RECOMEÇANDO
O casamento
- Senhor, o paciente Li Dohko aguarda.
- Mande-o entrar.
A secretária saiu e o chinês entrou com o costumeiro humor, sentando-se logo no divã:
- Já estava com saudades de você, Shion.
- Tenho boas notícias pra você. Logo logo se verá livre de mim.
- Como é?
- Não vai mais precisar vir. Na verdade o que precisa mesmo é de um descanso para colocar as idéias no lugar.
- Aaaah, não! Não quero nenhum favoritismo. Não é só porque livrei sua barra com os remédios que você vai me fazer essa caridade.
Shion sorriu e inclinou-se para frente:
- Sabe, é incrível como reconhece seus feitos. – Disse o psiquiatra ganhando total atenção do paciente. – Mas não é favoritismo. O que está acontecendo é que há muita pressão sobre você. Vi pelo modo como come e como anda. Está sempre apressado.
-...
- Descanse. O mundo não lhe cobra nada. Sua essência é muito boa e não há o que precise mudar em você.
Quando o psiquiatra se afastou Dohko sacudiu a cabeça voltando a si. Realmente aqueles olhos violeta o mantinham estático.
-Está dispensado, Dohko.
-...
- ...
- Eu vou sentir sua falta, sabia?
- Não me tente.
- ...?
- Se ficar em minha companhia... Corre risco de ser flertado. – Falou Shion naturalmente, mas sem desgrudar os olhos da ficha em suas mãos.
- Hum...? Aaaah... – Seus olhos ergueram-se curiosos. -Você éhomo ou bi?
- Homo.
- E como descobriu que era?
- Virei o paciente agora, Dohko?
- Sabe, é por isso que você tava direto no antidepressivo. Quem escuta muito os problemas dos outros e não desabafa acaba pirando. Coloque-se em primeiro lugar as vezes.
O psiquiatra sorriu e finalmente voltou a olhar o advogado. Pousou a prancheta sobre as pernas e as mãos juntas sobre a prancheta:
- Desde que comecei a ficar com vergonha na frente dos outros meninos.
- Huuuum...
- Meu pai sempre dizia que se fosse para ser homossexual Deus teria criado Adão e Ivo ao invés de Adão e Eva. – Riu ao falar.
- Que pessoa boa. Queria conhecê-lo.
- Nem me fale. Essa piada é clássica.
- Muito. Mas se esse argumento pesa tanto pra você pense que Deus fez apenas uma mulher para Adão e ele teria que se virar com ela. Só que mais pra frente Abraão pula a cerca com uma escrava só para ter um filho e quando a esposa dele finalmente engravidou mandou a coitada e a criança que não tem nada haver com a história embora. E ainda tem quem fale bem do cara.
-...
- São seus atos que determinam quem você é. Pense nisso.
-Você une a sabedoria de um ancião com o espírito da juventude... Não perde mesmo uma causa, não é?
- Elas são escolhidas a dedo.
- Obrigado. Você é gentil. – Voltou a olhar para a ficha. Na verdade não conseguia ler nada, mas não podia olhar para o teto. Tinha que parecer natural.
- Por que disse que eu seria flertado?
- Porque você é um homem muito bonito. – O esforço para continuar olhando a ficha estava indo de mal a pior.
- Você acha?
- Acho.
- Ganhei meu dia.
Shion corou. Estava lhe dando com alguém cheio de charme. Decidiu esquecer aquela ficha de vez e encarar o advogado:
- Dohko... Você é uma pessoa de mente aberta...
- Muito.
- Mas estou ficando sem jeito.
-...
Dohko levantou-se e colocou as mãos nos bolsos.
- Até um dia então.
Até um dia? Shion sentiu-se brutalmente arrependido. Mas afinal o que aquela "peça" estava dizendo?
- Dohko!
- Hum?
O psiquiatra se levantou e tratou de ficar bem próximo do advogado.
