- Já esperávamos que ele fosse descobrir tudo, cedo ou tarde.- começou Virgínia interrompendo o silêncio pela primeira vez. – temos que fazê-lo estar no lugar certo e principalmente na hora certa.
- Mas aí seria simples, não? Você marca um encontro com ele... Eduard não deve saber que você esta na cola dele. – comentou Ammy prática.
Ammy era o tipo que tinha soluções rápidas e excelentes, entretanto, mesmo a idéia parecendo a principio boa, haviam muitas falhas, pois lidavam agora, não com um simples ex-comensal... mas com o melhor deles e um excepcional ex-caçador e isso fazia toda a diferença...
- E um bom plano, mas nem sempre a praticidade é o melhor negocio. Porque, pense comigo. - Gina começou a andar de um lado para o outro enquanto enumerava os contra tranqüila... Ammy era afinal, uma iniciante – Primeiro: o Eduard lembra do treinamento, ou seja, ele continua sendo um caçador e o melhor. Segundo: ele sabe que sou Circe e provavelmente sabe que fui sua noiva. E obvio que desconfiara de imediato e tentara ele armar uma armadilha... e pode ter certeza de conseguiria. E terceiro: ele tem o "apoio dos aurores".
- Precisamos de uma distração, algo que não leve a você e venha ate nos. – falou Erik olhando para o teto.
- Exatamente... a questão é o quê. – David comentou antes de estralar os dedos.
- Ou quem... – Catherine olhava para Virgínia que agora estava com os olhos brilhando.
- Lucius Malfoy! – a ruiva sorria destravada. – Como não pensei nisso! Ai Catherine, e por isso que te adoro! – disse antes de começar a rir de alivio.
- Como assim? O que tem o Malfoy? – perguntou Erik confuso.
- Homens... – comentou Catherine olhando para o noivo com deboche – Use sua pequena inteligência, querido. – ironizou – Eduard provavelmente iria a um chamado de Malfoy por duas razões; A primeira porque ele quer descobrir mais sobre Gi e a segunda porque o Malfoy sabe sobre ele. Eduard com certeza vai querer fazer uma "queiminha de arquivo".
- Certo, até ai tudo bem, mas acho que vocês, mulheres com tamanha inteligência – começou David não contendo a provocação – 'esqueceram' de um singelo detalhe... Malfoy está preso!
- Vocês estão me envergonhando. – interrompeu um Ryam desolado antes de virar-se para Gina – Como vamos tirar ele de Azkaban? Você sabe que ele enlouqueceu e mesmo assim não podemos fazer como se ele houvesse fugido... chamaria muita atenção, podendo até trazer seu nome a tona graças aquele seu duelo com ele... você viraria assunto dos aurores mais do que está e acredito que Eduard usaria isso como um trunfo. Já imaginou ele "para sua proteção" colocar realmente aurores lhe vigiando? – David e Erik olhavam para o amigo impressionado, a capacidade de Ryam ver as mínimas falhas era algo inacreditável. As três mulheres que estavam no quarto tiveram que concordar que para toda regra existe uma exceção.
Ficaram cada qual perdido em seus pensamentos, tentando bolar um plano por um bom tempo. Às vezes algum tinha alguma idéia, mas era rapidamente deixada de lado pela falhas. Contudo, quando tudo parecia um beco sem saída, Virgínia levantou da cadeira de supetão sorrindo animada:
- Fez-se a luz! Tenho um plano.
Passaram o resto do dia formulando cada parte do plano. Nada poderia dar errado. Virgínia só lembrou do jantar com Harry depois de receber a carta do mesmo querendo acertar os detalhes. Contudo, não fora isso a causa da grande surpresa do restante do grupo e sim a preocupante carta de Isabelle:
"Ryam,
Estou preocupada! Aurores vieram me interrogar para saber sobre minha afilhada! Será que Ammy se meteu em algo?
Rachel também está com medo... Nossa Ammy é uma boa menina, mas será que eles saberão ver isso? Até perguntaram sobre aquela amiga dela... Virgínia alguma coisa... Aquela modelo!
Ficaria mais tranqüila se conversa-se com Rachel... sabe o quão sentimental ela é.
Nossa Ammy ... que Merlin a proteja!
Com carinho,
Rosa Braga."
- Por que ela mandou para Ryam? – questionou Ammy depois de ler a carta.
- Seria suspeito ela mandar a carta justamente para mim... – comentou Virgínia olhando para a janela pensativa.
Ryam olhou para David que retribuiu o mesmo olhar preocupado. Por serem mais apegados a ela desconfiaram que havia acontecido algo desde do momento que ela entrou no quarto. Gina estava estranha e pensativa. Os dois esperavam que houvesse discussão entre as duas, eram muito parecidas... mas daí a aparecer indiferente e nem sequer xingar Isabelle uma vez... isso era um sinal preocupante. Muito preocupante, que só se agravara com a carta.
