RECOMEÇANDO
O plano
Prédio Santuário. Mu chegou com Aldebaran a casa e se deparou com Spica amarrado e amordaçado no sofá. Havia se esquecido que tinha o deixado lá.
- É a última vez que me deixo levar por você, Aldebaran. O que vamos fazer com ele?
- Ah, Mu, a idéia foi a melhor na hora. Confessa. – Ria e dava tapinhas nas costas do amigo.
- É melhor eu preparar o almoço porque já sei que o Shaka não tá em casa. Se estivesse estaria vendo o jornal da tarde.
De repente o telefone tocou. Aldebaran deixou as coisas em cima da mesinha de centro e foi atender enquanto Mu se dirigia à cozinha:
- Alô?
- Aldebaran, é o Shun. Não fala que sou eu!
- Fala, rapaz.
- Hã... Olha, preciso de um favor.
- Diz. ... Hum... Casamento? ... Sei. ... Certo. ... Ta. Tudo bem. ... Certo. ... Não, pode deixar que eu falo com ele. ... Não esquenta. ... Tchau.
E desligou.
- Ô, Mu!
- Fala!
- Pode parecer brincadeira, mas fomos convidados pra um casamento, acredita?
- Quê? – Mu chegava da cozinha com um pano de prato e uma expressão incrédula. - Quando?
- Amanhã a noite. Da Saori Kido.
- Saori? Quem ligou?
- O Julian. Pediu pra nós ajudarmos num... Pode parecer coisa de filme, mas é uma surpresa para a noiva.
- Surpresa? Ta certo que é sócia dele, mas... Nossa, que puxa-saco!
- Ah, vai ser divertido. Vamos nos reunir hoje na casa dele pra organizar tudo. Pensei em levarmos o francês e o grego, nossos vizinhos aqui. Shaka disse que eles têm talento.
- Como é que é? O que o Julian tem na cabeça? Há coisas mais importantes que isso!
- Ô, Mu...
- "Ô, Mu" nada. Temos um prisioneiro na sala e Julian nos convida pro casamento da sócia dele. E Shaka ainda diz que pode-se confiar nele.
- Acho que o Shaka vai concordar em ir.
- Duvido.
- Bem. Eu vou. E aposto que os vizinhos também.
-...
Spica ouvia tudo atentamente enquanto Aldebaran ria e voltava à cozinha para ajudar Mu com o almoço.
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Ainda no centro da cidade, Alexei Hyoga Yukida saía de um bom banho da tarde. Vestia camiseta e short e trazia a toalha jogada nos ombros, sentou-se no sofá ao lado de Shina, que mudava os canais da TV desinteressada. Ao sentir a proximidade do primo e o cheiro de colônia sentiu o coração dar um salto.
- Hyoga!
- Que mania de ficar trocando o canal por segundo. Tem cento e cinqüenta canais aí. Não é possível que nenhum agrade.
- Eu não estou acostumada a ficar em casa vendo TV. Se minha perna estivesse boa estaria correndo de moto por aí.
- Ótimo. Está me fazendo sentir mais culpado.
- Então você sente culpa? Já é um bom começo. – Simulou descontentamento, embora seu olhar estivesse fixo no russo.
De repente a campainha tocou. Hyoga já tinha uma idéia de quem era e ao abrir a porta confirmou a tese. Camus e Milo vieram visitar sua querida prima.
- Kalispera, Hyoga. – Milo cumprimentou no tom jovial de sempre.
- Bonsoir, primo. – Camus.
- Como vão? Entrem.
Hyoga abriu mais a porta e deixou-os entrarem. Milo trazia uma barra de chocolate.
- Milo! – Shina abraçou-o. – Oi, Camus!
- Como está, prima?
- Bem melhor. O Hyoga ta cuidando de mim.
Hyoga enrubesceu violentamente e a italiana, ao perceber isso, fez questão de atiçar.
