---------------------- CAPÍTULO ANTERIOR----------------------
A bela saiu e rapidamente entrou no elevador. Em segundos chegou ao subsolo, onde ficava os carros. Caminhou lentamente, até ser surpreendida por uma grande mão que a puxou pelo braço violentamente, a pressionando contra o veículo do FBI. Não era uma força humana e sabia disso.
- Calma... – sussurrou o ser no ouvido da garota.
- Inuyasha! – perguntou kagome surpresa e chocada.
---------------------FIM CAPÍTULO ANTERIOR -------------------
O casal permaneceu em silêncio durante os segundos seguintes. Se encaravam intensamente. Fazia tempo que não ficavam tão próximos como estavam. O meio youkai, sorrindo, soltou-lhe o braço e abraçou fortemente.
- Senti tanta falta de te abraçar assim... – murmurou o hanyou, afundando o rosto no pescoço dela – De sentir teu cheiro tão próximo...
Por alguns instantes, a universitária tentou resistir ao toque. Em vão. Desistiu e retribuiu o abraço com a mesma intensidade. Esquecera a dor de cabeça e o mau humor.
- Por que você está fugindo de mim...? – perguntou ele doce, afastando seus rostos, e a encarando dolorosamente.
Enfim a jovem se rendeu.
- Eu... eu perguntei para a Sango o que aconteceria se descobrissem a gente... E ela foi sincera comigo. NÃO QUERO QUE FAÇAM AQUILO COM VOCÊ! É melhor...continuarmos afastados inu... Vamos superar e.. – ia dizendo ela até ser interrompida por uma boca.
Inuyasha juntou seus lábios ao de sua amada, pela primeira vez durante a semana. A beijou como havia sonhado em todas as noites em que não a via durante o dia. Não era suave nem doce. Era um beijo desesperado, selvagem, como se fossem conseguir nele a razão urgente para sua vida. Suas linguas brincavam, rodavam, se devoravam, sem medo. Ficaram sem ar rapidamente. O hanyou passou a beijar toda a extensão da face da garota, segurando seu rosto firmemente entre as mãos, como se tivesse medo que esse fosse novamente embora.
- Eu te imploro kagome.. Não me deixe... – pediu suplicante a jogando novamente nos braços.
- Eu... gostaria... mas... não podemos inu! Não podemos! Para o seu bem.. não podemos... – murmurou ela, tendo a voz abafada pelas lágrimas.
- CALA A BOCA! – gritou o hanyou desesperado - PARA O MEU BEM O CARALHO, KAGOME! VOCÊ NÃO TEM IDÉIA DO QUE EU PASSEI SEM VOCÊ!
- Mas inu.. Se descobrissem poderia terem te exilado... te processarem...te..
- MELHOR SER EXILADO DO QUE PASSAR PELO QUE EU PASSEI! VOCÊ NÃO SABE O QUE EU SOFRI! VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE ESCOLHER O QUE ACHA QUE É MELHOR PARA MIM!
- inu! Ia ser pior se continuassemos e... – disse a bela, logo tendo a boca tampada por uma mão do hanyou.
- Me escuta... Você tem duas opções... – murmurou o oficial se aproximando novamente da face da garota – E primeira é nós continuarmos de onde pararmos e corrermos os riscos de sermos pegos...O que logicamente não ocorreria... – explicou sério no ouvido dela, a fazendo se arrepiar com o hálito quente.
- E qual seria a segunda... opção!
- Você continua com o seu planinho de me ignorar... Eu te sequestro e te levo para um cativeiro na finlândia... Onde você não pode reclamar de alguém poder descobrir... – concluiu o oficial com um sorriso maroto.
Kagome sorriu. Pela primeira vez nos ultimos dias, ela sorriu.
- Eu não queria ser responsável pelo seu sofrimento... – sussurrou ela.
- A única maneira de me fazer sofrer, é tirando você de mim... – respondeu sério.
- Eu esto falando sério inu! – reclamou a bela sorrindo.
- É verdade... Tenho dinheiro o suficiente para sustentar 3 gerações... Tenho casas em muitos países... Sou bem equipado com armamentos e sei me defender e defender quem eu prezo... Nenhum exílio, desemprego, nem nada pode me levar a baixo... – disse sorrindo enquanto acariciava seus cabelos.
- Mas e...
- A única coisa que pode me destruir... é a sua falta... babaca... – explicou ele, doce.