- Quero ver você de novo. Essa é a verdade. Satisfeito?
Dohko respirou fundo. Planejava aquilo, mas ficou muito surpreso com a confissão.
- Shion... Meus dados estão naquela ficha que você tava lendo.
-...
- Até mais. – Deu meia volta e foi embora.
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Atravessando os portões da mansão Kido, estava Aioria, com uma cara de poucos amigos, assustando até mesmo o Dragão.
- Pelos céus! Que bicho te mordeu?
- O pior de todos. Em formato de mulher ruiva extremamente bela e sedutora.
- Quê! Seu... Você deu em cima da senhorita Marim!
- ELA tava dando em cima de MIM o tempo todo!
- Hum... Sei... E o que está fazendo aqui?
- Bian já está melhor e ela me dispensou.
- Aioria, põe na sua cabeça de uma vez por todas: Marim não é Saori. Agora entra e vai comer alguma coisa. Daqui a pouco a senhorita volta pro salão fazercabelo emaquiagem...
- Que interessante.
E resmungando todos os palavrões em grego que conhecia Aioria entrou na casa sob o olhar de um Dragão que tentava não cair na risada.
- Esse aí... Hum... Falando em moça... – Tirou o celular do bolso da calça e discou um número. Em seguida alguém atendeu.
- Alô?
- Vejo que já está em casa, minha flor.
Uma risadinha se ouviu detrás da linha:
- Shiryu, que bom ouvir você. Estava com tanta saudade...
- Eu também. Pena que tem um casamento hoje senão eu ia te pegar pra jantar.
- Podemos fazer isso amanhã?
- Amanhã! Claro! A senhorita Saori vai estar em lua de mel.Vou estar livre.
- Jura!Que bom! Tem um novo filme estreando no cinema. É do tipo que você gosta.
- Hum... Acho que eu topo.
- As quatro?
- Ta, ás quat... – Olhou para suas costas e viu Aioria acompanhado de Saori. – Ops. Eu tenho que desligar. A senhorita Saori está de saída, mas ta marcado pra amanhã.
- Aaah... – Lamentou-se. – Ta. Tchau, amor.
O Dragão desligou o celular quando Aioria e Saori se aproximaram dele. O motorista abriu a porta e a senhorita entrou.
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Hyoga chegou ao apartamento e jogou as coisas no sofá. Já havia se decidido. Teria que pelo menos falar com Shina.
Mas ela não estava em casa.
Epa. Mau sinal.
- Essa não! – Inclinou a cabeça para trás e bateu na própria testa. – Milo! Tenho que ligar pro Milo!
Correu até o telefone e ligou para o número do celular do grego. Provavelmente a prima estaria com ele.
- Fala, Hyoga.
- Shina ta com você?
- Nai (1). Deixei um bilhete na geladeira.
- Eu não olhei a geladeira ainda!
- Tsc. Tsc. Então olha. Daqui a pouco a gente volta. Não posso dirigir com celular.
- Milo, espera...
Desligou.
- MILO!
Hyoga olhou para o telefone querendo esbandalhá-lo e joga-lo pela janela, imaginando Milo ali.
A verdade é que o grego estava dirigindo o carro e Shina se encontrava no banco do carona.
- Do que está rindo? – Indagou a italiana sem conseguir ficar séria perto do amigo.
- Seu primo está tendo um ataque de ciúmes no apartamento. Acho que ele está pensando na besteira que fez e acha que eu fugi com você.
- Mas o bilhete dizia que eu tinha ido ao hospital tirar aquela coisa da perna.
- Ele ainda não leu. Pena que eu não vou poder ver a cena.
- Que cena?
- Ué... Ele está lá, esperando por você, agoniado, arrependido...
-...
- Essa é a hora de colocar o pingo nos "i's". Aproveita.
- Eu... Eu não sei. – Abaixou a cabeça e esfregou as mãos nervosa. - E se for tarde?
- Não é.
-...
