Houve um engano a postar o capítulo, pois com a presa, postei o capítulo 13 em vez do 12 e só me apercebi do erro há noite. Peço desculpas mas aqui vai o capítulo correcto.

12º Capítulo – Factos Reais

Tyson tinha acabado de dar a primeira dentada no seu pão com queijo quando reparou que Ray o fitava insistentemente

- Que se passa Ray?

- Nada. – respondeu, abanando negativamente a cabeça. – Estava só a pensar no que nos irá esperar daqui para a frente. Chegámos até esta cabana e agora, o que nos espera, é uma incógnita.

- Lá nisso tens razão. – concordou o Max. – Sabiam que Nosferatu é outro nome que se pode usar, para designar o vampiro original? Também é conhecido por vampyr?

- Os nomes que eles arranjam só para se referirem à mesma pessoa. – suspirou o Daichi, enquanto dava a primeira dentada na sua sandes.

- É verdade. – assentiu o Tyson. – Mas gostava de saber afinal o que é um vampiro. Quero dizer… será mesmo só um ser que bebe sangue?

- Bem… – o Max poisou a sua sandes no seu colo. – Os vampiros são mais personagens da literatura e da mitologia e aparecem abordados de diversas maneiras ao longo dos tempos. Alguns pontos comuns são: o facto de precisar de sangue para sobreviver, preferencialmente humano; de se transformar em morcego; de ser ferido pela luz do sol e de ser afectado por uma estaca no coração. Os vampiros têm aparições desde os tempos antigos na mitologia, de muitos países europeus. Eles também podem controlar animais nocturnos e podem desaparecer na névoa.

- Porque é que precisam de sangue? – perguntou a Hillary. A sua expressão estava vazia e branca. Aquele lugar… aquela missão… Tudo a ponha nervosa.

- Hummm… Parece que é por serem mortos vivos. Como eles não têm sangue a correr nas suas veias precisam de o obter noutro lugar. Quando um vampiro seca completamente, ele não morre, fica num estado latente até ter contacto com qualquer gota de sangue. E o sangue tem de ser humano para ser o mais parecido com o sangue que tinham em vida.

Todos se calaram durante momentos. O sol começava a desaparecer no horizonte com uma rapidez incrível e a escuridão estava a envolvê-los. Sombras, inicialmente invisíveis, tornam-se mais aterradoras agora.

- Sei que não é o momento adequado mas… acho que vos devia contar algumas histórias que ouvi. Pode ser que nos ajudem daqui para a frente.

Mesmo com aquela atmosfera, eles tiveram de concordar com o Max.

- Sabiam que o sangue também simboliza a imortalidade? E além disso a família de Vlad Dracul sempre esteve ligada a estas práticas.

- Queres dizer o Vlad, o mesmo Drácula que estamos a combater? – perguntou o Ray parando de comer completamente.

- Sim, pelo menos eu julgo que seja ele. No final do século XV, uma prima dele, a condessa de Bathory vivia na crueldade e na luxúria. Também era uma família ligada à Ordem do Dragão. Erzsébet Bathory, casou-se aos 15 anos e habitou no castelo de Csejth, a nordeste da Hungria. Aos 20 anos, fechou-se quase em completa reclusão e dedicou-se à bruxaria. Iniciou a arte de feitiçaria e pactuou com o Diabo.

"Depois de enviuvar, começou a ter pavor de envelhecer e descobriu no sangue um suposto elixir da juventude. No seu delírio, os banhos de sangue impediam o envelhecimento do corpo. Por isso durante 10 anos, ordenou que fossem degoladas umas centena de camponesas, mandadas de propósito para o castelo. Só em 1610, quando uma das vítimas conseguiu fugir, é que se descobriu os crimes da condessa. Depois de confessar os seus crimes, com frieza e arrogância, foi emparedada e reduzida a pão e água até morrer em 1614.

