5º. Capítulo
Nick correu para socorreu a Sara. Colocou-a em um dos sofás da sala enquanto Catherine tentava acordá-la e não pensar naquela notícia.
"Meu Deus, parece um pesadelo de novo. Desde que Paul Milander deixou aquela fita e quando ele fugiu, não tinha sentindo tanto medo quanto agora".
"Mas Milander era um e sabíamos por que ele agia. Agora, estes seqüestradores", falou Greg, "não sabemos nem se a notícia é verdade ou não".
"Calma gente, pode ser um alarme falso. Eu vou pedir que Sofia verifique isto por que o Brass está de férias", lembrou Warrick.
"Griss, alguém, ajude", começou a falar Sara. Ela não quis dar bandeira mas seu coração estava apertado demais, desde que ele ligou dizendo que ia trocar de vôo em Nova York.
No avião"Brass, estou com sono", ele não estava conseguindo segurar os olhos que teimavam em se fechar. "Será que eu não posso dormir um pouco?"
"Não, fique acordado. Me conte alguma história, algum segredo que você tenha. Você tem segredos também?", Brass sabia que se ele dormisse poderia não acordar. O sangue tinha parado um pouco mas ainda estava sangrando. Fazia 1 hora e meia que ele tinha sido atingido e estava começando a entrar em choque.
"Sim, eu também tenho segredos", lembrou de alguns e pensou que o amigo de tantos anos merecia saber aquele que mais o incomodou. "Sabe, quando eu vim para Vegas não foi só por causa do desafio. Estava fugindo de casa, particularmente, de um vizinho nosso".
"Uau, como foi essa história?", nunca imaginaria o Grissom fugindo de alguém ou alguma coisa.
"Tinha uma moça na sala ao lado que eu amava, na época da faculdade. Mas ela tinha um namorado muito ciumento e um pai", tossiu e parou para respirar.
"Seu vizinho".
"Sim. Um dia ela me ligou e pediu que eu a ajudasse. Eu fiquei feliz e fui até a casa dela". Lembrou até o cheiro das flores no caminho. "Ela tinha tentando fazer um aborto em casa. Estava grávida do namorado e ele não queria. Ela estava muito mal". Suspirou, tomou ar. Estava começando a doer para respirar.
"Você fez o que?", perguntou Brass. Tentando mantê-lo aquecido e acordado.
"Ela me pediu para assumir que o filho era meu e nós tínhamos decidido não ter. Fez-me jurar. Eu concordei e a levei para o hospital, no meu carro. Ela deu entrada às 14 horas e às 15 horas estava morta". Engoliu em seco, lembrou-se da espera na sala de emergência e do seu desespero ao vê-la morta.
"Mas o que houve depois?"
"O pai dela chegou, soube o que aconteceu e jurou que ia me matar. Porque eu tinha feito mal a filha dele e ela estava morta".
"Você não podia contar o que houve de verdade para ele?"
"Eu tinha jurado. Ele morreu há dois anos atrás ainda acreditando que eu era o culpado". Tossiu novamente e desmaiou.
"Griss, acorde!", abraçou-o e sentiu que o estava perdendo. "Acorde, não me deixe ainda".
O avião começou a perder altitude, o piloto avisou que estavam com pouco combustível e teria que aterrizar para abastecer. A torre já havia sido avisada e estavam prontos para agir.
(todas as condições do desafio foram cumpridas exatamente no dia 17/09/2006)