- Isso não quer dizer nada, a Ammy tem razão. Ela poderia escrever da mesma maneira para você, afinal Ammy e você já são conhecidas como amigas... e se analisar bem, foi pior, porque eles virão até Ryam agora. – comentou Erik não notando o olhar dos dois amigos. Virgínia apenas suspirou resignada e respondeu em um tom de finalização de conversa.
- Seja como for, Isabelle pretendia deixar Ryam e Rachel como "algo mais" já que Ryam também estava na festa... não será difícil despista-los. Podemos dizer que são namorados. – olhou para o amigo mais velho e continuou enquanto abria a porta do quarto de David – Marque um encontro através de cartas Ryam, para "tranqüilizar" a Rachel e finjam no encontro estarem juntos. – olhou para o restante do grupo parecendo cansada por alguns instantes – Agora, se me dão licença, vou comer alguma coisa, porque o jantar vai ser tarde. Ammy separe sua roupa e de preferência um sensual discreto. Um vestido preto, talvez...
Virgínia andou calmamente para seu quarto, dando um ou outro Boa Noite. Havia acabado de comer e agora desejava imensamente de um banho demorado e um sono reparador, coisa que naquela noite ela com certeza não teria. Precisava tomar um banho rápido por causa do jantar com Harry e exatamente por isso não dormiria nem um pouco bem, nem mesmo com poção. Encontrar o pai do seu filho não apenas traz recordações ruins, como também a sensação de falsidade... não por ele, mas por ela por não contar até hoje que eles tiveram um filho e isso era o cumulo do absurdo. Harry tinha sido pai, tinha perdido o filho de maneira brutal, poderia ter se vingado do assassino e não sabia... Virgínia sentia raiva de si mesma só de lembrar.
A verdade e que não contara nada a Harry por medo... medo de ser julgada, medo do que a família iria pensar ou dizer, medo dele fazer escolhas erradas e vir a se arrepender no futuro. Era tanto medo que nem mais sabia do que teve medo exatamente. As vezes pensava que fora esse medo que matara Rafael... E se houvesse feito tudo certo? Se houvesse contado para Harry que estava grávida? Será que ele protegeria os dois? Mas isso não mais importava, sua vida se baseava agora em uma coisa: vingança. Nem que para isso Rafael continuasse sempre nas sombras, iria se vingar finalmente de Lucius e Eduard. Quando acabasse? E quando acabasse...? Bem, ela pensava nisso depois, afinal, a vida sempre continua, ou como diz um cantor trouxa brasileiro... A vida não para.
Prosseguiu em seus devaneios e cumprimentos até chegar em seu quarto, quando se surpreendeu com um pequeno papel sobre sua cama presa em um botão de rosa. Leu rapidamente para perceber que, como inconscientemente desejava, não era de Malfoy e sim de John Smith, o homem que ela seduzira pouco antes de ir ao baile e pedira o endereço de Eduard... já até havia esquecido dele.
- John Smith... – sussurrando amassou o papel e levou consigo para o banheiro para joga-lo fora. Já tinha o endereço de Eduard a tempos... foi inclusive ela que pedira para o ministro aloja-lo em um bom apartamento em um bairro residencial bruxo. Não sabendo ele que seus vizinhos eram dois ex-aurores que foram muito amigos de Jonatha e que estavam lá apenas para vigia-lo. Foi assim que descobriu que seu ex-noivo era um tremendo galinha. – Depois eu resolvo isso.
Tomou seu banho pensando apenas no jantar... Harry não era exatamente um inimigo em potencial, mas alguém para ser usado. Iriam tentar descobrir o máximo sobre o que os aurores estavam planejando e com alguma sorte, descobririam o que Eduard pretendia.
Não queria provocar, colocou então um vestido longo com decote leve e um corte lateral, um verde escuro que combinava muito com o colar fino de prata. Ao olhar-se pensou ironicamente que agora sim havia se tornado uma sonserina.
Respirou fundo e saiu do quarto silenciosamente. Estava na hora.
- Está preparada, Gina? – perguntou uma voz masculina em suas costas causando-lhe arrepio.
- Sempre estou, David – sorriu para ele que agora estava ao seu lado no saguão a espera de Ammy.
- E... eu sei, mas perguntei por costume. – sorriu insinuante.
- Visitou seu filho?
- Fui essa tarde... pelo que Vivian contou, está fazendo sucesso no colégio. – comentou David, não escondendo o orgulho. – tem a quem puxar.
- Tão modesto você. Vivian é uma mãe ciumenta?
- Não sei... tô achando que sim. – David riu por um tempo. – Cadê Ammy? Assim vocês vão se atrasar.
- Não se preocupe, já estou aqui. – respondeu uma Ammy diferente. Não estava exatamente diferente, estava simplesmente...
- Linda! Você está linda! – um surpreendido David a olhava de cima a baixo. – Hoje eu realmente gostaria de ser o Potter.
