Revelações

"Eu não entendi patavinhas...", disse Alex.

Estavam no dormitório, era noite e se preparavam para dormir. Lily deitou-se na cama pensativa, enquanto Sarah olhava para uma lua quase cheia.

"Eu não acredito que o Remus falou aquilo...", disse Lily, "Quer dizer, como assim assunto de sangues puros".

"Sei lá... sou mestiça e não sangue puro,...", pensou Alex alto. "Mas parecia realmente sério, quer dizer, viu como todo mundo, que sabia do que eles estavam falando, sumiu".

"Reparei", comentou Lily. "Pode ter haver com aquele grupo, Comensais da Morte... eles são só de sangues-puros, não são... e é tipo de coisa que o Snape entraria...".

"É, tipo, eles não gostam muito de filhos de trouxas, então, bom... é pode ser que estavam falando deles".

Lily ficou calada. Tanta gente preconceituosa no mundo. O sangue não define o que a pessoa é ou deixa de ser... sem lógica... babacas. "Está calada Sarah...".

"Ahn... ah, é que eu estava pensando...", disse, desviando os olhos da lua para encarar as amigas. "Quer dizer, como eles podem falar para a gente não se envolver...".

"Quem?", perguntou Alex distraída.

"Ora, Alex... estamos falando do James, do Remus e do...".

"Sirius... é, mas o que que tem", disse Alex impaciente. "Sabe de alguma coisa?".

"Sei bem pouco...", disse, voltando a olhar a lua. Não percebeu os olhares insistentes das amigas até que Lily se pronunciou.

"E poderia compartilhar o que sabe com a gente?".

Sarah suspirou, voltou a olhar as amigas. "Certo... o que eu sei é que, no meio da noite, na véspera de Natal, meu pai recebeu uma visita, e ficou muito perturbado, muito mesmo. Eu ouvi depois ele explicando para minha mãe". Ela fez uma pausa, levantou-se e se sentou mais perto das amigas."Vocês sabem que o meu pai é sangue-puro, e ele disse que recebeu um convite de se unir à causa deles...".

"Deles, você diz, dos Comensais?", perguntou Alex, sem acreditar.

"É, bom, parece que eles estão recrutando gente, sabe... para a tal causa".

"E que causa é essa?", perguntou Lily, sem saber sentiu um calafrio.

Sarah a encarou, depois olhou para Alex, e depois para Lily novamente. Não sabia como dizer, tentou duas vezes, mas nada saía.

"É contra os trouxas...", disse Lily, tentando incentiva-la a falar, querendo demonstrar uma segurança que estava longe de sentir naquele instante.

"É, bom, Lily, é que eles... bom eles...", suspirou. "Eles querem exterminar todos os filhos de trouxas, essa é a causa... um mundo bruxo só de sangues puros, sem trouxas". Esperou para ver a reação da amiga que não veio. Elas ficaram lá, uma olhando para a outra, tentando digerir a informação.

"Você tá brincando... tem certeza que ouviu bem?", Alex quebrou o silêncio.

"Acha que eu brincaria com uma coisa séria dessas", disse Sarah, um pouco irritada. Olhou para Lily. "Meu pai não aceitou, então eles disseram que ele era um traidor... um traidor do sangue, um traidor da causa... ameaçou-o e disse que o Lord não perdoa traidores".

"O lord?", murmurou Lily. "Lord Voldemort?", disse, e sentiu um calafrio, reparou que as outras duas sentiram-se incomodadas também.

"É... mas pelo que eu ouvi agora a pouco, parece que o meu pai não foi o único a recusar...", disse Sarah, pensativa, e tentando animar Lily.

"Mas parece também", lembrou Alex, "que nem todo mundo recusou, como o seu pai...".

"Lily, você está bem?", preocupou-se Sarah. A amiga parecia muito branca.

"Ahn, estou... estou bem... é melhor... é melhor a gente dormir. Cadê a Alice?", perguntou tentando mudar o papo.

"Tá com o Frank", respondeu Sarah, ainda a olhando preocupada.

