Natal

"Bate o sino

Pequenino

Sino de Belém.

Já nasceu...".

"Cara... ele é um mané", disse Sirius, olhando para um garoto que ajudava na ornamentação de Natal.

"Então vocês também são", disse Remus, virando-se para ele. "Não sei se você percebeu, mas você também está aqui, como ele, ajudando na decoração de Natal".

"Mas pelo menos não estou cantando", resmungou.

"E também não estamos aqui porque queremos", rebateu James.

"É porque azararam o pobre do Smith", disse Remus revirando os olhos. "Grande motivo para se gabar".

James soltou um muxoxo. Saco, eles estavam em pleno Natal... tá, não era Natal ainda, mas já estava no clima... e tinha que ficar ali, ajudando o Flitwick a montar a decoração, ouvindo um garoto totalmente estranho cantando músicas enjoadas de Natal.

"Aliás, Prongs", disse Remus baixo, temendo que alguém ouvisse. Mas logo percebeu que o garoto estranho estava mais interessado em lembrar o restante da música, do que prestar a atenção na conversa dos três. "Valeu mesmo por ficar aqui este Natal".

"Anh?". James não entendeu a princípio, mas logo sorriu. "Eu já falei para você parar de ficar agradecendo toda hora", falou, e continuou a pendurar as bolinhas na árvore. "Além de não ser necessário... está ficando chato", virou-se e sorriu.

Remus também sorriu. "Além do mais Moony, que tipo de amigos nos seríamos se deixássemos você sozinho justamente no Natal?", disse Sirius. E depois se virou para Remus. "Que barra o negócio dá bem no Natal".

"É... minha mãe ficou chateada, queria passar o Natal comigo", falou Remus suspirando em seguida. "Ela até falou para eu ir para casa assim mesmo, mas já que vocês vão ficar... bom, não vou mentir que será mais fácil... e menos doloroso", terminou tristemente.

"E mais divertido", completou James, piscando para Sirius que riu.

"Não... é sério, dá outra vez quase deu problema", receou Remus.

"Ah... mas a culpa foi daquele cara, quem mandou ele chegar tão tarde em casa?", indignou-se Sirius.

"Não se preocupe, Moony", tranqüilizou James. "Pelo menos o Wormtail não vai tá lá para nos distrair".

"É, ele me disse que o pai dele meio que o obrigou a ir para casa", disse Remus, olhando para os lados, procurando o Peter, e o achando na ponta da mesa da Grifinória. Ele olhava para os lados e depois comia alguma coisa que estava escondida debaixo da mesa.

"Tudo bem meninos", esganiçou o prof. Flitwick lá de cima de uma árvore, notavelmente a principal. "Podem ir, estão dispensados". Ele balançou perigosamente para os lados e depois se recompôs. "Tudo bem, tudo bem... Steven pode ir também, e senhor Lupin", disse olhando para Remus, "de olho nos seus amigos".

"E o que vamos fazer agora?", perguntou Sirius, quando saíram do salão principal.

"Que tal pedirem desculpas ao Smith?", sugeriu Remus, mas depois percebeu que era besteira continuar tentando.

OoOoO...OoOoO

"Ei... ficaram sabendo?", disse Alice, toda empolgada, no salão comunal. Tinha vindo direto para onde James e Frank estavam sentados e Remus jogava xadrez com Sirius. Já era noite e os alunos que não passariam o Natal na escola já tinha ido embora.

"Não", James respondeu com uma voz de inconfundível tédio.

"Vamos ter visita a Hogsmead", disse lançando um olhar 'imperceptível' para Frank. Os marotos obviamente notaram.

"Engraçado... já tivemos visita no começo...", começou Sirius, não desviando olhar do tabuleiro.

"É", interrompeu Alice, "mas a McGonagall me falou agorinha mesmo".

"Então, como é que você queria que nós soubéssemos?", perguntou James tentando irrita-la, e conseguiu. Nos últimos tempos, os dois tinham se aproximado bastante.

"Não me irrita James", falou, fazendo James rir. "E nós vamos ter uma conversa", terminou, fazendo-o parar de rir.

"Conversa", disse James sem graça. Provavelmente ela viria encher a sua cabeça pelo fato dele ter azarado o Smith. Estava sendo mais papel dela do que da Evans.

