N/A: Cá estou eu, mais uma vez, para publicar mais um capítulo. / sobreviveu as azarações do povo...huahahahahahah /. Esse capítulo vai me redimir um pouquinho / quer dizer, nem tanto /. Então, vamos aos agradecimentos.
Gabriela Black - Não, não é impressão sua. Huahahahaha. Ah, o que fazer? Eu estava pensando nas músicas que poderíamos usar para a fic e, quando eu ouvi "Save me Now" percebi que ela não podia ficar de fora. Huahahahahaha. Eu também nunca tinha chegado a ler uma fic que o Ti chegava a tentar se matar por causa da Lily, e então... a idéia surgiu.
jehssik - Eu realmente sou perversa / não é à toa que eu faço parte dessa humilde família...hehehehehe /. Consertar isso no próximo capítulo? Bem... / sorri misteriosamente /
JhU Radcliffe - kkkkk. Bom, espero que não tenha achado meu endereço na lista telefônica. / o.O / O que levou o Tiago a tentar se matar? Bem, ao meu ver é que, ele passou anos convivendo com o ódio e a aversão da ruivinha e, justo quando ele acha que a relação entre eles estava mais amena, ele acaba por só piorar as coisas. Acrescente-se também ao fato dela estar chorando pela morte do outro e o olhar de forma mais irritada do que antes. Ele estava abalado com a morte dos pais dele, se sentindo um inútil e a pessoa mais terrível da face da terra, além de estar com ciúmes de uma pessoa que já estava morta. Conte também com o fato dele estar com um pouco de raiva da Lily, por nunca dar uma chance para ele... Somando tudo isso, ele simplesmente não suportou. Quanto a capítulos felizes... Quem sabe?
Juh - Ah, sim, a Lily sofre. Huahahahahahahahahaha. E quem não gostaria de ter um Tiago só para si.../ desmaia /
Bom, beijos para todos os que estão lendo e/ou comentando na fic. E, no próximo capítulo, quem aparecerá para fazer as N/A's será minha amada manitxa. /Esta vendo isso, Lolly? Isso são ordens de sua irmã mais velha! Huahahahahaha / Fiquem então com o capítulo
Cap 5 – Não vá ainda
Sirius contou tudo o que havia ocorrido para M. Pomfrey, Dumbledore e Mcgonagall, o caso foi abafado e a desculpa foi dada como um simples acidente no banheiro... no qual sem querer o pulso de Tiago foi cortado... mas o que mais intrigava foi que o maroto estava proibido de receber visitas a não ser dos amigos mais íntimos... que sabiam que aquilo tudo não foi um simples acidente de banheiro...
Tiago acordou três dias depois... ligeiramente irritado.
-É... – disse ele num tom sarcástico quando Sirius e Remo foram visita-los. – Vejo que cumpriu sua promessa Sirius Black. – disse ele encarando o amigo, apesar de só ver borrões. – Mas tinha que me deixar azarado nessa bendita maca?
-Achei mais seguro... Você ainda está com essa idéia insana na cabeça?
Os olhos de Tiago ficaram marejados.
-Se você não tivesse me impedido de fazer, não mais estaria...Quem sabe... acho que me jogar da Torre de Astronomia faria mais efeito, não é? A não ser que você decida me salvar montado numa vassoura... Será que devo te contratar como meu segurança particular? Que me impede de fazer o que eu desejo? Ah e também, se não for pedir muito... será que dá para me soltar?
-Não... – disse ele irritado.
-Sirius... você não devia ter interferido... – disse ele com os olhos brilhando de fúria. – Você ainda vai se arrepender por isso...
-Não me arrependo nem um pouco do que fiz... E você não estaria aqui se não fosse por nós... Graças ao seu grande feito... tivemos que inventar uma desculpa qualquer e conseguimos convencer Dumbledore a não mandar uma carta para os seus pais contando o real motivo do seu 'acidente'.. e eles te internarem no St Mungus como um louco.
-Seria melhor do que ficar aqui... acho que lá teria ótimas maneiras de continuar o que eu não terminei...
-Tiago... – disse Sirius irritado.
-E onde estão meus óculos, por acaso criou pernas e saiu andando? Sei que me tornei um quase suicida, mas ainda não fiquei maluco... sei muito bem que, a não ser que esteja enfeitiçado, os óculos não saem por aí andando... ou os conceitos de sanidade mudaram enquanto eu estava aqui?
