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pen name : Avada Kedrava Riddle
Bem, como todo mundo avisa, farei o mesmo. Esta história é de autoria minha. Os personagens também são criação minha.
Peço desculpas pelo título não ser original, mas realmente é a história de uma assassina, o título não podia ser diferente. Desculpo-me também por qualquer tipo de erro e agradeceria se me avisassem onde ele se encontra.
Aviso aos navegantes: Não é uma história para menores, então se não gostam de coisas picantes, melhor não continuar lendo.
Beijos sangrentos em cada pescoçinho.
Capítulo 2 – Esclarecimentos.
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FLASH BEACK
Levantei-me da cama, fui até a janela, só então percebendo o quão frio estava. Meu coração acelerou e percebi que tinha um vulto perto da árvore que fica em frente a minha janela. Por um longo tempo fiquei sem me mover, perdida naquele ser. Não sabia quem era, mas meu coração o reconhecia.
Comecei a respirar ainda mais fundo, como se sentisse a aproximação dele. Contudo, nem eu nem ele nos movemos.
- Quem eis? – Perguntei não muito alto. Mas ele não me respondeu. – Eu o conheço. Diga-me quem és! – Pedi e já ia descer até ele, quando ele falou.
- Me conheces a muito tempo. Mas... - Ele falou já saindo. – Tudo há seu tempo
Fiquei com a voz dele em minha cabeça por muito tempo depois que fechei a janela e voltei para a cama. Eu o conhecia, mas não sabia de onde. Não conhecia sua voz, mas eu sentia com cada célula de meu ser que o conhecia.
Estava deitada, ainda pensando no ser, quando o sonho que sempre tinha veio a minha mente tão claro como se estivesse novamente sonhando. Vi um homem moreno, em um estranho caixão de prata. O caixão não tinha abertura aparente. Mas eu sabia que ele estava dentro do caixão.
Fiz de tudo para abri-lo. Só depois de muito pensar, foi que girei o caixão em sentido horário e após me afastar, o caixão estralou e com um baque surdo ele se abriu, revelando um homem muito bonito de corpo. Moreno e musculoso. Seu semblante era de quem estava descasando.
Meu coração disparou. Minha respiração ficou incerta. Tive a certeza de que era ele que estava a pouco conversando comigo. Estava preocupada com ele. Olhei em seus pulsos, eles estavam cortados e seu sangue se esvaia rapidamente.
- ÓRION! – Gritei, me atirando em cima de seu corpo.
Meu coração doía a cada batida que ele dava. Senti que o perderia a qualquer momento. E isso não permitiria. De forma nenhuma. Ele era um ser perverso, escondia o que sentia por trás de uma mascara de frieza que só vi dissolver por uma única vez, no dia que o pegando de surpresa, o beijei e me entreguei a ele.
Uma única vez; a vi o vi sorrir. Uma única vez; o vi me olhar com ternura. Essa única vez.
FIM DO FLECH BEACK
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Acordei no dia seguinte com um grito. Sabia o que tinha acontecido, sonhara novamente, mas agora sabia com quem, Órion. Lembrava do amor que sentia por ele. E isso não podia ser só um sonho, eu o vira, tinha certeza, ele falara comigo.
Mas balancei a cabeça afastando a lembrança e o sentimento de mim. Iria me apresentar no quartel pela primeira vez. Finalmente iria me agir no que queria. Finalmente colocaria em prática o que aprendera com meu comandante. Iria colocar em prática todas as habilidades que eles tanto elogiaram.
Ergui-me e fui tomar banho. Recordando de tudo que se passara comigo. Mas o que mais me chamava a atenção até hoje era o sonho e dele queria esquecer.
Pensei em como estaria meu irmão. Onde ele estaria. Se ele estaria comendo. Se ele estava bem ou machucado. Mas logo o afastei da mente, se ele não me via mais como irmã, não me preocuparia tanto com ele.
Depois de pronta, peguei minhas armas inseparáveis, as escondendo estrategicamente entre as coxas e coloquei um vestido com uma fenda não muito acentuada. Era ótima pois quando andava não deixava a mostra as armas.
Fui diretamente para o quartel e lá recebi a minha missão. Iria para o Brasil. Perto de meu irmão, mas não para a África, que era onde ele estava. Iria para a Amazônia.
Teria de encontrar um fugitivo e o matar sem deixar rastros.
Ele havia se infiltrado entre nós e delatado alguns segredos. O governo estava com receio de que ele ainda tivesse alguma coisa na manga e viesse a usar contra o governo futuramente.