"É... mas isso não vem a caso agora", disse, fazendo um gesto com a mão como se estivesse espantando uma mosca. "O que interessa é que vai ser no dia do Natal".

"A sua conversa com o James?", perguntou Frank que, ultimamente, vinha lançando olhares assassinos para cima de James toda vez que ele falava com Alice.

"Não...", disse meio mal humorada, mas quando percebeu quem havia perguntado, deu um sorrisinho amarelo. "O passeio em Hogsmead".

"Ahn".

Ficou um silêncio realmente constrangedor, no qual James olhava para Sirius, que olhava para Remus que olhava para James e depois dava de ombros, e Sirius abaixava e balançava a cabeça, enquanto James encarava Frank e depois indicava Alice, incentivando.

"Er... bom era isso", disse Alice baixo e saiu.

"Eu não acredito", começou Sirius, abismado.

"O que?", Frank se fez de desentendido.

"Frank", disse James sério e olhando nos olhos do amigo, "Me responda sinceramente... você é gay?".

Por um instante ninguém disse nada, mas depois Sirius não agüentou e começou a rir muito, contagiando Remus.

"Tá me tirando Potter", disse Frank, ofendido.

"Foi mals cara, mas olha a oportunidade que você perdeu", disse rindo.

"Não é tão fácil", Frank virou e olhou Alice que estava no outro lado da sala, conversando com as amigas. Ela balançava a cabeça.

"É sim, e você vai convida-la para sair", disse Sirius "Se não...".

"Se não o que?", desafiou Frank.

Sirius pensou por um instante e depois sorriu. "Se não EU a convido para sair".

Frank olhou para ele desacreditando, e depois olhou para James, para ter certeza que o outro blefava. Mas James olhava para o amigo sério.

"Sirius, você não está", começou Remus.

"É sério Moony", disse ainda olhando para Frank, "eu saio com ela".

OoOoO...OoOoO

"Não Lily", disse Alice com a voz chorosa, olhando para baixo e balançando a cabeça, "ele não gosta de mim".

"É claro que gosta", disse Lily consolando-a, "ele só é meio tímido... você mesma me disse isso".

"É, mas será que eu não estou dando as indiretas certas?", perguntou.

"Olha...", começou Alex, "para você ser mais indireta do que está sendo, só chamando ele para sair".

"Não... eu nunca que ia conseguir chamar ele para sair", disse espantada. "Imagina eu lá, gaguejando na frente dele... não sou tão atirada quanto você.".

"Ótimo... então fica encalhada para o resto da vida", disse magoada.

"Não acho que isso vá acontecer...", disse Lily, sorrindo.

"Por que?".

"Ora... porque ele tá vindo ai...", disse Lily, olhando a cara de espanto da amiga.

"Ai Merlin... Merlin me ajuda... onde pensa que vai?", perguntou a Lily, quando esta fez menção de se levantar, "fica aqui comigo".

Alex começou a rir e realmente teve que se afastar. Lily corou um pouco pela situação constrangedora a que se encontrava. Notou que os marotos, do outro lado da sala, estavam rindo e Alex tinha ido se juntar a eles. Provavelmente estavam rindo da cara dela, ali, parada... segurando vela... o que não se faz por uma amizade. Peraí, eles não pareciam estar rindo dela, parecia estar rindo do Frank... melhor assim, não... peraí, eles não podiam rir de uma tentativa de... um novo casal surgir.

"Oi...", começou Frank, olhando para Alice.

"Oi", respondeu Alice sorrindo, já completamente vermelha.

"Eu queria... falar com você", disse Frank hesitando.

"Pode falar", disse Alice, não hesitando.

Frank olhou para Lily, deixando claro que a queria bem longe.

"Er...", ela tentou, mas Alice apertou firmemente o seu braço.

"Bom é que...", Frank tentou. Lily queria sair daquela situação o mais rápido possível. Ora francamente, o que deu na Alice para fazer isso com ela?

"Ei... Evans".

Ela nunca tinha ficado tão feliz de ouvir aquela voz a chamando. Seu salvador, idolatrado. 'Eu te amo, Potter', pensou em súbito ataque de loucura, que logo foi corrigido, 'E te repugno, é te repugno mais do que te amo... não, eu não te amo de jeito nenhum.. eu só te repugno, se bem que tô adorando você agora, mas isso não muda as coisas'.

"Evans", e ela acordou do seu devaneio, "Pode vir aqui um instante?".

"Claro", disse não conseguindo esconder o alívio que sentiu.

"Oi?", perguntou quando se aproximou dos garotos.

"Nada não...", disse despreocupadamente, "é que você pareceu meio sem lugar".

'Ai que fofo', peraí não deixa de ser fofo, mas eu ainda o repugno'. "Obrigada", disse sentando-se ao lado de Remus e assistindo ao novo casal que parecia estar se formando. 'Ai que fofo', pensou, 'o casal, não o Potter... mas quem está falando do Potter?'. Reparou que ele a estava olhando intrigado. Sabia, era aquela mania que ela tinha de ficar expressando os pensamentos no rosto... a Alex vivia rindo disso. "Eu vou dormir", disse, quando percebeu que Alice tinha ido para o dormitório e Frank estava voltando. "Você vem Alex?", perguntou, mas teve que sair puxando a amiga que não se mancava.

OoOoO...OoOoO

Um vento frio passou pelas janelas abertas do dormitório e agitou as cortinas. James estremeceu e se aconchegou mais às cobertas. Mas o tempo parecia não querer colaborar com o sono do rapaz, porque outro vento, um pouco mais forte, transpassou as cortinas e brincou com seus cabelos.

"Eu mato o Sirius", murmurou, levantando da cama. Andou vacilante onde imaginava estar a janela. No meio do caminho encontrou algo no chão que era inesperado e caiu, fazendo um grande barulho.

"Ah James... vá dormir", resmungou um sonolento Sirius, que tinha se virado para saber o porque do barulho.

"Você deixou a janela aberta", resmungou. Mal teve tempo de recomeçar a andar e tropeçou novamente. "Mas que mer..".

"Você quer morrer, James?", disse, um quase morto Frank, por debaixo das cobertas.

James achou que era uma ótima oportunidade de se mostrar inteligente e colocar os óculos. Quando o seu mundo desembaçou, ele pode finalmente ver em que diabo tinha tropeçado. Uma pilha de embrulhos se acumulava no pé da cama. Era Natal.

Ele olhou para os lados, porque Remus não os tinha acordado ainda. Ele sempre fazia isso, principalmente no Natal, quando cismava de jogar alguma coisa, em especial barulhenta, no chão. Sinceramente que ele era amaldiçoado até a décima geração.

Mas hoje ele não estava lá. Tinha saído no meio da noite, agora James lembrava, para ir a enfermaria. Não tinha passado nada bem a noite devido à lua cheia, que seria esta noite. Frank também tinha acordado quando ele estava indo, e Remus disse algo como a mãe não estar bem e que tinha que ir para casa. Bom, teria que sustentar aquela mentira, se bem que o pessoal já estava meio que enterrando a mãe do Remus, de tanto que ela passava mal. Eles acabavam atribuindo essa preocupação ao estado fraco dele, ou talvez esse estado fosse causado pela tal 'doença hereditária' que acreditavam que ele tinha. Já se haviam levantado tantas suspeitas.

James suspirou. "Não é fácil a vida dele". Foi até a cama de Sirius e o cutucou. Este resmungou alguma coisa e colocou o travesseiro por cima da cabeça. "Ah Sirius, levanta logo, que a gente ainda tem que passa lá na enfermaria".

"Ahn...", fez Sirius levantando a cabeça e olhando em volta. Parece que o sono finalmente foi deixando-o e ele pode raciocinar. "Ah é", resmungou sonolento. Sentou-se na cama e começou a desembrulhar os presentes. James fez o mesmo.

"Valeu Sirius, o meu tinha acabado", disse James mostrando um kit para vassouras.

Sirius acenou como que dizendo 'esquenta não', e mostrou um bastão de batedor. "Valeu".

"É... você fez questão de quebrar o outro no último jogo", sorriu. Mas bem que foi proveitoso. O balaço foi direto no Stings, artilheiro da Sonserina.

Com o barulho dos dois, Frank também acordou e começou a abrir os presentes.

"Elas ainda tentam", disse Sirius balançando uma caixa de bombons nas mãos. "Tadinhas... como se eu fosse cair nessa de poção do amor".

"De quem?", perguntou James, rindo.

"Penny Malvick", respondeu intrigado. "Conhece?".

James abanou a cabeça negativamente.

"Lufa-Lufa, quinto ano... uma loirinha", disse Frank. "Gatinha".

"Olha o que fala...", riu James "você já é quase comprometido".

"Vai estragar a vida", disse Sirius, fazendo-os rir.

James havia recebido várias cartas também. Uma toda melosa da sua mãe, outra da sua tia, e por ai vai. Mas ficou mais interessado na carta que Sirius estava lendo, e a cara que o amigo fazia.

"Família?", perguntou.

"Estou até emocionado por eles terem escrito para mim no Natal", falou sarcástico, jogando a carta para o amigo ler.

Não era de se esperar outra coisa da família de Sirius. A carta vinha lembrar ao Sirius o quanto ele era indesejado na família, e que já havia sido riscado da árvore genealógica, e conseqüentemente deserdado.

"Credo", foi à única coisa que passou pela sua cabeça.

"Ah... não fica mal com isso não", disse Sirius jogando outra carta para ele.

Nesta, diferentemente da outra, vinha votos de feliz Natal, mas parecia tão fúnebre. Deveria parecer, já que ela era fúnebre. Contava da morte de um tio do Sirius e que ele havia deixado uma...

"HERANÇA?", perguntou James estupefato.

"Poisé... dá para acreditar", disse Sirius rindo da cara do amigo.

"Você nem nunca falou desse tio", disse James, agora indignado.

"Ah... eu devo ter mencionado ele... mas bom, sabe o meu pai não gosta muito dele e ele ficou meio afastado, mesmo porque ele não gosta de nenhum Black...", disse, mais para si, "então eu presumo que ele tenha deixado a herança para mim justamente porque eu encarei a família e me mandei", terminou rindo.

"Seu irmão vai vibrar quando contar a ele", disse James, rindo.

"Eles estão crente que eu vou voltar com o rabinho entre as pernas", disse Sirius, "quero ver depois disso aí".

"Capaz de riscarem esse seu tio da tal árvore genealógica que você disse que sua família tem", disse Frank. "É um tapete, certo".

"Quase, mas deve servir para limpar as botas também", disse sirius, fazendo-os rir. "Besteira de sangue-puro".

"Também sou sangue-puro e lá em casa não tem disso", disse Frank, meio indignado.

"Sorte sua", falou Sirius se levantando. "Bom o papo não tá indo para um lado que eu gosto, portanto vou me arrumar e descer para... não fazer nada".

"Boa alternativa", disse James, "vou com você".

"Se vocês não tem nada para fazer eu tenho... vou sair com a Alice", disse Frank pomposo, recebendo uma chuva de travesseiros na cara.

OoOoO...OoOoO

Remus se encontrava deitado, em um leito afastado, na enfermaria. Estava acordado, mas não parecia. Seus olhos estavam semicerrados e ele respirava lentamente, mas recebeu os amigos com um sorriso, fraco, mas um sorriso.

"Não demorem", disse Madame Pomfrey autoritária, "ele precisa descansar. Deus sabe o que ele vai passar logo à noite...". E se retirou.

"Obrigado pelos presentes", disse Remus em uma voz cansada e fraca.

"Já se sente melhor?", perguntou James preocupado. Remus não estava mesmo bem ontem. Talvez o tempo não tenha ajudado, já que estava bem frio e nevava bastante. Remus apenas acenou com a cabeça. "O Frank contou que a Alice aceitou sair com ele".

"Bom... pelo menos um de nós desempaca", disse Remus, bem fraco e parecendo ainda mais cansado.

"Ah ele tá muito bom para fazer piada", disse Sirius. "Mas o próximo vai ter que ser você". Remus fez cara de que não entendeu. "Ora, se depender da Evans, o James morre solteiro... eu não quero algo sério tão cedo e o Peter... bom, é melhor deixa pra lá".

Remus riu, e depois teve que respirar fundo. "Sirius", disse com dificuldade, "não me faça rir assim". Ele sempre ficava muito debilitado na véspera de lua cheia, ficava fraco e mais abatido do que o normal.

"Sabe do que você precisa?", perguntou James e recebendo uma resposta negativa, respondeu. "De um energético. Devo ter um aqui", disse brincando.

Mas a Madame Pomfrey não achou graça nenhuma e os expulsou de lá. Então foram tomar café e esperar que a noite chegasse.