Kagome novamente sorriu. Se aconchegou melhor no peito do hanyou, aproveitando aquele abraço.
"Imagine eu e você, imagino
Penso em você dia e noite,
É sempre certo
Pensar na garota que você ama
E abraçá-la forte
Tão felizes juntos"
(Happy Together – Simple plan)
- Por que você está lutando tanto para não nos afastarmos..? – sussurrou ela com a voz perdida.
- Eu não sei... – respondeu ele brincalhão, a pressionando com mais força – Você me virou um vício, pequena...
- E por que o mirok e a sango ainda não apareceram para nos atrapalhar..? – perguntou cínica, sorrindo.
– Digamos que tive uma conversinha com eles... E eles concordaram em nos deixar conversar a sós... – sussurrou sarcástico, mordendo o lóbulo da orelha de kagome, voltando a lhe acariciar as costas com as mãos, e a beijar o pescoço feminino.
A jovem se derreteu com o toque da lingua eletrizante do hanyou em sua pele. Se deixou levar pelo carinho. Logo se via acariciando a nuca do meio youkai, com as pernas encaixadas entre as dele.
- inu... – sussurrou a bela, ouvindo-o gemer em seu pescoço.
Inuyasha começou a perder o controle sobre suas ações. Suas mãos não lhe obedeciam, e agora se encontravam deslizando sedentas sobre toda a lateral da garota. Soltou seu pescoço e lançou-se nos lábios já entreabertos da amada. Se entregaram a um caloroso e devorador beijo, extremamente apaixonado pelas duas partes. Enquanto suas linguas se apossavam com selvageria, o hanyou passou a massagear com luxuria a coxa desnuda da bela, a erguendo e a encaixando ao lado da sua.
Kagome corou ao sentir, literalmente, a excitação do agente. Ela já não tinha mais frio, pelo contrário, estava tudo muito quente. O oficial logo notara a quantidade excessiva de roupas. Rapidamente desabotoou a jaqueta da jovem, a deixando cair no chão. Logo se ocupou de retirar a própria camisa e soltar o cinto. Voltou a acariciar as coxas e quadril do morena, em curto intervalo de tempo, soltando altos gemidos na boca dela. O perigo de serem pegos em flagrante deixava a situação mais sedutora.
A jovem, enquanto gastava todo seu folego naquele beijo, começou a acariciar o peitoral e as costas do hanyou, dando leves arranhões. Ele continuava murmurando palavras soltas dentro da boca da bela, quando voltou-se para a blusa branca desta. A arrancou instantaneamente.
- ka... – sussurrou soltando um pouco os lábios da universitária, para observar o que acabara de descobrir. Os seios fartos de kagome dentro de um sutiã de renda preta enlouqueceram o hanyou, que ligeiramente desceu a boca para o vale entre eles, arrancando gemidos da parte de ambos. Suas mãos deslizavam sob a barriga e cintura da bela. – minha... pequena...
- Você é... safado... – murmurou kagome divertida o abraçando pela nuca enquanto se deliciava com aquele carinho.
- um pouco... – sussurrou o agente com um sorriso malicioso, enquanto a pegava no colo.
Inuyasha retirou as chaves do carro que estavam no bolso e abriu a porta do banco de trás da pick-up e deitou a garota, se pondo em cima dela. Rapidamente voltou a possuir os lábios da jovem, em puro êxtase. Suas mãos percorriam o corpo feminino, logo achando o fecho da minúscula saia. Ficou durante longos instantes tentando-o o abrir, em vão.
- precisa de ajuda..? – perguntou kagome com uma voz sensual à orelha do hanyou, interrompendo o beijo.
- talvez... – respondeu num gemido de satisfação, conseguindo por fim abrir o tal.
A universitário levantou um pouco o corpo ajudando-o a retirar a peça de roupa, revelando seu corpo seminu. O oficial ao vê-la somente com aquela pequenina langerie preta, mordeu os lábios tentando controlar tamanho tesão. Já sem camisa, terminou por tirar sua calça já aberta e extremamente elevada. Atacava a boca da menina, insaciável, já deslizando as mãos para as costas desta, com a intenção clara de acabar de retirar suas últimas roupas.
Foi quando kagome olhou para o teto e paredes do estacionamento. Viu várias câmeras ligadas com a marca do FBI, funcionando. Olhou para o teto da pick-up, viu mais uma micro câmera. A imagem de totousai lhe passou pela cabeça.
