Cap. 2 – Num quarto do castelo

- Acho que esse vai servir – disse Gina.

- Ah... Acho que não hein.

- Malfoy, não fica satisfeito com nada?

- Se nós vamos ficar presos nessa porcaria de Idade Média temos que ter um quarto que presta... Não que esse seja feio, mas só tem uma cama.

- Você dorme no chão óbvio.

- O que é que te faz pensar que eu vou aceitar?

- Você é um Malfoy, oras, um cavalheiro. Não vai deixar uma dama dormir no chão vai?

- Não, claro que não – disse Draco contrariado – Eu durmo aqui nesse tapete.

- Me parece confortável – disse Gina.

- Pode ficar com ele se quiser.

- Disse que me parece confortável, não disse que prefiro ele à cama. Tome – disse Gina jogando um cobertor e um travesseiro em cima de Draco – Tem dois aqui. Fique feliz que estou te dando um.

- Você tá bem chatinha hein Weasley, mais do que o normal se quer saber minha opinião.

- Pra dizer a verdade – ela disse levantando-se – Eu não quero saber sua ahhh – gritou. Gina pisara no vestido que era extremamente comprido e só não caiu porque Draco a segurou pela cintura – Erm... Obrigada.

- De nada – disse Draco um pouco constrangido, mas por algum motivo não soltando Gina.

- Você pode me soltar agora.

- Ah, é, foi mal – ele disse ficando vermelho.

- Bom, tá um pouco cedo pra dormir – disse Gina – O que é que você quer fazer?

- Nós não podemos descer e ir à festa...

- Só se você quiser deixar todo mundo louco lá em baixo.

- Até que ia ser legal.

- Malfoy, não.

- É... Melhor não. E vamos fazer o quê? Conversar?

- Sobre o quê? Nós não temos nada em comum.

- Ah... É... E o Potter?

- O que tem o Harry?

- Ele ainda anda te dando o fora?

- Ah, que raiva... Por que todo mundo acha que eu gosto dele?

- Porque você gosta.

- Gostava... Gostava...

- Ahan... Acredito.

- Que droga... Pelo menos todo mundo acha que eu gosto do Harry, e você, que gosta daquela Pansy cara de buldogue? Hahaha...

- Até parece que eu gosto daquela pessoa... Eu não gosto nem da minha mãe, vou gostar daquela lá?

- Credo Malfoy...

- Não gosto da minha mãe mesmo... Ela não gosta de mim... Nem ela nem meu pai.

- Eu sinto muito.

- Não sinta. Pense só, quando eles morrerem eu não vou sofrer tanto quanto você, que tem o amor dos seus pais.

- Como você pode ser tão frio?

- A nós nos tornamos o que fomos criados para ser. Eu fui criado pra ser assim, não posso mudar o que eu sou.

- Quem sabe um dia você não venha a mudar?

- E como?

- Sei lá, se apaixonando.

- Ahan... Essa é boa... Como se eu pudesse me apaixonar. Não faria diferença. De qualquer forma eu teria que me casar com aquela Parkinson lá. O casamento já está arranjado sabe... Quando a família é como a minha, que só aceita casamentos puro-sangue, a escolha fica muito limitada, e o casamento é sempre um negócio, nunca é por amor.

- Que triste. Pois eu, quando me casar, será por amor.

- Você é uma romântica. Os românticos são todos uns idiotas.

- As pessoas frias como você é que são umas idiotas. Eu sinto por você, que nunca vai saber o que é o amor.

- O amor traz sofrimento.

- Mas também traz momentos maravilhosos.

- Esses eu dispenso, obrigado.

- Tá agradecendo por que? Eu não te ofereci nada – disse Gina ficando extremamente vermelha na seqüência.

-... – Malfoy também ficara vermelho.

- Tá, agora o clima ficou estranho.

- Ou, eu to afinzão de descer lá em baixo.

- Não, imagina, descer lá em cima.

- Ai, Merlin, uma nerd pra me infernizar era exatamente o que eu precisava.

- Eu não tenho culpa, se vamos conviver você vai ter que me agüentar do jeito que eu sou.

- Tá, isso tá parecendo conversa de namorado – o clima voltara a ficar estranho e os dois voltaram a ficar vermelhos.

- É... Vamos descer logo – disse Gina desconversando.