Capítulo 3
-Ai meu Deus!
-Acalme-se, senhora.Ele vai ficar bem.
Anne não queria nem saber se o médico estava certo ou não.Afinal, era seu filho.Seu filho!
-Eu lhe disse, seu inútil!Eu lhe disse que ninguém iria sair.E você?Nem para deter seu filho!Mas será possível que você só sabe beber, homem?
Jack estava sentado numa cadeira, observando o filho desmaiado sobre a cama.Até agora não dissera nada, mas tratou de apressar, se explicando:
-Quem, eu?Mentira!Eu sei roubar também! – Disse Jack, emburrado. – E ele está assim porque não está acostumado a beber.
-Graças à Deus que não!E nem vai se acostumar.Humpf!
-Bem, minha senhora, meu trabalho acaba aqui.Mas, se não for muito atrevimento de minha parte... Da próxima vez, pense melhor antes de ter mais um filho com este aí. – O médico disse, na maior cara-de-pau mesmo. – Não era mesmo de se esperar que saísse boa coisa.
Afinal, já fora pago, e isso era o que ele mais queria dizer desde que chegara naquela casa.Desde que chegara olhava Jack de cima até embaixo.
Jack e Anne entreolharam-se, corados.
-Não, nós... – Começaram, ao mesmo tempo.
-Nós não estamos mais juntos. – Terminou Anne, com um sorriso bem forçado.
O médico tratou de se apressar em sair de fininho daquele lugar, pois até o mesmo admitia que fora ousado demais.Ah, mas eles que agradecessem!Ele nunca fora tão sincero com um cliente como fora com aquela senhora.
Quando o médico saiu do quarto, Jack e Anne se olharam mais uma vez, envergonhados.
-Ora, imagine só! – Dizia Anne, com um sorriso bobo no rosto, balançando negativamente a cabeça, as suas bochechas coradas.
-Nós dois, juntos...Não é de se preocupar, está mesmo na cara, o homem é cego! – Continuava Jack, fazendo pose de machão, como se estivesse com toda a razão.
Julian abriu os olhos lentamente, sentou-se na cama e abriu a boca para dizer algo.Ou pelo menos parecia que ele ia dizer algo, até um vômito sair pela boca do mesmo.
-Que dor de cabeça. – Resmungava.
-Bem feito.Humpf...Achei foi bom! – Dizia a mãe.Em seguida, fez uma imitação ridícula do filho: - "O pai é boa gente".Oras...Está aí a boa gente que ele é!
Jack aproximou-se de Julian.
-Não dê ouvidos á sua mãe. – Dizia, bem baixo. - Você ainda acostumará a beber.
Julian deu um sorrisinho.
-Ai meu Deus...Erick não retornou até agora! – Dizia Anne, enquanto tentava equilibrar alguns copos sujos numa bandeja.
-Erick, Erick...Á essas alturas aquele moleque está morto. – Disse Julian, aparentemente despreocupado.
Os copos da bandeja se desequilibraram, e quase caíram, se não fosse por Anne ter recuperado o equilíbrio.
-Não diga isso, Julian!
-Aquele lá não consegue sobreviver na rua sem se machucar nem no caminho de cá para o mercado! – Insistiu Julian, provocando.
-Julian, não diga nada...Apenas olhe para si, certo? – Disse a mãe, agora com um sorriso cínico estampado na face e a sobrancelha direta arqueada.
-Ah, isso?Eu estou muito bem disposto, chamar o médico foi uma bobagem!Veja só...
Pulou da cama para o chão em um Salto-Quase-Que-Mortal.Não me pergunte como é isso, mas é alguma coisa bem louca.Em seguida sorriu, virou para o lado e vomitou.
-Ah, ótimo!Onde está a Jane quando a gente mais precisa?Eu tenho mesmo que contrata-la para os fins-de-semana também.
-Pode deixar que eu limpo, Anne. – Disse Jack.
-Minha nossa, desde quando o Capitão é prestativo?
Jack estreitou os olhos e balançou a cabeça com uma expressão...Sei lá, ébria?
-Aprendi muito com a nova tripulação, sabe?Quer ver, eu sei cuspir bem longe, olha...
