Capítulo II – Apaixonados?

"Kanon Sossega!"
"Porque minha gatinha?"
"Ora porque agora eu quero dormir."
"Dormir?"
"Tum...Tum... Tum... Kanon!"
"Essa voz é do Saga?"
"Parece com a sua então é sim."
"To indo!"
"Saga, tem formiga na cama é?"
"Não é hora para piada."
"O quê que aconteceu?"
"Estamos com sérios problemas."
"Como assim?"
"Os petroleiros foram extraviados."
"O quê?"
"Isso mesmo, precisamos avisar os outros. A saori quer que eu e a Samylla vá investigar o caso, sairemos amanhã de manhã. Onde está a Sullamyta?"
"Estou aqui." – Sullamyta vinha amarrando seu hobby.
"Vai meu amor troque de roupa que nós precisamos sair."
"Agora Kanon?" – Estava com uma carinha de sono.
"Sullamyta o caso é grave." – Saga dizia coçando a testa.
"Tubo bem. Vocês estão com uma cara."
"Saga, acalme-se, vai dar tudo certo, vamos agora avisar os outros."
"Pronto rapazes, já estou aqui."
"Sullamyta, peça sua irmã para vim até minha casa, Kanon e eu vamos avisar os outros."
"Mas do que vocês estão falando?"
"Você vai ficar sabendo, agora vamos Kanon."
"Saga não é melhor pedirmos o Mú para fazer isso, ele se tele-transporta e pronto."
"Boa Kanon, vamos logo então."
"Mas Saga, Kanon eu não estou... Droga porque eu tenho que ser a última a ficar sabendo de tudo?" – Sullamyta estava revoltada.

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Casa de Gêmeos

"Estão todos aqui?"
"Estamos, ale aga o quê que aconteeu ara ocê tirar a gente da cama há essa hora?" – Aioria falava bocejando.
"Aconteceu o seguinte, os petroleiros foram roubados."
"Como é que é?" – Shaka pulava do sofá.
"Isso mesmo, eu já estava sabendo desde manhã cedo, Saori me pediu para não falar nada até que ela tivesse certeza, agora à noite ela me ligou e ordenou para Samylla e eu irmos até o Japão amanhã cedo."
"Porque só vocês dois?" – Agora foi Afrodite que pronunciara.
"Ela quer que nós investiguemos o caso."
"Dizem que você é bom nisso, não é mesmo Saga?"
"É o que dizem Aioros."
"Quero que vocês todos fiquem atentos a qualquer telefonema, qualquer pista entrem em contato com a fundação. Kanon, você e Sullamyta irão para a empresa na parte da manhã e da tarde, ou seja, terão que acordar cedo. Os demais por enquanto ficarão na mesma, mas se preparem que logo, logo precisaremos de vocês."

Todos concordaram com Saga, ficaram conversando até por volta de 1 hora da manhã e foram para suas casas.

O dia amanhecera, Saga por sua vez rolara a noite toda de um lado para o outro, ora pensava na empresa, ora numa certa mulher de cabelos dourados. Balançou a cabeça para livrar-se de pensamentos insanos e foi arrumar sua mala. Estava levando tudo que precisaria para passar uma semana fora. Terminou com a mala e foi se arrumar. Colocou uma calça preta, uma blusa social manga ¾ num tom de verde bem claro, e calçou um sapato preto, seus cabelos foram amarrados num rabo de cavalo e para completar seu look perfeito, colocou seu óculos escuros.

Samylla já havia arrumado sua mala na noite anterior, preferiu assim para no outro dia cuidar um pouco da beleza, não era necessário fazer muita coisa pois sua beleza era nata. Olhava-se no espelho e lembrava de um certo homem que nunca vira beleza igual antes, exceto pela aparência com seu cunhado, mas igual à dele jamais vira antes, aqueles olhos arrebatadores junto com sua elegância e inteligência a fascinava, porém no dia anterior ele havia magoado-a. Negou seus pensamentos e continuou a se arrumar. Trajava um lindo vestido azul bebê de alcinhas finas na altura dos joelhos, este modelava sua cintura e dava uma leveza nos quadris. Calçou uma sandália de saltinho na cor tabaco e
juntou seus cabelos em um coque com algumas mechas soltas deixando amostra seu belo e fino traço.