Aceitei e viajei na mesma noite.
Tive que me disfarçar e durante meses fingi ser o que não era. Por meses fui de vários homens em troca de informações que me levassem para o sujeito. Detestava fazer isso, mas era necessário se não quisesse dar muitas explicações.
E a minha tática deu certo. Após três meses de investigação cautelosa, um dos caras com o qual saia me falou do paradeiro dele, depois de eu o ter embriagado.
Não foi muito engraçado o ver tão mudado. Mas foi proveitoso para minha missão.
Durante esse tempo, não mais tive pesadelos. Mudei muito durante o tempo que estava passando de mão em mão. Aprendi a colocar várias máscaras e as usar a meu favor.
Quase tinha esquecido dos pesadelos, quando um moreno cruzou o meu caminho.
Ele segurou meu braço fortemente e me encostou na parede.
- Não pensei que fosse descer tanto! – Ele falou casualmente.
- Não o fiz. Estou apenas preparando o bote. – Disse tentando me desvencilhar dele, mas este era muito forte.
- Não foi o que vi.
- O que viu não me interessa, nem o conheço! – Disse puxando meu braço, sem conseguir que ele me soltasse.
- Conhece mais do que pensa e sabe disso.
Estreitei meus olhos franzindo meu senho.
- Não me venha dizer que é Órion. – Disse e abandonei meu corpo as suas mãos. Ele não precisava me dizer, já sabia. – Não. Não pode. – Disse balançando a cabeça para afastar de mim tal pensamento. Olhei séria para ele. – Não queira me enlouquecer, ele morreu. Eu o vi em meus braços, sangrando, morrendo. SAIA DAQUI. – Gritei me desesperando. Tinha que ser mentira.
- Cale-se. – Ele falou em um tom que não me atreveria contestar. Calei-me imediatamente. – Sabia que se lembraria.
- Faz parte de meu sonho.
- Não é sonho. – Ele então me soltou.
- Você...- Disse enquanto respirava. O abracei, colocando minha cabeça em seu pescoço. – Pensei que estava morto. – Disse num sussurro.
Ele me segurou forte pelos cotovelos e me jogou contra a parede. Estava transtornado.
- CLARO QUE PENSAVA! VOCÊ ME MATOU.
O olhei estupefata. Ele só deveria estar brincando. Nunca o mataria. Meu coração se acelerou e me recordei de tudo em um relâmpago.
- Enlouqueceu! – Perguntei com tamanha surpresa e indignação que ele percebeu que tinha me recordado e se calou. – Jamais faria isso, Órion. Eu o amo. Sabe disso, cansei de disser.
Eu fiz com que me largasse e fiquei de costas pra ele. Só então comecei a dizer o que se passara.
- No dia da guerra, bem sabe que tivemos que nos separar.
- Sim, eu sei.
- Fui lutar ao lado de Marco, seu amigo. E quase fui morta por várias vezes, mas ele sempre me ajudava.
- Mandei que fizesse isso. Mandei que a protegesse.
Sorri ao ouvir o que ele falou. Ele nunca foi de revelar seus sentimentos, mas ele agora, estava transtornado, não estava raciocinando antes de falar.
- Ele o fez. Mas...senti sua energia diminuir e fui para onde ainda te sentia o mais rápido que pude, sem nem ao menos avisar seu amigo. Quando cheguei o vi dentro de uma caixa não havia como abrir. Então a arremessei no chão. Só então ela se abriu e eu... – Lembrei-me da sensação da perda dele e meu coração doeu como no sonho. – Eu senti que morria junto com você. Gritei por você pra ver se me ouvia, mas não me respondeu. Desesperei-me. Saí correndo para ver se encontrava o Marco e ele pudesse te ajudar. Mas por mais que tentasse não encontrava ninguém. Decidi voltar. – Olhei para ele e ele ouvia cada palavra com descrença. Respirei fundo e prossegui. - Quando o fiz, o peguei no colo e comecei a chorar pedindo por tudo que não morresse. Mas...- Nessa hora ele pareceu ter mais interesse. – Marco apareceu. Eu o coloquei no chão com cuidado e pedi a ajuda dele. Pensei mesmo que ele fosse me ajudar. Mas... – Ele pareceu descrente, mas interessado. – Ele falou que não obedeceria mais um ser que logo morreria. E me desesperei ainda mais. Tentei voltar e o colocar em meu colo, mas ele não deixou. – Segurei meu braço inconscientemente. - Ele me segurou e me jogou perto de você. Disse que me teria e você nem se lembraria. Disse que me mataria e que você beberia meu sangue, sem nem se lembrar. – Nesse momento parei um pouco e fechei meus olhos, depois continuei. – Ele me teve como bem quis, apesar de tentar o afastar e chorar por não conseguir o tirar de cima de mim. Você a cada minuto morria, se afastava de mim. Então disse que ele me matasse, mas que deixasse você vivo. Ele sorriu e disse que lhe tinha dado uma idéia. Ele se ergueu e abriu a caixa em que você estava, depois me jogou lá dentro. Quando ele fechou meus pulsos foram cortados e comecei a gritar a espernear e tentar te chamar. Mas só o ouvi quando estava quase morrendo. Gemi tentando te chamar a atenção, mas Marco falou que era uma vadia que havia pego para você se alimentar. – Disse e desviei meus olhos dele. – Era eu lá dentro, morri naquele dia. – Disse e comecei a me afastar.
