Capítulo 7 - Finalmente!
Here I am, once again
I'm torn into pieces
Can't deny it, can't pretend
Just thought you were the one
Broken up, deep inside
But you won't get to see the tears I cry
Behind these hazel eyes
(Aqui estou eu, novamente
Estou rasgada em pedaços
Não posso negar, nem fingir
Achei que você era a pessoa certa para mim
Quebrada lá no fundo
Mas você não verá as lágrimas que vou chorar
Por trás desses olhos castanhos).
" Querido diário, esses dias têm sido os dias mais felizes da minha vida! Nunca me senti tão bem. Sou a alegria em pessoa! Nem me lembro mais daquele final de semana um pouco desagradável, que eu passei com os James. Estamos até convivendo normalmente, nem parece que aconteceu tanta coisa conosco... "
Primeiro: Você não vai conseguir continuar esse diário, você nunca consegue.
Segundo: Não se faz um diário atrás do seu trabalho de poções. Geralmente se usa um livro, um caderno ou uma agenda.
Terceiro: Geralmente se usa o diário pra desabafar, não para inventar mentiras gigantescamente grotescas como estas.
Ah, vai à merda.
Pontos que a Holly, minha péssima melhor amiga, fez questão de frisar bem quando leu o que eu estava escrevendo. Muito obrigada Holly, você conseguiu completar o meu dia. Que já estava se superando, cada hora pior. Se bem que esses dois dias têm estado nesse mesmo ritmo. Já estamos na terça-feira e eu ainda não contei pro James o que realmente aconteceu. Bem, eu não contei mentiras, até por que, em algum momento, ele irá se lembrar do que aconteceu, como o Sirius faz questão de me lembrar a cada momento que se encontra comigo. Mas também não contei que nós finalmente havíamos nos acertados, e tudo mais.
Aí você me pergunta: por que, diabos, você não conta logo para ele e sejam felizes para todo o sempre? Sinto muito, não posso te responder. A única coisa que eu sei é que não me parece certo ir lá e contar, vai parecer mentira, coisa que eu inventei, não sei, nada natural. Quando ele vem falar comigo, coisa que ele fez muito para saber o que havia acontecido, eu invento qualquer coisa apara sair do lado dele - falei até que tinha que vigiar o Pirraça - muito absurdas por sinal. O mau-humor se apossou de mim, junto com a raiva e a ignorância. Descobri isso quando me peguei brigando com uma garotinha do primeiro ano, por ela andar no mesmo corredor que eu, já que eu queria ficar sozinha. Têm sido os piores dias da minha vida, e os mais sem nexo também, como acrescentou a - sempre construtiva - Holly. Obrigada de novo, Holly.
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Não fui à aula quarta, fiquei dormindo. Parece que foi meio um acontecimento histórico na escola. Não entendi o porquê, mas... Enfim, não consegui me forçar a mais um dia de tortura completa, tendo que assistir a aulas e mais aulas com ele. E sem fazer nada. Apenas olhando e ignorando ao mesmo tempo. O meu total mau humor continuou firme e forte. Eu tentei me controlar, até mandei a Holly para a p..., bem ela entendeu os meus motivos, mas não consegui. Então, de tanto me sentir zureta e perdida, resolvi matar aula. Dormi até meio dia. Graças a Deus hoje não tinha aula à tarde, logo, perdi "poucas" aulas.
Enfiei qualquer roupa, e desci pra almoçar, já que o café passou há muito tempo. Nesse intervalo de tempo eu descobri o meu mau-humor: TPM. Aí mesmo que minha infelicidade aumentou em níveis astronômicos. É, Merlin deve estar rindo à beça de mim, nesse momento. Sinceramente, eu mereço? Fui filosofando a minha desgraça por todo o trajeto até meu destino. Sentei no lugarzinho mais afastado do mundo que existia; em frente à mesa dos professores. Ninguém sentava ali, ninguém mesmo. Acho que nem quando não havia espaço no resto do salão. Comecei a comer, muito entretida com a azeitona do meu pranto, quando alguém senta na minha frente. Levantei os olhos esperando o pior. Bem, quase foi o pior. O Sirius se instalou ao meu lado. E o James na minha frente - eu falei que foi quase o pior - para o meu desespero.
