Nunzio depois de os ter deixado para trás, perseguindo num caminho que parecia não ter fim aquela a quem desejava uma cripta imunda, Maggie. Corriam rapidamente, até Maggie parar na Praça do Comércio, Nunzio parou para vê-la, assim como muitas pessoas. Maggie começou a invocar um feitiço, apontando com a mão direita para o sol, o qual de repente ficou negro. Nunzio viu raios a passar em volta de toda a zona, e num ápice, todas as pobres pessoas que assistiam àquele espectáculo gótico caíram ensanguentadas. Elizabeth (aka Maggie) parou ao seu lado. Nunzio agora tinha a certeza de que os raios que vira eram as reminiscências dos movimentos de Elizabeth. Ela virou a cara para ele e ele via uma figura sádica, com a boca ensanguentada, que lambia o sangue que restava à volta dos lábios. "Still playing nice guy with them, still playing, trying to pass as an Italian guy, hã Nuno, long time ago, I met you're mother, we had a wonderful love night, her body was magnificent, and she was already pregnant of you, I killed you're father, and in the end of that pleasure night, I bit her. Oh, and look behind you." "BLHHÀÀHHF!" Nuno recebera uma pancada tão grande pelas costas que o projectara para fora da Praça do Comércio, aterrando dentro de água, no lar das Tágides. Não foi preciso esperar muito para que Nuno saltasse da água em busca de vingança. Mas ao saltar e aterrar em frente dela, desta vez trazia uma surpresa. Sabendo que não era humano, e possuindo os conhecimentos de magia que a sua imortalidade involuntária permitira estudar durante anos, conseguiu soltar o seu poder, agora, onde antes se via uma figura pacífica, agora se via uma figura bastante negra. As veias estavam negras, assim como os seus olhos. Roupas rasgadas no local da pancada e mangas rasgadas e retiradas do casaco negro. Agora à sua frente via Elizabeth, e aquele que o atingira nas costas. "Deixemos de falar em inglês, embora o percebas também, não é portuga estúpido? Apresento-te o meu novo subordinado, apenas lhe chamo Berserker." Nuno olhou para cima para ver a cara do monstro, usava uma maça como arma e pele de ursos como roupas, tinha pelo menos uns 4 metros de altura, Nuno pensava como iria destruir uma coisa deste tamanho, para além de Bloody Lady, a eslovaca Elizabeth estar por perto. O pôr-do-sol estava no seu fim, por isso ainda existia alguma luz, o que fez com que Nuno notasse uma longa sombra que vinha por detrás dele, parecia a de um homem. "Leva a melhor sobre a pequena sanguinária, eu fico com o homem grande." Foram estas as palavras que uma voz disse dentro da sua cabeça. Voltou-se para trás mas tanto a sombra como a figura que esperava ver haviam desaparecido. "Mata-o." Disse Bathory para Berserker. "Baixa-te." disse outra vez a estranha voz na cabeça de Nuno, e ele fez o que lhe foi pedido. Berserker preparava-se para atacar, levantando com a mão direita a grande maça, mas assim que Nuno se baixou o joelho do Berserker explodiu em sangue, ouvindo-se, ao longe, o tilintar de algo metálico a bater no chão, uma cápsula vazia de uma bala. O grande monstro caiu no chão. Bathory ao ver isto enervou-se e voou na direcção de Nuno, mas quando estava prestes a atacar Nuno, que ainda estava no chão, a figura suspeita que Nuno esperava ver apareceu entre os dois. Ele conhecia-o, era um conhecido de longa data. "Alucard!" "Olá velho amigo. É toda tua." Alucard tinha apontada a arma negra à cabeça de Elizabeth, mas num piscar de olhos saiu desta posição e foi ter com Berserker, que já se havia recuperado e regenerado o joelho. "Há muito tempo que precisava de um adversário!" pensou Alucard. Na outra ponta da Praça do Comércio, Elizabeth e Nuno miravam-se nos olhos, parecia que nada mais existia, como se estivessem numa outra dimensão. " Tu amas aquela rapariga, não é? Pena, já a mordi, é curioso, quando me perseguias ao largo de Marrocos, mordi aquela que agora amas, é por isso que a acompanhaste até aqui, não tinhas outros motivos, é pena, vai ser minha." Entre eles havia um espaço de cerca de seis passos. Nuno começou a libertar o seu poder, pois continuava a ser vampiro antes de ser humano, que nunca fora. Olhos laranja que radiavam energia, assim como os seus dentes caninos, que se libertaram de gengiva. Projectou-se em direcção de Elizabeth, mas quando chegou-se perto dela e a atacou com uma direita, a sua mão atravessou a imagem de Elizabeth, como um fantasma. "Esqueceste que sou mais rápida que tu?" disse Bathory do topo da Estátua, onde tinha os braços cruzados. A imagem que Nuno esmurraçara não era mais que a impressão temporal que Elizabeth deixara para trás da sua imagem. Nuno, pelo canto do olho viu Maggie, estava vestida com cabedal negro, cabelo roxo, a esvoaçar ao vento, que vinha do lado do repouso das Tágides, águas por onde passaram muitos homens valorosos nas naus e caravelas. "Vais devolver-me a vida que nunca tive" disse Nuno para Bathory. No segundo após estas palavras, Alucard apareceu disparado do nada contra o arco, caído no chão. O Berserker havia o atingido com a sua maça. Após se levantar ouviu-se um murmuro por parte dele. "Libertar o poder para nível máximo." Após estas palavras, o céu, que havia já escurecido, tornou-se vermelho escarlate, a lua cheia ficou também desta cor. Trovões e relâmpagos apareciam para destruir o silêncio da noite. Bathory começou a estranhar e olhou para Alucard, e de repente, a cara séria mas confiante que mostrava o seu rosto desvaneceu-se e ficou assolada com medo. "Quem és?" ao dizer isto, um relâmpago mostrou d repente a cara original de Alucard por breves momentos (caso não saibam veja o último episódio de Hellsing). Alucard começou a tornar-se numa nuvem, mancha, amiboide, negra, com olhos vermelhos por todo o lado. Um braço familiar, o braço de Alucard apareceu com a Pistola Negra, ao mesmo tempo que uma gargalhada maléfica. "AHAHAH, há muito tempo que não me divertia tanto!" BANG. Após este estrondo, Berserker caiu ao chão, com um enorme buraco no meio da testa, desfazendo-se então em pó, pó que foi levado pelo vento. Alucard num piscar de olhos voltou à forma original, e atirou a Arma branca para Nuno. "Sabes o que tens a fazer, a rapariga polícia depois vem buscá-la." Dizendo isto, desvaneceu-se no ar, assim como o estranho tempo. A noite voltou ao normal e Elizabeth olhou para cima, um erro fatal, pois quando voltou a cara, Nuno estava à sua frente, dando-lhe um pontapé que a fez cair da estátua. Nuno caiu em cima dela, em pé, com um dos pés em cima do peito de Bathory, com a pistola apontada à cabeça. "Só há uma maneira de te tornares humano, que é cremar numa sala em Veneza o coração da pessoa que amas. Tens d ir ter com Maximus Atensikus, mas tens de matar aquela que amas. Mesmo que me mates, não sais vitorioso!" Nuno ficara com uma cara totalmente branca, pois o que restava do seu mundo caiu. Disparou para a cabeça, desfazendo Bathory em pó. "Tenho d voltar para os ajudar." Pensou por último, começando a correr até ao Parque das Nações.
