# Esse capítulo é dedicado à Marl Paz
Se não fosse pelos reviews dela, minha musa não tinha se empolgado em finalmente terminar essa primeira cena que estava mais enrolada que a cobra que aparece ai... Obrigada querida :)
E obrigada a Menna pelo comentário também!


Destinados

03 - Não vejo como você vê...

Sentia como se o sol, muito quente, estivesse batendo-lhe no rosto, mas a sensação não era de um calor reconfortante, pelo contrário, era terrível e insuportável. Era o mundo que pegava fogo. No meio das chamas e fumaça discerniu ameaçadores olhos verdes de cobra.

A fumaça se tornou densa demais, sufocante e desnorteante. Levantou o pesado pano de sua túnica cobrindo o rosto, naquele momento pensando que seria bom estar com sua máscara de Grande Mestre. Tentou andar, para, só então, perceber que estava em um rio raso; a água corria morna avermelhada, mesmo com a fumaça e o enxofre, o cheiro inconfundível de sangue não o deixava ter dúvidas sobre o que tingira a água naquela cor.

Discerniu o som do choro de uma criança e esforçou-se por continuar andando, sua túnica parecendo pesar toneladas, muito mais do que devia por apenas estar molhada, muito mais do que sua incrível força de cavaleiro devia perceber. O choro continuava, dolorido e fino, cansado como se chorasse há algum tempo e quando finalmente a fumaça se dissipou um pouco, ele pode notar uma margem, onde haviam flores de lótus em meio a lama da água rasa: algumas manchadas de vermelho. Era de onde escorria todo aquele sangue.

Shion tentou se apressar, pois seus ouvidos apontavam que também era de lá que o choro vinha. Porém uma grande cobra apareceu rastejando pela água; seu corpo era tão largo que a água lamacenta não o cobria por inteiro. Ela parou enrolando-se na exata direção onde ele pretendia ir, elevou a cabeça ligeiramente sibilando, mostrando a língua bipartida, seus caninos brancos manchados de sangue. Então do meio da fumaça uma mulher surgiu, seus olhos eram aqueles olhos de cobra verdes que ele vira antes e ela segurava nos braços uma criança dourada. Havia sangue nas pontas de seus dedos e sua pele escura reluzia com um brilho oleoso apesar da fuligem.

O choro infantil cessou e palavras em Hindi alcançaram os ouvidos do mestre do Santuário, uma versão antiga e arrastada da língua, ainda que os lábios da mulher não houvessem se movido.

"Ele está pronto… os mil braços cuidaram dele até agora. Vá buscá-lo e ele servirá a sua deusa…"

- Quem é você?

"Apenas uma mensageira… esse sangue é o preço do meu senhor e já foi pago no nascimento."

Antes que mais perguntas saltassem de sua boca, a fumaça voltou a adensar, mais quente e mais sufocante. Shion não conseguiu respirar, sua visão turva só via a fumaça, as brasas alaranjadas flutuando pelo ar, e aqueles olhos verdes de cobra foram sumindo nas cinzas.

Acordou sobressaltado, engasgando em busca de ar, seus pulmões demorando a entender a realidade do ar morno na escuridão do seu claustro no Santuário. Sentou-se na cama, deixando os olhos vaguear pela visão das estrelas através da janela aberta. A mensagem era clara, só podia se tratar de um escolhido para servir a deusa. Um cavaleiro de ouro, pensou lembrando que a criança era dourada nos braços daquela mulher estranha. Uma mensageira… mas de que tipo? Havia algo que o perturbava, seria um truque? Uma armadilha? Por que um preço em sangue precisara ser pago?

(...)

No fim da árida e estreita trilha, quando finalmente alcançaram a entrada do monastério, um monge já o esperava e fez-lhe uma reverência. Possivelmente os visitantes podiam ser avistados na subida exaustiva para o remoto monastério, porém, as suspeitas de Shion de que sua vinda era aguardada foram confirmadas assim que o monge lhe disse, em um grego quase impossível de entender, que o Abade estava à sua espera.

