Sei, sei... demorei demais, néh? -.- aiai Culpa minha... Faz tempo que esse cap ta pronto! Sinto muitoooo! Uahsduhasihdhasu
Bom... as reviews eu respondi no meu blog, como de costume... xDDD
Ahn... É isso!
Boa Leitura, amores!
Capítulo 2 – Losing the control
Permaneci congelado naquele lugar. Os olhos fechados levemente enquanto a brisa doce passava por mim. Minha trêmula mão elevou-se até tocar meus lábios quentes.
Lentamente meus orbes se abriram para que eu pudesse fitar a casa de uma das minhas melhores amigas.
Ainda podia sentir o calor de seus lábios pressionando os meus carinhosamente. Sentir seu doce bálsamo adentrando-me as narinas... Sentir suas macias mãos tocando minha face amavelmente...
Fitei a janela de seu quarto sentindo meu coração badalar com maior força. Lambi meus lábios sentindo seu doce gosto impregnado neles... Gemi baixinho mordendo o canto de meus lábios inferiores.
ESPERE!
Meus olhos se arregalaram instantaneamente ao que percebi o que aquilo realmente queria dizer... Minhas duas melhores amigas me amavam!
-Mas que droga! – exclamei esfregando os olhos com força.
Eu não quero magoar nenhuma delas, mas... eu só amo uma delas! Sango é uma grande amiga e tudo mais, mas... eu pensei que ela gostasse do Miroku! E... a K-chan...
A K-chan…
Fitei outra vez a janela do quarto dela seguindo até o portão da casa e saindo.
A K-chan sempre foi o amor de minha vida... Claro que ela jamais soube disso e se dependesse de mim jamais saberia! Só que... agora eu sei que ela sente o mesmo, mas... tenho medo de machucar a Sango...
Não seria muito justo com a Sango... Porém também não é justo fazer a Kagome sofrer se eu a amo! E... droga! Eu também não quero sofrer!
Soltei um longo suspiro puxando a chave do bolso traseiro. Abri a porta do velho prédio, logo atravessando aquele corredor escuro e seguindo para o segundo andar.
Ouvi o rádio ligado... Provavelmente Rin estava lá com Sesshoumaru. Deixei meu corpo resvalar pelo chão gelado... Permiti-me apenas escutar a doce voz que vinha lá de dentro...
O piano logo fez a música continuar tristemente... Entreabri os lábios recitando baixinho a letra da música. Fechei os olhos apenas curtindo aquele momento unicamente meu...
Levantei-me de um pulo e adentrei o apartamento, que dividia com meu irmão, cantando junto com uma calma Rin.
-Oi... – falei deixando um sorriso triste escapar de minha face.
-Hey! Hey! Inu-san! O que aconteceu? – Rin pediu com preocupação.
-Essa droga desse mundo! Essa droga dessa loucura! Essa droga de amizade! Essa droga de amor! – exclamei indo para meu quarto e batendo a porta com força.
Pude ouvir Rin exclamar um "O que foi que eu fiz?", antes de ouvir outra porta se abrir. Provavelmente era Sesshoumaru que viria reclamar comigo... Atirei o caderno de Sango sobre a escrivaninha do computador e atirei-me sobre a cama.
5... 4... 3... 2... 1...
-Se você chega estressadinho depois de ir ver suas amiguinhas, não desconte na Rin, entendeu? – Sesshoumaru bufou da porta do quarto.
-Não descontei nela! Ela pediu o que aconteceu e eu falei! Não tenho culpa se esse maldito mundo é uma merda! – exclamei mantendo os olhos fechados.
-Escute aqui, Inu-Yasha...!
-Inu-san... pode me contar por que está assim?
-O que? – Sesshoumaru e eu pedimos confusos.
-Você não parece bem, meu querido... – ela veio até mim e colocou a mão em minha testa – Febre não tem... – ela riu baixinho – Você está apaixonado! – ela exclamou fazendo-me corar.