A surpresa de David não era para menos. Ammy sempre fora a caçula e o xodó dos Caçadores, provavelmente só quem viu-a como mulher fora TuMom, um dos mais jovens do grupo. E ver Ammy vestida com um vestido lilás claro, decotado e justo era surpreendente para qualquer um, pois revelava que ela não era mais a menina dos olhos do grupo, mas uma mulher... e uma bela mulher.
- Obrigada. – agradeceu a morena envergonhada.
- Não precisa se envergonhar... você está perfeita. – sorriu Gina feliz. Hoje Harry cairia nos encantos de Ammy com toda certeza. – Parece até uma daquelas deusas. Harry vai ter um treco! – pegou o braço da moça animada e foram andando para a porta principal do hotel. – Tô doida pra ver a cara dele! – comentou antes de rir junto com a morena.
- David, não me diga que aquela era a nossa Ammyzinha? – perguntou um Ryam abismado vendo as duas abrindo a porta de vidro.
- Era... A nossa menina cresceu... – o loiro parecia ainda muito chocado.
- Não quero nem imaginar a cara de Kenny e Diane ao saberem disso... Estou ficando velho. – Ryam balançava a cabeça de um lado a outro.
- Estamos, meu amigo, estamos... Quer tomar um drink?
- Aceito... tô precisando.
Virgínia respirou fundo e sorriu para Ammy. Não conseguia esconder tão bem o seu nervosismo. Mas tentando deixar seus sentimentos de lado, olhou para os monitores do furgão, onde do lado de fora, dizia que era de ração de cachorro.
- Potter está sentado nessa cadeira. Podemos descobrir que ele está com uma escuta e uma mini camêra... mas é fraca... Você tem que se preocupar com outra coisa, está vendo aqui, aqui, aqui e aqui? – perguntava Catherine apontando para pontos vermelhos em uma espécie de mapa. - São camêras trouxas apontadas diretamente para vocês.
- Camêras trouxas? – Ammy não segurou a pergunta.
- Isso mesmo, com feitiços para captarem qualquer movimentação e som, ou seja, se vocês tentarem falar conosco, eles vão saber. – explicou a caçadora eficaz. – Sabíamos que Eduard colocaria camêras por todas as partes do restaurante. Ele comprou tudo a alguns dias atras em uma loja trouxa, para o azar dele, não sabe que tudo o que ele compra está sendo monitorado pelo pessoal na França.
- Que? – a morena parecia confusa.
- Temos informantes por toda a Europa... sem contar que ele está 24 horas sendo monitorado. Ou você achou que estávamos sozinhos nessa? – Erik retorquia enquanto digitava algo no computador.
- Na verdade, não esperava que os Caçadores fossem tão influentes. – sussurrou Ammy para si mesma.
- Nosso grupo é o mais influente do ministério, Ammy . – explicou Virgínia calma. – Mas isso não é importante agora... Eu devo supor que os aurores sabem das câmeras, não? Inclusive Harry.
- Exato! O que torna essa operação totalmente monitorada. Provavelmente vai haver aurores disfarçados. Achou Erik? – perguntou Catherine olhando para o monitor em que ele digitava concentrado.
- Achei! – Erik olhou animado para as caçadoras. – Achei os nomes dos aurores em ação. Não precisamos nos preocupar... Eduard e Malfoy não estão no restaurante. Só tem seis aurores em treinamento... sabem que você não fará nada, afinal, para eles Ammy nem sonha em saber quem você é e Potter sempre foi seu amigo. O Cicatriz deve tentar tirar informações de você. Tome cuidado com o que diz, Ruiva. – falava Erik enquanto analisava alguns papeis. – De acordo com alguns dados e até cálculos de distância e tudo mais, as imagens devem ser captadas para um local perto, já que a qualidade não é muito boa... o que significa...
- Que Eduard está por perto. Já imaginava isso. Tentem descobrir onde ele está. – dizia Virgínia se levantando. – Vamos Ammy, você tem um cara para conquistar.
- Espera! – Catherine as parou olhando intensamente para a tela no computador. – Erik, confirma isso para mim... – apontou para algo e seu noivo foi prontamente olhar.
- Gi... Malfoy está em alguma outra missão hoje... – o caçador a olhava preocupado. Virgínia que havia voltado na mesma hora quando ouviu isso, correu para frente do computador preocupada.
- Mande David e Ryam ficarem de vigia no meu quarto... E mandem fazer uma limpeza de emergência. – a ruiva pensava, enquanto estralava os dedos. – Tudo está guardado em local seguro, não está?
- Tá, fique tranqüila. – Catherine respondia olhando para a amiga com duvida. Virgínia estava estranha, nunca ficava nervosa com alguma missão. Sempre fora fria. Mas agora parecia até longe. Sabia que a situação era delicada, por Harry ser pai de Rafael, mas nunca imaginou que ela fosse ficar assim. Concluiu que provavelmente a visita para sua ex-mestra não lhe fez muito bem. Entretanto confiava na amiga, ela sempre se recuperava, mesmo nas piores crises. Olhou nos olhos dela e sorriu tentando passar calma – Agora se acalme e vá pro jantar. