Darkness Lady

Capítulo Final

"Say My Name"

N.A.: Esse é um capitulo diferente. Ele mostrará os acontecimentos em pequenas cenas, geralmente de diálogos. Espero que gostem!

- Nós não podemos mesmo ficar morando no sitio? – Ela parecia a beira do choro, mas ele sabia tanto quanto ele que ficar ali era doloroso demais.

- Você vai gostar da nova casa, Lolly.

- Você promete? – Os olhos dela brilharam. Ela segurava a nova boneca com uma força, quase desnecessária. A outra mão, na dele, estava fria.

- Prometo, agora vamos.

- Espera, eu vou me despedir.

Ela correu até a biblioteca, agora arrumada, e sem vestígio nenhum do sangue ali derramado.

- Mamãe, estamos indo. A gente se vê por ai.

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- E então você achou que era uma excelente idéia trazê-la para ? – Rewson tinha a cabeça entre as mãos, como um pai ofendido.

Tom não o encarava. Apenas observava uma cópia da foto de Angel com a tatuagem de Drakulya. Ele não deveria ter sido tão tolo, mas já não adiantava chorar sobre o leite derramado.

- Ela é minha filha, e assim sua Lady. Espero que se lembre disso.

- Ela não é sua filha de verdade, milorde! Você só irá sofrer se ficar todo momento se lembrando da outra. Não seria melhor mandar a menina para um colégio interno ou algo do gênero?

- Você está me dando ordens, Rewson? Eu já disse a você que eu decido as coisas por aqui. Obedece quem tem juízo. – Ele subiu os olhos, encontrando o olhar frio de Rewson. – E quanto a Lolly, eu quero que ela tenha o melhor que eu puder dar. Eu sei o que é ficar sem ninguém da família.

- Sim, milorde.

Rewson saiu da sala com extrema raiva. A menina era um impedimento que precisava ser retirado. Encontrou com Bonnie no jardim. Ambos sabiam o que precisava ser feito. O problema era como fazer.

- Ele não quis mandar a menina para um colégio.

- Eu disse que não ia querer. Ele vê nela uma espécie de clone da outra garota. Não vai simplesmente mandá-la para longe! – Ela sorriu – O que ele precisa é de alguém para apoiá-lo.

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- E por livre e espontânea vontade, você quer cuidar dela? – Ele cruzou os braços, a respiração ligeiramente acelerada pela raiva.

- Milorde... Pense na menina! Ela acabou de perder a mãe... – Ela se aproximou, tocando-o no ombro, de leve. – Ela precisa de uma presença feminina... E eu sinto tanta falta de minha família... Você sabe que eles estão todos naquela maldita prisão. Deixe-me ajudá-la.

Ele a encarou, os olhos ligeiramente avermelhados. "Angel confiaria nela. Angel não gostaria que Lolly ficasse sozinha."

- Se eu souber que você pensou em magoá-la... Farei Askaban parecer o paraíso para você.

- Obrigada, milorde.

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A menina pareciam mais feliz do que quando chegara ali, ao menos. Quanto tempo havia se passado? 2, 3 meses? O vestidinho azul, com os bordados lhe dava a aparência de boneca, os cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, ficavam balançando, no ritmo de sua perna, sob a mesa. Esperavam a sobremesa.

- Ela lhe trata bem, então?

- Oh, sim... – Ela disse, com um sorriso. – Mas é péssima no piano. Mamãe era melhor.

- Tenho certeza que sim – Ele sorriu. – Eu estava pensando em te levar para passear, no final de semana. Onde você gostaria de ir?

O rosto dela perdeu a cor, levemente, e ela mordeu o lábio com força.

- Esse final de semana? Eu tinha pensado em visitar mamãe... Ela faria 18 anos no sábado. Mas você não quer ir à nossa antiga casa, não é mesmo?

Não, ele não queria. Mas sabia que precisava levá-la lá. Fechou os olhos, e assim ficou alguns instantes. Nesses momentos quase conseguia senti-la ali. Estava certo. Levaria Lolly à casa.

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- Eles irão ao sitio no sábado. – Bonnie sorriu. – E eu já sei o que podemos fazer. Mas para isso, vamos precisar de ajuda.

- O que pretende fazer com a menina, Bonnie?

- Vou transformá-la em mártir.

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- Milorde? – Um comensal entrou correndo, enquanto Tom colocava um casaco. – Aurores! Eles descobriram nosso esconderijo. Está tudo cercado!

- Mande os comensais esperarem, deixe-os atacar primeiro, ouviu.

