Darkness Lady

A Dama da Escuridão

Capitulo 08 – I Wish I Had An Angel – Nightwish

O grito da menina ainda parecia ecoar nas paredes da casa, enquanto que Angel olhava atordoada para Tom. Seu brilho havia desaparecido, não porquê havia perdido seus poderes, mas talvez porque Drakulya estivesse novamente sob controle.

Ao lado de Tom, Katrinna parecia ao ponto de explodir. Olhava cheia de raiva para Angel, que encarava as próprias mãos, como se tentando entender o que havia acontecido. Somente com um novo grito de Lolly que, finalmente, ela pareceu acordar, e sair correndo escada acima.

A menina olhava assustada para Angel na ponta de cima da escada. Os olhinhos cheios de lágrimas, o peito numa respiração convulsiva. Quando Angel avançou mais um passo na direção dela, ela instintivamente, recuou, olhando assustada para aquela a quem a pouco tempo confiava piamente.

- Lolly... O que foi? – Perguntou, sentindo uma sensação que a muito não sentia. Ela tinha medo. E medo de Angel. Não podia suportar aquilo. – Calma, meu bem, já passou... Aquilo já foi embora.

- Era você... Você brilhava. – Ela soluçou. – Eu não quero ver você brilhando! Eu não quero que você machuque papai! Eu não quero não ter uma família de novo!

Angel arreou até o chão, sem saber o que dizer ou fazer. Sentindo os olhos encherem de lágrimas, pensou pela primeira vez naquela noite no que ia fazer. Por Deus, ela havia pretendido realmente matá-lo? Como pudera pensar uma coisa dessas?

"Por causa dele, Lolly sente medo de você agora."

Angel olhou com raiva para Katrinna. Era mentira. Todo o tempo ela havia mentido. Ele poderia até mesmo querer Drakulya com todas as forças, mas não era culpa dele que Lolly estava assim. Era culpa de Katrinna. Quem havia instigado-a contra ele? Katrinna. Quem havia mostrado que não havia solução? Katrinna.

Todo esse tempo ela estava sendo enganada. Katrinna estava usando-a para conseguir o que queria, e ela estava, idiotamente, caindo como um patinho.

- Você me enganou todo esse tempo. – Katrinna apenas a olhou, séria. – Porquê? Eu não entendo!

- Eu apenas te mostrei o que podia mostrar... Mas talvez eu deva te mostrar algo mais.

Ela sentiu como se um vento gelado lhe passasse pela espinha. E logo em seguida, tudo escureceu.

DLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDL

Onde estou?

Ela olhou ao redor, atordoada. Era um lugar escuro e sombrio. Um cemitério. Nunca gostara realmente de cemitérios, lhe causavam calafrios terríveis sempre. Katrinna estava a sua frente, olhando-a séria, como se ela fosse um bebê idiota, que sequer soubesse andar direito.

- Já perguntei. Onde eu estou?

- Você já vai ver. Aqui é o futuro, não muito distante. Olhe lá.

Ela apontou para uma construção, uma bela casa, um pouco distante. Uma sombra estava abrindo a porta com magia.

- Pode se aproximar, ninguém pode nos ver.

Chegando perto da janela principal, onde era possível ver a belíssima sala de jantar, onde uma família jantava, unida, ela viu a última coisa que queria: Um a um cair morto. Levou as mãos a boca, surpresa. E então, viu o assassino sair das sombras.

- Não. – Ela deu um passo para trás, hesitante.

- Sim, este é Tom Marvolo Riddle. O famoso Lorde Voldemort, aquele idiota que Lolly chama de Papai.

- Ele não é assim. Você está usando isso para me manipular!

- Mesmo? É isso que você acredita? Que ele é um doce de rapaz, e que só é chamado de Lorde das Trevas porque faz experiência com formigas? Cresça, Angel! Ele é um assassino! E tem mais. – Ela deu um passo na direção de Angel – Você sabe quem eram aquelas pessoas? A família dele. Seu pai e avós.

Angel chorava, negando com a cabeça.

- Ainda acredita na infinita bondade dele? Veja só.

Imagens passavam rápidas ao redor delas. Homens de capuz, os mesmos que haviam buscado-a em casa, matando pessoas, e marcando tudo com uma imagem assustadora. Crianças sendo brutalmente assassinadas, e ele comandando tudo.

Ela o via planejar, ela o via rir quando os comensais vinham lhe contar o que estavam fazendo. E o número de Comensais crescia, e cada vez mais pessoas vinham beijar a barra de suas vestes.

- É uma Guerra. O objetivo dele é esse, minha querida. Destruir todos os "sangue ruins" que existem, para criar uma elite verdadeiramente poderosa, que adivinhe só, obedeça aos comandos dele. É a esse homem que você deseja se unir, minha cara. Agora imagine só se ele conseguir Drakulya? Isso será eterno! Nunca mais alguém conseguirá paz. Todos apenas irão seguir o Lorde.