- Milo... Me leva pra passear, vai. Eu não agüento ficar num lugar sem fazer nada.
- Olha lá, heim! – Hyoga chamou a atenção.
- Não esquenta não. A Shina tem primos bem ciumentos. Eu que não sou louco de atiçar.
Camus entendeu o duplo sentido da frase e quase fuzilou Milo com o olhar. Shina pegou as muletas e acenou para os primos, saiu depois acompanhada de Milo, que meramente ria.
Hyoga respirou fundo, cruzou os braços e olhou para o teto frustrado.
- Isso é pelos anos e anos que passei torrando a paciência do Ikki.
- Milo não deu em cima de Shina enquanto estávamos em Kyoto, Alexei. Não é agora que vai dar.
- Como você pode ter tanta certeza, heim?
- Confie em mim.
- Humpf. Eu sempre confiei em você. E você em Milo. Até demais na minha opinião.
- Pardon?
- Não se faça de desentendido, Camus. Você tinha tudo aqui. O tio François poderia dar tudo pra você. Mas não. Você escolheu justamente uma faculdade em Kyoto. Quando se formou resolveu ficar lá.
- Eu não reclamo da minha vida em Kyoto. Me considero um homem de sorte.
- Graças à herança do titio.
- Também. Não vou negar que pesou na balança.
- Mas você poderia ter ficado aqui, com a Shina e a Jisty... Ao invés de levá-las embora depois.
- Eu não levei. Foram elas que quiseram.
Hyoga fechou os punhos e baixou a cabeça irritadíssimo. Sempre admirara o primo, mas detestava aquele jeito lacônico dele.
Camus por outro lado não queria tocar no passado.
- Você não sabe nem metade da história, Alexei. – Sibilou.
- Sei que seu pai deixou tudo pra você. Inclusive um apartamento de luxo em Kyoto. Gastei uma nota em telefone ligando para lá e quem atendeu disse que o dono da casa ainda não havia se mudado.
A frase agiu como um balde de água fria em Camus. Ou acertado como uma bola de golfe. Seja como for, um espaço ocioso em sua mente pareceu bruscamente ligado.
- O apartamento em Kyoto! Eu havia me esquecido dele!
- Como esquecido? Você estava aqui. Ele te interessou e muito!
- Sim, mas... Alexei, você é um gênio!
"Tréééééééééém!" O telefone de repente tocou e Hyoga foi atender:
- Alô?
- Hyoga?
- Oi, Shun!
- O Camus ou o Milo estão aí com você?
- Como você sabe!
- Passa pra eles, por favor?
- Você me dá medo, sabia?
Perplexo, Hyoga passou o telefone para o primo. Camus fez uma careta, mas o russo insistiu e o francês acabou aceitando.
- Alô?
- Oi, Camus. É o Shun.
- Diga, Shun. ... Hum. ... Foi? ... E o que ele disse? ... Sinceramente, isso não vai dar certo. ... Não, é claro que temos que lapidar essa idéia. ... Sim, não dá para sairmos atacando desse jeito. ... Hum. ... É. Se for assim. ... Ta. Então a gente se encontra e planeja isso direito. ... Certo, eu falo pra ele. ... Até mais.
E desligou.
Hyoga estava meramente parado à sua frente, com as mãos nos bolsos do short.
- É meu melhor amigo. Esquisito, mas eu gosto dele.
- Está falando que nem Milo. Cuidado.
- ...?
- Bem, ele quer que nós nos reunamos, e isso inclui você, na casa dele hoje para lapidamos uma idéia. Uma boa idéia embora mal esboçada.
- Que idéia é essa?
Camus girou os calcanhares e se pôs a olha a janela:
- Algo em torno de irmos ao casamento de Saori Kido.
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A noite chegou mansa. Num dos apartamentos, Milo entrava no quarto apressado vestindo só calça jeans, meias e um calçado enquanto Camus calmamente amarrava seus cabelos numa trança.