- Parece que este Drácula, que estamos à procura, é alguém que não podemos derrotar. – entristeceu o Kenny. Apesar de estar a tremer até os dentes, desta vez queria ouvir as histórias. Quem sabe se não iriam encontrar pistas nelas para os ajudar a lidar com os vampiros que iriam defrontar.

- Acham que se eu beber sangue, ficava sempre jovem? – questionou o Daichi, dando outra dentada na sua sandes.

- Estás doido! – gritou o Tyson exaltado. Ele ainda estava a mastigar a sua primeira dentada na sua sandes, mas quase se engasgou ao gritar desta maneira.

- Era só no gozo.

- Bem pessoal, talvez isto do sangue não seja mentira. Já houveram muitos casos parecidos. Os psicólogos até já definiram o vampirismo como uma atracção sexual pelo sangue. A síndrome consiste numa atracção compulsiva pelo sangue e um interesse anormal pela morte que se manifesta na necessidade de beber sangue durante as relações sexuais e também na necrofilia. – estas palavras fizeram o Kai recordar o sonho que tivera, no qual, após ter feito a Maylene sua, ela quase que lhe tinha sugado o sangue. Um arrepio percorreu-lhe o corpo e desviou a sua cara para a janela. – Esta síndrome é rara, porém, mostra que há vampiros entre nós. Tracey Wigginton bebia sangue do seu amante durante as relações sexuais. No entanto, em 1989, chegou a matar para beber sangue, apunhalando Edward Clyde, de 47 anos e bebendo sangue das suas feridas.

"Em 1992, o brasileiro Marcello Costa de Andrade matou e bebeu sangue de 14 meninos, acreditando que com isso se tornaria mais belo.

"A jornalista Susan Walsh desapareceu em 1996 enquanto investigava uma seita de vampiros adolescentes em Nova Iorque. Antes de desaparecer havia revelado que bebiam sangue.

- Meu Deus! - A Hillary levou as mãos à cabeça. – Isso foi muito recente!

- Mas se algum dia encontrar um vampiro, eu vou acabar com ele!

O Daichi não conseguiu poupar-se a fazer uma pose heróica que, com a sua figura, ficava muito cómica. "Daichi, o Caçador de Vampiros" – quem é que alguma vez iria querer ver esta história?

O Max, o Ray e o Tyson não conseguiram deixar de rir ao imaginarem a figura do Daichi a matar vampiros mas, em vez disso, Kenny e Hillary tinham-se afastado mais deles a tremerem de medo. Se realmente os vampiros existiam e haviam evidências tão recentes, então estava tudo perdido. E ainda tinham de combater contra o vampiro mais poderoso de todos…

……….

Era o fim… Os Bladebreackers estavam entre a espada e a parede.

O Tyson apanhou uma enxada e virou-a para os lobos, mas eram tantos… Além disso, não tinha o apoio do Kai que gritava cada vez mais alto, agarrado ao seu braço. O Max parecia mais morto que vivo mas ainda havia uma réstia de esperança de que não tivesse morrido de todo. O Kenny desmaiara com a situação e a Hillary não tinha coragem de sair de ao pé do Ray, que continuava no chão, com a poça de sangue a crescer mais junto de si. O Daichi é que foi um único com um pingo de coragem, e sacou o seu pião da bolsinha que trazia sempre consigo, presa nas calças.

- E agora, o "Daichi, o Caçador de Vampiros" vai entrar em acção. LET IT RIP!

O seu pião rolou pelo chão com uma velocidade inferior ao costume. O pavimento tinha muito atrito e só a ferrugem, as lascas de madeira e a areia nojenta impediam o pião de girar correctamente. Mas mesmo assim, o seu Beyblade continuou a girar e foi bater no telhado em cima do buraco da porta, ressaltando de novo para trás sem nenhum estrago.

- Merda! Quando abri a porta, aquilo quase que caiu tudo em cima de mim e agora que dava jeito que caísse, decide ficar resistente. Grrrrrr. Tyson, deixa lá isso e ajuda-me aqui!

- Beyblade? – uma luz pareceu iluminar a cabeça do rapaz que rapidamente tirou o seu Dragoon e lançou-o com todo o estilo.

Juntos fizeram nova investida para o vão do buraco da porta da entrada mas nem assim o telhado pareceu ceder. Entretanto os lobos aproximavam-se cada vez mais.

- Droga! Não temos força suficiente. Se ao menos o Kai…

- Não desistam! Havemos de conseguir! – a voz do Max animou-os bastante e, um segundo o pião girou juntamente com os do Tyson e do Daichi. Novo ataque… poder insuficiente…

Os lobos já estavam a entrar dentro da casa e, em breve, passariam ao ataque.

- DRANZER!

O pião do Kai girou, parecia ter vindo de uma raiva acumulada há séculos e bateu no vão da porta. Este tremeu e caíram algumas telhas.

- É isso mesmo!

- DRAGOON!

- DRACIEL!

- STRATA DRAGOON!

O telhado cedeu e uma montanha de pó cercou tudo. Eles não conseguiram ver mais nada até o pó assentar todo novamente. Viram a porta bloqueada e sem o menor sinal de lobos no interior. Ouviram-nos a raspar na porta, a uivar e momentos depois a afastarem-se. Aquilo tinha-os assustado.

Suspiraram de alívio, mas novas preocupações ainda estavam para serem resolvidas.

- AJUDEM MALTA!

O Ray desmaiara com a perda de sangue, nos braços da Hillary. O Kai também desfalecera com as dores no seu braço e a mão do Max assustava qualquer um que olhasse para ela.

A primeira prioridade foi mesmo o Ray. Afastaram-lhe as mãos da zona do corpo e tiraram-lhe as roupas. Felizmente a ferida não fora tão profunda como tinham imaginado. Pelo menos, não cortara nem o estômago, nem o intestino mas, mesmo assim, não deixava de jorrar muito sangue. Tiveram de improvisar com uma ligadura compressiva para tentarem parar aquele sangue todo. Felizmente, não se tinha esquecido de levar um estojo de primeiros socorros na pequena mala que a Hillary transportara. Depois foi a vez da mão do Max. A Hillary desinfectou-a e tentou tirar o máximo das lascas mais superficiais. Como ele tinha atirado o Beyblade, alguns fragmentos ainda se tinham enterrado mais na ferida, completamente aberta. Ela fez-lhe um curativo o melhor que conseguiu, mas ele teria de ir imediatamente ao hospital ou aquilo iria infectar imenso. Porém, não havia nada a fazer por enquanto, pois o Max recusou-se a voltar para trás, assim como o Ray.

Quanto ao Kenny, não havia nada a fazer, sem ser esperar que acordasse e, então, só restava o Kai. Observaram-lhe o braço e ficaram espantados.

- Mas foi só um arranhão! – exclamou o Tyson. – Não sabia que agora o Kai também virou um medricas do caraças. Desmaiar só por um pequeno arranhão… Que estúpido.

- Lá nisso tens razão. O braço dele nem precisa de uma ligadura sequer, mas de qualquer maneira vou desinfectar um pouco.

A Hillary passou um algodão com álcool pela ferida e depois deixou que ela secasse ao ar. Não entendiam o porquê, mas aquele não era o habitual comportamento do Kai.

(FLASH BACK)

- Senhor Voltaire, o Doutor já chegou!

- Então leve-o para a sala de treino.

O médico, que operara o pequeno rapaz da casa, foi conduzido até uma pequena sala de treinos, onde um rapaz fazia imensos esforços para segurar o tirante na sua mão direita, toda ligada.

- Menino Kai! O que está a fazer?

O doutor tirou-lhe o objecto à força.

- O que o senhor Voltaire pensa que quer fazer? Matar o seu neto?

- Apenas estou a ajudá-lo a recuperar. Não vê como ele já consegue segurar em objectos… Mas ainda não é o suficiente! Quero que te esforces mais Kai, para depois passares para a sala de treinos maior.

- Você está louco. O rapaz nem há um mês foi operado! Se continuar a fazer isto, pode abrir os pontos e, pode até, perder completamente os movimentos naquele braço.