Katrinna sorria, encarando as imagens que passavam. Olhou para Angel, e pela primeira vez em muito tempo se surpreendeu. A garota não chorava mais. Apenas olhava tudo séria.

- Eu posso evitar. – Angel olhou para ela. – Ele me ama. Eu posso fazê-lo mudar de idéia.

- Você não acredita mesmo nisso, não é? – Angel apenas a encarou. – Eu não acredito que é tão tola! Mas é seu desejo? Ótimo, seja tola!

- Só mais uma coisa, Katrinna. Não quero mais vê-la. Vá embora. Consiga um pouco de paz para si.

- Como queira, Tabatah.

- Meu nome é Angéline, por favor.

DLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDL

Acordou se sentindo tonta. Estava deitada na cama de casal em seu quarto, uma toalha úmida em sua cabeça. Piscando duas vezes, bem rápido, viu Lolly encarando-a, preocupada ao seu lado.

- Você está bem? – A menina perguntou em um fiapo de voz. Viu alguém se mexer ali perto. Sabia quem era, mas não deu tanta importância ao fato. Tudo o que lhe passava na cabeça, era que Lolly estava ali, tão lindinha, preocupada com ela.

- Estou bem, amor... Só um pouco dolorida. – Sentou-se com um pouco mais de dificuldade que o normal, mas sorriu docemente.

- É minha culpa? – Lolly olhava tão assustada para ela, que só agora pudera reparar que a menina era tão inocente e indefesa. Não. Drakulya não deveria ser passado para ela. Nunca. Não podia corrompê-la.

- Claro que não é sua culpa, meu amor. – Ela abraçou a menina, sentindo os primeiros soluços da mesma.

- É que, você ficou parada de repente, e depois caiu. Se papai não estivesse por perto, você teria rolado escada abaixo.

Dessa vez não tinha desculpas para não olhar para Tom. Ele estava apoiado na janela, como sempre fazia, e não a encarava com desaprovação. Pelo contrário, apenas olhava-as ali, como uma eterno protetor. Sorriu, corada, e encarou-o agradecida. Se houvesse acontecido alguma coisa com ela, Lolly nunca se perdoaria. Devia essa a ele.

- Vocês não vão mais brigar, não é? – Ela soluçava de leve, mas já havia se soltado de Angel, e secava as lágrimas com as costas da mão.

- Não, não iremos mais brigar. – Ela olhou durante alguns instantes para Tom, que lhe sustentou o olhar.

DLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDL

Saiu do quarto fechando a porta, com um sorriso. A menina dormia agarrada ao ursinho favorito, tranqüila.

Angel olhou para Tom no corredor, já começando a ficar irritada. Desde que acordara ele não lhe dirigira uma palavra sequer.

- Perdeu o dom da fala? – Ela cruzou os braços, na frente do corpo.

- Talvez eu não tenha encontrado nada interessante para dizer.

- Duvido.

- Quer que eu diga o que? Que novamente eu te salvei de uma enorme queda? Angel, vou e dar um colchão de presente, vai me poupar o trabalho.

- Eu mereci essa, não?

- Com certeza. Melhor irmos para outro lugar, aqui podemos acordar a Lolly.

Angel sorri, doce, e calmamente entra no próprio quarto, no fim do corredor.

- Quando eu disse outro lugar, não imaginava que você já ia me levar para seu quarto, Angelzinha.

- Sabe como é, né... Que garota resiste ao seu charme... Principalmente depois de você quase matá-la... – Ela diz, irônica.

- Hey! Perai! Esse negócio de quem quase matou quem foi você quem começou!

Ela deu de ombros.

- Prove.

- Prefiro provar outra coisa.

Ele avançou tranquilamente na direção dela, capturando seus lábios com quase delicadeza demais. Ela sorriu, entre os lábios dele. Sabia onde aquilo ia dar desde o começo.

DLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDLDL

Acordou apenas com os primeiros raios de sol da manhã. Pelo menos era o que pensara de inicio, para depois ouvir uma barulheira enorme no andar de baixo. Provavelmente Lolly havia acordado e estaria tentado fazer o café da manhã. E isso definitivamente não daria certo.

Abriu os olhos, sentindo um estranho peso sobre si. Os braços dele a envolviam, pele sobre pele. Não conseguiria sair dali tão cedo. Sorriu, lembrando-se da noite anterior. Havia sido mágico. Sacudiu a cabeça, tentando dissipar aqueles pensamentos. Era melhor se concentrar em sair dali, antes que Lolly acabasse explodindo a cozinha.

Pôs a mão de leve no tórax nu dele, sacudindo-o de leve.