OoOoO...OoOoO

O salão principal não estava tão cheio quanto devia estar. Muitos dos alunos preferiram passar o feriado em casa. Mas também não estava completamente vazio, tanto que o prof. Dumbledore resolveu fazer um agrado e liberar uma visita ao vilarejo próximo, Hogsmead.

"E vocês vão mesmo com esse tempo?", perguntou James desconfiado.

"Vamos... bom, a casa de chá deve estar bem quente", disse uma vermelha Alice, olhando para Frank.

Ele sorriu. Estavam sentados Frank e Alice, Alex ao lado deles e de frente estavam James e Sirius. Sarah, como Alex explicou, tivera que ir para casa e Lily parecia ainda estar no dormitório. Eles tinham ficado lá, sentados no mesmo lugar, desde a hora do café, só conversando. E agora estava sendo posta a mesa para o almoço. Portanto, a cara emburrada de Sirius poderia ser justificada. Ele odiava ficar parado, sem fazer nada, e James sabia disso.

"Ih... nem adianta me olhar assim", disse James, um pouco impaciente. "Eu disse que não ia a Hogsmead".

"E vai fazer o que até lá?", perguntou Sirius petulante.

"Visitar o Hagrid", respondeu com simplicidade. "Estou devendo uma visita".

"E vai ficar na casa dele até escurecer?", perguntou desconfiado.

"Não, vou dormir antes", disse e passou as mãos pelos cabelos. Sirius riu. Até parece que ele ia ficar mesmo sem fazer nada. Mas olhou para James e este estava sério. "Eu vou dormir mesmo".

"Chato...", resmungou. "Você tá ficando chato".

"O que quer que eu faça?", perguntou sem entender. "Tá vendo essa escola, não tem ninguém para matar o meu tédio".

Sirius riu. "Chama a Evans para sair".

"Muito engraçado", disse James mal humorado. "Para você fica curtindo a minha fossa, né".

"Mesmo que você a chamasse, ela não iria", disse Alex, brincando com o garfo. Percebeu que eles estavam olhando-a como quem diz 'quem te chamou para a conversa?'. Ela revirou os olhos. "Ela vai com outra pessoa".

"Quem?", perguntou James, sem se conter, e olhou para Alice. Como ela não tinha lhe contado isso? Ela olhou para ele e sorriu amarelo como se pedisse desculpas.

"Amus Diggory", respondeu Alex, fazendo uma careta.

"Alex não gosta dele", explicou Alice.

"Eu não sei como a Lily agüenta", disse Alex.

"Como eu agüento o que?", perguntou Lily, que havia chegado sorrateira até onde eles estavam conversando. Todos a olharam sobressaltados e James não pode resistir de passar a mão sobre os cabelos. "Viu, ficam falando de mim pelas costas", disse rindo e ignorando James.

"Não estávamos falando de você", disse Alice devagar. "Estávamos falando do Diggory".

"E nos perguntando como é que você agüenta aquele idiota", respondeu Alex sinceramente, olhando para a amiga que se sentara ao seu lado.

"Ele não é um idiota", respondeu Lily na defensiva.

"E vocês?", perguntou Alice, virando-se para James e Sirius. "Não vão sair com ninguém?".

James olhou para Sirius e riu. Queria parecer desinteressado no fato da Lily sair com um cara, e pior, com o Diggory. "O Sirius deve ir com a... como é que ela chama mesmo, Frank?".

"Malvick".

"É, ele até recebeu presente dela hoje", disse cutucando o amigo.

"Nem se eu tivesse comido aqueles bombons", respondeu Sirius com uma careta.

"Que bombons?", perguntou Alice. "Ai droga, é aqueles cheios de poção do amor, não é?". Sirius confirmou com a cabeça. "Eu devo confisca-los".

"Depois", disse preguiçosamente. "Não vou subir lá agora, não".

"Mas e você, James", perguntou Alex. "Vai com quem".

James deu de ombros, já tinha falado a ela que não ia a Hogsmead. O que ela estava querendo afinal, que ele a convidasse? Não, se Alex quisesse sair com ele já o teria chamado, é mais o estilo dela. Ele começou a se servir. A comida acabara de aparecer e era melhor ter alguma coisa na boca para não falar besteira, como queria, para a Evans. Como perguntar como é que ela ia sair com o Diggory e não com ele? É... era melhor ficar quieto. Pelo menos com a boca fechada, porque se dependesse daquele monstro que vivia no seu estomago, e que acordava toda vez que via Lily com algum garoto, ele não ficaria mudo.

