-Capitulo 5-
Siren: E a Wanda sabia!
Yami: Estranhamente tudo converge para uma pessoa...
Blind Lady: Pra mim tudo isso ta óbvio demais...quando isso acontece em geral não é essa pessoa!
Ling: Isso é realidade Blind Lady...não uma fic escrita por um autor qualquer!
Blind Lady: Tentando tirar o seu da reta, Ling? Ainda suspeito de você e da Yami...
Wanda: Parem de ficar me culpando, ou culpando os outros! Vamos nos ater às conseqüências de se ter um caso com uma imperadora!
Hauser: Primeiro vamos nos ater à veracidade da informação! Siren, provas...
Siren: Duas provas, na verdade! Achei essas duas cartas na lixeira da Wanda!
Wanda: VOCÊ FUÇOU MEU LIXO?
Siren: Não...sua casa toda na verdade!
Wanda: Ora seu...
Pipe: Prossiga... – impaciente.
Siren: Sim, em ambas as cartas, em síntese, o assunto é: "Por favor" – fazendo tom dramático – "Perdoe minha traição. Eu sei que ando passando muito tempo com ela e sequer havia lhe contado, mas acho melhor ficar em segredo...meu caso com a Faye." Podem ver.
A mãe adianta-se e de um impulso praticamente arranca as cartas da mão do rapaz.
Botan: A letra, com certeza, é dele. Essa carta realmente foi escrita pelo Maioki!
Hauser: Então, Wanda, já que as cartas eram, ou melhor, são suas, conte-nos mais sobre isso.
Wanda: É verdade, realmente os dois tinham um caso, mas, não era apenas eu quem sabia! Aliás, quem me contou, pedindo desesperada por um conselho, ou um modo de separar os dois...foi a Senhorita Jéssi...que fez questão de jogar suspeitas para cima de mim, inclusive.
Jéssi encolhe-se toda vermelha e tímida ao passo que as pessoas vão lançando-lhe pesados olhares.
Elfa: Vai só ficar quieta aí? Sem dizer nada?
Jéssi: Eu...eu tinha...eu tinha medo, a Lyra já desconfiava dos dois...
Ling: Mais uma suspeita!
Blind Lady: Novamente tirando o seu da reta!
Ling: E por acaso você também não ta tirando o seu da reta? Me acusando direto?
Blind Lady: Sim...mas...
Yami: Tem razão! Você sempre acusa muito os outros...
Pipe: Parem com isso! Voltemos ao assunto antes que o mesmo se disperse mais uma vez!
Hauser: Certo...conseqüências de ser amante da Faye...
Elfa: Primeiro o mal-olhado natural, visto que muita gente tenta e não consegue...
Hauser: Sim, além do mal-olhado?
Botan: Tem...na verdade...tem uma coisa...que pouca gente sabe, inclusive...
Hauser: E que seria...
Botan: Se o caso dos dois for reconhecido...ele se torna um imperador também!
Elfa: Como que é a história aí?
Pipe: É verdade...é um direito quase oculto do Estado.
Ling: Isso aumenta um pouco a lista de suspeitos...alguém mais sabia do caso do Maioki com a Faye?
Jéssi: A Blind Lady viu os dois...eu sei que já viu...
Blind Lady assustada: Ta louca?
Jéssi: Não, sempre que eu sabia que os dois estavam se encontrando, eu ficava aflita e atenta em tudo à volta e foi quando eu vi você, talvez de relance você tenha visto os dois juntos, porque sua cara foi de surpresa e espanto...mas espera...mais alguém ia junto..tanto que você comentou algo com a pessoa...
Blind Lady: Eu não sabia que era mesmo o Maioki...
Lithos: Mas suspeitava?
Blind Lady: Sim...e a Koneko sabe muito bem disso, porque foi com ela que eu comentei...
Koneko rindo sem graça: Poizé, né...
Ling: Estranho...sabe que em momento algum eu vi vocês duas sequer conversando, durante, não só a festa toda, mas nessa reunião...que seja...
Blind Lady: Sinceramente, não sei o que responder!
Lithos: Koneko...
Koneko: Não quero falar...
Hauser: E mais alguém sabia?
Jéssi: Não que eu saiba pelo menos...
Hauser: Certo...então, Jéssi, na próxima reunião traga a Lyra e a Faye, se elas não vierem...
Jéssi: O que...?
Hauser Nada, nada...
Jéssi: ...
Hauser: Certo, até a próxima reunião.