- AAAAAhhhhhhhh! – gritou kagome retirando as mãos dele sobre ela e já pegando sua saia.
- Oro! – perguntou o meio youkai com os olhos arregalados e expressão chocada enquanto a via saindo da camioneta, já parcialmente vestida.
- Inuyasha! Eles estão vendo tudo! – gritou extremamente corada, colocando sua blusa.
– Como.. assim! - perguntou se sentando no banco, vendo-a vestir a jaqueta.
– OLHA AS CÂMERAS AI! E ALÍ! ALI TAMBÉM! – terminou dizendo apontando para as câmera, jogando os cabelos para trás e secando os lábios.
– Totousai... – gritou o hanyou chocado e seminu, estático dentro do carro. – EU MATO ELE!
A jovem terminou de se alinhar, enquanto o outro hanyou furioso, com olhos faiscantes, vestia rapidamente sua roupa. Parecia com pressa. Ao terminar, se aproximou da amada corada e lhe deu um selinho nos lábios.
- Me desculpa k-chan... Eu não tinha reparado... – sussurrou em seu ouvido.
- Eu entendo, inu... Não é sua culpa! – respondeu tentando sorrir, encarando o chão.
- Se eles estavam vendo realmente, vou fazê-los pagar... – murmurou.
– Pelo quê..?
- Por ter nos interrompido e espionado nossa intimidade... – respondeu dando mais um selinho na jovem, a deixando mais corada com as suas palavras.
Enquanto isso, numa sala cheia de computadores dentro do apartamento do FBI, um certo grupo de agentes vibrava.
- Será que eles vão...? – dizia sango, roendo as unhas.
- Psiuu... Olha.. eles entraram no carro...! – sussurrou mirok apontando para a tela, com um sorriso malicioso nos lábios.
- Isso vai ser muito interessante.. – riu toutousai com os olhos brilhando.
– Espera! Espera! A kagome... está se vestindo! - indagou a oficial, grudando mais o rosto na tela.
– Parece que sim...Será que eles brigaram..? – perguntou o namorado.
– Não sei... – murmurou o velho se juntando aos outros – Acho que ela.. parece estressada... – riu maquiavelicamente.
– Olha.. Ela está indo para o elevador... Junto com o inuyasha... VAMOS PARA A SALA! – gritou mirok desligando o computador.
O grupo correu para a sala e se sentaram ao redor da mesa. Poucos instantes depois, kagome abre a porta e adentra no apartamento, corada e 'tentando' sorrir.
Em seguida, aparece à porta de entraga um hanyou descabelado com a blusa do avesso. Em sua mão esquerda estava uma pistola e na direita uma espada.
– Bom dia toutosai. – disse a garota passando direto, até a sala de manutenção.
Observou atentamente, acessou os históricos e procurou quais eram as últimas câmeras acessadas por aqueles computadores. Sua esperança de não ter sido vista morreu ao ver imagens suas com o meio youkai gravadas.
O sorriso da universitária foi fugindo de seu rosto, até sobrar apenas uma expressão assustada e envergonhada.
– INUYASHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – gritou a jovem correndo até a sala de entrada.
- E então kagome...? – perguntou ao vê-la aparecer
– Eles.. estavam... nos.. vigiando... – murmurou a garota corada e com a mão na boca – E gravando tudo...
- É claro! Você acha que perderíamos uma cena daquelas? Tão..– dizia mirok até ter sua boca tampada pela namorada e pelo velho.
– Oh não... – suspirou sango – MIROK, seu suicída!
Instantaneamente, nervos começaram a saltar da testa do meio youkai. Seus olhos antes dourados viraram cor vermelho sangue. Seus punhos tremiam, junto de sua boca. Seu olhar? Fuzilador.
– Inuyasha..? – chamou a universitária.
– Sim..?
- PEGA! – gritou apontando para os outros dois oficiais do sexo masculino.
Como que numa ordem, o hanyou saiu correndo atrás dos dois, dando golpes com a espada e atirando próximo a seus pés.
– SOCORROO! – ecoou pelo apartamento.
Enquanto isso, duas jovens conversavam.
– Que decepção, sango! Até você!
- Me desculpe, k-chan.. Mas vocês estavam muito meiguinhos...
- Isso não vai me fazer esquecer o que você fez...
– Ah, amiga... Não diga isso! Eu até tentei impedir eles no começo!
- Ah... obrigada!
