-Capitulo 2-

Instigada pela afirmação tão categórica do rapaz Lyra irrita-se.

Lyra: Então prove-nos sabichão...

Hauser: Eu não provo nada, mas a casa sim.

Pipe: Como assim? Aliás, quando foi que você chegou a essa conclusão?

Hauser: Agora mesmo...da varanda da casa não dá pra ver o corpo...

Yami: Sim, porque não foi do lado da varanda que ele caiu...

Hauser: Justamente...o prédio tem, obviamente, quatro lados...o apartamento da Yami é um apartamento comum e não cobertura, portanto pega apenas dois lados do prédio a frente, que é aonde ficam: a varanda, a janela do quarto e a janela do banheiro. E o lado direito que tem apenas uma janela. A janela da dispensa...

Elfa: Não foi a toa que você voltou de lá...

Yami: Mas, é uma janela relativamente pequena...

Hauser: Sim, justamente por isso, a dispensa ta uma real bagunça...seja lá quem for o assassino ele brigou com o Maioki na dispensa antes de jogá-lo pela janela...

Pipe: E pela pressa de não ser encontrado o assassino correu logo do local não tendo tempo de arrumar...

Botan chorando aos prantos: Como...vo..cês...po..dem, ficar...tão...tão calmos?

Lithos: Vêm...Botan...vou te levar pra sua casa...

Koneko: Eu vou junto!

Faye: Vocês não estão esquecendo de nada não?

Por um momento essa fala soa nostálgica aos ouvidos de duas pessoas, alguém havia dito a mesma coisa a não muito tempo atrás...

Faye: A polícia logo vai vir aqui...

Yami: É mesmo...o porteiro já a havia chamado inclusive...

Lithos: Mas, Faye, a minha filha (lembrando: Lithos é mãe da Botan) realmente está sem condições...eu vou levá-la e depois eu vou até a delegacia...

Botan: Mas...e..eu...que…quero…a…ju...aju...

Faye: Vai, melhor levar mesmo, ela nem falar consegue...

Koneko: Eu vou junto, vou junto!

Lithos e Koneko dão suporte a Botan e levam-na para fora do apartamento.

Siren: As três trataram de sair muito rápido...

Blind Lady: O que você quis dizer com isso...?

Siren: Oras...nada demais...

Jéssi: Rainhas...vocês não querem alguma coisa?

Faye: Só esperar pela polícia...

Lyra: Sim, só isso...

Jéssi baixinho: ...vocês parecem tão calmas nessa situação...isso pode atrair algumas suspeitas indesejáveis...

Lyra: Entendi...nossa – a imperadora espanta-se - ...vou ficar quieta...

Elfa: Ainda quero saber porque da Wanda estar tão quieta...agora ela ta chorando quieta, mas...antes ela e o Maioki estavam estranhos...

Ling: Na verdade não só eles...

Elfa: Esse caso ta me deixando intrigada!

Ling: Não só a você...

Pipe: Estranho como as duas já excluíram a possibilidade de uma de vocês ser a assassina...

Ling: Pipe, você estava aí...

Hauser que estava ao lado logo adianta-se.

Hauser: Até mesmo eu sou suspeito em menor ou maior escala, Pipe...

Pipe: Sim...

Hauser: Mas...você acha que...

Pipe: Muitas vezes os que se fazem de mais inocentes, ou os que tentam a toda hora desviar a atenção são os culpados...

Elfa: E isso pelo visto ta valendo para...

Pipe: Nós 4...

Hauser: Então está decidido! Eu vou provar minha inocência! – fala decidido – descobrindo quem é o assassino.

Pipe: Mas, de um certo jeito esse também é seu trabalho na policia...

Hauser: Sim, mas por estar envolvido é certeza que eu não vou ser convocado para esse caso...apesar de conhecê-lo muito pouco eu quero descobrir o que fizeram com o Maioki...

A atenção de todos vão voltando-se, naturalmente, para o investigador.

Elfa: Pois então eu vou ajudar! E assim provo minha inocência...e me livro dessas complicações...

Hauser: Ling, você como psicóloga nata seria ideal...

Ling: Se for assim...então eu também ajudo...

Pipe: Obviamente eu não vou deixar MEU Hauser sem a minha ajuda...

Hauser: Pois será ótima hehehe

Wanda: Eu... - soluçando – eu vou ajudar! Com certeza vou descobrir quem fez isso...

Blind Lady: Maioki era meu amigo e sensei de 19 anos (Piada máster interna)...óbvio que to nessa...mesmo porque já tenho meus suspeitos... – todos olham curiosos para ela.

Siren: Parece que vai ser divertido auhuhahua...to nessa...

Yami: Desde quando tentar achar um assassino se tornou diversão?

Hauser: Você vai ajudar também, Yami?

Yami: Embora seja meu dever...não...uma hora vão achar o assassino naturalmente...