- Viu a outra banda do meu tênis? Eu sei que deixei ele na mala preta...
- Não. E se você não achar logo nos atrasaremos. Sabe que eu não gosto de atrasos.
- Ooooh. Falou o senhor perfeito. Hum... Deve ta debaixo da cama. – Ajoelhou-se para procurar.
- Você é muito desorganizado mesmo.
- Quer parar e me ajudar, pô!
- Não. – Respondeu secamente e foi para a sala. Odiava esse tipo de colocação.
O grego se pôs de pé e abriu o guarda-roupa do amante. Seu tênis estava lá. Calçou-o, vestiu uma camisa branca e penteou os cabelos.
- Achei. Tava no seu guarda-roupa. – Falou enquanto voltava pra sala já mais apresentável.
- Se suas coisas vão parar entre as minhas é porque sua situação é mais alarmante do que eu pensava.
O terapeuta jogou-se no sofá ao lado:
- Promessa para o ano que vem. Ser mais organizado.
Camus riu discretamente:
- Falta muito para o ano novo, senhor Kleinpaul.
- Mas até lá você já se esqueceu. – Falou num tom sedutor.
- Não mesmo. Eu vou fazer questão de lembrar.
- Ah, não vai não...
O grego se aproximou do francês e passou os braõs por cima de seus ombros, quando a campainha tocou repentinamente, levou um susto e quase caiu do sofá. Camus não teve outra reação senão cair na risada.
- Não teve graça! – Contestou.
- Teve sim, mon amour. É melhor eu ver quem é.
O médico andou até a porta enquanto Milo tentava disfarçar o sorriso de quem escuta um mon amour.
Quem tocara a campainha foram os vizinhos Mu, Shaka e Aldebaran.
- Bonsoir? Posso saber por que estão passando por aqui? – Camus perguntou surpreso.
- Queria ver se vocês também concordavam com isso. – Disse Shaka dobrando as mangas da camisa. – Acho tão arriscado... Ainda mais com Spica.
- O que vocês fizeram com ele? – Milo se aproximou já com a chave do carro e se meteu na conversa.
- Bem... Deixamos ele amarrado, e mesmo que se solte a casa está trancada e daqui pro primeiro andar é uma boa queda.
- Também tranquei as janelas. – Afirmou Aldebaran. – E com a boca tapada não tem como fazer escândalos.
- É... Acho que dá pro gasto.
- Muito engraçado, Milo. – Censurou Shaka. - Agora vamos logo.
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No apartamento de Mu, Spica abaixou a cabeça momentaneamente. Depois ergueu-a. Estavam muito enganados se achavam que ele não tinha como fugir.
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Um pouco longe dali...
Shiryu já sabia de toda a história. Se fosse outra pessoa que tivesse lhe contado jamais acreditaria, mas Saori Kido, sem falar que também tinha contado para Marim e Aioria, claro, em ambientes e em modos diferente. Não se trata uma sócia com o mesmo tom que um segurança. Em suma... Ela não contaria nada que não tivesse certeza e Shiryu confiava muito na saúde da senhorita para desconfiar de algum distúrbio mental.
Mesmo assim resolveu esquecer de tudo naquele encontro. Já tinha perdido Shunrey uma vez. Não perderia de novo.
Namoraram por um ano e meio e, apesar de algumas discussões, não parecia um casal disposto a se separar. Entretanto Shunrey e o irmão precisaram viajar para a China, cuidar de alguns assuntos familiares, e o tempo estimado para permanecerem lá foi um semestre. A idéia irritara Shiryu e, depois de uma briga violenta, acabaram terminando. Nunca se arrependera tanto.
Resolveu leva-la a um restaurante chinês, mais precisamente, ao que ela ia pata comemorar os aniversários depois que se mudara para o Japão.
- Faz tempo que eu não venho aqui. – Dizia ele enquanto puxava a cadeira pra ela sentar.