O deixei confuso e me afastei dele o mais rápido que consegui. Mas quando estava chegando no hotel horrendo em que me hospedara o vi parado a porta.
- Eu não...
- Eu também não me lembrava de nada, mas em nenhum minuto duvidei que me amasse. – Falei e passei por ele. Mas ele segurou meu braço.
- Você não tinha um ser que destorceu todos os fatos a favor dele próprio.
De certa forma, ele tinha razão. Marco devia ter lhe feito a cabeça contra mim.
- Mate ele, depôs conversamos. – Disse e me soltei dele, adentrando o recinto.
Ele ainda ficou por perto por um tempo. Depois ele se foi. Sabia que estava revendo tudo o que falara. Nunca havia dado motivos para ele desconfiar de mim. Sempre falei a verdade, mesmo sabendo que o magoaria.
Por diversas vezes eu fui cruelmente torturada por Órion, mas nunca menti para ele e sabia que ele não duvidava de mim.
Naquela noite, não sonhei com o mesmo sonho. Sonhei com ele e as nossas noites juntos. Não sabia o porque, mas achei que era ele me mandando aquelas lembranças.
Adorei certas partes do sonho, mas se ele pensava que aquilo iria me amansar depois de ter ouvido o que ouvi eu não o perdoaria tão fácil.
Assim que o dia amanheceu me arrumei e peguei minhas armas. Mataria o sujeito e daria o fora o quanto antes do Brasil. Talvez assim ele me esquecesse. Talvez assim, eu não me apaixonasse tanto por ele novamente.
Respirei fundo e saí. Paguei a conta do hotel e fui para onde tinha a notícia dele estar. Fiquei escondida até ter a certeza de que estava sozinho e despreocupado.
Cheguei lentamente e adentrei dizendo que era um presente de seus amigos.
Ele sorriu e me deixou entrar. Teve-me com a violência que nunca permitiria a nenhum ser. Mas precisava que ele se cansasse e assim me permitisse o matar. E assim o fiz. Depois que ele adormeceu o matei, o esquartejei, coloquei na banheira e coloquei ácido dentro dela. Depois que o cadáver estava irreconhecível coloquei sal dentro da banheira e o deixei secar. Ele não podia manter nenhum pingo de sangue. Raspei sua cabeça e retirei todo e qualquer pêlo. Tudo para dificultar em uma investigação. Depois o enterrei, cada pedaço em um canto diferente e um afastado do outro.
Só quando estava em um avião para a África, só para me certificar de que meu irmão estaria bem.
Desembarquei a noite e o senti por perto. Mas não deixei transparecer.
Fui para o quartel de lá e falei o nome de meu irmão. Eles então me levaram até ele.
Meu irmão se surpreendeu ao me ver.
- O QUE ACHA QUE ESTÁ FAZENDO AQUI?
- Voltando de uma missão. – Quando falei isso ele se surpreendeu.
- Há...e onde foi?
- Brasil. Sabia que estava por aqui, só quis ver se estava bem. Se não quer me escrever, não me diga que o fará. –Falei e dei meia volta. Mas ele me agarrou pelo braço e me desvencilhei dele com um puxão.
- Eu ia te escrever...
- Não minta. Sei que não ia. Não me esperou na formatura e não ia me escrever. Sei muito bem que não quer me ver.
- Você é minha irmã. Te criei como filha. Como acha que me senti sabendo pelo que passaria.
- Eu sei. – Disse com mais calma.
- O que andou fazendo?
- Matando para o governo.
- Sei. – Ele falou mecanicamente.
- Melhor eu ir. – Disse e tentei sair.
- Não. Ainda tenho várias perguntas e muito o que te falar. – Ele falou segurando o meu braço.