O sol já estava alto e os cânticos ressonavam pelas paredes do lugar, Shion olhou com atenção a estátua dourada do deus bem na área central do pátio. 'Os mil braços'[8], fora essa a pista daquele estranho sonho que o levara até ali. Isso e a língua com que a mulher cobra lhe falara no sonho.

Ele foi guiado até um salão enorme, com sólidas e escuras paredes de pedra, a iluminação das inúmeras velas era lúgubre e insuficiente. Havia uma fonte e uma imensa estátua de Buda, esculpida em pedra rústica e escurecida pela humidade da água. Sentada em posição de lótus com olhos fechados e em profunda concentração estava uma criança. Tinha cabelos finos e loiros que chegavam-lhe aos ombros, vestindo um sari de um vermelho desbotado muito simples. O grande mestre do Santuário levou alguns momentos observando-a, não lhe restando dúvidas, pelo cosmo que sentia que era quem viera buscar.

- Seu nome é Shaka. - Veio a voz ao seu lado, sobressaltando-o apenas um pouco, seus olhos violáceos encontraram um ancião onde antes estivera o jovem monge. - Como os povos guerreiros que há muito tempo conquistaram a Índia, eles eram chamados de 'Homens de Ouro', por causa das ornamentações douradas que usavam[9].

O ancião usara o mesmo Grego carregado e rústico e olhou para cima diretamente para os olhos de Shion sorrindo pacificamente.

- Sabia da minha vinda? - o grande mestre perguntou tentando decifrar um daqueles vários enigmas que vieram junto com o sonho.

- Sim, uma mensageira me contou. - O ancião demonstrou pouca surpresa no Hindi impecável utilizado pelo estrangeiro, e pareceu muito mais confortável falando em sua própria língua. - Eu o peguei recém nascido, banhado em sangue às margens do rio. Ele é uma criança especial, querido pelos deuses.

- Essa mensageira, você a conhece?

O monge o olhou por alguns instantes, procurando por alguma coisa, antes de responder - Uma criatura do mundo dos sonhos, uma mulher cobra. Naquele mundo, por duas vezes nossos caminhos se cruzaram - o olhar do ancião se voltou para a criança que continuava imóvel em profunda meditação - A primeira foi quando ele veio a este mundo e depois, dois dias atrás, me avisando da sua vinda.

- Irá me permitir levá-lo com apenas um aviso do mundo dos sonhos?

- Não há o que permitir. Ele não tem ninguém, só sobreviveu porque essa mulher me contou no sonho sobre o nascimento de uma criança dourada à beira do rio. Se ele fosse de alguém seria dela. Ela também me disse que ele seria um guerreiro, destinado a servir uma deusa dos antigos Gregos, e que o sacerdote supremo, o Kiyoko, dessa deusa o viria buscar.

Shion assentiu entendendo a situação. Dois dias atrás, havia sido exatamente quando também tivera seu próprio sonho. Ainda que a energia pacífica do lugar o tranquilizasse, a sensação insuportável do calor e a fumaça sufocante daquele sonho estavam bem vívidas na sua memória. Algo com que teria que se preocupar em algum momento, mas não agora.

(...)

Shaka se sentiu inquieto durante toda a viagem, sobrecarregado por tantas mudanças. O calmo e ressonante monastério era o único ambiente que conhecera durante sua curta vida, e agora estava sendo tirado daquele ambiente acolhedor. Disseram-lhe que iria para um lugar sagrado, o santuário de uma deusa que ele não conhecia. Ele estaria mais assustado se não fossem as vozes dos seres superiores com quem sempre conversava lhe acalmando, dizendo-lhe que estava tudo certo, que tudo ficaria bem, que aquele era seu destino.

Entretanto, ele ainda era só uma criança, não importava seu poder, seu dom extremo de ver além do físico, seu contato com os seres superiores; ele ainda era pequeno demais para dominar todas as suas emoções e medos.

Também havia aquele homem de longos cachos esverdeados; o ancião do monastério o havia chamado de Kiyoko, e Shaka sabia, pelo tom que fora usado, que se tratava de um título deveras importante. Sua aura era a mais extensa que já vira; ela lhe transmitia tranquilidade e havia muita bondade, mas também, Shaka conseguia perceber uma dor muita antiga, que ele tentava esconder sob aquele enorme poder que tinha.