- Está bem diferente, não é?
- Tive medo de ter escolhido o lugar errado.
Shiryu sentou-se. Estava lindo. Camisa preta de linho, calça da mesma cor e cabelos soltos. Já Shunrey trajava um vestido vermelho sangue tipicamente chinês, e trazia seus cabelos semi-presos.
O Dragão engoliu seco ao mirar mais atentamente os olhos de Shunrey. Lembrar o passado não era fácil. E sabia o que tinha por vir, mas se não fizesse aquilo agora... Não faria mais.
- Eu nunca imaginei que encontraria você novamente. Se soubesse o quanto eu senti saudades...
Ela abaixou a cabeça e espremeu os lábios. Sentia-se gelada. Precisava falar o que sentia, embora seu coração conspirasse contra isso.
- Foi você que terminou comigo, Shiryu. Eu pedi pra você me esperar... Mas parece que não adiantou.
- Eu não queria te fazer sofrer. – Confessou ele inclinando-se impulsivamente para frente e segurando as mãos dela por cima da mesa. A chinesa respirou de uma vez só e olhou para o ex-namorado perplexo. – Fui um egoísta. Confesso. Você sempre esteve ao me lado. Sempre cuidou de mim. Acabei achando que era minha... E esqueci que você tinha suas próprias vontades... Suas próprias decisões.
- Shiryu...
- Eu me arrependo tanto. Amei tanto você... Que acabei te sufocando. Nunca me perdoei por isso.
Shiryu largou as mãos de Shunrey e respirou fundo, apoiando a fronte nos dedos entrelaçados, como se estivesse orando. Planejava dizer tudo aquilo, e tudo era verdade, mas não estava pronto para ver a reação de Shunrey. A nutricionista, por outro lado, nunca imaginou que Shiryu pudesse dizer aquelas palavras tão de repente. Sentiu seu coração mais leve e mais feliz. Inclinou-se para frente e colocou suas mãos sobre as do segurança, que lentamente levantou a cabeça e abaixou os braços.
- Shunrey, eu...
- Psiu. – Ela colocou o indicador suavemente sobre seus lábios.
O Dragão sentiu a mão delicada da garota tocar seu rosto.
- Você ainda me ama? – Perguntou ela aproximando mais seu rosto do dele.
- Como não amaria? Você sempre foi única para mim.
O rapaz massageou a mão que lhe tocava e passou a acariciar o rosto de Shunrey.
- Eu senti tanta saudade... – Confessou ela quase num sussurro. – Tanta...
Shiryu sorriu enquanto sua mão descia até o pescoço da moça para trazê-la para um beijo apaixonado.
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Apartamento de Shun Amamiya...
- Fala, Shun. – Hyoga foi o último a entrar na casa, acompanhado da prima. – Esta é minha prima Shina Scarabelli.. Shina, esse é o Shun, o cara que eu lhe falei.
- Prazer. – O dono da casa cumprimentou.
Shina o olhou atentamente. Era realmente um rapaz muito bonito. Não chegava a ter a mesma beleza do primo, mas era um encanto. Então será que aquilo era realmente só amizade?
Na sala se encontravam Mu, Shaka e Camus, ocupando um sofá, e Saga, Aldebaran e Afrodite ocupando outro. Num dos braços de um dos sofás estava Ikki sentado e bebendo soda, no outro Kanon apoiava levemente o braço no ombro do irmão. Milo e Aioria sentavam em cadeiras e June numa poltrona. Todos conversavam entre si.
- Alô? – Hyoga manifestou-se.
A conversa parou e todos miraram o russo, mas foi Camus que deu a resposta:
- Alexei, estes são Saga e Kanon Opulska. Acabamos de nos conhecer.
- Prazer. – Hyoga acenou com a cabeça.
- Sente aqui, prima. – Camus levantou-se dando lugar à italiana.