Minutos mais tarde, o grupo se encontrava entrando na pick-up. Inuyasha já com a roupa alinhada, sango e kagome conversando animadamente, e mirok com vários hematomas no rosto e corpo. Foram para a universidade e onde pretendiam ficar até as 4 horas da tarde.
Ao mesmo tempo, numa sala próxima, a inocência do grupo era alvo de risadas. Se encontravam nela dois youkais. Um de longos cabelos negros e outro de olhos e cabelos lilás.
– Está tudo pronto para o ataque senhor Naraku. Pelos nossos calculos e observações, eles saíram hoje mais cedo para irem ao supermercado. Já montei o esquema todo. Kanna e Kagura já se encontram no mercado, liberando a entrada pelo armazém, já que lá não poderemos entrar pela porta da frente. Eles tem sensores. A saída também já está planejada. Eu monitorarei tudo daqui.
- Espero que minhas ordens tenham sido claras. Matem os agentes e me tragam a garota com vida. Entendeu? Huhuhuhuhuhuh.
- Sim senhor!
As horas se passaram, e como planejado, o grupo saiu faculdade cedo. Com guarda baixa, foram até o carro e se adentraram numa conversa agradável.
– Vamos para o mercado! – perguntou mirok, se encostando no volante.
- Claro! Nossos mantimentos estão praticamente acabados! – respondeu sango ao seu lado.
No banco traseiro, se encontravam o hanyou e a outra garota. Esta não tão alegre quando os outros, com a face preocupada
- Ei... Qual o problema kagome...? – perguntou o meio youkai colocando o braço sobre os ombros dela.
- Não sei, inu... Estou sentindo uma coisa ruim sabe...? Como um mau pressentimento... – sussurrou encostando em seu peito.
– Não fique preocupada! Eu estou aqui, não estou! – respondeu com a expressão convencida, que a fez sorrir – Além disso, o mau pressentimento pode ser da minha vingança contra você... Por ter me abandonado 'daquele' jeito...
– É!...- murmurou dando mais um falso sorriso – Inu..?
- Sim..?
- Mesmo sendo bobeira minha... Eu quero que você saiba...- disse corando – Que você... é muito especial para mim...- terminou o encarando com olhos doces.
– Você também é para mim, pequena... – disse sorrindo e a pegando pela mão.
Logo chegaram no supermercado. Estacionaram e rapidamente entraram. Os agentes entregaram as declarações de porte de arma para poderem entrar armados, e acompanharam kagome às compras. Para facilitar o processo, o grupo se dividiu. Sango e mirok foram para um lado, deixando inuyasha e kagome ao outro.
– K-chan... Você sabe qual macarrão que eu gosto, né! – perguntou o hanyou animado.
– Sei sim... – riu debochada – Vai buscar shoyo e tempero, inu... – pediu pegando os pacotes de massa.
– Tá! – disse ele se afastando.
A garota sorriu e continuou a compra, enquanto uma mulher de roupa negra entrava no corredor, sorridente. Tinha os cabelos castanhos avermelhados e olhos frios. Antes que kagome pudesse suspeitar de algo, três tiros foram disparados.
Como reflexo, a garota dos olhos azuis se jogou no chão. Sentiu algo a atingir na perna. Não teve forças para olhar o que ia acontecer. Fechou os olhos e se preparou para novos disparos. Ouviu gritarem seu nome várias vezes. Não conseguiu destinguir de quem eram as vozes. Ouviu barulho de coisas caindo e vários gritos de várias pessoas. Mais tiros. Dessa vez nada a acertou.
-..kagome...
"Estão me chamando!... Que voz.. é essa!"
- kagome!
"Essa voz... É o inuyasha!... Eu preciso... Abrir os olhos..."
- KAGOME! – gritava inuyasha enquanto corria entre os corredores com a jovem nos ombros.
– Inu..? – sussurrou ela, se situando.
– Pequena! Você está bem!
Virou a esquerda, dando um salto para se desviar de duas balas. Jogou o corpo contra a estante, a derrubando contra sua inimiga de preto.
– Estou... Mas.. o que está acontecendo..?
Uma youkai de cabelos brancos aparece na frente do corredor e dispara contra o casal. Inuyasha pula sobre a estante e acerta dois tiros no braço desta. Desce da estante e corre com kagome até atrás de um dos balcões. A coloca no chão e abaixa sua cabeça.