Haviam muitas perguntas dentro daquela jovem e inocente cabecinha loira, mas Shaka não tinha certeza de como ou por onde começar. Ele não estava acostumado a ter suas dúvidas respondidas por pessoas. Era tudo muito novo e ele não sabia o que esperar ou, sequer, de como se sentir.

Shion olhava absente pela janela do carro, mas virou na direção do garoto sorrindo. Não ouvira uma palavra do pequeno ainda, seu rosto parecia impassível e aqueles olhos fechados não lhe permitiam deduzir muito sobre como ele estava se sentindo. Era no mínimo estranho ver uma criança tão pequena e tão séria, tão reverente daquela forma; um contraste quase absurdo com seu próprio discípulo e os outros aprendizes, que certas vezes quase o faziam perder a compostura.

- Estamos chegando. - Informou, falando em hindi e estendendo a mão para bagunçar os cabelos do garoto. Um gesto simples de afeto, recebido com grande aprazia pelos outros, mas que fez a criança se encolher antes mesmo de ser tocada.

Shaka estava confuso e não conseguiu evitar o reflexo, os monges não costumavam lhe sorrir daquela forma aberta e calorosa, e definitivamente eles não lhe tocavam e ele não sabia o que aquele gesto significava.

O carro finalmente parou e eles desembarcaram. Shion pegou a sacola de pertences do garoto, eram realmente muito poucos e tentou mais uma vez tentar entender que tipo de vida ele tivera e como seria sua adaptação naquele novo lugar.

O rosto pequeno e claro estava voltado para o enorme portão que se abria, e o mestre não conseguiu notar sinais de cansaço que deveriam estar lá; fora o voo de mais de sete horas, fora o longo trajeto que fizeram antes, já que o monastério ficava em um lugar remoto, havia ainda uma longa caminhada até chegarem a área dos aprendizes. Não sabia de onde tal resistência vinha; quando ele começou a andar a criança nada disse, apenas o seguiu calmamente com os olhos tranquilamente fechados.

Mal eles despontaram perto da área dos alojamentos, e um grito ansioso foi ouvido: - Mestre! - Logo em seguida uma criança cheia de energia se jogava nos braços da autoridade suprema do santuário. Shion o pegou, com a eficiência de quem estava acostumado com aqueles rompantes, o colocando no chão e bagunçando cabelos cor de lavanda muito finos.

- Mu, esse é Shaka…

Mu, que estava rindo, muito satisfeito por seu mestre ter voltado, demorou alguns momentos para perceber o sério garoto loiro parado ali atrás. Na verdade, foi o fato de seu mestre ter falado em Hindi ao invés do Grego, que usavam normalmente, que primeiro lhe chamou a atenção. Ele piscou seus grandes e brilhantes olhos verdes agarrando a túnica de Shion olhando de esguelha, ao mesmo tempo curioso e cheio de estranheza.

- Ele é o novo aprendiz e irá ficar com você e os outros no alojamento. - O grande mestre fez uma pausa pensando se seria boa ideia o que estava prestes a dizer, conhecendo o temperamento super ativo de seu pupilo, mas não havia muitas opções até que a barreira do idioma pudesse ser superada - Quero que tome conta dele até que ele aprenda um pouco de Grego...

Mu sorriu deleitado por seu mestre ter lhe dado uma tarefa que parecia importante com tanta confiança, ainda que o silêncio do outro lhe deixasse com algum estranhamento, isso e… - Por que você está com os olhos fechados?

- Eu… - Shaka ainda estava tentando absorver a energia agitada da outra criança; ele nunca havia visto outra criança antes - Eu sempre fico assim…

- De olhos fechados!? - veio a exclamação muito surpresa. Mu largou o manto do mestre dando alguns passos na direção do outro menino, sua curiosidade vencendo. - Você não tropeça o tempo todo andando por aí assim?

