Capítulo 6

O sonserino sorriu doce e alegremente, Draco Malfoy estava ali parado diante dela sorrindo de um jeito que Rarriet e talvez muitas poucas pessoas já tenahm visto.

Por um tempo Rarriet ficou sem poder dizer nada, até que Draco pareceu perceber que a garota estivera chorando pois assumiu uma postura mais preocupada.

"Você está bem? Bati com muita força em você o.o?"

Rarriet olhou para ele, alguma coisa aquiesceu seu coração, e não era ódio.

"Eu... eu estou bem, me desculpe." disse ela enxugando uma última lágrima "Seu corpo macio me aparou" #uia!#

Draco sorriu docemente passando a mão no próprio peito.

"Você... quer passear um pouco?" perguntou ele.

"Hum... tá" disse Rarriet fungando "mas e se Filch pegar a gente õ.ó?"

"Ele não vai ;D"

"Como você sabe?"

Em resposta Draco deu os ombros. Rarriet fungou mais uma vez, porque não andaria com o menino?

Como Rarriet não se mexesse Draco começou a andar, a menina o acompanhou, não havia o que perder... ainda por cima, poderia aproveitar e brincar o maldito Malfoy.

Depois de dobrarem o primeiro corredor Draco se aproximou mais de Rarriet, logo em seguida passou o braçoss por cima dos ombros da garota, que no momento estava de braços cruzados devido ao frio que sentia. Ela saíra com tal roupa do dormitório e não imaginava ficar fora até aquela hora só com a saia e a mera blusa que usava, agora se arrependia pois fazia uma noite fria.

"Eh... quer minha capa? Você parece estar com frio!"

Rarriet fez que sim com a cabeça, não estava em condições de negar uma oferta daquelas, mesmo vinda de quem vinha, e principalmente, até o momento Draco havia se portado bem. O menino tirou a capa e rapidamente a pôs sobre os ombros de Rarriet, Draco se abaixou um pouco para abotoar a capa. Rarriet sorriu e Draco também, a jovem encarava Draco, nunca o tinha visto assim, tão carinhoso e sorridente, a máscara caíra?

Essa calmaria toda ocorreu em poucos segundos e logo em seguida ouviram vindo do corredor da frente passos seguidos da voz de Filch.

"Vamos querida, vamos pegar esses alunos asquerosos, hoje ninguém me escapa!"

Draco e Rarriet se olharam por um segundo, e no segundo seguinte Draco pegou Rarriet pelo pulso e os dois danaram a correr, e isso do modo mais silencioso que seu pés permitiam.

Draco olhou uma passagem secreta embaixo de uma tapeçaria e puxou Rarriet para lá, o menino se dirigiu ao canto mais escuro onde havia mais espaço no lado esquerdo do buraco. Draco se encostou na parede e espremeu Rarriet contra seu peito, eles quase não respiravam.

Filch passou com madame Norrra e eles ouviram ele parar em frente à tapeçaria.

"Que foi querida, sentiu o cheiro de algum pestinha?"

Rarriet e Draco se espremeram mais ainda, nem ousavam respirar, se Filch os pegasse estariam perdidos. Nesse momento viram, muito nervosos, a tapeçaria ser levantada por Filch, ele olhou para dentro, mas a única coisa que puderam ver foi o nariz feio do inspetor. Ouve um momento de tensão que pareceu demorar horas para passar, onde Filch ficou a observar a escadaria vazia, por sorte ele não parecia disposto a entrar nela, nem a olhar para o canto esquerdo da passagem.

"Vamos querida, não tem ninguém aqui!" disse o zelador, Rarriet e Draco puderam sentir o cheiro do bafo dele. Logo em seguida Filch largou a tapeçaria e os jovem casal pode ouvir seus passos se perderem pelo corredor com madame Norrrra em seu encalço.

Os dois ficaram ainda parados agarrados um no outro até não poderem mais ouvir nenhum sinal de Filch, Rarriet ficou sentindo o corpo de Draco aquele perfume suave e bom, como as mãos dele pareciam protege-la...

Quando o som de passos cessou Rarriet percebeu em que pose estava com Draco Malfoy e se afastou dele, o menino não apresentou resistência ao afastamento, e passando a mão pelo cabelo falou com seu ar costumeiro arrogante.

