Estavam os dois ali, Capitão Jack Sparrow e Gibbs, sem nenhum assunto.De repente, ocorreu algo a Gibbs, algo que até o mesmo estranhou ter pensado."Jack não tem uma aparência assim tão má, e sendo tão mulherengo... Provavelmente tem filhos por aí! Milhares de filhos!" Arregalou os olhos em pensar na quantidade. "Ah ta bom, nem tantos... No mínimo uns três! Ah sim... Tenho certeza!Será que ele nunca pensou nisso?"
-Jack...
Jack, que estava virando a última gota de rum daquela garrafa em sua boca, desistiu da mesma, deixando a garrafa de lado.
-Que é? – Disse meio impaciente.
Pegou outra garrafa - aparentemente a última – e abriu.Enquanto bebia uma enorme quantidade, Gibbs continuou:
-Já pensou em quantos filhos você tem por aí, hein?
Nesse momento os olhos pintados de Jack se arregalaram e ele engasgou com o rum. Gibbs deu uns tapões em suas costas, e Jack, à muito custo, colocou o rum que tinha na boca todo para fora.
-Mas você me vem com esse papo a essa hora da tarde?
-Oras, não me venha com isso...Se te perguntasse à noite tu me responderias o mesmo.
-Mentira!Responderia que não se pode dizer isso na hora do jantar! É diferente, não entende? E isso é pergunta que se faça? – Virou a cabeça e começou a coçar a barba, como que tivesse lá suas dúvidas. – Bem...Pensando bem, de certo modo até que eu gostaria de saber.
Porque no fundo, Jack queria mesmo ter um filho. Um filho já crescido, não queria ficar cuidando de molequinhos...Queria um rapaz feito, só para criar! Um rapaz que fosse que nem ele...Que gostasse de rum assim como ele...
Ah não, espera aí! Se o moleque gostasse de rum, teria que dividir com ele! Bom, a verdade é que tanto fazia. Jack tinha mesmo que dividir o rum com a tripulação, não lhe seria problema dividir com mais um.
-Gibbs...Ótima idéia, perfeito!
Olhou para a bússola. Ela apontava para... O que, Tortuga? Céus, seu filho estava lá? Será que Jack não desejava mais o rum de lá do que o seu filho? Bateu na bússola novamente. É, era isso. O rapaz estava mesmo em Tortuga!
Ou será que ele estava mesmo tão louco por um rum?Tanto fazia...
-A Tortuga, pessoal!
Sorriu.
Todos falavam da decisão maluca que o Capitão teve assim, do nada. Gibbs se sentia culpado... Fora ele quem havia dado essa idéia maluca... Mas como, me diga, como ele iria saber que Jack tinha mesmo interesse em ter um filho? Quem diria... E pensar que era o mesmo Jack que não conseguia aturar nem mesmo um macaquinho-zumbi... Imagine só uma criança!
"Deve ser só um sonho. É isso, só um sonho!"
Pegou uma garrafa vazia de rum e bateu na própria cabeça, para ver de era mesmo um sonho. Por sorte a garrafa não quebrou, mas fez um grande estrago. Gibbs caiu desmaiado, e logo todos foram ver o que acontecera. Só o homem mudo viu Gibbs tacando a garrafa em si mesmo, então seu papagaio disse, por ele:
-Gibbs suicida! Gibbs suicidaaa, GRAAAAA!
Jack faltou pegar o papagaio pelo pescoço e tacar no chão, mas se o fizesse, como falaria com o mudo? Tentou se acalmar... No fim, tudo daria certo, afinal...
Acharia seu filho. Seu filho!
Pegou o braço de Gibbs e levantou-o.
-Fiquem calmos, eu vou sentir o pulso dele. – E foi aí que lhe ocorreu... – Ei, eu não sei sentir pulsos! – Terminou, falando mais baixo.
Largou a mão de Gibbs de lá de cima, que caiu com um baque.
-Não importa, ele vai ficar bem! – E saiu saltitante e alegre para sua sala.
Os dias se passaram, tumultuados e confusos.Ninguém entendia ainda o porquê da decisão e da felicidade de Jack.Claro, afinal, Gibbs não contara para ninguém sobre aquela conversa que originou toda a bagunça...Tinha muito medo de que todos lhe olhassem feio, ou resolvessem colocar ele na prancha.
Porque a verdade é que eles queriam ir atrás de tesouros, e se em Tortuga havia tesouros...Ah, estariam bem escondidos, pois até aquele dia já haviam ido até lá milhares de vezes, e nada.Nadinha de tesouros.
É claro, quando iam até lá, o propósito era...Fazer estoque do que havia do melhor de rum.Mas dessa vez não, dessa vez Jack não dissera nada sobre o rum.
Não que ele não estivesse com vontade, é claro.