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"Toc... Toc... Toc..."
"Oi Saga." – Disse bem séria, mas seu coração não permanecia naquele estado, pelo contrario, saltitava a cada vez que o olhava.
"Você está ... pronta?" – Disse gaguejando, pois na verdade queria dizer que estava linda.
"Estou, vou pegar minha mala." / Como ele é lindo, esse sentimento vai acabar me deixando louca.
"Tudo certo? Trancou tudo?"
"Tudo certo. Agora vamos?"
"Vamos, o jato já está nos esperando."
"Você dormiu bem?" – Saga tentava puxar algum assunto.
"Sim e você?"
"Eu não consegui pregar o olho."
"É mesmo."

"Você almoçou com seu amiguinho?" – Tentava não se alterar.
"E você deixou?"
"Então você iria almoçar com ele?"
"Se você não tivesse desligado o telefone na cara do coitado eu iria sim, o que há de mais? Ele e eu somos amigos e nada mais."
"Coitado? Olha Samylla, acho que você deveria colocar um pouco mais de maldade nesse amiguinho seu. Você acha mesmo que se ele quisesse só amizade, ficaria na sua cola o tempo todo?"
"Não sou como você que coloca maldade em tudo."
"Eu não coloco maldade em tudo, eu só vejo as coisas."
"Então você vê o quê?"
"Vejo que ele está interessado e que você está dando corda."
"E se eu estiver? E daí?" – Falava enfrentando-o.
"O quê?" – Saga estava totalmente perplexo.
"E se ele estiver a fim de mim e eu der corda, qual é o problema? Eu sou livre e desimpedida."

Saga contou até dez mentalmente, não gostara nem um pouco do que tom de voz de Samylla, aquela garota estava deixando-o fora de sério.
Já ela, estava se divertindo ao notar que ele sentia ciúmes.

"Não há problema nenhum não é mesmo? Vá em frente, tomara que você não quebre a cara."
"Não se preocupe à toa Saga."

Continuaram a caminhada em silêncio, em hora ou outra Samylla o olhava e notara seu semblante reprovador, se divertia com isso, mas mantinha sua pose séria e elegante.

Entraram no jatinho e se acomodara nas poltronas, Samylla sentou bem atrás de Saga para poder observa-lo melhor. Começaram a voar rumo ao Japão, a viagem ia ser um pouco demorada.

Saga passava seu tempo ouvindo música, gostava de rocke um pouco de Jazz, estava ouvindo The Unforgiving do Metállica pela terceira vez. Depois ouviu Led Zepplin, Deep Purple e passou para o Jazz com John Coltrane. Aquilo realmente o acalmava, aonde ia, levava consigo sua coleção de cds e seu inseparável Discman. Samylla gostava muito de pintura e desenho, estava desenhando uma linda paisagem da Grécia.
Estavam aproveitando muito bem o tempo vago para se distraírem um pouco e não pensarem em tudo que viria pela frente.

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Em um outro lugar

"Torrês! Fizeram o que eu mandei?"
"Ainda não senhor."
"Mas que diabos! Porque não explodiram eles ainda?"
"Senhor, o nosso cientista disse que há uma probabilidade de causar danos ao agente químico e danificar nossas bombas."
"Ele disse é? Droga! Chame-o até aqui."
"Mandou me chamar senhor?"
"Quais os danos que causarão?"
"Todas as substancias que estão imersas no ácido senhor, podem ser danificadas devido ao impacto da explosão, causando perda da funcionalidade delas, ou seja sairiam armas defeituosas, compreende?"
"Sim, mas não correremos riscos de nos achar?"
"Não se preocupe, verifiquei bem os navios e os dispositivos e sensores que encontrei já foram retirados."
"Então está tudo bem, agora é só esperar que a Nossos amigos Sírios nos ligue. Ahahahahahahahah!."

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Japão

Mansão Kido 13:00hs.

"Senhorita Saori nossos hóspedes chegaram."
"Obrigada Tatsumi."
"Saga! Samylla! Que bom ver vocês!"
"Athena!" – Disseram em coro fazendo uma reverência.
"Vocês não têm jeito, já disse que não precisam formalidades fora do santuário." – Saori disse serenamente.
"Para mim você é Athena em qualquer lugar."
"Ah Saga!"
"Como você está Saori?"
"Melhor agora que vocês chegaram."
"Iremos averiguar este caso e descobriremos quem está atrás disso tudo."
"Não quero pensar nisso agora, estou esperando vocês para almoçarmos."
"Então vamos logo."
"Vocês devem estar cansados também?"
"Eu estou mesmo, não consegui dormir a noite passada."
"Saga, você sofre de insônia não é mesmo?"
"Para ser sincero, ontem foi a única noite que eu não dormir depois que a senhorita deu esta grande oportunidade para nós."
"Fico feliz Saga! E você Samylla?"
"Eu estou bem, na medida do possível." – Disse dando uma olhadinha para Saga.