"Eu estou bem, Sarah, sério... boa noite", deitou-se, mas não teve uma boa noite. Seus sonhos foram invadidos por bruxos encapuzados, por gritos de pavor e marcas de um crânio com uma cobra, que havia visto nos jornais.

OoOoO...OoOoO

"Mais essa agora", disse Sirius jogando-se no sofá. Ele e os outros estavam sentados em um canto afastado do salão comunal.

"O Ranhoso sabe ser inconveniente", disse James, sentando-se ao seu lado. "Quer dizer, o que deu na cabeça cheia de titica dele para fala aquilo justamente pra todo mundo?".

"Pensando melhor até parece bom...", disse Remus, pensando. "Digo, agora as pessoas vão começar a querer saber do que ele estava falando. Vai deixar de ser algo privado, entendem".

"Hunf... se aquele ministério estúpido não se intrometer", disse James irritado. "Acreditam que eles estão tentando acabar com o meu pai, só porque ele não ficou calado? Vocês viram no jornal o que falaram dele".

"Velho caduco e retrógrado", disse Sirius, também irritado. "Retrógrado são eles... idéias estúpidas daquele ministro sem um pingo de caráter".

"'Não há nada acontecendo... vocês sabem, coisas de antigos baderneiros que não querem a paz'. Não dá para acreditar nele", disse James.

"Acontece que nós, realmente, não podemos fazer muita coisa", disse Remus suspirando. "Acredito que alguém já esteja tomando providencias...".

"Você diz... Dumbledore?", disse James. "É... é bem possível".

Ficaram um tempo em silêncio, cada um envolvido com seus próprios pensamentos, até que o sono falou mais alto e eles foram dormir.

OoOoO...OoOoO

Manhã bem ensolarada. O sol parecia bem mais animado em meados de março. Hogwarts parecia guiar seu humor de acordo com o tempo. Muitos alunos despreocupados organizavam festas, motivos para bagunças que realmente não precisavam de motivos, e também ótimas oportunidades para os solteiros e solteiras arrumarem um par.

"Argh, você tá me cansando Padfoot", disse Remus, andando com os amigos pelo corredor rumo a poções. "Acho que você está ficando obcecado pelo Ranhoso".

"Muito engraçado, Moony", disse Sirius de cara amarrada.

"Bom, Pads não deixa de ter razão, Moony", intrometeu-se James. "Quer dizer, é aquele infeliz que parece obcecado com a gente, dá até para duvidar da opção sexual do rapaz", disse, de modo sério que não enganou ninguém e fez todos rirem.

"Ele tem seguido a gente reparou", lembrou Sirius. "Tá aprontando alguma para a gente".

"Ah é, claro... porque vocês nunca aprontaram com o garoto, são verdadeiros...", começou Remus, sem se preocupar em esconder a cara de descrente.

"Ah, ele não sabe o que o aguarda, Moony", disse Sirius, misterioso. "Ele tá pedindo por uma já faz tempo... eu não esqueci do que ele me chamou no trem, eu não me esqueço das coisas tão facilmente".

"Do que está falando, Sirius?", disse Remus sério. "Vocês estão sempre azarando o coitado, ele ainda te deve algo?".

"Mais do que pode imaginar", disse encerrando a conversa. Remus olhou para James que o olhou de volta. Também não tinha entendido esse surto.

Pararam de frente a sala do prof. Slughorn que estava fechada, e um bolinho de alunos estavam aguardando. Todos se sobressaltaram quando a porta abriu de repente.

"Oh... entrem, entrem... não fiquem parados ai", disse um Slughorn sorridente. "Ah, Sr. Potter e Sr. Black... que prazer tê-los em minha aula, sinto-me privilegiado", disse, meio zombando.

"Sentimos sua falta, professor", disse James, devolvendo na mesma moeda.

"Hoje teremos uma aula mais teórica...", começou Slughorn, quando todos já haviam se acomodado. "Percebi, claramente, a dificuldade de vocês em produzir um antídoto através da formula. Pois bem, vamos então estudar a formula".

"Ah, fala sério... se eu soubesse que ia ser isso, eu nem teria vindo", murmurou James entediado.