- Eu tenho vinte e oito anos e só agora conquistei uma coisa que eu almejava desde os dezessete. Não acho que seja tarde.
Shina pareceu engolir o ar, mas Milo não percebeu e continuou falando:
- Você ainda tem vinte e seis então... Tem dois anos de vantagem para achar que já é tarde. Pronto.
Os dois ficaram calados, olhando para a estrada. Milo se achando o máximo por ter falado o que falou e Shina querendo muito fazer uma pergunta:
- Você está namorando meu primo, não é?
A reação de Milo foi girar o volante antes de colidir com outro carro e depois pisar no freio assim que duas rodas subiram a calçada de uma praça.
- AAAAH! – Shina gritou e se segurou na porta.
O carro ficou parado. Milo olhando para frente e segurando o volante com força como se tivesse congelado.
- Isso é COISA que se pergunte em um carro em movimento, Shina?
- Você quase me quebra a outra perna!
- De onde tirou a idéia? – Perguntou o grego nervoso.
- Se eu falar promete que vai zelar pela minha vida?
- Entaxei.
- Certo. É melhor falar de uma vez. No dia do noivado de Camus você tomou um porre e... Bem, eu estava cansada da festa e fui dar uma volta pelo jardim. Foi quando eu vi vocês se beijando. Mas acho que a bebida fez os dois esquecerem.
- Ó Christé mu... (2)
- Tudo bem, Milo... Eu já me acostumei a vê-los juntos. Só queria saber se estão namorando.
- Nai.
- Não se preocupe. Caso não tenha reparado, ainda trato vocês dois normalmente.
-...
A italiana mordeu o lábio inferior e riu:
- Mas o Hyoga vai ter um enfarte.
- Grande novidade.
A risada dessa vez foi mais aberta.
- Áde tora, Shina! (3) O que você viu nele?
- A mesma coisa que você viu em Camus. Ah, eles são parecidos sim.
- Boa sorte.
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O russo realmente esperava pela prima. Deitado no sofá, com os cabelos desarrumados, espalhados pela fronte, e olhar pensativo. De repente ouviu o "clic" da porta e rapidamente olhou para ver quem era. Seria possível o coração pular pela boca?
- Milo disse que estava procurando por mim. – Falou a moça parada a sua frente.
Hyoga levantou-se:
- Estava sim. Achei que tinha ido embora.
- Seria mais fácil se eu tivesse feito isso, não?
-...
- De hoje não passa! Gosto de você, satisfeito? Beijei porque fiquei com vontade! E iria fazer isso uma hora ou outra! E era issoque você realmente queria, não?
- Se gostava tanto de mim por que se mudou para Kyoto, heim? – Desafiou no mesmo tom. Sabia muito bem como lhe dar com aquela garota.
- Jisty me convenceu! Ela gostava de Camus e não queria se afastar dele!
- E você! Qual é o seu problema?
- Eu não queria ficar para não levar o FORA que eu levei ontem!
-...
- O que você quer? Podemos ser um casal como qualquer outro! A... Me poupe dos seus dogmas! A fila anda, ouviu?
- A fila anda... Mas você está aqui.
- Como eu disse: De hoje não passa. Vou pegar minhas coisas e não vou esperar até você parar com os complexos.
- Complexos! Não é tão fácil!
- É MUITO fácil! Não deixe as idéias malucas da nossa família contaminarem você!
- Foi o Milo que te ensinou isso por acaso?
- ESQUECE o Milo, cazzo!
- Você sempre age da forma mais impulsiva! Viajou para Kyoto e agora quer que eu decida...
Parou de falar quando a prima se aproximou dele e segurou seu rosto com as duas mãos.
- Sim, priminho. De hoje não passa. – Sussurrou bem próximo aos seus lábios.
-...
Não conseguiu se conter e a beijou, segurando-a pelas costas e puxando-a mais contra si fazendo o beijo ficar mais faminto e fogoso. Abraçou o corpo da italiana o quanto pôde enquanto sua língua explorava todos os cantos da boca.
Parou o beijo por falta de ar. Os lábios já estavamvermelhos e o coração a mil.
- Tudo pra você não ir embora. – Falou Hyoga ofegante e voltando a beijar a prima com devassidão.
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Numa casa de chá localizada num dos bairros mais caros de Tókio, próxima ao museu Palas Athena, um homem entrava com destino certo.
- Kalispera. (4)
- Ótimo. Milo chegou. – Shaka avisou e Camus olhou para trás.
O grego arrastou uma cadeira perto do francês e sentou-se.
- E minha prima?
- Prepare-se para ser titio.
- Quê!
- Depois eu explico. – Sorriu e virou-se para o pessoal. – Então. Pra que essa reunião de última hora? Não vão dizer que o plano foi por água abaixo.
- Não. – Respondeu Shaka. - O plano ainda está de pé. Só estamos esperando uma visita... Opa. Aí está ele.
Todos olharam discretamente para a entrada. A visita era nada mais nada menos que Julian Sólon. Ao avistar o quinteto o rapaz acenou discretamente e se dirigiu à mesa, sentando-se ao lado de Milo.
- Escolheram um lugar excelente, pessoal. Faz tempo que eu não tomo um bom chá deerva cidreiracom uma fatia de torta de morango.
- Nossa, bateu até a fome. – Milo sibilou olhando em volta.
- Camus, Milo, este é Julian Sólon. – Mu apresentou depois de dar uma olhada nas tortas que estavam servindo. Pedir uma delas não era má idéia. – Ele também vem nos ajudando com a missão. O colocamos na cola de Reda. Era o único modo de assegurarmos que não perderíamos tantas vidas.
- E o que ele fazia para evitar as mortes? – Inquiriu Camus.
- Ah... Bem, Julian tem o mesmo dom de Saori Kido. O que ela usou em Milo. Então... Ele pode ser a reencarnação de um deus.
-...!
- Não, não. Eu SOU a reencarnação de um deus. – Falou Julian orgulhoso. – E os nossos amigos já chegaram. Acredita que na Grécia acabaram conhecendo um grego chamado Aioros Komninos? Quando você me contou sobre a lista e falou o sobrenome do Aioria... Eu pedi pra contarem a história pra ele e trazerem pra cá também. Parece que os laços familiares contam muito então pode ser um escolhido também.
- É verdade. E onde eles estão? – Inquiriu Aldebaran.
- Descansando num hotel. A noite vai ser longa... Pelo menos se houver festa.
- Vai haver festa porque a gente vai fazer uma na marra, isso sim.
- É. É hoje... – Suspirou Camus olhando para o teto.
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A noite finalmente chegara, mas para Saori parecia o pedido para um sacrifício. As luzes, noturnas e a igreja ornamentada lembraram-lhe mais uma ara do que um santuário por assim dizer. Algumas pessoas já estavam lá dentro.
Se pudesse escolher não seria assim.
Talvez nem tivesse sido apresentada a Seiya.
A porta da limusine se abriu e o Dragão estendeu-lhe a mão. Lá fora Julian veio ao seu encontro.
- Tudo bem? – Perguntou ele segurando em suas mãos.
A moça acenou negativamente.
- Vai dar tudo certo, Saori. Eu vou entrar com você, certo?
Ela assentiu com a cabeça. Não conseguia falar.
- Vamos.
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Na igreja tocou-se a marcha nupcial.
Para Saori pareceu uma trilha mais longa. Seus olhos marejavam, mas não poderia chorar. Abaixou a cabeça para segurar o choro.
Estava linda. Olhara-se no espelho antes de sair para contemplar a própria imagem. Em muitos rituais os participantes costumavam ornamentar suasoferendas no momento do sacrifício.
Hyoga e Thetys estavam lá, iriam cobrir aquele evento.
Estava entregando sua vida.
