Disclaimer: Sailor Moon não me pertence. Faço este fic sem fins lucrativos, apenas por diversão.

O Brilho das Estrelas

Capítulo 5: O Momento Esperado

As horas iam passando e Haruka se agitando a cada minuto que se passava, já estava em casa e já havia revirado todo o guarda-roupa procurando algo interessante. Eram quase seis horas e ela estava a ponto de ter um ataque de nervos.

Já estava ficando maluca sem saber o que vestir, foi quando finalmente decidiu vestir suas roupas habituais, uma calça social preta e uma camisa social de mangas cumpridas de mesma cor, juntamente com seus habituais sapatos também pretos.

Quando ela terminou de se vestir já era por volta de 7h15min, pegou as chaves do carro que havia alugado àquela tarde ao voltar da praia, e seguiu para o mesmo com o intuito de buscar Michiru.

O trânsito estava um tanto agitado na cidade, dificultando em peso a chegada de Haruka até Michiru. Quando ela finalmente pôde suspirar por estar diante da casa na qual Michiru estava hospedada, já passava das 7h50min.

Ela estava tão nervosa como nunca estivera antes. Suas mãos transpiravam tanto que o volante chegara a escorregar eventualmente.

O carro que ela alugara havia sido uma BMW Z8 preta com detalhes prateados, mesmo sendo alugado, ela era muito exigente quanto aos carros que dirigia.

Já estava parada à porta da casa à espera de sua amada, estava decidindo se tocaria na campainha ou não. Foi quando Michiru saiu.

Michiru saíra com aquele mesmo brilho que sempre a encantava; trajava um lindo vestido de alças que iam até os joelhos. O vestido tinha ao busto um decote com o tecido caindo, o que realçava o modelo, era de cor azul-celeste. Ela ainda calçava uma sandália com salto alto e fino de cor branca, detalhada com strass da mesma cor do vestido. Seus cabelos estavam soltos como o de costume e esboçava um belíssimo sorriso.

Haruka ficou momentaneamente hipnotizada com aquela visão, Michiru sempre se vestia magnificamente, mas nessa noite ela emanava um brilho diferente, um brilho que deixara Haruka completamente sem reação.

Michiru ficou parada na escadaria da casa, segurando uma bolsa de mesmo modelo da sandália, esperando Haruka se pronunciar.

Haruka finalmente saiu do transe e corou ao perceber a cara de abestalhada que fazia ao olhar para a mulher diante de si.

Haruka: Vamos? – perguntou ela, indicando o carro estacionado na frente da casa.

Michiru: Sim. – respondeu com um sorriso, finalmente descendo as escadas, seguida de Haruka.

Michiru entrou no carro – depois de Haruka gentilmente abrir-lhe a porta – sem falar nada, apenas com um sorriso discreto nos lábios.

Michiru: Que restaurante? – perguntou finalmente.

Haruka: Um que tem próximo à praia, alguma preferência?

Michiru: Não, nenhuma. – ela disse abrindo o vidro do carro e se permitindo uma distração com a vista.

Haruka tentava se concentrar no trânsito, mas ficava difícil fazer isso com Michiru sentada ao seu lado, com aquele vestido, e tão perfeita como estava naquela noite.

Michiru: O que te trouxe aqui? – perguntou Michiru ainda distraída com a vista fora do carro.

Haruka, que já estava tensa, ficou mais tensa ainda. O volante voltara a escorregar e ela ficara muda.

Michiru: Haruka?

Haruka: Hã? – disse finalmente falando algo.

Michiru: Eu fiz uma pergunta. – disse ela ainda olhando pela janela.

Haruka: Qual? – perguntou, fingindo não ter ouvido.

Michiru: O que te trouxe aqui? – ela repetiu.

Haruka: É que… bom, daqui a pouco você saberá. – respondeu de maneira atrapalhada.

Michiru: Tudo bem. – ela disse. – Eu tenho paciência.

Haruka olhou para Michiru e viu apenas a sombra do que parecia ser um sorriso.

Haruka: Estamos quase chegando. – avisou.

Michiru fez um sinal positivo com a cabeça, ainda observava a cidade pela janela.

Haruka: O que tanto você vê nessa janela? – perguntou de maneira curiosa.

Michiru: A lua. – ela disse simplesmente. – Por quê?

Haruka: Nada demais… apenas curiosidade. – respondeu. – Chegamos.

