RIOS VERMELHOS: ERDROMSROM.

CAPÍTULO 3 – Potter Pirado.

-Wake up...-Potter acompanhava a maldita música do cd de Isa...

-You wanna do!-Nem era o rock pesado que o irritava...

- I cry... when angels deserve to die...- era o fato dele, além de acompanhar perfeitamente bem... estar com os pés... em cima do console...

-Why have you forsaken me?- Merda... ele acendera o terceiro cigarro.

-In your heart forsaken me?- Draco estendeu a mão e desligou a aparelho.

-Eu gosto de Sistem of a down.- Harry disse o olhando.

-Tira os pés do console... e joga esse cigarro.- disse frio.

-Eu estava certo...- Harry sorriu.- Você virou um velho certinho!

-Eu não virei um velho!- rosnou indignado.

Potter riu...

-Nada como um conversível am alta velocidade...- disse ele abrindo os braços e ainda com os pés no console.- Alguém já o dirigiu pra você ficar assim?- ele o olhou.

-Você nem quis saber dos detalhes do caso!- Draco disse indignado.- Porque quer saber...

-PÁRA!- Potter gritou.

Draco pisou no freio... felizmente estavam numa daquelas estradas de interior quase sem movimento... Draco só sentiu pena de seus pneus.

-QUE FOI!- perguntou olhando em volta.

-DESCE!- disse Potter e abriu a porta.

Draco desceu com o coração na mão... era uma pista? Algo... deu a volta e parou do lado de Potter.

-Pelos Deuses! Que foi!

E olhou bobamente o moreno pular sobre o banco e sentar no lugar do motorista e dizer sério:

-Entra.

-Você não...

Potter deu uma acelerada.

-Entra.

Draco entrou... nem havia fechado a porta quando o carro começou a andar.

-CUIDADO!

-Enfia os pés no console e abre os braços!- Potter falou alto trocando a marcha e acelerando mais.

-Não!- Draco disse o olhando.- Potter... desacelera... tem curvas... AH MEUS DEUSES!

-ABRE OS BRAÇOS!- Potter disse tirando as mãos do volante.

-Não tira as mãos do volante! -Draco guinchou.- Desacelera!

-Anda Draco!- disse Harry já com as mãos no volante, e com um olhar concentrado, fazendo uma curva fechada...

-Ah... não... não... vamos...

-Vamos mais rápido!- Harry enfiou o pé.

-Não!

Ele derrapou ao entrar na entrada da mansão do último assassinato e freiou em frente a faixa amarela dos policiais trouxas. Olhou com um sorriso para um Draco muito branco, que em seguida se recompôs e estreitou os olhos azuis.

-Imagino quem foi o imbecil que lhe liberou a carteira!

-Carteira? Eu não tenho carteira.- Harry sorriu.- Não costumo dirigir.

-Acho que vou vomitar...- Draco abriu a porta e saiu cambaleante.

-Você virou uma dondoca Draco!- Harry disse saindo do carro.- A propósito... é um ótimo carro...

-A partir de hoje... odeio esse carro.- Draco disse inspirando profundamente.

-Então dá ele pra mim.- Disse Harry ao seu lado.

Draco apenas se dignou a olhá-lo torpemente.

-Tenho a impressão que você andou fazendo coisas muito certinhas...- disse Potter andando para a casa.-Mione teria orgulho de você!

-Foda-se a Granger!- Rosnou.

Potter virou-se e o olhou, perante os olhos verdes, por um segundo arrependeu-se... não devia ter dito aquilo... pelo menos não tinha dito "sangue-ruim". Mas Potter sorriu e se virou.

-Tem toda a razão... foda-se a Hermione.- Harry disse entrando na casa.

Draco ainda estava parado no meio do caminho.

-Potter... tem certeza... que você não escapuliu do St. Mungus?- disse indo atrás do moreno.

-Hum... tecnicamente sim... mas eles não chegaram a um diagnóstico de insanidade...- Harry sorriu.

Draco parou novamente e o encarou.

-O profeta diz gentimente que fiquei um pouco 'excêntrico' - Potter parou e olhou em volta.- Skeeter finalmente aprendeu a ser delicada em suas matérias.

-Ah...- Draco apontou para fora.- Acho que vou...

-Não seja retardado Draco... eu estava brincando.- disse Potter.

Draco suspirou de alívio, mas perguntou.

-Em que parte?

-Rita... ela ainda é a retardada de sempre... o resto é verdade.

Draco parou pela terceira vez.

-POTTER! Leva a sério!

Harry riu... riu muito...

-Eu estou levando a sério! Você é que está com uma cara de quem se mordeu desde que me viu! Tenha dó!- disse ele descendo as escadas.

-Como sabe que é no porão?

-Porque as fotos que sua chefe mandou só podem ser de um porão... Dã!