- Eu consigo ver…

- Uau! Você usa o seu cosmo para enxergar? - Mu estava admirado ele vinha treinando desde sempre, mesmo assim ainda não era capaz de fazer grandes coisas com seu cosmo; aquele garoto tinha sua idade e já podia usar o cosmo para enxergar com olhos fechados. Lhe parecia incrível, ainda que Mu não entendesse o propósito daquela habilidade.

- Cosmo? - Shaka perguntou virando o rosto pra cima na direção de Shion; ele não conhecia a palavra.

- Sim, você ainda não sabe o que é, mas tem usado o seu cosmo para enxergar além do físico. Não se preocupe com isso agora, Mu vai te levar até o alojamento, você poderá se lavar e descansar até o jantar.

O homem pegou a pequena sacola que carregava e a estendeu na direção de Mu com o semblante muito sério, - A viagem foi longa e Shaka viveu toda sua vida em um monastério, ele não está acostumado com muita agitação, confio que você não o colocará em nenhuma confusão.

Mu mordeu o lábio inferior estendendo a mão na direção da sacola. O peso da confiança de seu mestre sendo demais para sua mente travessa. Realmente já tinha pensado em arrastar o outro pelas construções para mostrar tudo e, claro, apresentar aos outros, a curiosidade sobre o silencioso menino loiro estava formigando por todas as extremidades de seu corpo e ele tinha que se esforçar para contê-la.

- Sim, mestre! - respondeu mecanicamente, ponderando que se o outro ficasse calado o tempo inteiro assim, talvez fosse muito chato ficar sozinho com ele o resto do dia.

O vento quente do final de tarde soprou balançando as franjas douradas e Mu pode ver um pequeno ponto vermelho bem no meio da testa de Shaka e isso o fez sorrir feliz. Não gostava das piadinhas dos outros por causa dos dois pontos que tinha em sua própria testa e finalmente encontrara alguém com quem ele poderia dividir aquela preocupação. Queria ver se Aioria iria se atrever a rir dele agora que não seria o único com marcas exóticas na testa. Ele jogou a sacola por sobre os ombros e colocando um grande sorriso no rosto deu um passo à frente, sua mão alcançando uma das mãos do outro impulsivamente, pronto para sair puxando-o até o alojamento, perguntando-lhe muitas coisas, a começar com o que a pequena marca em sua testa significava.

O toque foi intenso e surpreendeu Shaka, que ainda se sentia confuso e ligeiramente desnorteado. A mão pequena da outra criança, com pulsos envolvidos em bandagens, tinha calos na palma e arranhões nos nós dos dedos, a pele era áspera e a pegada firme, decidida e ansiosa. Definitivamente o assustou e ele deu um passo para trás instintivamente querendo se soltar e esquecendo-se que estava no topo das escadas.

Foi a mão de Mu na sua que o impediu de cair escada abaixo com um puxão forte para frente. Desequilibrado, Shaka, não pensou nas consequências, foi puro reflexo, susto e surpresa que o fizeram abrir os olhos enquanto caia para frente de joelhos nas pedras ásperas.

Aconteceu muito rápido, ainda que Mu conseguiu perceber a enorme onda de energia, instintivamente espalmou as duas mãos a sua frente tentando conjurar o golpe que seu mestre vinha tentando ensiná-lo fazia apenas alguns meses. Ele havia fechado firmemente seus olhos e apenas sentiu seu corpo ser jogado para trás caindo de costas no chão. Quando abriu os olhos cautelosamente, encontrou uma enorme parede de cristal bem na sua frente. Era perfeita e brilhante, se estendendo até onde seus olhos podiam alcançar. Olhou para suas próprias pequenas mãos por um instante mal acreditando, mas então a parede desapareceu e Mu percebeu, ligeiramente desapontado, que ela fora feita por seu mestre que estava em pé ao seu lado e não por si mesmo.

- Estou bem. - ele se apressou em dizer levantando, sentia a ardência de um ralado no cotovelo, algo que ele estava bem acostumado a ter cotidianamente. Ainda que não tivesse certeza do que havia acontecido, sentiu-se de alguma forma culpado.

Shion voltou-se para o outro garoto, Shaka estava de joelhos no chão, levemente ofegante, as duas mãos pequenas tampando os olhos fortemente.