Shido a esperava no altar, ao lado do padrinho (seu irmão gêmeo, Bado). Julian e Saori se entreolharam e depois ambos olharam para Shido, entretanto quando o sócio ia entregar a mão da amiga ao noivo, alguém apressado e bem vestido gritou da entrada da igreja.
- SAORI!
- Ah!
A noiva virou-se para ver quem é e um misto de alegria e medo invadiu-lhe o peito. A voz veio de um rapaz cujos olhos castanhos suplicavam sua atenção.
Osacerdote e todos os convidados olhavam o barman.
- Epa...– Kanon mordeu o lábio inferior e olhou para Saga e Dohko ao seu lado. - Cruzem os dedos...
- Seiya... – Saori murmurou.
A igreja mergulhou numa orla de exclamações. Os olhos de Afrodite ficaram maiores que o normal, olhando fixamente de Seiya para a noiva, enquanto Shido só olhava para a noiva... E com uma expressão não muito boa.
- Isso aqui vai pegar fogo. – Milo fechava os olhos e virava o rosto.
Seiya respirou fundo e entrou vagarosamente na igreja, ganhando total atenção:
- Saori, não faça isso! Não é ele quem você ama!
- Como é que é? – Bradou Shido com uma raiva lhe subindo a garganta.
- Não é com ele que você quer casar! Por favor, não faça isso! Não destrua a sua vida!
- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA INVADIR ESSE CASAMENTO?
- Segurem o noivo. – Ikki sibilava rindo e segurando a mão de Esmeralda.
- EU NÃO VOU DEIXÁ-LA FAZER ISSO! – Seiya gritou e correu até o meio da igreja.
- SEGURANÇAS, DETENHAM ESSE MALUCO!
Dois homens corpulentos entraram na igreja e detiveram Seiya de ir mais adiante, segurando um em cada braço, e o levando embora. Nesse momento Saori pareceu engolir seco e Hyoga, Shun e Ikki fizeram menção de se levantar.
- Não vai querer receber a carta de demissão amanhã, não é? – Censurou Thetys segurando o fotógrafo pelo braço.
- Shun, não. – Pediu June.
- Mas...
- Se ela quiser, ela pára com tudo isso. Você sabe.
- Ikki, por favor, deixe que ela decida. – Sussurrou Esmeralda temerosa.
Seiya era levado até o lado de fora, mas resistia e ainda tentava falar com a noiva:
- VOCÊ NÃO PRECISA CASAR, SAORI! VOCÊ TEM QUE SER FELIZ! NÃO DESTRUA A SUA VIDA PORQUE NÃO FOI PRA ISSO QUE SEU PAI ADOTOU VOCÊ E LHE DEU TUDO DO BOM E DO MELHOR! ME ESCUTE! SAORIIII!
- LEVEM-NO DAQUI AGORA! – Urrou Shido.
- SAORI, NÃÃÃO!
A noiva olhava para baixo e tentou conter as lágrimas. Não poderia borrar a maquiagem.
Mas não deu.
Uma acabou escorregando e pareceu desperta-la.
- PAAAAAREM! – Gritou.
A igreja mergulhou num silêncio. De repente ouviu-se um gemidinho agudo, oriundo do choro contido na noiva.
- Soltem-no.
- Mas... Saori. – Shido.
- SOLTEM!
Os seguranças obedeceram à ordem e até o momento o sacerdote não falava nada. Apenas olhava tudo assustado enquanto Hyoga tirava fotos a torto e a direita.
- Eu to fotografando, vê se escreve tudo.
Seiya ajeitou o smoking desconsertado e andava quase caindo em direção à moça:
- Saori, eu amo você! Eu quero que seja feliz! Se for comigo melhor ainda, mas se não... Saori, não se case a menos que queira!
- Mas eu... Eu quero me casar, Seiya.
O rapaz parou e olhou-a como quem admira uma estátua divina:
- Então... Case-se comigo.
