dragão tomou a frente e foi até a saída acompanhado por Shina, Walki. June porém ficou. Shun mordeu o lábio inferior abaixou o olhar meio que evasivo.

Shun: June ... – Chamou baixinho.

June: ...

Shun: Se... Se tivesse que escolher entre a minha vida e a de Athena... Qual escolheria?

June: Escolheria a sua.

Ainda sob o olhar de Lumi, Shun baixou a cabeça amargurado, porem mantendo firme a corrente e o brilho sério no olhar.

Shun: Se um dia tiver que escolher entre a minha vida e Athena, escolha Athena.

June: ...

Shun: Nela está tudo o que acredito e que conquistei... Está o mundo pelo qual luto.

June: E se fosse o caso contrario?

Shun! ... Como!

Ela se virou convicta.

June: Se tivesse que escolher entre a minha vida e a de Athena. Qual escolheria?

Mas Shun não respondeu imediatamente. Encarou-a muito sério.

Shun: Escolheria Athena.

June: ...

Shun: Já disse que é nela que se encontra tudo o que acredito e o que conquistei.

June: Então é isso que pensa?

Shun: Nunca me faça mais uma enquete como essa. A resposta é lógica.

Ao ouvir isso June sentiu todas as suas emoções tocarem fogo. Shun comparara o ouro ao bronze, e escolhera o ouro deixando para trás o bronze com seu baixo valor. Um aperto no coração a sufocou, mas ela manteve a postura firme, engolindo a mágoa.
Apesar da máscara esconder a expressão, o punho trêmulo a delatava.

Shun: June ...

June: Eu entendo – Murmurou secamente e saiu da casa decidida. – Vire-se sozinho.

E com todas as voltas dos pensamentos, saiu da casa amargurada, deixando Shun engolindo seco qualquer outra palavra.

Lumi: Novo alvo? – Riu secamente – Você!

Shun: ...

(Shun) "No fundo eu sempre estive só..."


Ikki andava pela casa de Câncer por não ter conseguido atravessar a barreira que impedira Hyoga de continuar voando. Pé, perna, entrava sorrateiro pela casa tendo como única fonte de luz seu cosmo flamejante.

Ikki:... Hã! Hyoga! – Se deparou com o corpo no chão e foi correndo até ele. Estava certo.

Ikki: Hyoga! Hyoga, o que houve?

Tentou reanimar o amigo, mas nenhuma reação do Cisne. Não. Não estava morto. Mas extremamente fraco e abatido. Seria besteira continuar o caminho com ele, na certa estaria mais seguro lá.
Certamente que jamais encontraria o cadáver de Espártacus uma vez que tudo o que havia eram milhões de pedacinhos de gelo pelo chão. Sendo assim foi embora.

Na casa de Leão, outro alguém o esperava: Asaka de Júpiter.


#Ainda 11 chamas acesas...#

Shun: Você pode facilitar as coisas, Lumi. Não gosto de combates.

Lumi: Olhe que coincidência. Eu também odeio sujar minhas mãos de sangue.

Shun: ...

Lumi: Pena que seja preciso.

Shun saiu da posição de ataque tentando decifrar o olhar de Lumi. O adversário parecia seguro de si (Seguro de que poderia matá-lo) e não parecia querer fazer acordos, ainda mais com a expressão de evasão do cavaleiro.

Lumi: Não se preocupe, Andrômeda. Tentarei não danificar seu rosto.

O cosmo de Vênus brilhou e o local de repente ficou totalmente claro. A casa de Touro ficou da cor do ouro, enquanto Shun voltava a posição de combate e ascendia o cosmo róseo, revelando a iminência do combate.

Shun: Eu costumo dar chances aos meus oponentes para que eles desistam e me poupem de ter que machucá-los. Esse combate ainda não começou, Lumi.

Lumi: Guarde suas chances, Andrômeda!

"ACUUUUUUUUUUUN TIROOOOOOOOOOOOOO"

Shun: Ar?

"DEFESA CIRCULAR!"

Imediatamente as correntes refletiram todas as agulhas como faíscas de fogo.