-Apaixonado? – Sesshoumaru pediu elevando uma das sobrancelhas.
-Hum... por acaso você se declarou e ela não quis saber de você?
-Melhor se fosse isso... – falei após um tempo em silêncio. Ora! O que poderia acontecer se ela soubesse?
-Então...? – Rin pediu sentando-se de frente para mim.
-O problema é que...! – fitei Sesshoumaru já ao meu lado – Tem certeza que quer ouvir isso?
-Não perderia por nada! Minha "psicóloga" em ação! – ele falou sorrindo para Rin que retribuiu.
-Aff... A Sango e a Kagome...
-O que tem? São suas melhores amigas, nós sabemos!
-Sesshoumaru... – falei revirando os olhos.
-Ok! Ok! Bico calado!
-Elas duas... – suspirei fitando as mãos. Sentia minha pele se esquentando - ... gostam... de mim...
-COMO É? – Sesshoumaru pediu boquiaberto.
-Estou tão confuso, por que eu só gosto de uma delas! Sabe? Só que eu tenho medo que a outra se machuque! E eu não quero isso! Afinal são minhas melhores amigas! E eu também não quero que a nossa amizade acabe! Então eu penso em me afastar das duas, mas eu sei que jamais conseguiria! Pois lá vem a Kagome com aqueles irresistíveis sorrisos que me derretem por dentro e a Sango me divertindo todo tempo e... e... eu não sei o que fazer... – desembuchei fitando as cobertas o tempo todo.
-Eu não sabia que os adolescentes eram tão complicados... – Sesshoumaru falou balançando a cabeça e saindo do quarto – Só, pelo amor dos Deuses, não se afaste delas!
-Aff...
-Olha, Inu-Yasha... também não acho justo que você faça uma delas sofrer, mas isso é inevitável! E você sabe disso! – Rin sorriu levemente – Porém não é justo você deixar de viver esse amor com sua outra amiga! Não é justo nem pra ela e nem pra você!
-Eu sei... – suspirei deixando meu corpo relaxar mais sobre a cama.
-Escute... já que você sabe o que as duas sentem, acho que deveria falar com essa amiga que você só poderá chamar de amiga... Conte a verdade pra ela e apenas se desculpe... Eu sei que ela vai acabar entendendo... – ela sorriu levemente – Por que, acima de tudo, vocês são amigos e ela quer seu bem! E certamente que ela quer o bem da outra amiga!
-Éh... Acho que a Sango-chan vai acabar entendendo... – falei soltando mais um suspiro – Só que eu não queria magoá-la...
-Quer que a Kagome-san se machuque?
-Não! – exclamei com raiva – Isso jamais!
-Então é melhor resolver isso, pois senão ela vai ser a mais prejudicada.
-Por que?
-E quando ela descobrir que você também a ama? Ela pode ficar chateada por ter sofrido em vão...
-Tem razão... – suspirei esfregando os olhos – Mais tarde eu vou falar com a Sango... Além do mais, tenho que entregar o caderno dela... – sorri levemente – Obrigado, Rin-san...
-De nada, meu querido... – ela sorriu levemente se levantando – Bom... agora tenho que voltar para a limpeza! – ela riu baixinho começando a cantar no ritmo da alta música.
Talvez agora eu consiga fazer as coisas do jeito certo... Sorri levemente fechando os olhos... Eu precisava dormir um pouco...
Os sonhos daquela tarde não foram os melhores... Pesadelos sem nexo se seguiram pelo longo de minha tarde até que eu acordei arfando. Deixei meus olhos pousarem sobre o despertador, assustando-me ao constatar a hora.
-Maldição! – exclamei arrumando um pouco os cabelos e a roupa amassada. Peguei o caderno de Sango e corri até a porta, onde coloquei os calçados e saí em disparada até a casa dela.
Fitei os portões mais uma vez... Devia ser a nonagésima vez que eu fazia isso em menos de vinte minutos. Finalmente criei coragem e abri o portão cuidadosamente. Talvez eu conseguisse ter a "sorte" dela não estar em casa!