Sirius fechou os punhos irritado, mas se controlou... sabia que o Tiago usava e abusava do sarcasmo para extravasar suas frustrações e raiva... como se fosse uma válvula de escape.
-Como vê, estamos em uma sala diferente... – disse Remo. – E nada que pudesse fazer você ter novas idéias pode ficar aqui... seus óculos são um deles... Ah, não se preocupe, a azaração vai perder efeito daqui a alguns minutos...
-Assim espero... – ele sorriu pelo canto dos lábios. – Ou senão acho que futuramente podem me confundir com uma estátua e quem sabe... servir para enfeitar alguns dos corredores de Hogwarts?
-Seria uma ótima idéia... logo assim você ficaria menos chato... – disse Sirius irritado.
-Você não tem o direito de falar Sr Black, não depois do que me impediu de fazer...
-Ótimo... eu devia era te deixar morrer mesmo...
-Assim eu esperava que acontecesse...
"O que você quer?
O que você sabe?"
Uma semana, uma semana havia se passado sem que ninguém tivesse noticias de Tiago Potter, uns diziam que o estado dele era grave e que ele foi transferido para o St Mungus, outros desconfiavam da história contada por Sirius... mas todos concordavam numa coisa... aquilo tudo estava muito estranho...
Lílian desviou a atenção ao que parecia a terceira vez do relatório que terminava... Suspirou profundamente, depositando a pena e o pergaminho em cima da mesa... "Por que essa aflição no peito? Nunca tinha se importado com ele antes!"
Constantemente lembrava-se do olhar que ele havia lançado a ela antes de ir para a Ala Hospitalar... tentava em vão decifrar o que significava aquele olhar... e um novo aperto em seu peito surgia quando se lembrava...
"O que teria acontecido?"
"Não é fácil para mim
Meu fogo também me arde"
Apesar de ser um pouco cedo, pegou suas coisas, disposta a se trancar no silêncio do dormitório feminino, a essa hora ainda vazio... Deitou-se na cama com a roupa do corpo enquanto abraçava o travesseiro... Tentava em vão entender o que estava acontecendo com ela e saber o que era aquela dor no peito que a dias começava a afligi-la... como se estivesse perdendo algo...
E ainda havia o Potter... será que foi só mesmo um simples acidente no banheiro? Ela achava que não...
Tiago recebia visitas noturnas dos marotos todos os dias... Pedro era o que menos aparecia, medroso demais para conversar com um Tiago extremamente fora de si e que ameaçara matar Sirius uma vez... e achava que ele podia tentar mais uma vez, só que com ele...
-Me sinto como um animal enjaulado... – disse Tiago monotamente.
-É necessário... – disse Remo calmamente.
-Necessário? Se ponha no meu lugar... eu vejo tudo branco... será que não podiam ao menos pintar as paredes de uma cor diferente, não? Uma janela também faria bem... Nem se fosse falsa... Tem certeza que aqui é Hogwarts mesmo?
Sirius, que ainda olhava para Tiago desconfiado, sempre quando estava naquela sala, segurava o punho da varinha firmemente no bolso direito... para o caso de um ataque do amigo...
-Quando vão me tirar daqui? – falou ele um pouco irritado. – Sabe, já estou ficando entediado de ficar aqui... estou aqui a quantos meses?
-Como saber se o que diz é confiável? – disse Sirius levantando a sobrancelha.
-Eu estou chorando por acaso quando falo da Evans? – disse ele rapidamente e soltou um longo suspiro. – Para mim, ela pouco me importa agora...
-Sei... Daremos então um voto de confiança... Falaremos com M Pomfrey e vejo se consigo alguma coisa.
"Às vezes me vejo tão triste"
Naquela noite, Tiago foi transferido para a Ala Hospitalar... apesar do corte já está quase fechado ( Tiago se remexia muito e ele constantemente abre), ele ainda precisava ficar de repouso e repor o sangue perdido...
O maroto fitava uma das paredes da Ala Hospitalar ligeiramente entediado, o pulso ainda latejava um pouco... Observou as faixas que cobriam o pulso ferido... Suspirou profundamente... "Será que ela está preocupada comigo agora?" Sorriu fracamente ao pensar que sim... talvez essa loucura num momento depressivo dele não fora assim tão ruim...
"Onde você vai?
Não é tão simples assim"
Lílian revirou-se na cama inquieta... não estava mais conseguindo dormir. Bufou de raiva baixinho ao pensar que a época de insônia havia voltado novamente... Vestiu o roupão por cima da camisola e desceu para a sala comunal. Sentou-se numa poltrona, mas não conseguia ficar quieta... aquele aperto no peito voltou com mais intensidade ainda. Por fim, se levantou, deixando-se guiar pelos próprios pés.