Dessa vez a igreja entrou em tudo, menos em silêncio. Shun, Hyoga, Ikki e até mesmo Shiryu cruzaram os dedose olharam ansiosos, suplicando pra que a noiva aceitasse. Shido por sua vez parecia que teria um enfarte.
- Você... Casaria? – Murmurou a noiva como se não tivesse mais ninguém olhando a cena.
Seiya sorriu radiante:
- Sim. Casaria. Aqui e agora se você quiser.
- QUÊ! – Shido olhava para os dois como se arquitetasse o melhor modo de matá-los. – Saori, EXPLIQUE-SE!
- Eu... Eu não posso, Shido. Eu... Eu não posso me casarcom você.
- Como não! Como vai dizer isso numa hora dessas?
- Você nunca mais me deu atenção! Estava sempre tentando controlar minha vida e minhas coisas! Não é assim que tudo funciona! Até a data do casamento... Você marcounum espaço entre seus compromissos por acaso?
- Do que está falando? Você nunca contestou!
- Mas agora estou contestando. – Falou arrependida. – Não vai dar. Não posso casar com você.
A noiva levantou um pouco o vestido e correu até Seiya, abraçando-o no meio da igreja:
- Seiya!
- Saori... Que bom... Que bom que não casou... Eu amo você... Amo tanto...
Abraçou cada vez mais apertado sob olhares emocionados, alheios, divertidos e reprovadores. A moça se afastou e sorriu ternamente:
- Disse que casaria comigo agora se eu quisesse.
- Sim. E é verdade. Foi só pra isso que eu vim vestido desse jeito.
Seiya se afastou e tirou do bolso uma caixinha preta. Abriu-a e mostrou duas alianças douradas com detalhes em fios de ouro para o acabamento.
- Ah... S... Seiya... São lindas!
- São nossas como... Presente de casamento.
Saori pegou a caixinha e olhou maravilhada. Fechou-a e se jogou nos braços de Seiya abraçando-o. Ao se afastarem trocaram olhares e mergulharam num longo beijo.
- Meu presente foi mesmo o melhor. – Falou Shaka para Aldebaran e Mu ao seu lado.
- Vão se casar. – Milo inclinou-se para Camus e sussurrou em seu ouvido. – Boa sorte. Vamos mesmo ter festa.
Continua...
Peixe Babel:
1- Nai: Sim
2-Ó Christé mu: Ah, meu cristo.
3- Áde tora, Shina: Francamente, Shina.
4- Kalispera: Boa tarde
Essa cena do casamento foi escrita no momento que as imagens passaram pela minha cabeça. Não sei se ficou muito novela da globo... Fazer o que XD
BUAAAAAA! Cês num tão entendendo! Tá certo que num tem muita review nessa fic (Tb o título parece livro de romance ¬¬) mas eu vou sentir saudades de escrevê-la... O próximo capítulo vai ser "A festa". BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Royal One: Pobre Hyoga, né? Mas a Shina sabe lhe dar com esse loiro. E com as fotos desse casamento vai ficar é rico.Que bom que gostou do casal (Não deixa de ser um HxS XD). Tudo bem, nem me empolguei no yaoi. Só coloquei meus favoritos mesmo.
Dana: Meu medo de aceitar anônimos eram as piadinhas sem graça que alguns fazem, mas realmente é muito chato ler uma fic e não poder comentar.Não se preocupe que ainda tem Aioria e Marim vindo (Essa festa promete),
Quanto a proposta da continuação... Não me tente, olha que eu faço XD. Vai ter uma espécie de história paralela ice&poison (yaoi), mas continuação ainda não tem não. Se bater a inspiração quem sabe.
Nebula: Minha blogueira favorita (tirando minha irmã) n.n To me espocando de rir com o seu review. Fico até agora me perguntando que música vc tava ouvindo no dia da noiva da Saori. XD Hauahauahauahauahauahaaa! Quanto ao DxS... Esse capítulo responde?
Um abraços pra todos vcs!