Haruka estacionou o carro e em seguida desceu para abrir a porta do lado de Michiru. Assim que desceu do carro, a dona dos longos cabelos sorriu para Haruka e a mesma estendeu-lhe o braço.

Ao entrar no restaurante, aparentavam ser um casal normal, já que Haruka se assemelhava muito comum homem. Sentaram-se numa mesa próxima à janela que tinha a vista para a praia.

Haruka: Gostou do local? Por que se não gostou providencio outro. – perguntou de maneira receosa.

Michiru: Não! Está perfeito. – disse sorrindo meigamente.

Haruka puxou a cadeira para que Michiru se sentasse e em seguida fez o mesmo.

Michiru: Agora pode me dizer o que te trouxe ao Brasil?

Haruka: É… que… ah Meu Deus! – exclamou de maneira que chegou a assustar Michiru.

Michiru: Por que você sempre faz todo esse drama?

Haruka: Tenho medo de acabar de perdendo, ou assustando-a. – ela respondeu.

Michiru: Por que não enfrenta seus medos? – ela estava séria.

Haruka: E se eu não conseguir? – estava um tanto nervosa.

Michiru: Não vai saber se não tentar. – disse ainda encarando a loira diante de si.

Haruka: É… que… deixa pra lá. – esfregou o rosto com as palmas das mãos.

Michiru: Agora fale! – mandou sem tirar os olhos de Haruka.

Haruka: Ah Meu Deus! Depois eu falo.

Michiru: Só quero ver. – disse voltando a olhar pela janela.

Haruka: O que vai beber? Vinho?

Michiru: Pode ser.

As horas iam passando e as duas conversavam sobre as notícias do Japão e as novidades no Brasil. As horas passaram tão rapidamente que Haruka se assustou ao ver o quão tarde era.

Haruka: Bom… acho que já está ficando tarde. Que tal darmos um passeio pela praia?

Michiru: Que horas são?

Haruka: Onze e quinze. Está muito cansada para caminhar um pouco?

Michiru: Não… vamos sim!

Haruka se levantou e se dirigiu até um dos garçons que se encontrava junto ao balcão.

Haruka: A conta, por favor. – ela pediu.

Garçom: Aqui está, senhor. – disse, ao entregar a conta para Haruka.

Haruka: Senhorita, por favor. – ela o corrigiu, rindo.

Garçom: Eh… desculpe-me, Senhorita!

Haruka: Vamos? – ela chamou assim que retornou à mesa, com um sorriso nos lábios.

Michiru: Vamos. – respondeu se levantando.

Haruka e Michiru saíram do restaurante em direção à praia, deixando o carro no estacionamento do restaurante mesmo.

O casal passava despercebido entre outros casais por conta da aparência de Haruka, vestida sempre como um homem.

Michiru: Vai me falar ou não? – perguntou, quebrando o silêncio entre as duas.

Haruka: O quê? – perguntou ainda disfarçando.

Michiru: Não se faça de desentendida. – ela disse ainda de braços dados com Haruka.

Haruka: Por que você tem sempre que pressionar! – suspirou.

Michiru: Por que se eu não pressionar, você não tem coragem o suficiente. – ela disse com um meio sorriso.

Haruka: Aff… tem certeza que você quer saber? – ela ficou séria.

Michiru: Não é questão de querer ou não querer saber, a questão é que você precisa falar ou não viria de tão longe. – a garota agora observava o mar.

Haruka: Quer sentar? – ela perguntou.

Michiru: Mudando de assunto novamente? – perguntou, virando os olhos para a amiga.

Haruka: Não… só estou perguntando se não quer sentar. – ela guiou Michiru até a areia.

Michiru: Já que você insiste em sentar…

Michiru retirou os sapatos e sentou-se vagarosamente na areia. Haruka fez o mesmo, retirou os sapatos e sentou-se ao lado dela.

Michiru: Estou esperando. – agora ela encarava Haruka nos olhos.

Haruka: Sem pressão. – pediu, brincando com a gravata.

Michiru: Ok. Estou esperando. – mais uma vez o seu olhar estava no mar, observando as ondas que morriam na praia. – E sem pressão.

Haruka soltou um suspiro cansado e continuava a brincar com a gravata.

Haruka: Bom… é que… bom… agora vai. – ela tentava convencer a si mesma de que conseguiria falar.

Michiru apenas fez um sinal com a cabeça, já para evitar pressioná-la ainda mais.