Shun sentou-se no braço da poltrona e Camus e Hyoga nos braços do outro sofá.
- Bem – anunciou Ikki – Todos vocês já foram informados da idéia. Agora precisamos ter certeza do que vamos fazer. O que Spica sabe?
- Que vamos ao casamento da Saori Kido amanhã para preparar uma surpresa. – Respondeu Mu. – Eu, Shaka, Aldebaran, Camus e Milo.
- Não falaram o endereço, falaram? – Inquiriu Afrodite.
- Não. Ia ficar óbvio demais. O casamento vai estar nos jornais de amanhã.
- Parece fácil. – Saga manifestou-se. – Eu sou o médico da moça, Kanon meu irmão. Nossa presença não será estranha.
- Eu vou ter que ir. Tenho que cobrir o casamento. – Hyoga lembrou com azedume.
- Já nos conhecemos. – Afirmou Shina. – Não vai ficar suspeito se eu for também.
- E nós vamos preparar a "surpresa". – Falou Milo fazendo sinal de aspas com os dedos ao falar "Surpresa".
- Eu sou o segurança da senhorita Marim. Tenho que ir. – Afirmou Aioria rindo. – O Dragão também. Aliás, ele não veio porque foi jantar com uma ex-namorada.
- É minha amiga. – June sorriu. – Ela tava nervosíssima quando saiu.
- Então vai dar tudo certo. Quase o Shiryu amarra a gravata como dedo junto.
- Certo, então o estranho vai ser a presença de June, Afrodite e Ikki, estou certo? – Indagou Kanon.
- Ikki é meu irmão e eu sou conhecido da Saori. Pensei nele levar Esmeralda e eu levo June como minha acompanhante – Respondeu Shun sorrindo para a legista. – Mas Afrodite ainda é um problema.
- Sem problemas. – Afrodite sorriu. – Posso ir com a Esmeralda. Quem investigou minha vida sabe que eu sou grudado nela e tudo que é evento chique que ela vai certamente me convida.
- Ótimo! Então está resolvido! – Milo bateu as palmas e sorriu.
- Bem... – Shun murmurou. - Ainda tem um problema maior ainda.
- Qual? Diga logo.
- Hum... Talvez...
Shun respirou fundo e contou a notícia.
- QUÊ!
- E você diz isso agora! – Aioria se levantou boquiaberto.
- Vamos ter que fazer uma cena... – Sibilou Shaka olhando para o teto.
- Por quê? Vai dizer que você tem uma idéia?
- Vamos ter que contar com a sorte. Ela vai ter que casar.
Shun fechou os olhos. Todos ficaram calados.
- Certo. – Ikki pediu atenção. – Já sabemos como ser discretos. Mas chegando lá como vamos fazer?
- Outra questão. – Concordou Kanon. – Não podemos fingir que não nos conhecemos. De um jeito ou de outro eles vão desconfiar.
- É nessa parte que o plano ficou mal esboçado. – Confessou Shun.
Mais um minuto de silêncio. Shun encostou-se na poltrona e passou a acariciar levemente os cabelos de June naturalmente. A garota corou e aninhou-se nele fazendo-o sorrir.
Camus, que permanecia de braços cruzados e cabeça baixa, de repente ergueu a fronte:
- É. Não tem jeito. Eles vão desconfiar. Mas como nada dará a certeza pra eles, vamos ter que tenta-los.
- Que frase mais cheia de malícia. – Aioria riu fazendo Milo deixar a risada escapar pelo nariz. Camus olhou com censura pra ambos.
- Como eu estava dizendo... Vamos ter que ir, mas é melhor pensarmos em como vamos ficar. Será uma tentação se pegarem um de nós... Sozinho.
Todos ficaram calados e passaram a olhar Camus com mais atenção.
Continua...
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Tá quase acabando... Quase lá... O casamento está próximo... E EU VOU SENTIR SAUDADEEEEES!
Um abraço Royal!