- Bom dia, Lily! - Cantarolou Sirius com a felicidade de uma criança por estragar o meu almoço.
- Bom dia. - Meramente murmurei mal humorada.
- Oi, Lily.- Me cumprimentou James, cheio de cautela, afinal, os últimos dias não têm sido fáceis para ele. - Tudo bem? Você não foi à aula. Senti sua falta. - Minhas estranhas se embolaram tanto que eu perdi a fome. Dei um sorriso, desanimada.
- Uhum... Só um pouco cansada, nada mais. - Me forcei a dizer. Olhei para o teto, para verificar se Merlin não estava ali, rindo da minha cara. Não, ele não estava. Para a sorte dele. - E aí, como foi a aula? - Fisguei uma batata frita do tabuleiro, e comecei a comer.
- Nossa, m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-s! - Respondeu Sirius, mal-humorado, com uma voz meio afetada. Sorri, fraco, mas sorri. Já era um avanço. - Você realmente escolheu a dedo o dia de faltar, Lily. A aula não poderia ter sido pior.
- Realmente foi horrorosa. - Assentiu o James, com cara de medo. - O Slughorn quase me bateu. Não tenho culpa se a poção ficava verde em vez de vermelha! – Completou, ultrajado. Ri, e quase me engasguei com a batata. Vocês aí de cima tão de brincadeira comigo, não? Larguei os talheres no prato.
- Já acabou?- Indagou James, preocupado.
- Sem fome.
- Han... Credo.
So I stand and look around
Distracted by the sounds
Of everyone and everything I see
And I search through every face
Without a single trace, of the person
The person that I need
(Então eu fico e olho ao redor
Distraído pelos sons
De todos e de tudo o que eu vejo
E eu procuro por todos os rostos
Sem encontrar um traço, da pessoa
Da pessoa de quem eu preciso)
Eles continuaram comendo e conversando sobre as aulas chatérrimas, xingando os professores e tudo mais. Fiquei só observando e assentindo, de vez em quando, olhando o nada e o tudo, ao mesmo tempo. Tentando me desligar do mundo com seus problemas. Queria viver em um mundo só meu, apenas eu e o... Bem. Eu meio que me desliguei do mundo. O que eu geralmente faço quando tenho problemas. Evitando-os. Eu deveria ter ficado na Lufa-Lufa, não na Grifinória, onde ficam os corajosos, que enfrentam seus problemas de frente. Enfim... Os pratos foram limpos, para desespero dos atrasados.
- Nossa, eu tava com muita fome. - Falou Sirius, batendo com a mão na barriga. Uhum, barriga. - Comi demais. Bem, sempre existe espaço para a sobremesa... - Os olhos dele brilharam para a comida que apareceu. Até me animei um pouco. Até a hora que descobri qual era a sobremesa do dia.
Sunday de frutas vermelhas.
Vocês aí de cima tão de sacanagem, não?
Sorri sem sorrir, de verdade. Um sorriso descrente, irônico com a situação, atrapalhado com lembranças daqueles dois dias.
- Ok, Lily, já que você não come nada, come um Sunday, são maravilhosos. Afinal, saco vazio não pára em pé. - Cantarolou James, me entregando uma taça à força, apesar das minhas tentativas de recusar. O meu ânimo não estava grande o suficiente para conseguir discutir, eu não tinha forças suficientes para negar. –Vai, come. É o meu preferido. - Jura? Se eu desabar em lágrimas alguém vai perceber?
Dei uma colherada. Desceu muito mal. Resolvi só sujar a colher com o sorvete e enfiar na boca, assim eu não comia de verdade, só fingia. Depois de um tempo o sorvete começou a derreter, e eu não precisei mais fingir, só remexer a meleca. Por força de hábito separei as cerejas. Olhei para o sunday do James, e ele separara as amoras. Suspirei. Eu podia ser uma menina mais prática, com mais atitude e com muito mais sentido na vida.
Me levantei decidida. Não, não foi pra me declarar para ele, etc e tal. Foi para fugir daquele suplício. Joguei minhas cerejas na taça dele, que me olhou intrigado. Sorri, desanimada, e saí andando. Tive a impressão de ter visto, antes de me virar, um olhar estarrecido. Bem, não é todo dia que as pessoas jogam frutas na sua taça de sunday. Também tive a impressão de ter ouvido o Sirius dizer: "James? Algum problema...?". Mas só impressão da minha imaginação. Pra variar.
