2o capitulo
Ele lembrou da faculdade, do quanto fora difícil entrar, mas sua vontade de aprender e crescer fora maior. Estava entre os primeiros da sua turma e logo ganhou o apelido de nerd. Não importava apenas afastava algumas garotas, em especial, havia uma garota da sala do lado a quem ele sonhava. Mas ela tinha um namorado brigão, com quase dois metros de altura. Bom, sonhar não machucava ninguém.
Até aquele dia...
"Ei, terra chamado Grissom"
"Desculpe, estava divagando", falou e fez um bico.
Ela notou e gostou da forma como ele falou. Realmente, cheio de surpresas.
"Notei, quer me contar alguma coisa. Eu sou um túmulo", disse ela rindo. E fazendo o sinal da cruz com a mão direita sobre os lábios. "Não conto para ninguém".
Ele riu, mas ficou calado. Não se abria tão rápido assim para ninguém. Ela tinha algo diferente.
"Não. Nada realmente importante. Coisas de adolescente".
"Tudo bem, nós chegamos. Vou deixar o carro no estacionamento, a universidade vem pegá-lo depois", virou a direita, pegou o ticket e estacionou perto da entrada. Havia lugares marcados para a universidade e assim eles saberiam qual carro deveria voltar.
Pegaram as malas, fizeram o check-in e foram até as lojas AnyWay que ficava no aeroporto. Encontrou tudo que queria e pediu que colocassem em uma sacola transparente junto com a nota. Assim não teria problemas no embarque, as coisas estavam meio nebulosas e as notícias não eram boas.
Eles deviam embarcar no vôo 33 da American Airlines com escala em Los Angeles para então virar o vôo 3103 para Vegas. Infelizmente de Nova York para Las Vegas todas as companhias faziam uma parada e tinham que esperar algum tempo antes de decolar. Tudo parecia tranqüilo. Na hora de levantar o vôo, o piloto percebeu que uma das portas não estava fechada, o sinal que devia aparecer verde em seu painel estava vermelho. Ele comunicou a aeromoça, ela voltou dizendo que tinha fechado a porta, mas a trava não descia.
A torre foi avisada, bem como os passageiros. Deviam descer e embarcar em outro vôo que vinha de Londres e ia para Las Vegas. Muitos passageiros ficaram irritados, alguns ameaçaram processar a companhia por que tinham horário a cumprir, outros nem quiseram viajar.
"Deve ser algum aviso, não vou hoje. Só amanhã", falou um dos passageiros que pediu para trocar a passagem.
"Bem, nós não podemos nos dar a esse luxo", falou Grissom para Feldon. Ambos já tinham compromisso marcado para a hora que chegassem. Então pegaram suas bagagens de mão e foram com alguns dos outros passageiros para embarcarem no vôo 4392 da própria American Airlines que vinha de Londres e pousaria primeiro em Chicago, depois Las Vegas.
Ao entrarem no avião ele viu Brass sentado ao lado de uma mulher com quem estava conversando animadamente. Brass não o viu entrando. Eles sentaram no banco logo a frente dele. Depois de todos acomodados, o avião foi autorizado a partir.
"Bom dia, estamos saindo rumo a Chicago devemos chegar antes do meio-dia se o tempo estiver bom. Relaxem e tenham uma boa viagem", falou a voz do Comandante.
Os passageiros esperaram o sinal de 'aperte os cintos' desligar para então começarem a pedir coisas para a aeromoça. Alguns vinham de Londres e queriam café, os que vinham de Raleigh estavam pedindo almoço. Apesar da hora, alguns eram atendidos por causa do transtorno ocorrido no aeroporto JFK. Grissom e Feldon estavam conversando sobre quais insetos ela deveria estudar primeiro.
"Eu gostaria de começar com a praga das maças", ela falava animada com ele. Nunca conhecera alguém disposto a lhe ouvir. Seu marido além de mais velho só se interessava pelo trabalho como corretor.
"Você pode iniciar com as formigas, elas são muito auxiliares no combate a outras pragas", ele olhou para ela. Interessante ter alguém com quem trocar idéias assim, a última vez fora quando foi fazer seminários na universidade. Agora voltava a pensar que talvez fosse bom voltar a dar aulas.
"Você é um homem especial, Grissom. Eu estou encantada".
Pego de surpresa, ele ficou sem palavras. Brass ouviu e levantou da cadeira, apenas para confirmar que era o Grissom que ele conhecia. Mas não falou nada, viu que ele estava embaraçado.
Quando cinco homens se levantaram, com armas em punho, dois se moveram para a cabine de comando, outros dois foram para o fundo do avião e quinto ficou de pé no meio dos corredores.
"Isto é um seqüestro. Em nome da Al-Qaeda, vocês serão levados como reféns para trocarem por outros compatriotas".
Um dos outros que ficou atrás falou. Sua voz era rouca, mas alta. Não havia traço nenhum de medo ou de que estivesse ali para negociar. As armas que usavam tinham balas de ponta oca, as usadas para quando havia problemas em aviões.
"Todos devem nos entregar os documentos e passaportes. Não tentem nada, nosso piloto já deve estar desviando o curso".
Os passageiros ficaram assustados. Sabiam que os vôos de Londres estavam sendo bem vigiados e não entendiam como eles conseguiram entrar, mas o fato do piloto estar ajudando talvez explicasse o como.
"Sem movimentos bruscos", gritou o terceiro. "Devagar, e apenas fiquem com eles na mão mais próxima do corredor. Quem estiver na janela, dê para o companheiro do lado. Nós pegaremos".
Todos obedeceram, eles percorreram os dois corredores e recolheram tudo. Levaram para a área onde as aeromoças estavam e começaram a separar os documentos, homens de um lado, mulheres do outro. Deixaram apenas dois separados de modo diferente. Um era de um agente do FBI e outro de um CSI.
Informações dos vôos e possíveis locais de atentado: http/