Shun: Ra... Acabou por acaso?

Lumi: Hum ... Sua defesa é formidável... Mas até quando?

Shun: A...!

Lumi: Meu cosmo se adapta a qualquer estratégia.

Shun: O que!

"ACUUUUUUUUUUUUUUUUN TIROOOOO"

Shun: Ar!

Shun continuou se defendendo, mas a velocidade das agulhas aumentava assim como a quantidade delas, à medida que o poder não cessava.

Tanto aumentaram de velocidade que, numa abertura de 0,09 segundos da corrente, elas o acertaram em cheio, perfurando aos milhares o seu corpo com o dobro da velocidade e o triplo da quantidade.

Shun: AAAAAAAAAAAAAAAAR!

O Andrômeda sentiu todas o acertarem violentamente e o arrastarem até colidir com a parede mais próxima.

Shun: AR! – Sentiu as últimas delas o atacarem e caiu no chão imediatamente. – ar...

Lumi: Toda a defesa tem uma falha, Andrômeda.

Shun sentiu uma dor terrível, tentou falar, mas haviam agulhas na sua garganta e algumas até o atravessaram completamente. No chão, tremia, sentindo cada uma desaparecer deixando fios de sangue brotarem no lugar onde estavam elas, enquanto Lumi abaixava o olhar de desprezo rindo com um canto da boca.

(Shun) "Ar ... É verdade ..." Se levantava com dificuldade " Só não pensei que ele fosse descobrir..."

Lumi: Hã... O que é isso?

Shun: ...? Ar!

Shun olhou para si mesmo e percebeu um brilho vindo de dentro da sua armadura, para sua surpresa.

Sim, sabia de onde vinha aquilo. Meio automático puxou a correntinha que a velha Acássia tinha lhe dado e viu o amuleto brilhando.

(Shun) " ... Eu já senti isso antes!"

Shun!

Lumi: Uma bela jóia de ouro, não?

O olhar de surpresa do cavaleiro se desfez sendo substituído por um olhar mais determinado.

Lumi: Pois é melhor contempla-la enquanto pode, Andrômeda.

Shun: Eu vou pedir mais uma vez, Lumi - Tirou o cordão do pescoço e enrolou no pulso esquerdo – Desista e me deixe continuar.

Lumi: Teria seu pedido realizado se fosse mais inteligente e não deixasse seus amigos fugirem.

Shun: rrr...

De repente Lumi voltou a posição de ataque e a sala novamente brilhou na presença de seu cosmo, ao tempo que Shun reunia forças e correspondia ao modo de ataque.

Lumi: Mas tenho certeza que da outra casa eles não passam e SE passarem pode ter certeza que saio daqui E MATO TODOS, CAVALEIRO!

Shun: ...!

Lumi: RRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

" ACUUUUUUUUUUUUUN TIRO"

Shun: NÃO DEVERÍA USAR O MESMO GOLPE DUAS VEZES! – Correu em direção a Lumi quando um escudo de energia de cor negra apareceu na sua frente impedindo que as agulhas o atingissem

Lumi!

" ONDAS DE TROVÃO "

Lumi: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR!

" CORRENTES DE ANDRÔMEDAAAAAAA"

Lumi: Não! – "Desapareceu" num passe de tão rápido e reapareceu atrás de Shun – RÁ!

Shun conseguiu escapar do golpe, mas Lumi não o deixou em paz. Não demorou muito para ambos começarem a trocar ataques rápidos, como dois cavaleiros mais que determinados. O Andrômeda então deu um salto para trás se afastando do Vênus antes que levasse mais golpes do que esperava.

Porem o guerreiro também parou. Logo os dois ficaram novamente frente a frente – Com o Vênus mostrando uma cara decidida, o que fez Shun manter a distância e a posição de guarda. A casa logo perdeu o brilho do cosmo de Vênus aos poucos e, para a surpresa do Andrômeda, Lumi estendeu a mão direita para o céu, ainda mantendo o olhar nele.

Shun: Lumi-i, você ainda pode desistir...