Lyra: E nós soberanas, decidimos que a Jéssi será nossa representante!

Hauser: Então...está decidido...

Mal termina de falar a campainha toca, anunciando que a polícia acabara de chegar.

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Lithos: E aqui eu deixo você, Botan. Koneko, pega um calmante...

Koneko: Ok!

Botan: Não...não precisa...

Lithos: Você mal consegue falar filha!

Koneko: Toma... – com calmante na mão.

Botan: Mal acredito...não parece real...

Lithos: Eu sei, eu sei...aliás, a casa dele é aqui perto, né?

Botan: Sim...é a única casa azul da rua.

Lithos: Certo...

Koneko: Quase não tem comida aqui...

Lithos apreensiva: Pára de fuçar na casa dos outros!

Koneko: Ah! Mas...vou ver o que tem no quarto da Botan!

Lithos: Menina volta aqui!

As duas ficam correndo pela casa até que finalmente Lithos consegue segurar a garota. Ao voltar para sala encontram Botan dormindo.

Koneko: Ah sim, não foi exatamente calmante que eu dei pra ela...

Lithos:...ahn...quer saber? Foi melhor assim...vamos deixar ela dormindo...

As duas saem da casa e a trancam, deixando uma chave dentro da mesma. Por um momento Lithos olha para a rua e sente um frio percorrer sua espinha, uma certa dor, causada pela ansiedade, começava a despontar em sua barriga. Avista então a única casa azul da rua.

Lithos: Koneko...

Koneco: Sim?

Lithos: Nós vamos invadir a casa dele...

Koneko: Vamos mesmo? Legal! Vou arrombar a porta!

Lithos: Calma, calma! Nós vamos abrir a fechadura...Koneko?

Era tarde, a garota já aplicava um golpe na porta fazendo-a abrir à força.

Koneko: Pronto, assim é mais fácil!

Lithos: Não sei se agradeço ou te dou uma bronca...

Koneko: Nossa... – entrando na casa.

Lithos: Por deus? O que é isso? – olhando de fora.

Koneko: Sem comentários...

Lithos: Também nunca vi uma casa tão bagunçada assim!

Koneko: Viu? Nem vão reparar a porta arrombada...a casa compensa isso...

Lithos: Ou vão achar que foi um assalto...

Koneko: Ué, e não é um?

Lithos: CLARO QUE NÃO!

Koneko: Então...o que é?

Lithos: Nós viemos procurar por alguma coisa na casa...antes da polícia.

Koneko: E o que?

A avó de Maioki por um momento pensa se seria confiável contar algo para a garota que a acompanhava, "talvez..." não havia considerado aquela possibilidade, por um momento entendeu que estava correndo certo perigo.

Lithos: Uma manta... – disse no desespero.

Koneko: Uma manta?

Lithos: Ahn...sim...foi...uma manta que eu emprestei para ele e queria...recuperar...antes que fosse confiscada pela polícia... – Lithos sua frio enquanto olha para a garota ao seu lado.

Koneko: ...

Lithos: ...

Koneko: E aonde você acha que ta essa manta?

"Ela caiu" pensou Lithos aliviada.

Lithos: Talvez no quarto...vai lá que eu vou ao banheiro rápido e já volto...

Koneko: Ok.

A garota segue para o quarto e começa a procurar por uma manta, embora houvessem várias no local. Enquanto isso Lithos se dirige ao banheiro e procura por algo, esquecendo-se de fechar a porta.

Lithos:...vejamos...como pensei.

Koneko surpreendendo-a por trás: Pelo visto achou alguma coisa interessante.

Lithos: Koneko...

Koneko: Pois eu provavelmente descobri algo muito mais interessante...olha isso...achei no quarto dele...

Lithos: Eu achei que...talvez você...bem...agora de qualquer jeito nossas vidas correm perigo também...

Koneko: É mesmo?

Lithos: Sim...a não ser que...nós devemos esconder isso...ou...mostrar para todos...

Koneko: Você realmente...você realmente queria pegar uma manta que esqueceu aqui? – perguntou a menina indignada.

Lithos: Não, desculpe Koneko, mas por um momento eu pensei que talvez a assassina poderia ter sido você...daí inventei essa história toda de manta, mas o que eu queria ver era outra coisa...

Koneko: e que seria...?

Lithos: Justamente o que você achou...aliado ao que eu achei aqui...

Koneco:...você sabia então que o Maioki havia recebido uma ameaça de morte escrita?

Lithos: Não exatamente...mas, quando eu e você ainda estávamos na casa da Botan, algo me ocorreu...olhe, no lixo ali (do banheiro)...há 3 caixas de calmante...vazias...não sei se você sabe, mas ele simplesmente abomina tomar remédios...sempre foi assim...só um motivo muito grande o teria levado a tomar duas caixas...somando com essa ameaça de morte...tudo se encaixa...ele sabia que ia morrer e estava nervoso com isso...foi um assassinato premeditado...