Andei sem rumo pelo castelo. Acabei indo parar no Salão Comunal da Grifinória. Incrível que, com tantos lugares legais e diferentes nesse castelo, eu vá parar logo no que eu passo todo o santo dia, chatérrimo e normal. É, a rotina é um problema. Me sentei na mesma poltrona de sempre. Peguei um livro, como sempre. E não fiquei quieta nem dez minutos. Fugindo totalmente da rotina, pois, quando eu tenho um livro nas mãos, eu leio até andando. Após uns três eternos segundos, eu me levantei rumo à saída.
Acho que um ar fresco pode me acalmar, quem sabe eu não vá visitar o Hagrid...
- LILIAN EVANS! - É impressão minha ou tem alguém muito bravo - pela voz é homem - e quer que o castelo inteiro saiba disso? Não, Lily, imagina! As pessoas gritam seu nome, possessas da vida, diariamente.
- LILIAN! DONA LILIAN EVANS! - Por que, diabos, o James está entrando pelo buraco da Mulher Gorda com muita pressa, sem tempo nem do quadro se abrir direito para uma pessoa passar? E por que está com o rosto tão vermelho? Ou bufando o tempo todo? Acho que eu descobri quem está bravo. E eu que pensava que iria me acalmar...
- Lílian! - Respirou e disse de uma vez o meu nome, feliz por finalmente ter me encontrado, e não ter que gritar, se precisasse. Gozado, a voz dele não parecia de uma pessoa que ia brigar comigo. Ele apoiou um braço no meu ombro e colocou o outro na perna, tentando buscar ar. Tudo bem, ser cabide sempre foi o meu forte.
- Por que você não me contou! - Não tive certeza se isso foi uma pergunta.
- Heim? - Levantei uma das sobrancelhas.
- "Heim?". Eu me lembrei. De tudo. - Ele se lembr... ELE O QUÊ? Arregalei os olhos, e saí correndo pelo buraco do retrato. Nada disso. Minha TPM não havia passado ainda, e eu estava com um humor do cão, e não tinha a menor condição de resolver isso agora. No terceiro corredor ele me alcançou. Com um dos braços me prendeu na parede. Não, ele não fez nada. Só não queria que eu fugisse como uma louca, outra vez.
- Não foge. Fica quieta. - Resmungou ele, enquanto mantinha a respiração sob controle. Coloquei uma mão na cara, tentando me esconder, quem sabe eu não me fundia com a parede? - Que idéia é essa de ficar fugindo?
- Eu não estava fugindo! – Respondi, ultrajada. - Apenas fazendo Cooper...
- Ah, sim, claro. - Ele respondeu, totalmente falso. Bem, ele podia pelo menos tentar acreditar, não? - Bem, então, agora que seu Cooper acabou, será que dá pra você parar, e me explicar POR QUE, DIABOS, NÃO ME CONTOU LOGO O QUE TINHA ACONTECIDO? - Ele ficou bravo, e me soltou da parede. Eu estava me sentido uma presidiária fugitiva. Bem, eu era. Fugitiva, não presidiária.
- Porque...
- Por quê?
- Porque não sei! – respondi, finalmente, desabando na minha infelicidade. - Não sabia o que pensar, depois que você perdeu a memória. Eu havia posto a cara a tapa, me jogado, finalmente arriscado e...
-E...? - Ele me incentivou.
- E de repente tudo desaparece. Assim. -Estalei os dedos. O encarei, mas logo abaixei os olhos. Não queria que ele visse a minha tristeza.
- E por que você não foi me procurar, contar tudo? - Agora ele passou as mãos pela minha cintura, e eu apoiei a cabeça no seu ombro. A sensação de vazio, que se apoderara de mim durante esses dias, não decidia se ia embora de vez ou aumentava.
- Não sei. Acho que eu tinha medo de que você achasse mentira e risse de mim, me humilhasse...