- De- desculpe. - veio o balbucio baixo e sentido do loiro.

- Está tudo bem, se acalme, não foi nada.

Por um momento ele não entendeu aquelas palavras, mas quando afastou as mãos elas estavam molhadas, bem como seus cílios novamente cerrados firmemente.

- Não chore, está tudo bem. Você se machucou?

Ele elevou a face sentindo a mão do homem acariciando suas bochechas, secando as lágrimas que haviam escorrido lá e precisou de um instante para ordenar os pensamentos; ele não se lembrava de ter chorado antes. Nem se lembrava de ter feito algo como aquilo, ele sabia que precisava espalhar e dissipar a energia dentro de si mesmo antes de abrir os olhos e sempre fora cuidadoso com isso, embora não soubesse o porquê. Dessa vez fizera sem querer, sem pensar; a energia daquele lugar, daquelas pessoas era muito diferente da calma e tranquilidade do monastério. Ele se sentia muito perdido e de certa forma vulnerável.

- Ele se machucou?

Foi Mu perguntando a Shion uma vez que o outro não respondeu, estava genuinamente preocupado. Shion pegou Shaka pelo braço, sendo suave porém firme, o fazendo ficar em pé. Notou o joelho ralado, um filete de sangue escorrendo pela perna visível através da abertura do sari.

- Nada demais, - o mais velho inspecionou. Nada muito diferente do que os garotos arrumavam diariamente, esquecendo-se que Shaka vivera em uma situação muito diferente até então. - Leve-o até Aioros para cuidar disso.[10]

O outro assentiu e estendeu a mão, dessa vez mais gentilmente, espalmada em um convite. Shaka titubeou antes de aceitar e murmurou novas desculpas, realizando finalmente o quanto sua vida ali seria diferente daquela que tivera até então. Foi o sorriso suave do outro e gentileza que via nele que o fez aceitar aquele pequeno convite. A pequena e áspera mão segurando a sua era também quente, e ele se viu segurando-a de volta com uma firmeza ansiosa que não lhe era comum, enquanto deixava-se ser guiado por aquele garoto de olhos e energia reluzente.

Shion olhou os dois se afastando pelos caminhos de terra batida e pedras, imaginando o que o destino havia reservado para eles. As estrelas não tinham lhe dito muito sobre aquele novo discípulo e ele estava preocupado. Havia um prenúncio de mudanças no ar, e ele não tinha certeza do que essas mudanças envolviam.

(Continua…)


Diana Lua
Diana C. Figueiredo

Escrito em: 29/07 e 14/10/2007 e 04/03/2017 - Publicado: 23/08/2017
Última alteração: 23/02/2022


Notas:

[8] Notas do capítulo anterior.

[9] Se alguém tiver curiosidade pode procurar na Wikipédia por "Saka" ou "Location of the Sakas" para ver a história, era uma tribo de nômades na parte Leste do Irã, por volta de 170 AC e eles utilizavam ornamentações douradas. Como eu tinha inventei uma razão para o nome do Mu, precisava de uma também para o do Shaka né. :) [ wiki/Sakas#Location_of_the_Sakas]

[10] Por que Shion não cuidou do machucado ele mesmo? Bem, porque eu queria botar o Aioros na história. ^_^


# Gente... Muzinho é um pestinha, vou logo avisando. Aquela calma e serenidade só vem com a idade. Aos quatro anos de idade tendo nascido no Santuário e sendo criado por cavaleiros… hahahaha ele só podia ser um terror!

# Essa fic, como side story da Ananké, era mais pra ter a relação deles já adultos, então eu notei que tem pouca coisa deles crianças. Sendo assim eu vou acrescentar uns capítulos porque quero trabalhar esse período até os 7 anos deles fofamente. Então, yeah, vai demorar… depende muito da minha musa, e ela é doida, bipolar, com múltiplas personalidades… complicado. Não preciso dizer que comentários, opiniões e impressões sempre ajudam, então… well…

Espero que ninguém tenha achado o Shaka medroso, lembrando que ele só tem 4 anos e foi uma mudança muito brusca de ambiente pra ele...
O que acharam desse primeiro encontro? :)