Lumi: VOCÊ JÁ ESTÁ PASSANDO DOS LIMITES, ANDRÔMEDA! PERDEU A CHANCE DE SE SALVAR!

Lumi: Raaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

" MALDIÇÃO DOS CEEEEEEEEEEEEEEEEUS "


Escadaria do santuário... (segundos antes)

o0o0o0o0o0o0Lembrança de Shyriu0o0o0o0o0o0o0o0o

Já se passava muito tempo desde que os cavaleiros praticamente se ausentaram da armadura. Shyriu nunca sentira tamanha paz em Rozã, almoçava ao lado de Shunrey e não podia está melhor.

Shunrey: Shyriu?

Shyriu: Hã. Pode falar, Shunrey.

Shunrey: Não... É que estou sentindo você mais distante que o normal.

Shyriu: Ah, é isso. – Colocou um punhado do arroz quentinho na boca, mastigou e engoliu. – Estava pensando em visitar Seya e os outros.

Shunrey: Ah ... Tristonha

Shyriu: O que foi?

Shunrey: ... Nada.

Shyriu: Vamos, fale, Shunrey.

Shunrey: É que eu não gosto de quando você me deixa. – Pôs o prato na mesa e foi embora.

Shyriu: Ei, Shunrey! Espera!

Largou o prato e foi apressado para fora da casa. "Onde está ela?" pensava olhando desatento para os lados andando descompassado.
Queria saber porque a garota tinha tanto medo. As coisas que precisava fazer por Athena nunca mais foram vistas, apesar de, antes, forem responsáveis por coloca-lo a beira da cova "n" vezes... Sim! A beira da cova.

" E se eu morresse antes de chegar lá?" Pensou.

Finalmente a encontrou. Estava sentada se banhando na margem da cachoeira.

Estava linda.
Sim. Um impulso inexplicável fez então com que, de repente, ele fosse até lá. Sua mente tombara e a razão foi embora de uma forma inexplicável.

Shunrey:... Ar! Shyriu...!

Shyriu: Não fale nada, Shunrey. – Calou-a beijando de forma ardente a sua boca

Cascatas de Rozã. Nunca ficaram tão borrada na vista deles.

Shyriu viajava a boca devota pela pele dos braços de Shunrey – e depois, sobre a margem, amassava, unindo peito contra peito, numa sexualidade audível - sentiam as lâminas da grama fugindo e cortando com o atrito corrente. Os olhos umedecidos encontraram às vezes o sol, mas nenhum deles percebeu a luz na selva ardente e nos balanços de prazer.

Dominador e dominado enlaçavam os ventres com força entre os gritos e gemidos agudos no êxtase da posse, até o chamado final da transa por entre o auge da loucura e do desejo...

O gozo ...

Não se lembrou mais de muita coisa, apenas quando acordou e se viu nu na margem da cachoeira com Shunrey em seus braços. Se sentou, olhou para as águas tenso, vestiu as roupas e partiu dando um beijo na testa da adormecida.

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(Shyriu)" No final das contas... Eu nem dei explicações a ela.

Shina: Você já está melhor, Shyriu?

Shyriu: Ar ... Sim ... Eu acho.

June: Calma. É melhor recuperar suas forças.

Walki: E num tempo bem rápido. – Apontou para cima.

Shyriu: Hã?

Todos entenderam o que Walki se referia. No relógio de fogo, outra chama se apagava. Mas não foi isso que chamou a tenção de Shyriu.

Um cosmo conhecido havia se ascendido e cessado de modo brusco. Conhecia isso. E também sabia de quem vinha. Para o seu desespero.

Shyriu: Seiya!

Shina: O que?

Walki: Seiya? O que houve com ele?

Shyriu: O cosmo dele! E vem da casa de Gêmeos! – Tomou fôlego e saiu correndo sem mais palavras.

Shina: Vamos, então. É melhor alcançarmos ele. – Correu atrás.

Walki e June se entreolharam confirmando.

June: Ela tem razão...

"CABRRRUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUM"

Walki e June: AAAAAR! – Desviaram o rosto para suportar uma luz

Um imenso clarão acompanhou o estrondo de uma descarga elétrica que se mirava uma das casas até acertá-la aumentando o clarão.

Walki: ... . Ar! É a casa de Touro! June, temos que ir até lá! – Se exaltou correndo, mas teve o seu caminho bloqueado pelo chicote de June.

Walki: AR!

June: ...

Walki: June! O que está fazendo? Temos que ir até lá! Shun...

June: Eu sei, Walki... Eu sei.

Walki: ...!

June: Escute...

Walki: June ... por que...

June: Seu mestre ficou lá para salvar sua vida.

Walki: ...! Mas...

June: Não desperdice essa chance. Por ele.

Walki: Ta bem - Fechou o punho e saiu correndo em direção a Gêmeos.


Shun: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Com o estrondo de um rasgo no céu, uma descarga de energia cortou o ar quebrando-se em cima de Shun com toda a carga rachando-o impiedosamente e rasgando toda a sua pele, fazendo em pó suas correntes, as ombreiras, o peitoral e a máscara de sua armadura. Os olhos e a face se deformaram sob a descarga enquanto o golpe o degradava da forma mais dolorosa possível.

Shun: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Lumi: NUNCA DESEJOU TANTO MORRER LOGO!

Shun: VOCÊ NÃO SABE O QUE FAZ, LUMI!

Lumi: VÁ PRO INFERNO!

"ACUUUUUUUUN TIROOOOOOOOO"

Shun: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!

Novamente as agulhas, porem acumuladas em uma única direção e sentido, acertaram diretamente o ventre de Shun, como uma metralhadora, o arremessando na parede como varias facas...

Shun: AAAAAAAAAAAAAARRRRRRR!

Lumi: Devia ter pensado mais, rapaz!

O cavaleiro perdeu a voz e seu ventre, assim como os restos do corpo, sangrava. O sangue avermelhou a boca fazendo contraste com a pele branca

Lumi: Está sofrendo, Andrômeda?

Shun: AR... – Olhava doloroso para o cordão enrolado em seu pulso, mas só faltava chorar de dor.

Lumi: Ainda quer dar chances?

Shun: Ar ... Lumi ... grrr... – Olhou furioso para o oponente e estendeu a mão esquerda com a palma para frente – Você ... ar ... ainda tem ... uma chance!

Lumi: POUPE SUAS CHANCES, RAPAZ! – Atirou com mais força

Shun: AAAAAAAAAAAAAAR!

Lumi: MORRA LOGO!

Shun: Grrr ...

"VENHA A MIM, CORRENTE DE ANDRÔMEDAAAAA"

Lumi: Hã! AAAAAAAR!

Em meio segundo a corrente se recompôs voando na direção de Shun e enrolando com a força de uma cobra no pescoço de Lumi, contorcendo e apertando a garganta até as veias ressaltarem e o rosto ficar em carne viva.Vênus cessou o golpe inconscientemente tentando se livrar do metal.

Lumi: GRRR ... RÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ! – Elevou todo o cosmo e partiu novamente a corrente.

Lumi: VAI SE ARREPENDER DE TER NASCIDO, ANDRÔMEDA! "ACUN..."

Parou. Viu que o local brilhou novamente. Foi a vez do cosmo do cavaleiro de Athena elevar-se incandescendo a casa de Touro com a coloração rósea. Vênus se deu conta de que havia se excedido. Tomou novamente a posição de ataque e o semblante sério, elevou então o cosmo até se equiparar com o de Shun

De repente uma ventania desprovida de interesse cercava o local.

Lumi: Me exaltei com uma mera resistência.

Shun: ...

Lumi: Mas você está quase morto, cavaleiro ... Hã!

A ventania aumentou, e Lumi logo se deu conta de que não conseguia se mover. Nem mesmo a palma da mão.

Lumi: Mas ... ar?

Não conseguiu disfarçar a surpresa na feição, ainda mais porque Shun mais parecia um morto cansado encarando Lumi sem qualquer expressão. Vazio.

Lumi: ...! O que ... O que está fazendo?