"Odeio você!" Draco murmurou internamente... descendo as escadas que davam par o porão.

Nos minutos que seguiram a esse pensamento, viu uma mudança expressiva na face do moreno... ele tirou a jaqueta e a jogou em seu braços... com uma expressão séria... Draco observou ele se aproximar dos escritos na parede.

-Porque todo idiota seguidor das trevas precisa usar sangue?- Harry murmurou.

A alguns anos havia deixado um garoto para trás... um garoto assustado com o futuro... acuado com a responsabilidade de salvar o mundo. Agora... via o homem que ele se transformara... os olhos verdes que até agora gritavam "Pirado!" estavam fixos num ponto das inscrições.

-Hum... –Potter havia catado sua varinha até então enfiada no cós da calça.

Draco se permitiu olhar com prazer o outro se mover... olhando as costas totalmente visíveis pela tela da camiseta... músculos esguios de felino... o cabelo negro rebelde que terminava em ondulações...

Por um segundo lembrou daquela noite... daquela maldita noite.

Estava fugindo de Parkinson... Potter estava fugindo do mundo.

Ambos na sala precisa. Que naquele instante parecia só um armário de vassouras...

-Quem tá aí?- perguntou apreensivo ao escutar uma respiração perto.- Lumus.

Surpreendeu-se quando uma mão pequena e ágil agarrou sua mão forçando a luz para baixo... um pouco tardiamente. Naquela hora sorrira como uma cobra preparando o bote.

-Potter... que deliciosa descoberta...- sibilou.

Afinal ainda era monitor... ainda era tarde...

-Não sou só eu enfiado num armário de vassouras Malfoy.

Uma voz além túmulo... num segundo forçou a mão para cima, vendo o rosto totalmente iluminado... foi quando tremeu.

A face do outro se iluminou... pálida como de um fantasma, brilhante das lágrimas... certas coisas nunca deveriam ser vistas.

Draco balançou a cabeça irritadamente. Potter havia se erguido... olhando-o via algo daquele garoto arredio e tímido... aquele olhar vago.

-Potter?

-Engraçado...- disse ele puxando a jaqueta.- Você por um acaso sabe que escrita é essa?

-Nenhum dos nossos especialistas e línguas decifrou... nem os trouxas.

Potter procurou algo na jaqueta e tirou um pequeno espelho.

-Isso não é hora para conferir a maquiagem POTTER!

E o outro lhe olhou.

-Definitivamente... eu odeio quando fala meu sobrenome... Draco.- ele respondeu.

Draco engoliu seco... não tinha reparado nisso... não tinha reparado que o que o perturbara até então fora o uso extensivo de seu primeiro nome. O outro o puxara segurando o espelho.

-Aqui... vire-se para a porta.

-Hum... o que está fazendo?- Ignorou qualquer nomenclatura.

-Olhe.- Harry disse erguendo o espelho.-Leia...

O pequeno espelho refletia um corte da parede manchada atrás... as letras pareciam claras a voz do moreno leu.

-Me neganemoh oa edrol sad savert... erdormsrom... euq ele aviver.

-Prece um encantamento...- Draco murmurou.

-Humpf- Harry disse baixando o espelho.- Esse encantamento não faz sentido... ainda...

Observou o moreno balançar a cabeça um tanto quanto frustrado.

-Po...- o outro o olhou pondo a jaqueta.- Potter... o que é isso.

O outro deu de ombros.

-Ainda não sei... mas como dizia o velho Albus... se o sentido não lhe vem... ah, vamos tomar um picolé?

-Do que você está falando?

-Picolé! Nunca chupou um picolé Draco Malfoy?

Draco não compreendera a palavra, mas não gostara do verbo chupar... lhe trazia lembranças... Harry já estava subindo as escadas...

-Compramos uns picolés de limão e vamos ver os corpos... talvez eu tenha melhores idéias.- ele sorriu.

"Eu odeio quando você sorri, Potter..."

Não... não era isso... não era bem isso que lhe vinha a mente.

Há muito tempo atrás... tinha dito outra coisa...

"Eu amo quando você sorri, Harry..."


Todo mundo já sabe que eu AMO essa música, Shop Suey do Sistem of a down... escolhi a dedo as partes cantadas por Harry, segue a tradução no contexto:

-Acorde...-Potter acompanhava a maldita música do cd de Isa...

-Você quer!-Nem era o rock pesado que o irritava...

-Eu choro... quando anjos desejam morrer...- era o fato dele, além de acompanhar perfeitamente bem... estar com os pés... em cima do console...

-Porque você esqueceu-me?- Merda... ele acendera o terceiro cigarro.

-Em seu coração esqueceu-me?- Draco estendeu a mão e desligou a aparelho.

-Eu gosto de Sistem of a down.- Harry disse o olhando.

A verdade dói né Draco?