- Tom. – Ela murmurou, doce, mordendo os lábios em seguida. Ele sequer fizera um único movimento. – Tom? – Ela falou um pouco mais alto, sacudindo-o com um pouco mais de força. Bufou, começando a se irritar. – TOM!

Gritou com todas as forças de seus pulmões. O ouviu suspirar, resignado.

- Se você fosse um dos meus comensais, seria morto agora.

- Mas eu não sou um de seus comensais, e realmente preciso que você me deixe sair.

Ele abriu os olhos acinzentados e a encarou divertido, enquanto segurava mais firme na cintura dela.

- Por que a pressa, Angelzinha?

- Odeio que me chame de Angelzinha.

- E eu odeio que me chame de Tom. Odeio que qualquer um me chame de Tom.

- Você preferia que eu te chamasse de que? Fabuloso e incrível Lorde das Trevas?

- Bem melhor... E fora que, pelo menos ontem a noite, era isso que você pensava.

Ela sentiu o rosto inteiro corar, enquanto enchia o braço dele de tapas.

- Então ao menos me dê uma boa razão para que eu te deixe sair.

- Lolly está fazendo o café da manhã, e se ela explodir a cozinha, eu te mato.

- Como sabe que ela está fazendo o café da manhã?

- O barulho... – A casa havia voltado a fazer silencio. – Legal, agora ela está subindo, e vai querer entrar aqui no quarto. Será que eu posso ao menos me vestir?

Ele a soltou, rindo.

- Você é muito preocupada com essa coisas, Angel. Deixe a menina cozinhar, qualquer coisa consertamos com magia a cozinha.

Ela o encarou séria, enquanto colocava um vestido florido qualquer.

- E se ela se ferir? Perder um braço, ou até mesmo morrer?

- Vai sair no jornal: Menina é assassinada por pão com manteiga.

- Engraçadinho.

- Você tem que parar de se preocupar tanto com ela. Logo ela casa e cria filhos, e você não vai poder estar ao lado dela sempre.

- Mas enquanto eu puder, irei! Por Deus ela só tem 6 anos!

- E você tem que curtir um pouco a vida. – Ele se levantou a começou a se vestir.

- Imagino que você pense que eu devo fazer isso com você.

- Exceto se você for o tipo de vagabunda que cada dia dorme com um.

Ainda com a camisa aberta, ele foi até atrás dela, que penteava os cabelos, sentada na frente da penteadeira.

- Angel você esquece que é jovem. Você tem um fardo grande demais. E não falo de Lolly. – Ele encostou de leve na tatuagem dela, que a alça do vestido não cobria de todo.

- Imagino que vá me dizer para dá-lo a você.

- Não, não vou. Imagino que você tenha algum excelente plano para ele. Não vou negar que o quero, mas não posso lhe forçar a me entregá-lo.

As batidas na porta, fizeram com que a conversa tivesse que ser interrompida, mas pela primeira vez, Angel se perguntou se todo aquele tempo se enganara com ele. E que talvez ele fosse realmente a pessoa que devesse ficar com aquilo, enfim.

Continua...

N.A.

E aqui acaba mais um capitulo de Darkness Lady, super atrasado, eu sei. O problema é que meu tempo está super corrido com a faculdade e tudo, mas prometo que não deixarei isso acontecer novamente. Bem, capitulo muito especial, dedicado a Lety-chan, que queria que outras coisas acontecessem. E agora... Angel entregará ou não Drakulya para Tom?

Bebely Black

Espero que tenha curtido esse capitulo também! Beijos

Gábi das Fadas

A maior fã da Angel que eu conheço XDDDD Espero que tenha gostado do capitulo. Foi escrito na maior correria aqui, mas foi de coração. E sim, o Tom já foi meu noivo, e hoje está em meu harém particular. Mas eu empresto se quiser, viu? Beijos!

Sweet Nightangel

Desculpa o atraso... Mas é que está uma grande correria para mim... E o duelo dos dois... Bem, foi físico também, mas definitivamente eles devem ter achado mais interessante... Beijos e continue acompanhando, viu!

E é isso ai.

Não prometo que postarei logo o próximo, também porque se tudo der certo, essa fic só terá mais um capitulo e o epílogo. Shaushauhsuahushu... O que será que acontece então?

Bem é isso ai... E uma dica... Leiam " A única que ele amou" que é uma fic de uma garota (Que no momento eu não lembro o nome, sorry) sobre uma garota por quem o Tom se apaixona nos tempos de Hoggy... Vale a pena ler, estou acompanhando e é excelente! Além disso, leiam O Guia mais que necessário da Grande Cidade Grande. Vale a pena XDDDDD

Amo vocês!

Beijos

Belle Lolly Perversa-Black Winchester.

22 de Abril de 2006.