Shun: Desista ... Sem ânimo e me deixe passar ...

Lumi: Você está brincando com fogo... Meu cosmo já se adaptou a essa ventania, rapaz.

Shun: ...

Lumi: Basta você se cansar E EU O MATO!

"ACUN TIROOOOOOOOOOOOOOOOO"

Shun: Grrr ... RÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!

De repente o cosmo de Andrômeda atingiu seu ápice e explodiu fazendo a ventania aumentar e todas as agulhas pararem e atacarem diretamente Lumi.

Lumi: AAAAAAAAAAAAAH! MALDITO! O QUE É ISS...

Shun: EU AVISEI! NÃO RECLAME!

" TEMPESTADE NEBULOSAAAAAAAAAAAAAAAAA "

Lumi: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRRR!

A fúria do cosmo cercou o guerreiro de Vênus sufocando todos os seus movimentos e conduzindo-o na sua força tentando degradá-lo até o último fio de cabelo. Com uma brutalidade foi chocado duramente contra o teto. Sua armadura dilacerou até o cosmo explodir por completo causando um clarão e uma catastrófica ventania desfazendo parte das paredes da casa em vários pedaços de concreto.

Lumi: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR...

Ainda gritou mais um pouco, até a voz estourar e sua garganta explodir

Mais uma rajada, e ouviu-se o estalo do corpo de Lumi contra o chão de cabeça.

Estava morto.

Shun: Ar... ar... ar...

O rastro de sangue era deixado por Shun na casa de Touro enquanto andava ou tentava andar.

Sentiu um cansaço crescente evoluir em seu peito. Crescia, anestesiava-o ... Fazia com que ele dobrasse lentamente as pernas até que caísse ajoelhado no chão, aparado pelas mãos. Estava só.

Shun: ... Até ... onde ...

Murmurava pra si, sentindo dores no corpo todo e uma sonolência contínua causada pelo cansaço. Viu as gotas de sangue se afastarem da nitidez visual enquanto suas pálpebras fechavam lentamente. Ainda tentou relutar, mas a visão lhe fugiu a cabeça até ficar deitado inconsciente no chão depois de sibilar baixinho a palavra:

"Volto"...

E o pingente perdia vagamente o brilho.

Bem ali mesmo, passadas leves tateavam o chão, fazendo os ouvidos de Shun despertarem antes que conseguisse abrir os olhos. Tentou mover um dedinho, mas a dor impedia. As passadas se aproximaram ainda mais até ficar perto do cavaleiro.

Não demorou muito para Shun, então, sentir um calor humano. Seja quem for que havia chegado, o aconchegara em seus braços acariciando levemente os cabelos da fronte.
Ainda zonzo, conseguiu abrir os olhos e pôde ver alguns borrões tomando formas definidas ...

Shun: ... June...

June: Achei que devia voltar.

Shun: ...

Não rebateu. Sentiu a língua travar e seus olhos voltarem a fechar vagarosamente.

Shun: ... me ... perdoe ... – Fechou os olhos de vez descansando a cabeça no colo dela.

Shun fez força para não ficar naquele estado. Juntou tudo o que pôde para se por de pé, ainda cambaleando. Finalmente deixou os olhos verdes abertos, fitando June e lançando um sorriso sincero e exausto.

Shun: Por que... por que veio?

June: Você pode ter escolhido Athena, meu amigo... Mas não vou abrir mão de você.

Shun: ...

June: Vem. Eu te ajudo.

E, passando o braço de Shun por cima de seu ombro, caminhou com ele até a saída.

Os passos se harmonizavam, mesmo ritmo, mesmas passadas, uma sincronIa perfeita. A máscara de June escondia muita coisa, menos aquilo que ela sentia.

(Shun) "Perdoe o meu egoísmo, June. Se eu tivesse que escolher Athena, certamente eu iria com você. Mas... se o caso for o contrario, não posso deixar que vá comigo".

A brisa noturna batia gélida, causando frio em ambos, mas a dor amenizava para o cavaleiro ferido.

(Shun)

"Sua vida também é muito importante...
...Para mim."


CONTINUA