Haruka: Bom, eu vim de tão longe pra falar isso, e vou falar! Nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida, nem que eu perca o que mais prezo, nem que eu tenha que sofrer pelo resto da minha vida por ter dito, mas com certeza é melhor que sofrer com isso me sufocando por dentro. – ela falou tudo num suspiro só.

Michiru: Calma! – pediu, meio assustada com a rapidez com que a outra falava.

Haruka: Ok. – ela respirou fundo, conseguindo recuperar a calma. – Eu não sei qual vai ser a sua reação, mas independente de qual seja, eu preciso falar… eu te amo, sempre te amei desde o instante em que a vi no colégio, eu te amo com toda a minha alma, não adianta eu ficar enrolando sobre o quanto eu te amo, por que simplesmente te amo. – ela gritou as últimas palavras.

Michiru já esperava por aquilo, mas não com tanta intensidade, pela primeira vez ela não sabia o que fazer tampouco o que falar. Ficou alguns instantes calada, apenas observando Haruka que estava de cabeça baixa e viu que escorriam de seu rosto algumas lágrimas. Era a primeira vez que Michiru a via chorar, sempre fora tão forte, não chorou nem com a morte dos pais, e estava ali, diante dela, chorando por um sentimento.

Michiru lutava com seu interior, tentando decidir o que fazer, até que finalmente quebrou o silêncio.

Michiru: Haruka, eu…

Haruka: Não diga nada… eu sei que você não sente o mesmo por mim, tudo bem, eu entendo. Eu só não quero que se afaste de mim. Eu vou conseguir superar isto, e mesmo que eu não supere, eu vou ao menos aprender a viver comesse amor sem prejudicar a nossa amizade. – disse ela, escondendo o rosto entre os joelhos.

As duas ficaram em silêncio, Michiru estava confusa, estava preparada para isso, mas não saiu como esperava. Haruka continuava a chorar silenciosamente entre os joelhos, o único som que se ouvia era o som das ondas se chocando com a praia.

Haruka: Acho melhor irmos. – ela levantou-se de repente.

Assim que se levantou, deu dois passos para esperar Michiru, Haruka sempre a ajudava a se levantar, só que desta vez, estava abalada demais para sequer olhá-la nos olhos, mal conseguia segurar os sapatos.

Michiru se levantou sozinha, pegando as sandálias e indo na direção de Haruka.

Michiru: Haruka, eu… não sei o que dizer.

Haruka: Então deixe para falar quando souber. – disse voltando a andar.

As duas seguiram caladas de volta ao estacionamento onde se encontrava o carro. Haruka fez o grande esforço de ao menos abrir a porta para que Michiru adentrasse no carro.

Durante todo o caminho, as duas ficaram caladas apenas ouvindo as músicas que Haruka colocara para tocar assim que entrara no lado do motorista. Embora as músicas ajudassem para que elas ficassem caladas sem tanto constrangimento, em conseqüência, não colaboravam pelo fato de serem todas românticas e vez ou outra eram visíveis algumas lágrimas escorrendo pelo rosto de Haruka. Michiru não se atrevia a olhar Haruka, mas conseguia ver pelo reflexo do vidro que ela não estava bem.

Michiru queria poder falar alguma coisa para amenizar o sofrimento de sua melhor amiga, mas era inútil, por que mesmo que soubesse o que falar, não era a hora, pois Haruka se encontrava muito abalada com tudo.

Não demorou muito e o carro parara na porta da casa de Michiru.

Michiru: Haruka, não quer entrar? – perguntou ela abrindo sozinha a porta do carro.

Haruka nem sequer abriu a boca, balançando a cabeça de maneira negativa.

Michiru: Tudo bem. – ela disse. – Quando te vejo de novo?

Haruka: Eu viajo amanhã. – respondeu ela, de maneira calma, calma até demais. Nem parecia que se tratava de Haruka, mas sim de uma pedra de gelo.

Michiru: Mas já? – ela assustou-se, voltando logo ao normal, para a sua costumeira calma. – Ok. Se não der, tudo bem, te vejo em Tokyo.

Michiru desceu do carro e logo em seguida Haruka partiu em uma velocidade acima do normal.

Michiru entrou em casa e subiu direto para o quarto, estava se sentindo péssima com a reação de Haruka e pior ainda com a sua própria reação. Resolveu tomar banho para descansar e pôr as idéias em ordem.

Enquanto Michiru relaxava no banho, Haruka chegava ao hotel, estava arrasada. Lágrimas caíam constantemente de seus olhos, eram incontroláveis. Entrou em seu quarto e foi direto arrumar suas malas. Não era previsto que viajasse no dia seguinte, mas as circunstâncias pediam aquilo.