– Parece que as youkais que estão nos atacando foram mandadas por narak.. Aproveitaram que nos separamos por um instante e ela te atacou. Felizmente só acertou de raspão a sua perna. Consegui te tirar de lá e estamos agora fugindo..
Ouve-se disparos na direção do balcão. Inuyasha e kagome se abaixam novamente. Em seguida o hanyou se levanta um pouco e dá mais alguns disparos.
– Mas.. e a sango com o mirok? Onde estão?
- Não se preocupe com eles... Devem estar mais vivos que nós.. – diz se levantando novamente, mas diferentemente de antes, não encontra alvo algum. Ao voltar para debaixo do balcão, não encontra kagome. – KAGOME!
- E não é que eu consegui roubar a garota do cachorrinho dela! – riu sarcástica a youkai dos cabelos avermelhados, dando uma lambida no rosto dela.
– Solta a kagome..! – gritou o hanyou mirando na inimiga. Seu coração estava apertado. Sua cabeça girava.
– Muito prazer, meu nome é kagura.- respondeu sorrindo, logo após fechando a cara, ameaçadora – Você não está em condições de mandar nada, cachorrinho. Fique quieto e faça o que mando. Quem sabe eu te deixo com vida..? Larga a arma!
- Solta a kagome, maldição! – gritou novamente o meio youkai, entrando em desespero.
– LARGA A ARMA OU ELA MORRE! – respondeu kagura colocando o cano da pistola na cabeça da universitária.
Lágrimas rolaram pelo rosto do hanyou. Sabia que se soltasse a arma ia ser pego ou morto. Sabia de todos os riscos. Sabia também que as ordens nesse caso eram claras: fujam ou atirem no inimigo sem se importar com as conseqüências. Mas não podia fazer isso. Encarou a face de kagome, que implorava que ele atirasse. Mas ele não podia fazer, sabendo que aquela que ele ama ia morrer junto. Nunca iria fazer isso. Se pelo menos tivesse acreditado no mau pressentimento dela, teria sido diferente. Jogou a arma no chão.
– Muito bem, totó... – riu kagura – Kanna! Pegue o meio youkai! Vamos levá-lo para o chefe também...
Kanna, a outra youkai dos cabelos brancos apareceu atrás do agente. Com um estrondoso chute, o derrubou no chão. Inuyasha se contraiu de dor e cuspiu sangue. Mas não reagiu. Não poderia colocar a vida de kagome em risco.
- Chega! Vamos logo! – ordenou a outra youkai, carregando a universitária pelo cabelo.
Kanna puxou o hanyou pelo braço na direção da saída do supermercado, agora deserto. Andaram alguns passou, com kagura e kagome à frente. Até que uma mão puxou inuyasha para trás e um tiro foi disparado.
- Solte kagome agora, ou você terá o mesmo fim que a sua amiguinha! – gritou sango, aparecendo ao lado direito de kagura.
Mirok fora quem havia disparado o tiro certeiro. O alvo havia sido kanna, que agora se encontrava com a cabeça coberta de sangue, deitada sobre o chão do supermercado. Inuyasha já estava de pé, agora armado com a pistola da falecida.
- Não esqueçam que EU estou com a protegida de vocês.. – sussurrou a youkai.
– Se você não a matou até agora, quer dizer que precisa dela viva... Mas NÓS não precisamos de você viva... Então a solte agora! – gritou mirok, mirando na mulher.
– Hahahahaha... – riu kagura – Quem disse que eu preciso dela viva!
Dois tiros foram disparados. Kagome cai no chão com o ombro espirrando sangue. Mais tiros. Kagura cai ao chão com a cabeça estourada.
Inuyasha se joga ao lado do corpo da universitária. O sangue saia descontroladamente, assim como as lágrimas do oficial. Rasga sua blusa e pressiona contra o buraco do tiro, tentando estacar o sangue. Sango e mirok já haviam chamado a ambulância, antes mesmo de aparecerem. Logo ouve-se sua sirene. Médicos e médicos invadem o mercado numa alta velocidade. Colocam o corpo feminino na maca e a carregam para o carro. Os primeiros socorros já são feitos. O hanyou se encontra dentro da ambulância, ao lado da moça, segurando sua mão.
- Abram caminho! – gritam os médicos ao saírem do carro, já no hospital.
Uma correria. Inuyasha acompanha a amada até ser impedido de entrar na sala de emergência por cinco seguranças e quatro enfermeiras. Uma delas a chama até o balcão.