"Esse Filch! Quem ele pensa que é? Meu pai é do conselho escolar, ele podia expulsá-lo facilmente!" Rarriet achou no discurso convencido deste uma razão que até o momento não tinha para justificar sua raiva por ele, de certo modo ela não queria que ele se tornasse legal, ela tinha que lembrar antes de tudo que aquele a sua frente era seu arqui-rival. Como que não percebendo o que se passava na mente da garota Draco continuou seu discurso "Quando eu for mais velho ele vai é se ver comigo! Você verá!" disse ele com o antigo desprezo.

"Draco... por que você tem agido desse jeito tão carinhoso comigo?" perguntou Rarriet inquiridora. A menina interpretou o ar sério que Draco ficou como uma confirmação de que aquele menino não valia nada.

"Não estou sendo carinhoso... só... só não estou sendo tão duro com você, assim como eu sou com os outros. Mas por quê essa pergunta?"

"É que me avisaram que você é um chato, um graaande arrogante! E eu também estou achando isso!" disse Rarriet mau-humorada. Quem era ele para achar que ela era qualquer uma para cair nos seus encantosinhos de terceira e para achar que podia tê-la segurado daquela forma, como se ela fosse sua!

Porém a resposta de Draco não foi a esperada, a máscara não caiu, ele não pareceu chocado nem aborrecido com nada que a garota dissera, ele apenas colocou sua mão sobre a pele branca do rosto da garota, aproximou seu rosto até o ponto de seus narizes quase se tocarem. Foi um segundo fugaz onde ele hesitou durante um tempo, suas respirações se encontraram, logo em seguida suas bocas estavam a milímetros, Rarriet até podia sentir o calor daqueles lábios que ela tanto odiava... ou amava, agora ela não sabia de mais nada, não tinha certeza do que realmente sentia ou queria, só sabia que queria logo sentir aqueles lábios.

Então Draco passou direto pela boca da menina e encontrou seu lábios com o pescoço dela, Rarriet sentiu a respiração do garoto em sua pele fina e os pelos de sua nuca se arrepiaram. Draco beijou aquele pescoço de modo tão gentil e delicado que era impossível não sentir o arrepio gostoso por todo o corpo. Mas aquela sensação durou pouco, pois logo em seguida Draco voltou a encarar o rosto sem reação da menina, e então, pela primeira vez em 5 anos Rarriet pôde sentir aqueles lábios deliciosos.

Lá estava ela, sentindo finalmente aqueles lábios que tanto desejara mas nunca pudera confessar nem par si mesmo que desejava. Talvez o surgimento do sentimento contido, renegado e escondido de Harry por Draco não tenha realmente surgido desde o primeiro ano, na época ele era ainda muito novo para gostar de alguém, só começou a sentir alguma vontade mesmo a partir do 3° ano, exatamente na mesma época que seu ódio aumentou mais.

Era assim que Harry mantinha a relação, quanto mais Harry odiava o Malfoy, mais o outro o odiava de volta, o que de certa forma irritava muito Harry, pois com o ódio de Draco crescente, mais longe estaria Draco dele e mais Harry o odiava por isso, sendo assim estava cada vez mais longe de poder sonhar com algo, porém agora como garota era como recomeçar de novo, embora o próprio Harry não confessasse para si mesmo, esses sentimentos ele sabia que os tinha, e quando voltasse a ser menino estaria tudo acabado, nada de Draco, nada de tê-lo, apenas seria de novo seu arqui-rival de infância... será?

Foi nesse momento que novamente contra sua vontade Rarriet sentiu suas lágrimas correrem pelo rosto. Uma das lágrimas atingiu a boca ainda unida dos dois, Rarriet e Draco sentiram o gosto salgado da lágrima.

Os dois se afastaram, Draco passou a língua pelos lábios sentindo o gosto salgadinho da lágrima e encarou Rarriet.

"Você não quer falar do que te aconteceu antes da gente se encontrar? Parece que você não está bem." disse ele num tom meio curioso, meio preocupado.

"PÁRA DE SER TÃO GENTIL COMIGO SEU IDIOTA!" explodiu Rarriet com raiva. "VOCÊ NEM SABE QUEM EU SOU PARA FICAR ME TRATANDO DIFERENTE DOS OUTROS!"

Por um momento Draco pareceu ficar sem palavras, porém logo em seguida assumiu um ar mais sarcástico.