Blind Lady: Espera, essa já acabou?
Hauser: Sim, alguém gostaria de ficar com a cópia dessa fita?
Elfa: Na verdade...eu gostaria sim, nós quatro na verdade.
Hauser: Certo – sorri – farei uma cópia para o Quarteto Etário.
Botan: Bobo...
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Em um pequeno, porém luxuoso Restaurante da cidade as duas imperadoras ocupavam mesa. Apesar de já estarem tomando a sobremesa não falavam sequer uma palavra, mal se olhavam na verdade. Desesperando-se com a situação ela resolve quebrar o gelo.
Lyra: Ta meio frio hoje...
Faye: Oi? Ah, sim, ta mesmo...
Lyra:...
Faye:...
Ficam mais um tempo em silêncio, já estavam na metade da sobremesa.
Lyra: Você...ta ansiosa?
Faye: Um pouco...
Lyra: E...você...ta pensando nele?
Faye: Em quem?
Lyra: No Maioki, claro!
Faye: Porque estaria?
Lyra: Ele morreu...
Faye: Ah, claro...não tem como não pensar...
Lyra:...
Faye: Lyra...
Lyra: Oi?
Faye: Eu vou pra casa, esse milk shake não me fez bem.
Lyra: Certo, eu vou com você...
Faye interrompendo bruscamente: Não! Não precisa!
Lyra: Mas...
Faye: Sem "mas"...
Dizendo isso levanta-se e sai apressando o passo, teria que chegar logo em sua mansão e Lyra não poderia ir com ela. Em sua cabeça um turbilhão de pensamentos, lembrava-se de inúmeras e pequenas coisas, gestos durante a festa, gestos depois, comentários de certas pessoas, lembrava-se de muita coisa, mas dentre elas havia um destaque grande para um nome, uma pessoa "Yami!" pensava impaciente a imperadora.
Não demora e logo vislumbra sua mansão.
Faye: Tenho que ser rápida! – diz para si mesma.
Entra em sua mansão de um estirão. Talvez estivesse louca, não deixou de considerar a hipótese de tudo ter sido uma alucinação sua.
Faye: O quarto! – pensa apressada.
Corre em direção a seu quarto e abre rapidamente a porta, anda lentamente em direção à cama e olha embaixo da mesma.
Faye: Não foi alucinação...o que eu faço?
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Ling: Se quer uma coisa bem feita, faça você mesma!
Em frente ao necrotério a moça tomava coragem para entrar. Tinha medo do que poderia ter que ver lá dentro, mas precisava a todo custo descobrir o paradeiro do corpo.
Enfim suas pernas movem-se e ela entra no estabelecimento, um cheiro, que deveria ser típico de necrotérios, a deixa levemente enjoada, mas não é suficiente para abalá-la.
Atendente: Oi, em que posso ajudá-la?
Ling: Oi, eu vim reconhecer um corpo...
Atendente: Ah, sim, claro, qual o Nº?
Ling: Perdão, não sei.
Atendente: Então, desculpa, mas não posso te ajudar – diz forçando um sorriso amarelo.
Ling: É que eu quero verificar se realmente é meu amigo, o nome é Maioki.
Atendente: Ah, sim, sim, como iria esquecer, mas o corpo dele sumiu...
Ling: Eu sei...
Atendente: Então o que veio fazer aqui? – pergunta em tom grosso.
Ling: Só queria verificar...
Atendente: Sim, realmente o corpo sumiu, provavelmente alguém o tirou na minha hora de almoço que é quando não fica ninguém aqui no necrotério.
Ling: E posso ver lá dentro?
Atendente: Aonde ficam os corpos?
Ling: Sim...
Atendente: Tudo tem seu preço...
Ling: Não faria isso por uma grande amiga das imperadoras?
O homem assusta-se, mas logo faz pose de descrença, a menina então tira uma velha foto do bolso e mostra para ele. Exclamando consigo mesmo ele abre um sorriso de orelha a orelha e logo se derrete todo em gentilezas.
Atendente: Claro, entre! Entre! Quer um café?
Ling: Não obrigada.
Black Ling, para si mesma: É ótimo andar com essa foto! Próxima vez uso ela no cinema.
Eles entram no lugar onde os corpos ficam. Ling surpreende-se pela enorme quantidade de portinholas para corpos.
Atendente: Aqui, Corpo B-102 – abre a portinhola e tira de dentro o suporte do corpo – vê? Vazio.