"E perder mais uma aula de poções...", disse Remus. "Você precisa dela para os N.I.E.M.s, sabia?".

"Sei... eu sei", disse James suspirando e tentando evitar o sermão. "Eu estou aqui, não estou".

"Então... o que estão esperando?", falou o professor, impaciente. "Peguem suas penas e comecem a anotar".

James olhou para Sirius que já havia abaixado a cabeça sobre a carteira e estava imóvel. Voltou-se para Remus e sorriu.

"É, fazer o que... eu anoto", disse Remus conformado. "Peter, você anota também, tá precisando".

Peter o olhou com cara de poucos amigos, mas começou a copiar.

James sorriu novamente, e debruçou-se sobre a carteira... tinha mais facilidade em apenas ouvir, se conseguisse ficar acordado.

OoOoO...OoOoO

"Oi, gente!", falou uma empolgada Alex, sentando-se ao lado de Sirius. Era uma noite quente, prenuncio do verão que já se aproximava. Os marotos estavam agrupados no salão comunal da Grifinória.

"Vocês estão sérios hoje! Cadê do Lupin?", perguntou, olhando para os lados.

"Teve que ir para casa", respondeu Sirius, mais concentrado no jornal que estava folheando.

"Por que? A mãe dele piorou de novo?", perguntou um pouco preocupada.

James a olhou curioso, depois sorriu maroto. "Não acha que está interessada demais na vida do Remus, não Alex!".

"Eu... claro que não", disse desviando o olhar e ficando levemente corada, "só perguntei por curiosidade... vocês também, né credo... vêem maldade em tudo, não se pode nem fazer uma pergunta", e saiu de volta ao grupinho de garotas perto da lareira.

"Boa jogada", disse Sirius assim que a viu sair, "assim ela para de fazer tanta pergunta sobre o Remus".

"Nem acreditei que ela ficou sem graça", disse James sorrindo.

"É... sorte nossa", falou Sirius olhando para o relógio. Parecia ansioso, James pode notar.

"O que foi?", perguntou. Sirius o olhou. James estranhou o olhar, daquele que tentam esconder algo.

"Nada, por que?", disse Sirius se virando.

"Ah, eu queria te perguntar... o que você e o Snape estavam falando lá no corredor mais cedo?". James sabia que o amigo estava aprontando alguma coisa, mas sem ele.

"Ah... você viu? Eu não te vi...", tentou disfarçar.

"O que você fez Sirius sem mim", falou James sério, porque provavelmente era sério. Sirius nunca deixaria de contar algo a ele, a não ser se soubesse que ele iria recusar... então provavelmente era sério.

"Anh? Sem você...", tentou ganhar tempo. James o olhou, um olhar penetrante e sério. Sirius não conseguiu encara-lo.

"Sirius, o que você aprontou pra ele?", disse James, daquele jeito que lembrava seu pai.

OoOoO...OoOoO

A noite parecia calma, estava silenciosa e o vento brincava com as copas das árvores da floresta proibida. James corria pelos corredores em direção a saída. A lua cheia começava a surgir no céu limpo e estrelado. James continuava a correr, agora mais rápido. 'Mais tempo, mais tempo', pensava. Não sabia dizer quem era mais idiota, se Sirius ou Snape.

Avistou a porta de carvalho e precipitou-se para fora do castelo. Parou, respirou forte. Seu peito ardia pela falta de ar. Olhou em volta, onde estaria aquele idiota. Foi em direção ao salgueiro lutador. Enquanto andava, procurava a silhueta do garoto que tanto odiava. Sim odiava, mas não a ponto de...

Parou. O salgueiro lutador estava imóvel. Só o vento o fazia mexer. James sentiu um arrepio. Ele já havia entrado. Correu em direção ao túnel secreto. Estava escuro, mas conhecia aquele caminho. Começou a andar, o mais rápido e silenciosamente que conseguia. Depois do que lhe pareceram horas, mas que na verdade foram poucos minutos, esbarrou em algo que caiu.

"Snape?", murmurou. O outro fez um barulho estranho e agudo. "Temos que sair daqui, rápido".