"E você queria que eu fosse como?" perguntou ele com seu mais profundo olhar malicioso. "Quer que eu haja como? Doce mocinha da Grifinória que não gosta de meninos legais!"

"Eu não sei! Só sei que você não é assim, você não é o Draco de verdade, eu quero que você haja do jeito que você é, pára de bancar o bonzinho seu besta!" disse ela cuspindo as palavras.

"Só achei que seria mais fácil te conquistar dando uma de bom menino, afinal você teve a infelicidade de ser escolhida para a pior casa de todas, a Grifinória." disse ele com desprezo. "E sabe como é grifinórios geralmente são melosos e gostam taaaanto de bondade!" nesse momento ele olhou para o chão "Só queria que você tivesse ficado em qualquer casa, menos na Grifinória, seria tão mais fácil!" terminou ele baixinho

"E você não acha que ser bom é uma virtude?"

"Até pode ser uma virtude" disse ele com desprezo. "Mas bondade de mais já é idiotice!"

"Você usa essa história de 'carinhosinho' com todas é?" perguntou Rarriet cruzando os braços e já com raiva de si mesma por ter caído no papo furado.

Draco meditou por um momento sobre a pergunta, imaginando talvez se devesse ser sincero ou não.

"Não, na verdade não. Nunca usei antes, mas achei que devia dar certo com você. E não deu?" disse ele levantando os ombros.

"Mas só porque eu deixei!" disse Rarriet orgulhosa.

"Sabe quantos valores meus eu tive de ultrapassar e fingir esquecer só para poder ter esse encontro com você?" perguntou Draco.

"Sabe quanto eu estou me odiando por ter aceitado estar aqui com você?" replicou ela.

"Humf! Como se você tivesse realmente odiado tudo isso!" respondeu Draco se insinuando para a menina.

Rarriet fico só olhando, finalmente Draco estava sendo quem ele era, e o seu antigo ódio ia subindo na proporção que sua antiga paixão secreta também subia.

"Agora Rarriet, me diga o que te fez chorar..? É claro que com essa roupa que você está é meio óbvio que foi um menino!" a antiga voz meio arrastada de Draco voltara, com menos intensidade talvez, mas voltara. E junto veio seu ar malicioso, seus olhos voltaram a ser meio frios, mas não totalmente pois dentro deles ainda ardia escondida uma paixão. Seu sorriso era irritante, ou seja, era quase o mesmo Draco de sempre, só que dessa vez um pouco mais sexy, pois todo ele espirava amor pela jovem.

"Ahhh, não foi nada. É que eu sou um pouco sensível, sabe como é, tive que dispensar um garoto sabe? Ele pegava muito no meu pé, mas é que a carinha dele de desolação foi tão grande que depois eu fiquei com pena. Sei lá, me corroeu por dentro, mas foi só um momento de fraqueza, deve ter sido a mudança de fase da Lua." disse a menina tentando disfarçar seus verdadeiros sentimentos.

"E você se produziu toda só para dar um fora ¬¬?"

"Ah, não é só por isso que eu não vou arrasar não é ;D?"

Draco se aproximou tão rapidamente de Rarriet que a menina tomou um susto, porém seu susto logo foi acalmado por um longo beijo de Draco. Depois de dar o beijo Draco se afastou e falou com uma voz baixinha bem perto do ouvido de Rarriet.

"Aposto que foi para o nojento do Weasley." Rarriet inicialmente não respondeu, apenas levantou as sobrancelhas. "Isso fica claro, pois eu vi o jeito que ele ficava olhando par você." Disse ele imitando uma cara de demente observando Rarriet.

"Está com ciúmes?" disse ela com desprezo.

"Daquele idiota õ.ó? Nunca ù-u!"

"Isso significa que ainda pode rolar algo sério entre nós?" perguntou a menina se insinuando.

"E você ainda duvida?" disse Draco pegando-a pela cintura e tentado dar-lhe um beijo. Porém a menina o empurrou e evocou raiva em seu ser, embora não fosse este um sentimento verdadeiro.

"Então quero ver se você é capaz de me conquistar! Duvi-d-o-do!" disse ela se virando, abrindo a tapeçaria e virando o rosto para o menino. "Agora eu vou embora, tá tarde e eu tenho coisa melhor pra fazer que ficar aqui com você!" disse ela indo-se.

"Isso, vai! Estraçalha meu coração!" disse Draco rindo enquanto via a garota sair pela passagem secreta