Ling: Aqui, tem algum compartimento desse vazio?
Atendente: Sim, em torno de uns 30...
Ling: Você poderia verificar todos, por favor?
O Atendente assusta-se e faz uma cara de tédio.
Atendente: Porque exatamente?
Ling: E se alguém tivesse entrado aqui, tirado o corpo de um desses compartimentos e o tivesse posto em um vazio?
Atendente: É bem possível. Por desencargo de consciência vou verificar.
Ling: Enquanto você verifica, posso dar uma volta?
Atendente: Claro, claro...
Ling anda pelo estabelecimento, já havia se acostumado com aquele estranho cheiro, o que a permite andar atenta, qualquer coisa poderia ser um sinal de uma possível fuga. Não demora muito e logo já acha o que seria o sinal mais suspeito, o tubo de ventilação. Além de grande não ficava a uma altura muito alta do chão, sendo acessível para ir e vir.
Ling: Essa ventilação aqui. Não seria possível que alguém tivesse entrado e saído com o corpo por aqui? – pergunta.
Atendente: Sim, é bem possível. Mas creio não ter sido isso não.
Ling: E porque?
Atendente: Porque não há nenhum sinal de sangue, nem de cabelo, nem de nada de um corpo ao longo do tubo de ventilação. E no estado em que o corpo se encontrava, seria algo impossível isso acontecer.
Ling: Mas, não tinha nenhuma capa protegendo o corpo?
Atendente: Sim, mas aí que é estranho! A capa foi deixada em um canto da sala de autópsia e totalmente lavada. Exceto uma região, bem ao fundo, aonde tinha um pouco de sangue.
Ling: E esse sangue...
Atendente: Era da vitima mesmo.
Demora mais um tempo até o atendente enfim declarar, em tom cansado.
Atendente: Todas continuam vazias!
Ling: Não seria possível que o corpo tivesse sido colocado em uma câmera já ocupada?
Atendente: Creio que seria muito difícil, o espaço é muito pequeno.
Ling: E você poderia me levar até a sala de autópsia?
Atendente:...
Black Ling: Por favor? – com a foto em mãos e olhinhos brilhando.
Atendente: Tudo bem... – e vão para a sala.
Atendente: Não ligue para o cheiro, a sala é limpa todo dia.
Ling: E a capa?
Atendente: Ali, mas ela já foi completamente limpa, agora pode ser aproveitada de novo.
Ling: Certo...então deixa, agora preciso ir...
Atendente: Certo. Qualquer coisa pode ligar.
Ling: Ah sim, uma última pergunta, porque o corpo do Maioki veio direto pra cá e não para a perícia da polícia?
Atendente: Mas, ele não veio direto pra cá...
Ling: Não?
Atendente: Não, antes de vir pra cá o corpo foi para a perícia policial, mas a autópsia foi impedida de ser feita lá, por isso ele acabou sendo enviado para cá e tanto a autópsia quanto a perícia seriam feitas aqui, no necrotério, foi esse um motivo, aliás, que demorou tanto para fazerem a autópsia e a perícia, que no fim das contas nem foram feitas.
Ling: Espera. Não foi feita nenhuma perícia no corpo?
Atendente: Não.
Ling: E você disse que o corpo foi impedido de ser analisado pela polícia?
Atendente: Não, ele foi impedido de ser analisado na sala de autópsias da polícia. O local tava fechado para investigações.
Ling: Investigações? E quem foi o investigador que impediu a sala de ser usada?
Atendente: Ah...não lembro...deixa eu ver aqui.
Ela espera um pouco e logo o rapaz aparece com uma prancheta.
Atendente: Aqui, um tal de...Hauser Levrac. Ele quem não autorizou a sala de ser usada.
Ling: Certo...era o que eu queria saber. Muito obrigada!
Dizendo isso, vai embora.
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Lithos: Estranho, uma mensagem do Hauser.
Botan: Também recebi...
Lithos: A reunião foi adiantada, será amanhã! Todos que receberam essa mensagem devem aparecer! Ou serão suspeitos em Primeiro Grau"
Em outra região da cidade a imperadora entrava em sua mansão, nervosa, carregando um celular nas mãos com uma mensagem recebida de Hauser.
Lyra: Ele fez de um jeito que não deixa escolha!
Faye que estava com Jéssi à sua frente, já adianta-se.
Faye: De qualquer jeito nós temos que ir. Foi revelado...
Lyra: Que humilhação!
