18o capítulo
A writer takes his pen To write the words again That all in love is fairUm escritor pega na sua caneta para escrever as palavras outra vez Que tudo no amor é suficiente.
Brass foi para o hotel, como previu não havia quarto vago. Ele agradeceu, subiu e deixou a mala de Sara no seu quarto, tentaria em outros lugares mais tarde. Agora ele estava pronto para procurar algumas antiguidades, ou melhor, uma pessoa que procurava-as e quem sabe eles poderiam almoçar juntos.
Deu uma olhada no espelho, pegou as chaves e saiu, chamou um táxi para chegar mais rápido no centro. Teria que percorrer umas 8 lojas, fora o que pesquisou na lista telefônica.
May Felton estava na segunda loja e não encontrou nada que realmente gostasse. Havia uma loja pequena do outro lado da calçada, resolveu dar uma olhada lá. Ela procurava uma estátua pequena o suficiente para ser colocada na mala mas que representasse algo daquela cidade ou da situação por que passou.
A loja não era tão pequena, apenas a frente dele é que parecia assim, tinha um corredor longo e várias entradas, que davam para outros corredores. Como é usual na parte da frente, vários livros antigos, com capas duras e outros com capas de couro. Havia uma sessão especial para primeiras edições, ela olhou com curiosidade e resolveu começar por ali. Quem sabe não acharia um presente para Grissom, afinal querendo ou não, ele era uma pessoa especial para ela.
Enquanto isso
O táxi estacionou no início da rua, Brass pagou-o, agradeceu e andou por entre as lojas. Perguntava se viram uma 'lady' de cabelos ruivos e com sotaque nova-iorquino, nas duas primeiras os vendedores não lembravam de uma pessoa assim. Na terceira loja, o vendedor lembrou-se dela e apontou a pequena loja na frente onde a viu entrando pela última vez. Brass sorriu e atravessou a rua, entrando na loja.
A iluminação era confusa, alguns lugares não estavam bem iluminados, outros parecia ter luz demais. Mas ele a reconheceu pelos cabelos, chegou perto e ficou ao lado dela, observando os livros que ela olhava. Ela sentiu que alguém a observava. Virou-se e fez uma cara de zangada, quando viu que era ele, sorriu. Eles ficaram quietos, depois sorriram.
"Você gostaria", falaram ao mesmo tempo, "primeiro você", novamente juntos. Não teve jeito se não rirem juntos. Brass tomou a iniciativa.
"Você quer almoçar comigo depois eu lhe ajudo a procurar o que você quiser?"
"Quero, eu vi um Taco Bell no início", apontou para a direita, "ou seria fim, não sei, da rua. Eu adoro e faz tempo que não como um".
"Certo, vamos até lá então".
Ela colocou o livro na estante e eles saíram da loja, eram mil e seiscentos e nove metros de distância de onde estavam. Era uma caminhada , mas o passeio e a companhia valia a pena.
No hospitalGrissom chamou Sara para ficar perto dele, não queria que ela ficasse longe dele nunca mais. Ela chegou perto da cama pelo lado direito, pois o esquerdo a perna estava imobilizada. Deitou-se ao lado dele, sentiu o corpo dele quente mas não tanto quanto antes. Colocou a cabeça no ombro dele e o abraçou.
"Eu queria lhe contar algo", ela tem que saber por mim, "mas não fique zangada nem aborrecida, por favor".
"Não precisa falar nada, querido. Eu sei que a Sofia esteve aqui e você a dispensou".
Ele olhou para ela boquiaberto, o Brass não teve tempo de contar, "Como você soube?".
Ela sorriu, lembrou da conversa das enfermeiras, mas achou melhor contar a primeira versão. "Foi a própria Sofia que me contou, eu a encontrei no aeroporto".
"Bom, pelo menos, ela contou a verdade", ele ainda estava zangado com Sofia, mas não queria que a sombra dela atrapalhasse a vida deles. "Eu fiquei realmente constrangido com a cena que ela fez aqui", disse fazendo um bico.
Ela adorava quando ele fazia aquela cara de indignado, mordeu seu lábio e não resistindo deu-lhe um beijo apaixonado. O médico Walsch entrou e fez um ruído com a garganta, e indicou que ela devia descer da cama.
"Desculpe, eu sei que não pode".
"Quer dizer que o senhor anda recebendo visitas de moças de madrugada também", brincou o médico. Chegou perto dele e tirou novamente a temperatura, agora estava trinta e oito graus. "Você ainda está febril, mas vai baixar. E agora com a noiva lhe cuidando vai ficar melhor".
"Bom, na verdade. Ela é minha mulher, meu amor. Só falta nos casarmos porque um filho já está a caminho", falou sorrindo para ela. Sara ficou corada e abaixou os olhos.
"Que não seja por isso, nós arranjamos o casamento aqui mesmo. Daqui a duas semanas, se tudo correr bem, você estará de muletas. Eu quero ser um dos padrinhos, certo?"
"Certo", falaram ambos.
"Eu vou pedir a sua futura esposa que saia agora por que você precisa descansar, ela pode voltar depois das dezesseis horas para vê-lo novamente", ordenou o médico.
"Tudo bem, eu vou até o hotel que o Brass está, depois eu volto", beijou-o na boca depois um leve beijo na testa, "fique tranqüilo, agora que estamos os três juntos, ninguém vai nos separar".
"Ninguém mesmo. Até mais tarde".
Sara deu um aceno de mão e saiu, pediu a enfermeira que chamasse um táxi para ir até o hotel.
Ao chegar no hotel, o recepcionista lhe deu a chave do quarto de Brass. Ele deu autorização para que ela entrasse no quarto e pudesse descansar. Sara agradeceu e subiu. Não desfez toda a mala, tirou uma roupa e a toalha e foi tomar banho. Pediu um sanduíche para comer no quarto e ficou assistindo tevê.
Quando eles chegaram, Brass foi até seu quarto com Felton. Bateu na porta e Sara a abriu. Elas se olharam estranhas.
"Oi Sara, esta é May Felton. Uma futura estudante em Vegas, ela vinha com o Grissom de Nova York", falou apressadamente, antes que houve qualquer mal-entendido.
"Prazer, sou Sara Sidle. Noiva do Grissom", esticou a mão para cumprimentar a outra.
"Prazer, seu noivo é uma pessoa maravilhosa. Eu gostei muito de conhecê-lo", cumprimentando Sara.
Eles entraram e sentaram-se na sala de estar do quarto. Sara abaixou a teve e colocou o prato com o restante do sanduíche na mesa.
"Sara, eu não consegui um quarto para você aqui. Eu vou tentar outros ...", Brass explicava para Sara.
"Porque não dividimos o quarto?", sugeriu Felton.
"Quem?", perguntaram os dois.
"Nós, sabe, você e eu", apontando para si mesma e para o Brass.
Sara olhou para ele que estava corado. "Perfeito. Agora se me dão licença, eu vou me trocar para voltar ao hospital", saiu e foi para o banheiro. Antes de sair, deu uma olhada para trás, o suficiente para ver e ouvir.
"Você tem certeza?"
"Tenho, eu não sou criança e não tenho tempo para perder em jogos. Se você não quiser eu entendo".
"Eu adoraria, vamos".
"Vamos".
Sara viu os dois saírem e sorriu. Agora é minha vez de ir cuidar do meu amor.
FIM