- Nunca! - Revoltou-se ele. - Será que, depois de tudo, você ainda acha que eu não quero nada sério com você? - Ele se afastou o suficiente para que eu o encarasse. – Lily, eu faria tudo de novo e mais um pouco. Te embebedaria para ouvir você se declarar tonta e desengonçada...
Sairia no tapa com qualquer um para ficar do seu lado, mesmo sendo eu mesmo...
Me amarraria todo com fitinhas coloridas...
Desenharia pôster seu pra pôr no meu quarto...
Comerias os biscoitos do Hagrid o resto da vida, mesmo ficando banguela...
Beijaria seus pés todos os dias...
Nunca deixaria você subir em uma vassoura, ou qualquer coisa que passasse de trinta centímetros do chão...
Te daria todo o Sunday de Frutas vermelhas do mundo, sem cerejas...
Me jogaria no lago para matara a Lula-Gigante só para você se declarar para mim, e para que eu fizesse juras de amor eterno...
E nunca, nunca mais deixaria você com alguma dúvida sobre o que eu sinto por você.
Quando ele terminou, meu sorriso ultrapassava as barreiras da física, ou até mesmo da magia. A tristeza e o desespero dos últimos dias estavam a léguas de distância, correndo para longe. Muuito longe...
- Bem... Acho que eu estava sendo um pouquinho estúpida... – Murmurei, enquanto passava os braços pela cintura dele.
- Um pouquinho?
- Está bem. Muito estúpida, burra, ignorante...
- Lily, cala a boca.
Bem, aí ele me beijou. E é bem nesses momentos que agente descobre porque ele faz tanto sucesso com a mulherada... E... Meu Deus... Agora era só alegria.
Hun... Beijos e mais beijos maravilhosos. Cada um melhor do que o outro, cada um mais fantástico do que o outro. Nessa altura do campeonato ele já me abraçava com tanta força e vontade que meus pés mal tocavam o chão. Só lembrei que o mundo existia quando ouvi o Sirius berrar pelo corredor afora.
- ALELUIA, SENHOR! MERLIN OUVIU MINHAS PRECES!
- Finalmente o James desencalhou! GLÓRIA SENHOR! - Completou Remo, que vinha ao seu lado. Agora os dois estavam ajoelhados ao nosso lado (nós já havíamos parado de nos beijar, afinal, com essa maravilhosa encenação...) berrando coisas sem sentido como: "ele não vai mais ficar no caritó!"; "Deus ouviu os berros que eu dei enquanto rezava!"; "a Lily vai ter que fazer esse sacrifício, mas ele merece, tem tão poucas opções..." dentre outras. Eles ficaram nessa encenação durante o tempo necessário para a aglomeração de um punhado de gente. O suficiente para atrair a McGonagall.
- O que está acontecendo aqui? - Ela surgiu, aborrecida, do meio da multidão, procurando a causa da confusão. Não ficou muito feliz quando viu os dois Marotos no chão. Apertei o James, receosa.
- Minerva! - Exclamou Sirius, levantando em um pulo. – Tenho que te agradecer pessoalmente por ter conseguido desencalhara o James, porque você sabe né... - E por aí foi, enrolando e enrolando a McGonagall. Ele tem o Dom de fazer isso.
É, até que, no final das contas, tudo não ficou no seu pior... Arrumei um namorado - será? - e algumas inimigas; alguns pontos a mais para a Grifinória, sem saber exatamente o porquê, dados pela McGonagall; e um probleminha a menos: não ter mais que esquecer o James, ou evitá-lo. Pelo contrário. Bem, agora é esperar para ver.
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E...acabou!
Éééé.. não é mentira não, eu consegui fazer uma fic, e as pessoas comentarem! e pelo jeito, gostarem!
Aaaa eu amei escrever essa fic, e sinto informa-lhes, tem mais coisa vindo por ai...outras fics qru diser...
Sinseramente eu não axei que conseguia tal façanha,mais ia eu postei, depois de mta luta o primeiro cap foi postado e voa lá! teve reviwes! e aki estamos nós... imagine q nesse meio do caminho até ganhei uma capa? pra vcs verem...
Bem, BRIGADAA por todo o incentivo das reviwes, foi realmente ,mto importante...
E ai o que acharam desse cap?Heim heim?
Apesar do botão rox aki morder etc e talz, comneta ai, anates de casar passa... D
até a proxima!