-Não, não, obrigado. – Disse Anne com um sorriso forçado no meio de sua expressão de nojo. – Eu realmente agradeceria se você apenas limpasse o chão.
-Sempre eu! – Fez cara de derrotado e foi buscar um esfregão e um balde.
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Toc, toc, toc.Era a terceira vez seguida que batiam na porta.
-Jane, abra esta porta de uma vez! – Gritou Anne.
Foi aí que lembrou: Jane não era contratada para os fins-de-semana.Céus!Estava mesmo óbvio que ela não descansaria naquele dia.Desceu as escadas correndo e atendeu a porta bem na hora em que bateram pela quarta vez na mesma.
-Pois não?
-Aqui está o seu "único filho que ainda tem algo na cabeça", de acordo com você mesma, irmãzinha. – Dizia um homem muito do bigodudo, que trouxe para dentro do campo de visão de Anne o "filhinho ajuizado" dela, puxando-o pela orelha. – É bom me agradecer!Estava bebendo, este desgramado!
-Ai, ai!Me larga tio, me larga! – Erick reclamava, a orelha já vermelha por causa dos puxões.
-Quem diria, não? – Disse Julian, que descera á pouco. – Irmãozinho, você, bebendo?E eu que achei que não bebia nem mesmo uma tacinha de vinho! – O irmão ria, todo satisfeito.
-Cale-se, Julian. – Disse Erick, que fora libertado pelo tio com um empurrão do mesmo que o jogou no chão.
Agora estava ajeitando as vestes e tentando limpá-las, passando as mãos por elas como um espanador.
Jack, que havia descido com Julian, apareceu ao lado de Anne com uma cara de... De bêbado, oras!
-É por causa do pai, é que ele... – Anne começou a explicar para o irmão, quando percebeu a presença de Jack.
-Jack? – Perguntou Anthony (O tio dos garotos, irmão de Anne), incrédulo.
-Não, meu caro senhor.Capitão Jack Sparrow!Capitão!
Anthony revirou os olhos.
-Continua o mesmo, pelo visto.
-Certamente, Tonynho.O mesmo de sempre.O mais charmoso, como sempre foi.O mais belo, como sempre foi.O mais inteligente, como sempre foi.O mais...
-...Idiota, como sempre foi.Certo, certo, Sparrow.Chega desse discurso, seu desgramado.Já sabemos muito bem como você é.Um idiota canalha que deu á minha irmã filhos ilegítimos de presente de natal.Perfeito! – Revirou os olhos.
Jack apenas pigarreou e ajeitou as vestes todo imponente.Em seguida respirou bem fundo e fez cara de importante.
-Pelo menos estou de volta, arrependidíssimo.
Anthony caiu na gargalhada.
-Basta!Chega, vocês dois!
Anthony fingiu um engasgo e Jack pigarreou novamente.
A verdade é que nem era com eles.Era com os gêmeos.Só perceberam quando viram a mãe olhando feio para os dois, que estavam parados como duas estátuas de guerreiros de diferentes tropas.Julian estava dando uma chave de pescoço em Erick e este estava quase para morder o braço do irmão.
Quando a mãe gritou, só ficaram parados naquela posição.
-Julian, solte seu irmão imediatamente!
Julian soltou Erick e apontou para ele, enquanto o irmão apontou para Julian e os dois disseram, ao mesmo tempo:
-Foi ele quem começou!
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-Equilibre a garrafa na cabeça e caminhe até ali.
-Está brincando? – Perguntou Julian.
-Não.Vai lhe parecer muito útil quando for roubar rum, ou quando estiver na prancha, ou quando...
Erick bateu na testa e balançou a cabeça negativamente.
-Céus, você também não faz nada, Erick, então nem reclame!E, querendo ou não, você tem do meu sangue (entupido de rum)!
-Posso até ter, mas graças á Deus eu tenho juízo, seu velho. essa palavra?
-Juízo, juízo... – Dizia Jack enquanto olhava para cima como se procurasse o significado da palavra dentro de sua cabeça. – Ah, sim!Juízo, aquela coisa que os ricos passam debaixo do braço...Prefiro meu odor natural, – Levantou o braço e inspirou bem fundo, estonteando ao sentir o cheiro. – não precisa esnobar teu juízo não, filho.E velho você também vai ficar, só não garanto que tão bonito quanto eu.