-Olá, Inu-san!
Congelei ao ouvir a voz de Sango em minhas costas. Lentamente virei-me de frente para ela, vendo-a sorrir. Devolvi o sorriso e estendi-lhe o caderno.
-A Kagome já usou...
-Ah... usou... – Sango murmurou cabisbaixa.
-Sango-chan! Ela não está brava com você! – falei depositando minhas mãos sobre os ombros dela.
-O que? – ela pediu rapidamente fitando-me espantada. Suspirei...
-Olha... ela me contou... acidentalmente que... vocês gostam... da mesma pessoa...
-Ah... contou é... – ela falou desviando o olhar triste para o chão... Ela ia chorar!
-Sango-chan... – murmurei abraçando-a com força.
Tudo o que eu menos queria aconteceu... Sango deixou que as lágrimas lhe partissem a face e os soluços logo as acompanharam.
-Shhh... não chore Sango-chan! – murmurei após um tempo.
-Inu-Yasha... – ela me abraçou com força – Eu não queria! Eu juro! Foi... foi sem querer!
-Essas coisas acontecem... – falei baixinho apertando-a contra mim – Não se culpe...
-Eu sou uma traidora!
-Não é não, Sango-chan! – sorri levemente beijando-lhe a testa com carinho – Não repita isso! – falei o mais seriamente que pude. Ela riu...
-Ok...
-Sua boba... – sorri apertando-a mais contra mim.
-Ela ficou muito chateada? – ela pediu depositando a face em meu ombro.
-Não, Sango-chan... você sabe como ela é...
-Sei... – ela sorriu levemente enquanto fechava os olhos.
-Fique tranqüila... está tudo bem... ok?
-Ok...
-Ótimo... – sorri levemente desviando o olhar para a rua pouco movimentada.
Meus olhos se arregalaram e meu coração disparou como nunca antes havia feito. Nunca vi aqueles orbes cativantes tão tristes e desolados... Seus doces lábios entreabertos tremiam levemente enquanto a face permanecia espantada.
Algo dentro de mim comprimiu meu coração com força enquanto eu via as gotículas cristalinas escorrerem-lhe pela face pálida... Vi-a repousar a mão trêmula sobre os lábios antes de suas pernas a guiarem para longe de mim.
-Kagome... – murmurei sentindo como se as lágrimas por ela derramadas atingissem-me com a violência do alto mar em meio a uma tempestade.
-Inu-Yasha? – Sango me fitou intrigada enquanto eu sentia aquela forte dor no meu peito só aumentar.
-Maldição... – falei esfregando os olhos com força. Se, por acaso, é mais um pesadelo... que eu acorde agora!
-O que foi? – ela pediu fitando a rua e vendo Kagome se afastar ainda mais – Ah... não... – ela falou soltando-me por completo.
-Desculpe, Sango... eu preciso ir pra casa... – falei beijando-lhe a face com carinho.
-Inu-Yasha... eu... eu... – ela suspirou abraçando o caderno - ... eu sinto muito...
-Você não fez nada, Sango-chan...
-Mas a Kagome...!
-Não se preocupe com ela... – falei começando a ir pra casa – Eu cuido disso...
Segui na direção contrária da que Kagome fizera... Eu também precisava de um tempo para pensar nisso tudo... E também pensar em uma forma de esclarecer isso logo...
-Inu-Yasha!
-Hum? – fitei a casa de Sango vendo-a em frente ao portão.
-Boa sorte! – ela sorriu e me abanou docemente.
Sorri e retribuí ao aceno... Suspirei colocando as mãos nos bolsos da calça larga e seguindo caminho.
Eu sabia que Sango choraria... e agora, pra piorar, Kagome também choraria... É como matar lentamente duas pequenas grandes partes de mim...
É como acabar comigo da pior forma possível... Eu só espero que isso tudo se resolva logo... Eu não sei mais quanto tempo posso suportar...
CONTINUA...