Saiu andando a passos largos para o quarto de Lolly e Bonnie. Tinha que tirar a pequena dali, antes que se machucasse. Quando entrou no quarto, Bonnie já vestia a menina com pressa, preparando-a.

- Leve-a por uma das passagens, Bonnie. Lembre-se de que se algo ocorrer a ela, você é quem irá pagar.

A loira concordou com a cabeça, enquanto pegava a menina no colo.

- Papai? – A menininha esticou o braço, tentando pegar na mão dele, enquanto Bonnie a levava embora.

- A gente se vê mais tarde, Lolly.

Quando a passagem se fechou, ele ainda olhou alguns instantes para a parede. Não conseguia entender porquê sentia que aquele havia sido o último vislumbre de Lolly que teria.

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- O que eu fiz para você? – A pequena murmurou, os olhinhos cheios de lágrimas.

- Sobre o que está falando?

- Vai doer? – Ela suspirou – Quando você me matar?

Bonnie olhou surpresa para ela, enquanto a colocava no chão.

- Como sabe disso?

- Mamãe me contou. – A pequena olhava-a decidida. – Me contou ontem, quando eu fui dormir. Ela sempre vem me ver quando eu vou dormir.

Bonnie sentia o sangue ferver. Quer dizer que Angel vinha perturbá-la até mesmo depois de morta?

- E porque você não fugiu então? Ou contou para seu papai?

- Porque mamãe me disse que ele vai te matar depois. Quando ele descobrir, entende? E ela disse que isso é necessário. E que estaremos juntas! Eu tenho tanta saudade dela...

A mulher saca a varinha, sentindo uma sensação que há muito não sentia. Era pena daquele pequeno pedaço de gente. A menina estava disposta a morrer para ver a 'mãe', e mesmo não acreditando em nada do que ela dissera, não podia deixar de desconfiar.

- Deite-se no chão. – Ela apontou a varinha para a pequena – Não vai doer nada.

Quando a maldição enfim fora lançada, e ela pegava o corpo inerte da outra do chão, conseguiu ouvir de muito longe risadas e passos infantis.

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- Número de baixas, Rewson? – Tom bebericava uma taça de vinho, enquanto olhava pela janela.

- Quase metade de nossos comensais, Milorde. – Tom apenas continuou olhando pela janela. – E mais...

- Mais o que homem? – Tom enfim se vira para ele, irritado. Haviam conseguido fugir para outro esconderijo, e lhe irritava completamente ainda não ter tido noticias de Lolly.

- Letycia foi morta. – Rewson baixou a cabeça.

- Só isso?

- E Lolly também. Bonnie que estava com ela foi arduamente espancada. Milorde?

Ele havia simplesmente caído na cadeira. Lolly, morta? Ele havia falhado na única coisa que Angel lhe pedira?

- Quem... – Ele respirou fundo. – Quem a matou, Rewson?

- Os aurores. Pelo que parece um deles as encontrou, torturou, matou Lolly e ia matar Bonnie quando as alcançamos.

- POIS QUE ELA TIVESSE MORRIDO PARA PROTEGER A MENINA! – Ele sentiu o sangue ferver. – Qual o nome do maldito? Vocês o mataram?

- Ele aparatou... Mas eu pude reconhecê-lo... Era Andrew Potter, senhor.

- Me deixe sozinho, Rewson.

- Sim, milorde. Quer que eu mande trazer algo?

- Eu só quero ficar sozinho.

Rewson saiu fechando a porta. Andou apressado até um dos quartos do segundo andar. Lá, Bonnie penteava lentamente os cabelos.

- Ele acreditou na história, Chérie.

- Eu disse que o espancamento tinha que ser necessário, não? – Ela sorriu – Quem você culpou?

- Andrew Potter... – Rewson ri – Aquele maldito que sempre consegue atrapalhar os planos de milorde, se ele for caçado e morto agora, só vai nos ajudar.

Bonnie, por sua vez, não prestava atenção no que ele dizia, apenas que seu plano havia dado certo. Completamente.

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Tom estava no escuro, na biblioteca que estava em seu mais novo esconderijo. Aquele maldito pagaria por tudo. Olhou para a poltrona ao lado da sua, e conseguiu vê-las perfeitamente. Sabia que mais cedo ou mais tarde iriam aparecer.

- Eu vou matá-lo, você sabe, não?

- Nós não desejamos isso, querido – Angel sorriu, tristemente. – Ainda há tempo... Desista de seus planos, e faça algo bom. E assim estaremos juntos antes que você possa perceber!

