Cap 4- Primeiro beijo.

Gina passou e fechou a porta. Ela sabia que Draco também estava se sentindo tão... estranho. Era anormal o modo como eles estavam convivendo agora, assim em paz.

- Draco – disse Gina decidida a perguntar sem rodeios – O que é que tá acontecendo com a gente?

- O que você quer dizer? – disse Draco. O coração acelerado.

- Por que é que o clima sempre fica estranho entre a gente?

- Ah Gina... Eu...

- Cale a boca Bernardo, você não quer que ninguém nos escute.

- Essa voz não é do Carl? – disse Gina.

- Reconhece até a vozinha dele agora Weasley?

- Fica quieto.

- Você não se atreva a me enganar. – disse Bernardo - Eu ajudei você com Prudence Weasley. Ajudei você a fazer a família Weasley inteira acreditar que você não é um dos Malfoy pé rapado, mas sim dos Malfoy de Mônaco, grandes nobres que nem existem... Eu ajudei você fazê-los acreditar que você é um nobre Malfoy, um nobre. Se você me jogar de lado eu vou colocar a boca no mundo e vou dizer que você não é nobre porcaria nenhuma, vou dizer a eles que você não consegue ser nem da baixa burguesia.

- Cala a boca Bernardo.

- Você não vai pisar na bola comigo Carl. Você vai colocar a mão no dinheiro desses Weasley e nós vamos sair daqui.

- Você acha que eu enganaria você? Você é meu amigo.

- Eu conheço você... Só quer se dar bem, mais nada. Mas se você me deixar na mão...

- Eu sei, eu sei... Agora vamos cair fora daqui.

- Draco... – disse Gina – Nossas suspeitas estavam certas.

- Estavam...

- E agora? Nós não podemos deixar que eles se casem.

- Podemos sim, nós não temos nada a ver com isso.

- O que? Nós somos o futuro da família deles Malfoy...

- Nada te garante que eles são nossos ancestrais.

- Eu sei... Eles podem ser, sei lá, nossos tetra-tetra-tetra-tetra-tetra-tetra-tio-avós, e nós podemos não ser descentes deles, mas mesmo assim... São nossas famílias.

- O que? Esse baixo burguês não é nem nunca foi da minha família. Espera... Mônaco... Meu pai costuma dizer que minha família originou-se em Mônaco exatamente como Carl falou.

- Mas você ouviu Bernardo, ele inventou essa história.

- O que significa que a história colou e nunca foi desmentida... Hahaha... Esse cara é um gênio.

- Ah Malfoy – Gritou Gina – Eu não acredito que você vai deixar Prudence ser enganada assim.

- Fala a verdade... Você me critica, mas na verdade só tá pensando no seu rico dinheirinho.

- Não Malfoy... Se você quiser quando a gente conseguir voltar pro futuro eu te dou todo o dinheiro da minha família. Eu só não quero ver um Malfoy enganando um Weasley... Eu não quero ver um Malfoy casado com um de nós.

- O que tem de errado com a minha família? – disse Draco arrancando o bigode.

- Tudo. – ela disse tirando a peruca.

- Pois eu te digo que não tem nada de errado.

- Me prova então Malfoy. Você tem como provar?

- Tenho.

- Como?

- Assim. – ele disse agarrando Gina pela cintura e beijando-a.

- Malfoy – disse Gina finalmente criando forças para empurrá-lo depois de um longo beijo – Por que foi que você fez isso?

- Eu... Eu... Eu quis...

- Você quis? Essa é muito boa. Você tá tramando alguma coisa.

- Por que?

- O que?

- Por que você sempre acha que eu to tramando alguma coisa? Eu não posso ter sentimentos sinceros não?

- Do que é que você tá falando? Ontem mesmo você disse que nunca se apaixonaria.

- Quem foi que falou em paixão?

- Ninguém – a essa altura os dois já estavam gritando.

- Filha, pelo amor de Deus, o que está havendo?

- Ah... Ah... Hã?

- Prudence, você está bem? Por que é que vocês estão brigando? Minha filha, conta pra mamãe o que foi que ele fez.

- Ah... – disse Gina entendendo – Mãe... Nada... Não houve nada.

- Deixa os dois meu bem – disse um homem que pelo que Gina estava percebendo era o pai de Prudence.

- Bom... Dra... Carl... Eu vou dar uma volta. Depois nós continuamos nossa conversa.

- O.K... Meu amor – ele disse sarcasticamente.