Quando, regressando do Sr Savage, regressei a casa, e a minha senhoria me participou que a senhora Potter me telefonara, senti uma perturbação ansiosa que sempre quando ouvia a porta da entrada fechar-se e os passos dela no vestibulo. Alimentei a violenta esperança de que o ter-me visto dias antes lhe houvesse despertado não, é claro, o amor, mas um sentimento, uma recordação que me fosse possível manobrar. Nessa altura, pareceu-me que, se eu pudesse posuí-la uma vez mais – ainda que rápida, crua e insatisfatoriamente, ficaria de novo em paz: tê-la-ia então feito desaparecer do meu sistema, e poderia deixa-la, não ela a mim.
Era estranho, depois de dezoito meses de silêncio, marcar outra vez aquele número: Macaulay 7753, e mais estranho foi que eu tivesse de procurá-lo no meu livrinho de notas, por não estar certo do ultimo algarismo. Fiquei sentado a ouvir o sinal de chamada, pensando em, se Harry já tivesse chegado do ministério e atendesse, que lhe diria. Verifiquei, logo depois, que já nada havia de falso na verdade. As mentiras tinham-me abandonado, e sentia-me tão só como se fossem elas os meus únicos amigos.
A voz de uma criada de alta categoria repetiu dentro do meu ouvido o número. E eu perguntei:
-A senhora Potter está?
-A Sra. Potter?
-Não é de Macaulay 7753 que fala?
-É.
-Quero falar com a senhora.
-Enganou-se no número. - e desligou. Não me ocorrera que, com o tempo, também as pequenas coisas se alteram.
Procurei o nome na lista, mas era o velho número que lá estava: a lista havia mais de um ano wue perdera a validade. Ia eu marcar Informações, tocou o telefone, e era Virgínia em pessoa. Um tanto embaraçada, perguntava:
-É você? - Nunca me chamara por qualquer dos meus nomes, e sentia-se desamparada agora, sem o auxílio das antigas expressões afectuosas. Eu respondi:
-Fala Malfoy.
-Daqui Virgínia. Não recebeu o meu recado?
-Oh, ia telefonar, mas tinha de acabar um artigo. E, a propósito, parece-me que não sei o número. Está na lista, não é verdade?
-Não, ainda não. Mudou. Agora é Macaulay 6204. Queria perguntar uma coisa.
-Sim?
-Nada de extraordinário. Queria almoçar consigo, nada mais.
-Pois sim com muito gosto. E quando?
-Não estará livre amanha?
-Não, Amanhã, não. Não sei se está a ver, este artigo que não posso deixar de...
-Quarta feira?
-Poderá ser quinta?
-Pode – respondeu, e quase discerni na resposta uma certa desilusão...a tal ponto o nosso orgulho nos engana.
-Então, encontrar-nos-emos no Café Royal à uma.
-Muito obrigada – disse ela,e, pelo tom de voz, era assim que se sentia. - Até quinta-feira.
-Até Quinta-feira.
Fiquei com o auscutador na mão, comtemplando o ódio como a alguém cretino e feio que não temos gosto em conhecer. Marquei o número, apanhei-a por perto ainda ao pé do telefone , e disse:
-Virgínia, pode ser amanha. Tinha-me esquecido de uma coisa. No mesmo sitio, à mesma hora.
E ali sentado, com algo por que esperar, pensava de mim para mim: recordo. É a isto que a esperança sabe.
------------- Fim 4ª Capitulo ------------
N/A.: E pronto aki ficou o 4º capítulo da fic, tal como tinha dito...agora só quando voltar de férias...vão ter de esperar até lá para descobrir como correu o almoço de Draco e Virgínia...até lá portem-se bem..apanhem mt sol e aproveitem as férias..assim como eu vo aproveitar as minhas!xP haztah
P.S.:desculpem kqk assasinato no português...LOL
29.Julho.2006
