Detenção

Ginny abriu os olhos e viu-se deitada na cama ainda de sapatos.

A memória reativou e flashes da noite passada apareceram em sua mente. Malfoy-Beijos-Harry-Draco. Oh. Ela havia beijado Draco Malfoy. E ele havia correspondido. Mostrando-se tão doce. Mas só enquanto pensava que ela era outra pessoa, quando viu quem realmente beijava voltou a ser o idiota arrogante de sempre.

E o que ela queria? Que ele voltasse a beijá-la quando descobriu que ela era a Weasel?

"Ai que droga! Por que ainda estou pensando nisso!" – pensava enquanto levantava da cama e constatava que todas as suas colegas de quarto já haviam saído. Melhor assim.

"Como eu não percebi que não era o Harry? Porquê eu gostaria de beijá-lo de novo e de novo? Estou ficando maluca!"

Quando voltou de seus devaneios foi que constatou o quão tarde era. Se não voasse chegaria atrasada nas estufas. Hoje, seu primeiro tempo era Herbologia. Adeus café da manhã.

A aula simplesmente se arrastava. Ginny chegou atrasada. Ao entrar na estufa sua amiga Isabelle lhe lançou um olhar questionador, mas no mesmo instante um colega da Grifinória perguntou a professora o porquê de se estudar Mandrágoras, já que eles haviam visto no segundo ano. E a professora respondeu:

- Sim, estudamos. Mas agora iremos nos aprofundar mais.
Soaria sinistro se não fosse a Professora Sprout quem tivesse falado.

Merlin parecia estar lhe dando bônus esses dias. Primeiro o fiasco de ontem e agora estudar mandrágoras. No mínimo ela deveria estar pagando todos os seus pecados juntos. Mas pelo menos havia algo de bom, ninguém podia incomodá-la com perguntas. As plantas não deixavam. Será que as pessoas já haviam reparado nas ampulhetas da Grifinória essa manhã? Será que já sabiam do que acontecera? Quando algum colega vinha em sua direção seu estômago dava nós de ansiedade. E se o assunto do café da manhã tivesse sido esse? Como ela, Harry, Cho e Malfoy haviam sido indisciplinados?

Não agüentava mais de tanta curiosidade.

Tudo foi esclarecido na hora do almoço. Malfoy não disse nada a ninguém. Lógico! Isso arruinaria sua reputação. Cho também não havia comentado nada, provavelmente porquê Malfoy devia te-la "advertido" de alguma forma.

Harry estava sentado no lugar de sempre, parecia cansado. Gina andou até lá, e sentou-se ao seu lado.

- Harry – chamou-o baixinho.

- Oi Gin – respondeu. Seus olhos estavam num tom verde escuro. Nunca os tinha visto assim.

- Por que você não veio tomar café? – ele questionou

Então estava tudo resolvido. Ele não queria falar sobre a noite passada. E não seria ela que traria o assunto de volta.

- Eu apaguei ontem. Muito cansada. Acordei super atrasada hoje, e como tinha que ir para as estufas não tive tempo. Não queria chegar atrasada. Tivemos mandrágoras hoje.

- Pobres quintanistas. – ele disse num sorriso quase que forçado.

E seus olhos de repente rumaram para a mesa da Corvinal.

Gina não viu, seus olhos castanhos estavam muito ocupados procurando uns cabelos platinados do outro lado do salão.

- Vocês estão tão quietinhos hoje. – disse Colin.

- Onw.. você sabe, fui dormir muito tarde ontem, quando subi após nossa partida de xadrez lembrei-me que tinha um teste de Estudos dos Trouxas hoje, então tive que estudar até tarde.

Harry sorriu para ela disfarçadamente.

- Sério? – perguntou Hermione entrando na conversa. – E sobre o que é a prova? Se você precisar de ajuda...

- É sobre rádios trouxas, como funcionam, a diferença entre eles e os nossos rádios. Não se preocupe Mione. Ontem estudei bastante.

Rony olhou para Harry de um jeito estranho e disse:

- Então Harry é por isso que você está com essa cara de sono. Ajudou a Ginny até tarde ontem foi?

- Não seja idiota Rony. Claro que não ajudei a Ginny. E simplesmente pelo fato que ela não me pediu. Porquê se tivesse eu o teria feito com o maior prazer. Estou cansado porquê fiquei fazendo dever ontem. Nossos professores parecem que querem nos matar. E ainda tem os treinos de Quadribol. Tudo isso deixa qualquer um enfadado.

- Você tem razão Harry. Desculpe. E olha que a Angelina nem começou a marcar os treinos consecutivos ainda. Ela disse que nós vamos ter vários antes do jogo contra a Sonserina.

E assim iniciaram uma discussão sobre Quadribol. Ginny deixou de prestar atenção na conversa. Não porque não gostasse de Quadribol, mas sim porque um par de olhos cinzas não saiam de sua direção. Ela olhou de volta. Se encararam por alguns segundos.

"Provavelmente esta pensando se eu contei a alguém sobre o beijo. Como se eu fosse gostar que alguém soubesse."

- Quer jogar xadrez hoje? – perguntou Colin a tirando dos seus devaneios.

- Claro. Se prepare para o massacre. – disse Ginny sorrindo.

- É você quem deve se preparar pra perder. – sorriu Colin se virando pra falar com Parvati que estava ao seu lado.

- Você não pode jogar xadrez hoje. – murmurou Harry em seu ouvido. – McGonagall me disse que temos detenção hoje às 10 horas.