"Ele é... Ele é...", gaguejou Snape, mal conseguindo por-se de pé.

"Anda", disse James mais firme, mas Snape não se mexia. James o pegou pelo braço firme e o encarou. "Você quer morrer, idiota?", e o arrastou de volta ao longo do túnel. Ele já sabia, ele já havia visto, tentou, mas não conseguiu chegar a tempo de salvar o segredo de Remus.

Ele empurrou Snape para fora do túnel, o salgueiro lutador já devia ter voltado ao normal. Precipitou-se para fora e alguém o ajudou a se levantar enquanto segurava Snape pela gola.

"Você ficou doido?", disse Sirius, depois de James recusar a ajuda. "Entrar no túnel assim?". (N.A.: 'Assim', e na forma humana tá genti... : p).

James endureceu a expressão, e olhou para Snape. "O que você viu?". Snape tentava sem sucesso se desvencilhar das mãos de Sirius.

"Quer saber Potter?", disse, em um tom de deboche, aparentemente curado de seu momento estático. "Eu vi tudo, eu sei do segredinho do seu amigo", disse, sorrindo afetado. "Pobre Lupin... Lupin Lobisomen...".

"Cala boca", gritou James. "Se eu ouvir você falar isso de novo eu vou...".

"Vai o que, Potter?", interrompeu Snape, sorrindo vitorioso. Sirius o largou sem encarar nenhum dos dois. Não sabia o que sentia. Estava cego de ódio, tão cego que não havia parado para pensar em Remus, só queria vingança contra Snape. Arrependimento, remorso, culpa... "Vai fazer o que, hein Potter? Pois saiba que agora eu tenho um trunfo, e vou usa-lo, logo pela manhã todo vão saber, quero ver vocês andarem de cabeça erguida, achando-se os melhores...".

"Sempre irei andar de cabeça erguida quando o assunto for o Remus", disse James, em fúria.

"Ótimo, pois todos irão saber que o monitor, o certinho da Grifinória, não passa de um lobi...".

"Já chega Severo". Todos de viraram sobressaltados. "Não vamos conversar sobre isso aqui".

OoOoO...OoOoO

N.A.: Oiiiiiiiiii... gostaram? Nossa, foi um sufoco esse capitulo sair, credo. Heheeh eu sô má, muito má... parei bem no ápice... heheh eu ia continuar, mas eu quero que vocês comentem... senão não saberão quem é a pessoa da última fala... como se não fosse obvio, hhihihi entaum, comentem, please...

Ahá... eu nunca me esqueço de quem comentou... disculpa genti, demorou pacas né... foi mals.. naum me matem...

Bruna Martins: Acertou bem na mosca, sim, são sobre comensais, q bom q tá gostando, posta mais, tá bjaum

Flavinha Greeneye: Sua fic tbm tá super, eu tô te devendu coments, né. Tá gostando dos personagens? Todos eles tem uma personalidade forte, ô se tem... Sinceramente, eu naum sei o que deu na cabeça da Lily pra namorar o Amus, arg, vai entender, né... Bjaum

mamai black: bem rapidin, naum foi possível, mas... antes tarde do que nunca, né... o Remus as vezes tem um ar misterioso, sabe... ele é um daqueles amigos que sempre sabem de tudo o que está acontecendo ao redor, sabe... é por isso que ele é meio conselheiro e a Lily o respeita muito...mas, que bom que gostou, posta mais tá...bjaum

JhU Radcliffe: heehe, eu viajei e perdi completamente o foco da fic, disculpa, tá... mas estou aki novamente, e irei me esforçar... hai hai! Continua comentando tá, bjaum

miss Jane Poltergeist: eh como dizem os opostos se atraem, hehehhehe... quem sabe, ai ai... o James tipo que fala certas coisas para evitar falazada, como ele fez com a Alex nesse capitulo... ele é demais, ai ai... posta mais, bjaum

gente, suas reviews me motivam a continar escrevendo, pode demorar, mas eu não vo parar, a naum ser que ninguém comente mais, né... : p