– O senhor pode preencher a ficha da garota? – pergunta calmamente.
– Sim..
– Qual o seu nome?
- Inuyasha... Tashio Inuyasha...
- Idade?
- 23.
- Qual a idade da senhorita?
- 21.
– O nome dela?
- Tashio Kagome...– sussurrou deixando mais lágrimas se apossarem de sua face.
– Por favor, senhor, aguarde na sala de espera! – conclui a enfermeira, saindo do local.
"Você foi embora
Só mais um dia
É tudo que preciso
Só mais um dia com você."
(Everytime - Simple Plan)
"Foi.. tudo tão rápido.. A alguns poucos minutos ela estava abraçada a mim, no carro, rindo! E agora ela está... ali dentro, desfalecida.. Com risco de morte! Só deus sabe que eu daria tudo que tenho só para voltar no tempo e impedir tudo aquilo... Não sei o que faria se eu perdesse a minha pequena... Eu.. não teria razão para continuar aqui! Nesses ultimos tempos, tudo que faço é para ficar do lado dela, sentir ela!" – Inuyasha se jogou numa cadeira do local. Seus olhos não tinham mais a mesma intensidade.
Uma enfermeira sai da sala de cirurgia. Passa pelo hanyou sem nenhuma notícia. Sem dizer que aquilo fora apenas um susto e que a garota estava bem.
"Meu coração dói... Parece que está sendo esmagado... Essa agonia.. Essa espera... Me mata a cada instante.. Ficar aqui do lado de fora, sabendo que ela está ali perto, sofrendo, com dois tiros no ombro.. Por minha culpa.. SÓ MINHA CULPA... Porque eu sou fraco e não consegui nem proteger aquela que eu amo! Sou um fraco... Kagome... Por favor, sobreviva... Não me deixe! Eu.. Não consigo viver mais sem você... Eu preciso te dizer que te amo... Você não pode ir embora antes de eu dizer tudo que eu sinto... QUE EU TE AMO, PORRA! " – Olhou para suas mãos cobertas com o sangue da universitária, de quando tentara estacar seu sangue. Chorou.
Passaram-se horas. Apenas silêncio na sala de espera. Médicos entravam e saiam da sala de cirurgia, sem ao menos dar notícias da universitária que estava lá dentro. O clima era tenso no hospital. Sango e mirok aparecem agitados pelo saguão de entrada, indo na direção do hanyou que se mantia com o rosto entre as mãos, ainda molhadas do sangue da garota.
– Inuyasha? E a kagome! – perguntou a oficial desesperada.
– Não deram nenhuma informação sobre ela... – sussurrou baixo.
- Bom... –disse mirok se aproximando dos dois – Já falei com o bankotsu.. Ele vai colocar a kagome na primeira página do jornal de amanhã dada como morta... mesmo que ela esteja bem viva... Daí o FBI vai poder despistar o narak... e isso v...
– CALA A BOCA! – gritou o meio youkai, interrompendo o amigo – E você acha que eu estou me importando com o que vai sair no jornal ou os planos de retardados como o bankotsu! EU SÓ QUERO A KAGOME VIVA, MALDIÇÃO!
Silêncio.
– Eu entendo, inuyasha. Não se preocupe. A k-chan é forte! Eu tenho certeza que ela vai sair inteira dessa... – disse sango levantando o rosto do agente e o encarando – Ela nunca iria desistir da vida! Ela tem você!
- Eu... tenho muito medo, sango...- proclamou observando o teto.
– Vai ficar tudo bem! Eu prometo! – disse sorrindo – Agora vá lavar essas mãos e esse rosto... A kagome não ia gostar de te ver assim!
- Feh!.. – disse se levantando e indo para os toaletes.
Sango virou-se para o namorado o olhou com censura.
– Como você é insensível mirok! A nossa amiga está aí, numa cirurgia com risco de morte, e você pensando no que por no jornal!
- San-chan! Alguém tem que pensar nisso! Pelo jeito o único com condições de fazer isso sou eu! – disse sério – Sem contar que eu confio na kagome... Ela vai sair viva dessa!
- Eu também confio nela... – sussurrou abraçando o namorado.
O tempo se arrastou mais horas. Eram quase 4h da manhã. Sango dormia encostada no ombro de mirok, que a encarava docemente. Inuyasha permanecia sentado na mesma poltrona, com a cabeça baixa, admirando o chão.