Saori notara que alguma coisa estava acontecendo entre aqueles dois e resolveu dar uma cutucada.

"Como assim Samylla, não estou entendendo?"
"É que algumas pessoas que a gente passa a conviver, acham que é o dono do pedaço e da situação e querem mandar na gente."

Saga não gostou nenhum pouco do olhar desafiador da garota e decidiu revidar.

"Olha Samylla, eu acho que você está sendo muito infantil, eu já te pedi desculpas por ontem. Você está me tratando assim porque que quer, eu não estou com ciúmes de você como própria disse e nem quero que pense que eu quero o seu mal. A vida é sua, você faz dela o que bem entender, ficou bem claro?"
"Infantil! Eu? Você que..."
"Gente, eu não estou entendendo?" – Saori falou um pouco preocupada.
"É que o Saga fez a maior falta de educação com um amigo meu Saori."
"Acontece que estávamos esperando uma ligação sua Saori, e esta senhorita estava namorando pelo telefone."
"Urrrrr... Saga larga de ser idiota." – Samylla estava vermelha de raiva.
"O quê?" – Saga completamente indignado.
"Chega! Sabe o que eu acho? Vocês dois estão é apaixonados um pelo outro."
"O quê?" – Disseram em coro.
"Exatamente, basta olhar para os dois e descobrir. Essa birra de vocês prova tudo, Saga, você está com ciúmes dela sim senhor, e você Samylla, está revoltada porque ele disse que não se importava com o que você iria fazer da sua vida."
"Saori! Athena!"
"Agora vamos almoçar sossegados!" – Saori havia gostado da reação que causara em ambos, sentiu que isso iria ajudar os dois a se acertarem.

Todos almoçaram em silêncio, logo depois, Saga ligou para a empresa para dizer que haviam chegado bem e para saber noticias. Tatsumi levou-os até os quartos para poderem descansar um pouco.

"Samylla, eu posso entrar?" – Disse já abrindo a porta.
"Claro Saori."
"Podemos conversar um pouco?"
"Com muito prazer."
"Como vai sua irmã e Kanon?"
"Eles estão muito bem e super felizes."
"Ótimo! E você? Está realmente namorando?"
"Não! O Saga que pôs isso na cabeça, na verdade um amigo meu do curso de administração, me ligou ontem me convidando para almoçar, não sei porque cargas d'água, o Saga deu um pulo da cadeira, tomou o telefone da minha mão e desligou na cara dele."
"O Saga gosta muito de você, ele não aceita que você tenha esse tipo de amizade, você nota que ele tem ciúmes até do Kanon?"
"É verdade, mas se ele realmente gostasse de mim ele se declararia, você não acha?"
"Não é assim! O Saga carrega muita culpa do seu passado, certas coisas ele ainda não assimila, compreende? Ele acha que não é digno de amar ou ser amado por alguém."
"Mas ele não pode viver em função do seu passado."
"Você gosta dele não é mesmo?"
"Gosto muito, antes de nós convivermos igual a gente convive hoje, eu já era fascinada por ele, agora!"
"Qual garota não ficaria fascinada com Saga? Além de ser muito bonito, é carinhoso e amável, só precisa se dar conta que está apaixonado e pronto."
"Será? Ultimamente ele não está muito amável."
"Não se preocupe, ele está assim por causa do ocorrido com os navios. Me diga como é o relacionamento de vocês?"
"Bem, ele é super gentil, carinhoso como você diz, me trata super bem. Nos churrascos que a gente faz de vez em quando, ele junta com os amigos e fica super divertido. Ah! Sempre está perto de mim também, ele vem despistando assuntos sobre a empresa e a gente acaba conversando sobre muitos assuntos." – Dizia dando pequenas risadinhas.
"Mas e sobre vocês namorarem?"
"O Saga nunca tocou nesse assunto comigo, por isso, acho que para ele nosso relacionamento não passa de amizade."
"Eu acho que se minha intuição estiver correta, as coisas entre vocês irão acontecer ao poucos, agora, também acho que você está pegando muito pesado com ele."
"Você tem razão."
"Desculpe interrompe-las, Saori, uma ligação da Petrol Graad Central."
"Obrigada Tatsumi, Samylla depois falaremos mais sobre este assunto. Agora por favor, chame o Saga e desçam para meu escritório."
"Sim, com sua licença."

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Em seu quarto, Saga refletia sobre o que Saori dissera.

/ Será mesmo? Apaixonados? Ah Samylla!

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Continua...