- Angel... Ele a tirou de mim! Lolly era tudo o que eu tinha! E ele a tirou de mim! – Ele olhou para ela, e só então ela percebeu o brilho avermelhado em seus olhos. – Eu posso não me vingar de mim mesmo por ter te perdido, Angel... Mas posso me vingar daquele filho-da-mãe!

- Se você fizer isso... Nós nunca poderemos estar juntos... – Uma lágrima caiu pelo rosto dela. – Você está cego de rancor!

- E você cega por sua bondade! – Ele sentiu o sangue ferver, os olhos avermelhando ainda mais. – Se eu não fizer isso, não terei paz!

- Nem eu. – Ela se levantou, o vestido branco balançando levemente – Se esse é o destino que escolheste, meu amor... Eu não tenho mais escolha que me despedir de você.

Ele olhou com raiva a figura dela se desmanchando no ar. Era o fim de Angéline Drake.

Era o fim de Tom Riddle.

Lorde Voldemort surgia, enfim.

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Anos depois.

- O Harry não! Por favor!

Ele olhou sem emoção nenhuma para a mulher que chorava. Uma estranha sensação de Deja Vu havia percorrido seu corpo há pouco. Finalmente nessa noite sua vingança estaria completa. O fim dos Potters, assim como eles haviam tirado sua família. Havia visto com prazer a morte do filho único de Andrew Potter, e agora poderia assistir com prazer o fim do resto de sua linhagem.

- Faça o que quiser comigo, mas deixe-o ir!

Ele olhou assustado para a mulher. Aquelas palavras... Ela as havia pronunciado uma vez, não? De forma tão igual, e ao mesmo tempo tão diferente. Angel. A sensação de Deja Vu voltou mais forte, junto com lembranças que havia apagado, ou ao menos tentado, de sua mente e alma.

- Você não precisa morrer. – Ele disse, estendendo a mão para ela. – Apenas me dê o garoto. Você não tem ligação com o maldito do qual eu me vingo hoje...

- Eu nunca deixarei você encostar as mãos no meu filho – As lágrimas dela escorriam abundantemente. Os olhos brilhavam da mesma forma como os dela haviam brilhado uma vez.

A matou sentindo as mãos tremerem pela primeira vez em anos. Havia matado-a duas vezes em sua vida. Aproximou-se do berço, vendo o pequeno que estava deitado ali, calmamente. Apontou a varinha e murmurou o feitiço. Sentiu o impacto o jogando contra a parede e a casa tremendo. Provavelmente iria desmoronar. E então a leveza. Aquela sensação era incrível.

Olhou para baixo, onde só havia os destroços da casa, e o choro do bebê. Magia Antiga. Deveria ter lembrado disso. Olhou para a lua cheia no céu. E então para frente. E lá estava ela, novamente. Junto da ruiva e o marido desta, ainda por cima.

- Você os ajudou? – Ele gargalhou, sem acreditar.

- Eu avisei que se você continuasse com seus planos, eu não teria escolha. E agora, eu lhe dou uma escolha. Venha conosco.

- Nunca, sua maldita. – Ele murmurou, o sangue fervendo – Eu vou terminar o que vim fazer!

Ele tentou avançar para a casa, mas um forte vento começou a arrastá-lo para longe.

- Eu sempre irei caçá-lo – Ele gritou para ela, enquanto era arrastado.

- E eu sempre irei protegê-lo.

FIM.

N.a.:

E aqui acaba Darkness Lady. Foi uma fic muito especial para mim, a Angel e a Lolly sempre estarão em meu pensamento.

Tenho que falar logo, pois estou no trabalho, mas digo: À todos que leram, comentaram ou não, que recomendaram e que gostaram, MUITO OBRIGADA.

Bem, era para eu ter postado no dia 20-10, mas vou, enfim, viajar! Uma semana de férias!

Também vou postar amanhã uma songfic especial, escrita para um Challenge de Drama (Onde ganhei segundo lugar) com os pensamentos de Tom quando Angel morreu...

Ah! Leiam também a fic da Gábi, Memórias, que também é do Tommy-chan... (o profile dela é (www)(fanfiction)(com)(barra)(til)(simplesmentegabidasfadas)

É isso ai... Esse último capitulo, é dedicado à duas pessoas muitíssimo especiais em minha vida: Gábi e Lisa, que sempre estão me apoiando, e principalmente no quesito Darkness Lady. Meninas, vocês arrasam!

BEIJOS!

Belle Lolly Sorcellerie.

13/10/2006