– Ei! Inuyasha! Tem vindo alguém... – murmurou o oficial dos olhos azuis.
O hanyou levantou rapidamente a cabeça, a tempo de observar um médico se aproximar deles. Parecia bem cansado, mas satisfeito. O meio youkai se levantou num salto, postando-se à frente do senhor.
– Doutor, e a kagome! – gritou o segurando pelos braços, com o olhar desesperado.
– Era uma operação difícil, mas foi concluída com sucesso! – disse calmamente examinando a ficha da paciente - Sua esposa está bem viva, senhor tashio! – concluiu sorridente, alheio ao olhar assustado de mirok.
Como se tivesse tomado uma forte anestesia geral , o meio youkai caiu de joelhos. Seus olhos foram se iluminando, juntamente com o sorriso que apareceu sobre sua face, radiante. Sentiu seu coração ser solto daquela tortura. Aliviante.
– Ela vai ficar aqui por mais um bom tempo, por causa dos soros e medicamentos que precisa tomar! Mas já foi levada para um quarto especial para o caso dela. Vocês podem vê-la hoje, e quem sabe amanhã ela estará acordada! – continuou o médico.
Mirok se levantou de sua cadeira com cuidado para não despertar sango e foi para junto deles. Sabia que kagome não poderia ficar no hospital por muito tempo. Era perseguida e isso seria perigoso para um local público.
- Doutor... – murmurou o hanyou se levantando do chão, sorrindo – Onde eu posso vê-la?
- Nesse corredor ao lado, entre à quinta porta à esquerda. Não faça muito barulho, ela precisa descansar... – explicou o cirurgião.
– E eu poderia ter uma palavrinha com o senhor? – perguntou mirok o puxando para o canto.
O meio youkai dos cabelos pratas foi praticamente correndo até o lugar indicado a ele. Uma enfermeira o barrou na porta da sala, mas logo permitiu sua entrada ao conferir os nomes. Na sala as luzes se encontravam apagadas, tendo como iluminação apenas a claridade que vinha de um abajur ao lado. Kagome se encontrava profundamente adormecida, deitada à enorme cama, com o braço e ombro enfaixados e soro na mão deste mesmo braço. Um medidor no dedo controlava sua pressão e batimentos cardíacos. Estava bem coberta e com o rosto pálido. Seus longos cabelos negros contornavam-no, o destacando. Sua respiração era lenta e sua expressão, calma.
- Minha.. pequena... – sussurrou levando a mão à face da universitária, a acariciando. A sentiu com a pele muito fria.
Foi até o armário e o vasculhou a procura de algum outro cobertor. Sua busca foi um sucesso e logo encontrou um bem quente. Cobriu a garota carinhosamente. Ajoelhou-se ao chão, ficando ao lado dela à cama. Segurou firme sua mão livre. Lágrimas soltaram-se independentemente de seus olhos âmbar.
– Eu fiquei com tanto medo de te perder, kagome... Eu te amo tanto.. – dizia se entregando ao choro, enquanto a encarava com doçura – Obrigado por não me abandonar... kagome... Me perdoa por ser fraco...
No batente da porta do quarto se encontravam Mirok e Sango, abraçados, o observando. Estavam felizes pela amiga ter sobrevivido. Mas não podiam fingir que não estavam surpresos ao ouvir tais palavras diretas da boca do meio youkai. Sorriam.
Enquanto isso, numa residência fechada, um certo youkai de longos cabelos negros explodia de raiva pelo plano fracassado.
– Maldito FBI... – murmurava – Me atrapalharam novamente...
Um outro, encapuzado de olhos lilás claro, se aproximou do chefe. Tinha uma expressão neutra, como sempre. Pegou sua prancheta e analisou.
– Senhor naraku, se o senhor quiser eu posso conseguir os corpos da kagura e da kanna.
– Não é necessário. Elas falharam e merece terminarem enterradas precariamente pelos oficiais. Eu mandei elas me trazerem a garota viva.
– Sim senhor. Mais alguma coisa que posso fazer pelo senhor?
- Quero que investigue se kagome está mesmo morta.
– Sim!
- E também quero que você faça contato com meu velho amigo Jakotsu.. huhuhuhuhuhuh...
Passou-se dois dias com a universitária ainda adormecida. Agora ela já se encontrava em seu próprio quarto no apartamento do FBI. Inuyasha passara todo esse tempo lá, só se alimentando do que os amigos levavam a ele. Arrumara um sofá, o arrumara, e lá passava maior parte do tempo.