Depois de comer, silenciosamente, despertando olhares curiosos, até de Lily que não conseguia parar de encara-lo, James foi levado, entende-se arrastado para fora do Salão por Sirius.

"Aonde vamos?", perguntou.

"Ver o Remus", disse Sirius, mal conseguindo se conter. "Não... ele precisa saber o que o amigo dele fez... digo, não fez", e começou a rir, arrastando um mal humorado James para a enfermaria.

OoOoO...OoOoO

"Ah... qual é", disse Sirius impaciente. Já tinham passado na enfermaria para darem uma olhada em Remus. Este ficou bem mais orgulhoso que Sirius do progresso de James para com a Lily, mas riu tanto quanto Sirius ao imaginar a cara do amigo em saber que ela ia com o Diggory.

Sinceramente que James pensou que era proposital que ela estava fazendo isso. Sair com o apanhador da Lufa-Lufa e monitor da mesma. Monitor? Qual era a dela afinal? Ela sabia muito bem que o Diggory era mais cheio de si que ele... não que ele fosse cheio se si... mas era o que a Evans pensava, não era.

"Que Sirius?", disse monotamente, se virando. Estava subindo as escadas que levavam para o dormitório.

"Não... sério que eu pensei que você não tava falando sério", disse inconformado.

"Ah... vai caçar uma mulher para você sair, e me deixa dormir em paz", disse virando-se para recomeçar o caminho.

"Eu até ia, se não fosse seu amigo", disse tirando os cabelos dos olhos. "Eu não vou fica vendo você ai, sozinho, enquanto a garota que você gosta tá lá, com outro... e pior, é o Diggory".

James suspirou, virou-se e desceu as escadas e foi até Sirius. "Primeiro, vamos deixar bem claro que eu não gosto dela. Segundo, eu nunca disse que gostava dela, e terceiro, isso é uma deixa para você tirar esse sorrisinho de 'sabe-tudo' do rosto e não se envolver com isso".

Mas ao contrário do que James esperava, Sirius começou a gargalhar. É... gargalhar, sabe, quando alguém tira sarro da sua cara. "Foi mal... mas é que...", respirou fundo quando a cara de James indicava que havia perigo para ele, "tá... bom, você quer falar sobre isso, vamos falar sobre isso".

"Eu não...".

"Primeiro, tá na cara que você gosta dela... segundo, você não precisa dizer, seu idiota... e terceiro, posso não saber de tudo, mas não tem como eu não me envolver".

James o encarou, e Sirius sustentou o olhar, sério... então James sorriu, não tinha mesmo como ele não se envolver. "Então o que sugere".

"Bom...", disse colocando as mãos no queixo e fingindo pensar, "sugiro que você vá a Hogsmead, e como eu não vou com ninguém, eu te faço o favor de ir junto", terminou sorrindo.

James passou as mãos pelos cabelos. "Favor, tá sei... e eu não te conheço, né... você quer é rir da minha cara de desgosto de ver ela com o talzinho lá".

"Bom, não vou mentir que isso contou pontos".

OoOoO...OoOoO

Oi, gente... até que não demorou tanto assim... mas tipow... vcs cansaram de comentar... por que eu não cansei de ler comentários não... o próximo capitulo deveria ser este tbm, mas é que qnd eu sento para escrever eu me empolgo, ai vai surgindo mais idéias, e ai ia ficar enorme esse capítulo..., já que ia incluir a visita a hogsmead, a visita na casa do Hagrid, um pouquinho da noite de lua cheia.. só para explicar um acontecimento que virá mais tarde. Entaum... bom... ia fikar grande.

Natalia Lima: oi Lynn... eu li suas fics, são ótimas, fofuchas... obrigada mesmo por sempre comentar, é importante... bjaum...

JhU Radcliffe: qbom que gostou.. olha o outro aí, nem demoro, heheheh... não isquenta... eu não vo deixa o Remus sozinhu, eu vo deixa o Peter, pq ele merece, bom, ele ainda não sabe pq, mas vcs sabem que ele merece, hehehhe, continue comentando.. bjaum

Bom... vo tentar mandar o outro no próximo sábado. tchauzin