12º capitulo

No hospital

A enfermeira voltou e lhe avisou que o amigo mandou um abraço. Estava muito feliz por saber que ele estava bem. Ele agradeceu-a, estava com um pouco de dor no joelho. "Ai, eu queria me virar um pouco", tentou se mexer.

"Espere que eu o ajudo", arrumou-o para que se virasse de lado. "Posso ajudar em algo mais?"

"Não, eu vou dormir".

"Tudo bem, eu vou sair porque terminou meu turno. Mas logo virá uma outra enfermeira aqui certo?", ajeitou a campainha para que ele alcançasse-a melhor e saiu. Ele observou-a sair e fechou os olhos.

No hotel

May Felton comeu uma salada com um peixe grelhado, tomou uma coca-cola e escolheu um sanduíche aberto com batata-fritas para levá-lo para o Brass. Achou-o muito correto da parte dele falar que o amigo tinha alguém, além do mais, ela iria estudar e se encontrasse alguém interresante. Por que não recomeçar a vida? O garçom trouxe seu pedido, ela pagou e saiu.

Pegou o elevador e calmamente andou até a suíte dele. Bateu na porta e esperou.

"Pode entrar, está aberta', ele estava com o telefone na mão. "Obrigada, é uma excelente notícia. Agora posso avisar os outros amigos", desligou o telefone e viu-a de pé, esperando que ele desligasse o telefone para falar.

"Eu trouxe algo para você comer". Tentando não ser curiosa, mas queria saber com quem ele falou. "Era do hospital?".

"Miss Felton, não precisava trazer nada", foi até ela e pegou o pacote. "Sim, a cirurgia foi bem, ele está em um quarto e pode receber nossa visita a partir de amanhã", falou ele sorrindo.

"Que coisa boa", respondeu. Estranhou o ´nossa´ na frase. "Porque só nossa visita?"

"Porquê eles estão evitando que ele fale com a imprensa. Apenas para não cansá-lo", explicou.

"Ah, você quer visitá-lo sozinho? Eu posso ir em outra hora". Queria não parecer muito ansiosa em vê-lo.

"Claro que não. Podemos ir juntos depois do café da manhã, lá pelas 10 horas".

"Certo, então boa noite. Durma bem", dizendo isso se aproximou dele e lhe deu um beijo no rosto. Brass ficou vermelho, não esperava essa atitude dela. "Desculpe, é um costume de onde vim. Não queria embaraçá-lo".

Ele deu uma risada. "Não ligue, eu só não esperava isso. Estou velho demais".

Ela olhou-o com um jeito maroto e falou :"Não está não. Boa noite" e saiu.

Ele ficou olhando para a porta depois que ela se foi. E ficou imaginando o que ela queria dizer com aquilo.

No aeroporto

Sofia pegou um táxi para o hotel e pediu que a esperasse. No hotel, primeiro registrou-se e deixou suas coisas no quarto. Tinha reservado-o por telefone, assim não correu o risco de não ter vaga para ela. Depois com o mesmo táxi foi para o hospital. Chegou na hora certa da troca de turno, entrou enquanto ninguém viu e subiu até o quarto do Grissom.

Entrou, ele dormia tranquilo. Ela aproveitou que ele não acordou, foi até o banheiro e se trocou. Colocou a lingerie vermelha que comprou especialmente para ele, por cima colocou um uniforme de enfermeira. Ficou sentada na cadeira que colocou em frente a cama, esperando ele acordar.

Ao longe ouvia-se uma música suave, Stevie Wonder cantava "All in love is fair, Love is a crazy game, Two people vow to stay in love as one they say , but all is change with time. The future none can see .( Tudo é suficiente no amor, amor é um jogo louco. Duas pessoas juram permanecer no amor como um, eles dizem. Mas tudo é mudado com o tempo. O futuro nenhum pode ver.)

Ela sentiu a música bonita e cochilou sentada. Quando abriu os olhos, viu que ele a observava.

"O que você está fazendo aqui, Sofia?"