Lílian não sabia para onde estava indo, e deixou-se levar... pouco se importava para ela ser vista ou ouvida... Sentiu o vento gélido bater em seu rosto e arrepiou-se, seus passos ecoavam no castelo aparentemente vazio e ela sentia uma paz reconfortante que a muito não sentia... Quando deu por si estava no corredor da Ala Hospitalar.
"Por que às vezes meu coração não responde,
Só se esconde e dói"
Tiago não sabia como agüentava aquele sentimento dentro do seu peito... era algo intenso demais para ficar guardado... Achou ele que foi um dos motivos de tentar o suicídio... não era do feitio dele fazer uma burrada dessas... "O que o amor não faz com uma pessoa..." pensou. Quantas vezes ele resistira a tentação de contar-lhe tudo o que vinha guardando, o que sentia por ela... mas sabia, faltava-lhe o momento, que se fundia ao medo de ser rejeitado, como certamente ele fora naquela noite...
"Por favor não vá ainda, espera anoitecer
A noite é linda, me espera adormecer
Não vá ainda, não, não vá ainda"
Lílian meio receosa pôs a mão na maçaneta... Fechou os olhos e tomando coragem, abriu a porta. Encontrou o cômodo escuro, iluminado apenas pela fraca luz do luar que entrava pelas janelas... Deu alguns passos silenciosos e sentiu o estomago dar uma volta completa na barriga ao reconhecer a silhueta de Tiago, deitado em uma das macas.
Soltou um longo suspiro e se aproximou da cama lentamente, e a medida que se aproximava pôde ver as faixas que enrolavam o pulso e a mão dele e o rosto um pouco pálido do maroto, ele estava deitado de frente e, apesar da cabeça estar voltada para o lado contrário, a respiração ressoante fazia ela perceber que o mesmo estava...
-Dormindo... – disse ela deixando escapar um fraco sorriso.
Lílian sentou-se lentamente na maca ao lado dele, tirando os óculos que ainda estavam no rosto dele e depositando em cima da mesa de cabeceira.
-Isso deve ter doído... – disse ela passando o dedo de leve em cima da mão ferida do maroto, que estava em cima do peito dele.
"Me diga como você pode, viver indo embora
Sem se despedaçar, por favor me diga agora"
Lílian ainda continuava a observar Tiago e, num impulso, passou as mãos de leve pelo rosto do garoto, fechando os olhos rapidamente.
-Merlim, o que eu estou fazendo! – disse num murmúrio rouco, se levantando rapidamente, levemente confusa.
Lílian parou bruscamente ao sentir uma mão se fechar sobre o seu pulso.
Tiago a fitou por alguns minutos e Lílian teve quase certeza que viu os olhos dele brilharem um pouco.
-O que você quer agora? Aliás, o que você está fazendo aqui? – disse ele sarcástico, escondendo a surpresa de vê-la ali. Por um momento resistiu ao desejo de dizer "Não vá embora, fique aqui!".
-Não lhe devo satisfações... – ela disse, mas pretendia dizer "Não Sei...".
-Você não devia estar aqui...
-Eu sei muito bem disso, Potter! – ela retrucou irritada.
-É mesmo? – ele apertou o pulso dela com mais força. – Me admira você vir me visitar na calada da noite... quando eu sou alguém tão insignificante para você.
-Apenas fiquei curiosa... – ela se soltou da mão dele e o encarou irritada.
Tiago firmou o olhar irritado dela, num misto de fúria e amor.
-Curiosa? Nossa... acabamos de encontrar uma virtude de Lílian Evans? – disse ele sarcástico.
"Ou será, que você nem quer perceber?
Talvez você seja feliz sem saber"
-O que realmente aconteceu, Potter? Não foi um simples acidente no banheiro, não foi?
Ele a encarou num misto de raiva e incredulidade.
-Por que você quer saber? Você não se importa comigo mesmo... – disse ele irritado.
-Não foi um simples acidente, não é?
Ele fitou a janela a sua frente... travando uma luta em seu próprio subconsciente para ver se dizia a verdade ou não... Lílian o encarou surpreso por uns minutos, nunca vira a face do maroto tão séria e ao mesmo tempo tão sombria.
-Foi um simples acidente sim, Evans... – disse ele ainda fitando a janela.