-Ai meu Deus!Pior do que eu imaginava... – Disse Erick, revirando os olhos.
-Toma, filho.Tente. – Disse Jack, querendo convencer Erick de que não era tão mal assim e entregando a garrafa vazia de rum para o mesmo.
-Tentar? – Perguntou, agora tão confuso que esquecera de tudo.
-É, equilibrar a garrafa...
-Não, não, eu não...
-Vai filho.Pela tua mãe.
Certo, não tinha mesmo razão para que ele metesse a mãe no meio da história.Não fez pela mãe, afinal, pois ela nem estava vendo. Por algum motivo que até o mesmo desconhecia, Erick queria agradar o pai.E, para completar, chamou Jack de algo que o deixou pasmo...Isso porque ele nem vira ainda o que Erick faria em seguida.
-Está bem, pai. – Deu ênfase na palavra 'pai'.Porque queria tanto que o pai ficasse feliz?
Pegou a garrafa e colocou sobre a cabeça.Em seguida saiu andando, a garrafa ainda em cima da cabeça, cambaleando em um cai-não-cai.Ele conseguira!Erick conseguira, e Julian não!Será que ele daria um melhor pirata do que Julian?Bem, tanto fazia, acabara de conseguir um ótimo pretexto para uma discussão matinal!
Sorriu, satisfeito.
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N.A: Não, eu realmente NÃO tenho um filho favorito, e não vou me decidir quanto ao cargo de pirata filho nem tão cedo.Capítulo maiorzinho pra vocês, para compensar que eu não tenho respondido suas reviews conforme eu deveria de acordo com a promoção... Mas as respostas dos anônimos estão todas aqui, e as dos logados estarão em suas caixinhas de email dentro de 2 dias.:
Duda: Duuuu, amei você ter comentado! (Obs: Por vontade própria! xD) Bjksss, continua por dentro, capítulo 3 aí!
Haruna: Que bom que você gostou!Eu fico tão feliz quando recebo reviewsss...O que seria da minha fic sem vocês e suas reviews, afinal?Enfim, to continuando e torcendo para deixar você e muitas outras leitoras(es) felizes!
Lilys Riddle: Hahauhau, eu amo o Jack e espero sempre interpreta-lo fielmente na fic!Espero que eu esteja conseguindo...Que bom que você curte meu humor extremamente exagerado e tosco! xD ...Bem, Jack papai...Ai, ai, só vendo para saber no que vai dar né?Então continue vendo!
Bloomy: Fazendo uma autora feliz (espero eu), e doando maaais um capítulo...Bem, espero que você continue contribuindo com a doação de mais reviews também...Sabe como é, adoro essas reviews lindas de vocês e não dá para escrever sem essa forcinha que vocês me dão com cada doação...
Lakinha: Certo, eu poderia te responder ao vivo, mas você é uma leitora como qualquer outra, pensa o quê?Que só porque é amiga já está cheeeeia de privilégios, é? Ò.ó
xD , obrigadaaa, não, obrigada meeeesmo por me aturar...É tão difícil quando eu começo a falar de fics, né não? X.x
Telpë: Bem...Tenho de admitir que não é lá difícil descobrir certas coisas da fic...Quer dizer, é meio clichêzinho, né não?Bem, eu realmente agradeço por tantas pessoas estarem gostando. ;D
Hey, desculpem mesmo, mas não dá para fazer campanha, nem responder reviews dos logados, nem fazer promoção nova hoje...Desculpa mesmo, preciso estudar para prova de português e artes... Não é mole não, viu?Bom, pelo menos eu postei o capítulo, porque tipo, eu estou enrolando ao máximo aqui no PC.
Só um comentário básico: Destaque ao significado da palavra "juízo", de acordo com o Jack.Poxa, fiquei até orgulhosa, foi como um dicionário ambulante. X.x
Beijinhos à todos, e, apesar da falta de tempo para fazer a publicidade da campanha, DURDEAMF - De nome ainda impronunciável pela maldita falta de tempo. –, espero que continuem mandando reviews para esta autora ocupadérrima...E a promoção ainda está de pé, claaaaaro!
Fui!