- Está certo. Mas me largue. – Falei extremamente calma.
- Venha.
Ele me levou para a barraca dele e lá colocamos tudo em panos limpos. Ele me pediu desculpas e disse que me recompensaria por não ter ficado na condecoração até o fim. E deixou escapar que me apresentaria a um bom amigo dele.
Percebi que todos os seus amigos eram loiros e faziam continência com três dedos, quando ninguém mais observava.
Senti um calafrio. Percebi que ele era da Ku Klus Kan.
Repentinamente me lembrei de Órion.
- Não. Eu tenho namorado. E espero que não tenha nenhuma objeção contra ele. Porque é com ele que ficarei. – Disse me erguendo.
- Primeiro me apresente.
- Mas...
Mal abri a boca para dizer que não teria como, senti a presença dele.
- Espere, meu irmão. Vou trazê-lo. – Disse e fui até a porta. E repentinamente me voltei para ele, tinha que o alertar. – Mas não o atacaria se fosse você. – Disse e abri a porta.
Fui para o lado de fora e fechei os olhos. Caminhei até onde o sentia. E ele me enlaçou pela cintura.
Ele sorriu antes de falar.
- Então sou esse alguém? – Ele perguntou divertido.
- Sabe que sim. – Disse ainda com raiva dele. – Por mais que tentasse te esquecer, jamais conseguiria. Não vê quanto tempo ficamos longe um do outro e ...
- Eu sinto. – Foi a minha vez de sorrir.
- Sente?
- Que me ama.
- Convencido. – Falei tentando ainda parecer zangada, mas falhando miseravelmente.
- Você me ama tanto quanto te amo. – Ele falou antes de me beijar, ao que retribui.
Mas logo que ele me largou fiquei séria.
- Não o mate.
Ele estranhou e franziu o cenho.
- Porque faria isso?
- Porque ele...ele...ele é da Ku Klus Kan.
Ele arregalou os olhos e ficou tremendamente cério.
- Se ele me atacar, me defenderei.
- Sei disso. Só peço que não o mate.
- Por você. – Ele cuspiu cada palavra.
Adentrei com ele a meu lado e meu irmão entendeu o motivo por estar tão temerosa. Me coloquei diante dos dois e tentei falar com meu irmão que se afastou.
- Porque fez isso comigo?
- Não...
- Como não? Te criei como filha e me dá um desgosto desses!
- Eu amo este homem muito antes de nascer. Muito antes de você nascer ou nossos pais.
- Enlouqueceu?
- Não. Fui mulher dele a muito tempo atrás.
- O QUE FEZ COM A MEMÓRIA DELA?
- Nunca faria nada de mal para Avada.
- O nome dela é Charlot.
- Não. Este é o nome de sua irmã. O nome de minha mulher... – Ele falou e me enlaçou pela cintura me puxando para perto dele. – é Avada.
Meu irmão o olhou sem entender e então Órion se fez entender.
Órion se transformou e mostrou a meu irmão quem realmente era.
- Procurei ela por muitas décadas e alguns séculos. – Ele falou me olhando. – A encontrei por acaso enquanto caminhava. A senti como a muito não fazia. Cheguei próximo a casa de vocês e falei com ela, mas estava amanhecendo e só a pouco voltei a encontrá-la no Brasil. Pude esclarecer tudo e ela se lembrou do tempo que viveu comigo. Soube então que era minha avada. – Ele então sorriu.
- Meu irmão, este é Órion. – Disse e olhei para Órion. – Meu marido.
- VOCÊ ENLOUQUECEU? – Ele perguntou me puxando e me tirando de perto de Órion. – VOCÊ NÃO É CASADA COM ELE. VOCÊ MAL O CONHECE!
- Não. Eu o conheço mais do que conheço você. Ele é um ser cruel com seus inimigos, não deixa nenhum vivo ou se vivo, vive em uma eterna dor. Me ama como eu jamais serei capaz de amar outro ser que não ele. Além de você, ele é o único ser em quem confio.
- Minha irmã...
- Não. Só serei feliz ao lado de Órion. Não entende?
- Não. Mas...irei te esquecer. Saia de minha casa, vá com ele, mas não olhe para trás.
O olhei com mágoa, confusão e compreensão.
- Se é o que deseja meu irmão, assim será. – Disse e olhando para Órion saí da casa de meu irmão. Irmão esse que talvez não visse mais.
Nota da autora:
Bem...her...sabem como é...mal pude esperar para postar a segunda parte e olha aqui ela. Espero memso que gostem.
Comentem, juro que não mordo.