- Não se preocupe doutor. O meu neto é um génio. Ele não é igual aos outros…

……….

6 meses mais tarde…

- A recuperação foi louvável. Realmente o seu rapaz é único. Uma operação que levaria anos para se recuperar e, tudo parece estar normal ao final de 6 meses.

- Eu não lhe disse? – um sorriso era visível nos lábios de Voltaire.

- Porém… – o sorriso pareceu sumir-se. – Esta rápida recuperação forçada, também terá as suas consequências. Se o Kai algum dia tiver o azar de forçar demasiado o braço ou até mesmo cortá-lo, todo o trabalho a que o senhor se deu, não servirá para nada. Nessa altura, ele terá de abandonar completamente o Beyblade e, quem sabe, as outras consequências que ainda terá…

(FIM DO LASH BACK)

Quando o Kai regressou a si, estava deitado no chão e a ser banhado pelo sol nascente da manhã. As dores no braço ainda eram fortes mas ele tinha de as aguentar. Levantou-se e viu os seus companheiros a fitá-lo.

- Já acordaste Kai? Devias comer alguma coisa para não voltares a desmaiar.

Então era isso que eles pensavam… Um sorriso apoderou-se dos lábios dele, o que espantou os seus companheiros. Ajeitou o seu lenço melhor e reparou que, tanto o Ray como o Max, pareciam em condições de continuar o caminho.

- Vamos continuar. Temos de chegar hoje ao castelo!

Conseguiram arrebentar com as tábuas que bloqueavam uma das janelas e por ela saíram. Caminharam mais lentamente devido ao estado do Ray mas a cada minuto o castelo ficava mais perto. Tiveram de atravessar um pântano… Tentaram ao máximo seguir pela margem, em vez de entrar nele. Como consequência, demoraram mais tempo no caminho e só chegaram aos portões do castelo quando a noite começava a cair.

O Kai voltou a ajeitar o seu lenço, que ondulava ao sabor do forte vento. A aragem estava fria e fazia qualquer um tremer. O Kenny era quem tremia mais… Mas havia algo que eles não tinham apercebido. Os movimentos do braço direito do Kai estavam muito lentos e pouco coordenados, diferentes da precisão habitual. As dores ainda invadiam o seu corpo e eram superiores às do Ray ou do Max, mas é claro que ninguém o iria compreender. Ele precisava de ver a Maylene. No passado, as mesmas dores tinham acabado com o toque dela, e agora ele tinha de voltar a encontrá-la, mais do que tudo. As suas lembranças tinham começado a regressar…

Fim do 12º Capítulo

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Nota Final: Este capítulo foi baseado em histórias verídicas que recolhi na net. Nele também forneço informações úteis para os nossos rapazes, nos seguintes capítulos.

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E espero que tenham gostado de mais este capítulo! Agora as coisas vão-se tornar mais interessantes. Finalmente vão entrar no Castelo do Drácula e… quem sabe o que os esperará… Muahahahahahaha

Dead Lady – É impressão minha ou estavas inspirada nesta Review? Pois. :s O Kai assim nem parece ele… Ainda vai haver muito SANGUE! GOGAS!

Hiwatari Satiko – Fiquei surpreendida com a sua Review e também muito feliz! Espero que esteja a gostar. Quanto ao que vai acontecer com o Kai e a Maylene, só o destino o dirá, ou seja, EU! Mas surpresas ainda estão para vir.

Xia Matsuyama - Ainda bem que gostaste e a partir daqui vou tentar que ainda seja mais assustador! Muahahahahah Mas se leres às escuras, no meio da noite ainda é mais divertido! Até entras na atmosfera…

littledark – Gomen… Gomen… Gomen… Nem sei como pedir desculpa Little, mas postei o capítulo errado e tu chegaste a ler. Mas que rica atenção que estavas com a história que nem me avisaste que aquilo estava sem continuação. ¬¬­­'' Podias ter avisado!

E continuem a ler porque a Fic se aproxima do final!