-Isso é mentira. – disse ela firme.
-Mentira? Quem é você para falar que eu estou mentindo, Evans!
-Como não está mentindo, Potter!
-Eu não estou mentindo. – ele falou irritado, encarando a janela firmemente.
-Ah, é? – ela interrogou. – E por que não me encara quando fala isso?
Tiago se virou para a garota irritado e percebeu que ela tinha os braços cruzados e uma sobrancelha levantada.
O maroto consertou os óculos silencioso... "Qual seria a reação dela se ele lhe contasse a verdade?".
-Por que eu não te encaro? Ora, Evans, eu também não lhe devo satisfações.
Tiago abriu um fraco sorriso ao ver que a garota bufava de raiva baixinho.
-...Mas, devido a grande virtude que possui e que agora esta a te matar por dentro, irei te contar... Eu não te encaro, porque assim como você diz que eu não significo nada para você, você significa o mesmo para mim e por isso, não me dou ao trabalho de fazer isso.
-Isso não é desculpa, Potter! – ela virou o rosto dele e o fez encara-la... Tiago fechou os olhos por um momento, desejando beija-la novamente. – Por que você está mentindo?
-Por que eu estou mentindo? Quem é você para falar isso Evans, isso aqui é o quê? Interrogatório por um acaso? Eu sou procurado pelos aurores e condenado a Azkaban e não sei ainda? Não lhe devo satisfações.
"Por favor não vá ainda, espera anoitecer
A noite é linda, me espera adormecer"
-Mas a curiosidade não é minha única virtude... tenho outra muito melhor... que é a teimosia.
-É mesmo? Não diga! Então somos dois... também sou teimoso e não tem quem me faça fazer algo que eu não quero.
-Então ficaremos aqui a noite toda... até você me contar...
-Eu já lhe contei Evans, tudo não passou de um acidente... – disse ele, que ainda tinha o rosto segurado pela garota.
-Diga isso me encarando Potter... – ela apontou para o olho dela e depois para o dele com a mão livre, enquanto completava a frase. - ... olho no olho.
-Foi um acidente... – disse ele firme, a encarando.
-E como foi esse acidente?
-Como foi? – Tiago não havia pensado nisso.
-Se não passou de um acidente... então pode me contar, não é?
-Eu escorreguei e, quando tentei me segurar, acabei me arranhando, numa parte da pia que estava quebrada.
-Muito mal contada essa história... – ela largou o queixo do maroto, que voltou a olhar para a janela.
-Certo... se você quer saber tanto o motivo assim Evans, eu irei te contar... – ele fechou os olhos e tornou abri-los, soltando um longo suspiro, mas não os impediu de ficarem marejados. – O motivo disso... – ele ergueu o pulso cortado – ... foi você.
-Como assim?
-Será que você quer que eu escreva também? – disse ele num tom sarcástico apesar das lágrimas rolarem pelo seu rosto.
-Potter, eu realmente não entendi...
-Não entendeu? Quando uma pessoa corta o pulso, da forma como eu cortei, ela só deseja uma coisa Lílian... morrer... já que a vida não tem mais sentido, já que a pessoa com que faz ela ter sentido te despreza sem nem se saber o porquê.
Lílian manteve a expressão firme, apesar dos olhos estarem marejados.
-Que continue assim então Potter... eu não te amo.
-Sabia que de nada ia adiantar eu continuar vivo... – disse ele enxugando as lágrimas e olhando-a com rancor. – ... o Sirius que insistiu em me salvar... mas ainda assim, desejava ter morrido naquela noite... Para não encontrar você novamente e sentir todo esse ódio que guarda por mim...
-Pois que morresse... pouco me importaria com isso. – ela respirou profundamente e fechou os olhos.
-Certo... Já que você não tem mais nada para fazer ainda... sugiro então que vá embora. – disse ele com a voz trêmula, mas sem derramar uma lágrima sequer, enxugando o rosto bruscamente. – De preferência suma de vez da minha frente, Lílian Evans.
-Nada mais me dará prazer do que isso, Tiago Potter.
Lílian rapidamente deu as costas para Tiago e saiu correndo e, antes da porta se bater ele pôde ouvir um soluço reprimido... Ele continuou a olhar para a porta, soltou um longo suspiro e enxugou as novas lágrimas que caíram do seu rosto bruscamente.
-Que assim seja, Lílian Evans.
"Não vá ainda, não, não vá ainda."
Música: Não vá ainda – Zelia Duncan.