-Rum, rum, rum...Porque sempre tem de acabar?Gibbs!Ei, Gibbs, onde há rum nessa espelunca?Preciso de rum para raciocinar!
"Raciocinar...O que, por exemplo?Como ensinar ao seu filho a inclinação perfeita para se virar o copo de rum na boca?Céus...Pensando bem, eu bem quero um bom de um rum...Estou seco!"
-Já vou ver, Capitão!
Ele e mais algumas pessoas foram atrás de rum pelo navio todo.E nada.Nem uma gotinha.Todos estavam sedentos por rum...Há séculos não se via mais nem uma garrafa.Precisavam chegar logo em Tortuga...Ah, precisavam!
Depois desses dias difíceis com direito até á falta de rum, chegaram em Tortuga.Graças á Barba Ruiva!Jack juntou suas tralheiras e saiu do navio, com aquele andar tonto dele...Prova de que este não era causado por seu constante estado de "bebedez", e sim por...Sei lá, qualquer coisa que lhe deixara maluco.Ou talvez ele tenha nascido assim mesmo.
Vai saber.
Enfim, lá ia Capitão Jack Sparrow sem desgrudar os olhos da bússola, só seguindo a direção apontada, enquanto toda a tripulação vinha atrás de si, entreolhando-se.
De repente o pessoal lá de trás esbarrou no pessoal da frente, e deu a maior confusão.É que os da frente haviam parado, e os de trás continuaram a andar.
Ei, mas espera...Porque eles pararam?Ali estava o motivo: Capitão Jack Sparrow caído embaixo de um poste.Ele estava lá, seguindo o ponteiro, sem nem olhar para frente...E não podia mesmo dar em outra!Bateu com a cabeça no poste.
E que tumulto, toda a tripulação tropeçando nos pés dos outros, sendo empurrados, sendo apressados.E aí, depois de todo o desastre a cena toda estava até engraçada.Sério mesmo!
Imagine só, o Jack estendido no chão, embaixo de um poste, a tripulação toda e mais um monte de bêbados do bar mais próximo em cima do Capitão e ainda, um monte de gente se atropelando e tropeçando uns nos outros.
Que loucura!
Jack abriu discretamente um dos olhos, e viu umas moças bonitas debruçadas em cima de si.Imediatamente aproveitou-se da situação, como era de se esperar, claro.
-Oh, eu estou mal...Muito mal!Minha cabeça dói muito... – Dizia, gemendo.
Umas moças fizeram biquinho e disseram, em coro:
-Tadinho!
-Mas talvez... – Ele continuou. – Talvez eu melhore com um beijo! – Disse, todo esperto, já fazendo biquinho, pedindo o beijo.Abriu um dos olhos para dar uma espiadinha, e as moças continuavam a fazer cara de dó.
Fechou os olhos novamente, ainda fazendo biquinho.
-Ah sim...Claro!Mathilde, que tal você ajudar nosso pobre doentinho, hum?
-Deixa comigo!
E lá foi Mathilde se aproximando de Jack...O mesmo, prestes a beija-la lhe olhou de último instante.
Era enorme!Mathilde era gigantesca, gorda!Céus, precisava escapar!Colocou a mão na boca e recuou para trás, sentando-se com esforço.Ainda estava meio tonto.Pelo menos mais do que de costume, claro.
-Não é necessário, meninas.Estou...Ahn, já estou bem melhor agora!
As moças deram risadinhas debochadas, tapando a boca com a mão.A moça que ordenara Mathilde para que "curasse" Jack, chegou na frente no mesmo e deu-lhe um tapa na cara.
Jack colocou a mão no rosto.O que fizera desta vez?
-Não, aí não, dessa vez eu não mereci!O quê que eu fiz?
-Cafajeste!Finalmente lhe achei! – Dizia, com desgosto - Engravidou minha irmã e foi-se embora...Nem cuidar do filho veio cuidar!Dos filhos, quero dizer.Gêmeos, ainda fez essa proeza!Gêmeos!Canalha, inútil!Vá resolver seus assuntos em vez de se embebedar por aí!
N.A.: A-m-e-i !
Se eu largar essa fic, por favor, me esganem!Amei a idéia...Meu irmão que sugeriu. xD
Ainda vai rolar muita doidera com essa história...
Jack e "seu constante estado de 'bebedez'" ainda vão dar o que falar...
E Jack e seu filho então...Filhos, quero dizer.Ah, esses, nem se fala...
Já pensou em como são os dois?Que idade eles tem, como se vestem, quais são suas manias, se são parecidos ou não com o pai...E já pensaram também nas reações do encontro pai-filhos?
Ah, não precisam
pensar...Apenas aguardem e verão!
Campanha DURPEAI
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Hahuahauhau! xD
Bjksss, e até o próximo
capítulo...