– Mirok! Você já está dormindo de novo! – reclamava sango, que acordava o namorado pela terceira vez em menos de meia hora.
- Esse sofá dá muito sono, sangozinha... Como o inuyasha consegue ficar aqui e acordado! – resmungou se espreguiçando.
- Coitado do nosso chefe... – sussurrou a namorada.
– Por que...? – perguntou kagome, abrindo os olhos.
– Ah, você sabe... – foi dizendo, logo reparando no que ouvira – KAGOME! VOCÊ ACORDOU! – gritou se jogando ao lado da cama.
- Parece que sim... – murmurou sorrindo - O que aconteceu..?
- Ah kagome.. Você nos deixou com muito medo! Kagura atirou em você! O inuyasha te trouxe correndo para o hospital e a cirurgia foi de risco... Mas graças a deus está tudo bem agora!
- E por que coitado do inu? – perguntou intrigada.
- Desde o incidente, ele tem se sentido muito culpado... Os dias que você ficou dormindo, ele não saiu do quarto, nem para comer.. Nós que trazíamos algo para ele nos horário das refeições! E ele também não dormiu muito. Hoje ele estava um caco, sem conseguir ficar com o olho aberto! E nós íamos mandar ele descansar um pouco, mas não deu! – explicou sango.
– Ele.. ficou o tempo todo comigo? – sussurrou a universitária pensativa.
- Sim k-chan... Ele estava muito preocupado.. – disse a oficial retirando fios de cabelo do rosto da amiga.
- Ainda bem que você acordou, viu? O mau humor dele está numa situação... insuportável! E já sabe... Só você para aliviar a barra! – reclamou mirok indo ao lado da namorada.
- Ê mirok... – o encarou repressiva – Mas... Por que vocês não puderam deixar ele descansar..?
- É que o bankotsu... requeriu a presença ele... – sussurrou sango.
– Por quê? E para que! – perguntou a universitária, apreensiva.
OooOoOoOoooOOOooOoOoOoooOOOooOoOoOoooOOOooOoOoOoooOO
Oie gente!
Boom... aí está o novo cap..
Espero que tenham gostado...
RESPOSTA REVIEWS : (para pessoinhas lindas sem conta noff)
Deza : Oi!Fico muitoo feliz em saber que minha fic é uma das suas favoritas! Espero que não tenha demorado para postar o capítulo! Você gosta do inu superprotetor? Yess! DDD! Aguardo a sua opnião sobre esse cap! Sua opnião é mto valiosa pra mim! bjo!
Mariana : Oii! Não tem problema não mariana! Já fico feliz só de saber que vc tem acompanhado! Que bom que você está gostando do inu assim! A personalidade dele foi criada com muito carinho! E ele é mtoo fofo... )! Bjooo e conto com a sua opnião desse novo cap!
karol: Oiss! Então... Descobriu quem era! Bom, era o inuzinho mesmo! Eu ia até deixar a "pegada" dele mais leve, mas ficou legal do outro jeito. Dava para imaginar como sendo outras pessoas...! Espero que também tenha gostado desse cap! Outro escrito com mtaa dedicação e suorr! HEuehUEHueh! Bjo!
petit pelle: O! EHuehueh! Que bom que você adorou! Pois é! Era o inuyasha mesmo! Espero não ter te deixado curiosa! Atualizei rápido até, não acha! Aguardo sua opnião sobre o novo cap.. Ter você acompanhando a história é gratificante! Bjoo!
R-chan: Oieee mana!Bom.. é garantia que nossa fic vai ser um sucessoo! VERDADE! Vou fazer mó propaganda dela.. e ela vai se tornar mtoo conhecida! HEuehUEHUEH! E pois é! O amor muda muitoo a pessoa! Isso me lembra eu mesma... O que eu já mudei viw... Cada coisa que me aparece também! Mas só a minha maninha me intende né? Neeem falo nada! EHuehUEhueHUEH! Pois eu sou feliz! Eee maninha.. sua safadona! Eu já suspeitava.. agora que vc pidiu a fita pro totousai.. Ficou claro demais! EhuehUEheuh! Ti adoro mtooo mana! Vou postar logo pra vc conseguir ler antes do ingles... Bjoo!
OooOoOoOoooOOOooOoOoOoooOOOooOoOoOoooOOOooOoOoOoooOO