- Droga. Já havia me esquecido disso. – disse Ginny visivelmente chateada.

- E pior, parece que vamos para a Floresta Proibida. Tenho que ir. Vejo você mais tarde – e saiu dando um rápido beijo na testa de Ginny.

"Ah, além de tudo de ruim agora vou ter que ir para a Floresta Proibida. Merlin, com certeza devo ter puxado suas barbas."

Ao contrario da manhã, a tarde passou voando, e a noite na velocidade da luz. Quando deu por si, já estava indo ao encontro dos outros para cumprir a detenção.

Ao chegar na sala de Filch estavam todos lá, exceto ele que chegou minutos depois.

- Vamos seus pilantrinhas! – disse sorridente. – Minha vontade era prender vocês no calabouço de ponta a cabeça. Mas a Professora não deixou. O que não deixa de ser uma pena. Mas mesmo assim ainda ficarei gratificado de algum de vocês for comido vivo lá naquela floresta.

- Vão ter que colher alguns cogumelos venenosos para Professora Sprout. E hoje não terão aquele grandalhão de escudo. Irão sozinhos. Divididos em pares. Esses dois de cabelos estranhos vão juntos. – disse apontando para Ginny e Draco. – E vocês dois também. – disse referindo-se a Cho e Harry.

- O que estão esperando seus desordeiros?

"Ah não! Isso aí já é demais. Alem de ter que entrar na Floresta, vou fazer isso sozinha? Porquê, convenhamos, Malfoy e nada é a mesma coisa."

- Lumus . – Disseram juntos, e começaram a andar. Ginny direcionou a luz para o chão e iniciou a busca dos cogumelos. O quanto mais rápido terminasse melhor seria.

Tudo estava correndo perfeitamente bem. Por incrível que pareça Malfoy não disse absolutamente nada.

- Me dá a cesta. – disse Malfoy

- Para quê?

Ele rolou os olhos.

- Por que achei alguns cogumelos estúpidos. Por que mais seria? – disse ele jogando os cogumelos na cesta quando Ginny se virou para ouvi-lo.

- Tenha cuidado. – disse sem se conter.

- Por que eu ouviria você Wheeze? – disse alfinetando.

- Por que eu posso contar... – mas parou.

Estavam sozinhos em plena Floresta. Não era sensato provocá-lo. Não brincaria com os sentimentos de Malfoy, apesar de ele merecer. E ele já demonstrava bastante raiva.

Evitando os olhos dele ela ajoelhou-se e começou a colher cuidadosamente alguns cogumelos e gentilmente colocou-os na cesta. Ouviu um suspiro irritado.

- O que foi? – disse após ouvir o suspiro.

- Você poderia se apressar? – ele disse. – Só coloque na cesta. Caso você tenha esquecido não estamos em pleno salão comunal da grifinória. E eu gostaria de sair logo daqui.

Ginny intencionalmente começou a arrumar os cogumelos na cesta.

- Estou tendo cuidado. Apenas isso. E sei muito bem onde estamos. E melhor ainda, sei com quem estou.

Ela sentiu uma onda de calor. Olhou para Malfoy, a raiva emanava de seus olhos. Com certeza ele a espancaria se pudesse. Mas ela não conseguia bloquear seus sentimentos. Tudo que viveram na noite passada voltava a tomar conta de seus pensamentos. Implorava para sua mente tirar aquelas imagens de sua cabeça, mas ela simplesmente se recusava.

Malfoy ajoelhou-se na sua frente, ao lado dos cogumelos. Começou a colhe-los e colocando suavemente na cesta.

Ginny ficou estarrecida.

Por que Malfoy estava fazendo isso? Por que ele não voltava a ser o arrogante, estúpido, idiota Malfoy de sempre?

Ela não tinha mais medo dele. Descobriu que ele tinha um lado humano. Mas por que isso foi acontecer justamente com ela?

"O que eu estou fazendo? Por Slytherin! Essa Weasley deve ter me lançado algum feitiço."

Mas simplesmente não conseguia mais tirar os olhos dela. Aquela pele alva, olhos cor de caramelo. Ela era tão bonita. Tão frágil. Tinha uma imensa vontade de protegê-la.

Não conseguira esquecer aquele beijo angelical. As mãozinhas dela tocando sua nuca. Mas ela pensava que ele era o Potter. Aquele Maldito Cicatriz.

Parou de colher os cogumelos e a olhou. A única coisa que queria era tocá-la.

Abandonando completamente sua razão,e seus sentidos, A beijou.

Agora tendo plena consciência que estava beijando uma Weasley.


N/T: Aiii genteee! Que beijo lindooo! Ai ai... Que fofix! Eu queria tanto o Draco pla mim.. eehehhehehehe.. Valeu a pena esperar, não valeu? Esse cap ficou perfect! Obrigadinha por tdas as reviews! E continuem acompanhando! Espero que vc´s estejam gostandu da tradução!

N/B: aham! Sabia! E houve um beijo! Aiai... Draco lindo maravilhoso... E então, o que será que houve? Será que ela vai deixar? Vai bater nele? Vai ter uma nc? São taaantas perguntas... ' O que importa é que teve action e que ta muito bom esse cap... Claro, sem Harry quatro olhos e sem Cho tem que morrer, o cap fica perfeito:D

Continuamos com a campanha "Deixe uma review, faz bem à saúde!" e continuo com a campanha por Leiam Quartos Separados, ok?

Bjinhus