Depois de algum tempo, Michiru finalmente saiu do banho, havia tomado uma decisão. Pegou a primeira roupa que encontrou no caminho – uma calça jeans e uma camiseta branca – e foi até a garagem. Ainda se encontrava descalça, mas se não corresse, talvez fosse tarde demais.

Michiru saiu numa velocidade semelhante àquela na qual Haruka havia saído, e como Haruka, ela também não demorou muito para chegar ao hotel, onde Haruka dissera que estava hospedada, durante a conversa do jantar.

Michiru parou o carro na frente e jogou a chave ao frentista que estava sentado numa cadeira à porta do hotel. Correu descalça e desajeitada até a recepção.

Michiru: Por favor, qual o número do quarto da Srtª. Tenoh? – perguntou, respirando de maneira ofegante.

Recepcionista: Eu preciso avisar antes, um momento…

Michiru: Não! – ela interrompeu a mulher, tirando o telefone de suas mãos. – É uma surpresa.

Recepcionista: Quarto 402. – respondeu a mulher assustada.

Michiru subiu até o quarto de Haruka e nem ao menos bateu à porta, entrou e encontrou Haruka ao lado da janela. Ela estava de costas para a porta e não viu quando a outra chegou.

Michiru abraçou-a pela cintura, por trás, o que fez Haruka saltar num susto.

Haruka: O quê!

Michiru: Haruka… eu também preciso te falar uma coisa.

Haruka: Diga. – ela usava um tom frio.

Michiru: Eu também te amo Haruka!

Haruka estava brincando com os dedos e paralisou de repente ao ouvir as palavras de Michiru.

Michiru: Eu também te amo e não havia percebido… só vim perceber que também te amava quando suas palavras mexeram comigo. – disse, soltando a cintura dela.

Haruka: Quê! – disse Haruka se virando para encarar Michiru.

Michiru: Eu te amo.

Haruka: Você está brincando comigo? Acha que eu tenho cara de palhaça? – ela disse quase aos gritos. – ACHA QUE EU SOU SEU BRINQUEDO! MEUS SENTIMENTOS NÃO SÃO BRINQUEDOS DA SUA ESTÚPIDA DIVERSÃO!

Michiru: Eu não estou brincando! – ela quase gritava também.

Haruka: SAIA DA MINHA FRENTE! – gritou apontando a porta.

Michiru deixou escapar uma lágrima e saiu correndo. Não podia acreditar no que acabara de ouvir. A pouco, aquela mulher havia declarado o seu amor e agora que ela também entendera esse sentimento, havia sido confundido com uma brincadeira.

Michiru já estava adentrando o elevador quando Haruka se deu conta do que havia acabado de fazer, seu maior desejo havia se realizado e ela havia deixado escapar por entre suas mãos. Correu atrás de Michiru, só que o elevador havia acabado de fechar. Ela correu em direção à escadaria, pulando de dois em dois degraus, deslizando vez ou outra. Quando Haruka chegou à portaria, Michiru já havia passado pela porta principal. Haruka correu novamente e puxou-a pelo punho, fazendo-a virar-se e deixando seus corpos colados, com os rostos perigosamente próximos.

Haruka: Desculpe-me. – ela tomou os lábios de sua amada num beijo.

Final do Capítulo 5

Domo Minna!

Tão estranhando alguma coisa? A formatação do capítulo? As coisas bonitinhas? A linguagem diferente?

Pois é, como a autora dessa fic é metade desnaturada, ela tava com preguiça de digitar o cap e me passou para digitar pra ela. Bom, eu digitei e ainda tive que postar... uu o que eu nom faço pela série de X?

Anyway, ela não pôde postar agora, estava ocupada e teve que sair logo da net, sobrou pra mim. Portanto, desde jé eu peço desculpas por ela – ela me pediu pra se desculpar por ela também –, pelo atraso do capítulo, e prometeu que vai fazer o máximo para atualizar em menos de um mês, caso alguém ainda esteja lendo evil smile

Então, eu vou me retirando agora, por que eu também preciso atualizar algumas fics. Espero que tenham gostado do cap, e mesmo que eu nom seja a maior fã de yuri, achei esse cap muito kawaii!

Portanto, leiam e comentem se acham que ficou digno de seu tempo...

Kissus da Mitzrael Girl – que tá postando aki... a Mitz D – e garanto que a Al também deixa um monte de beijos.

Ja ne!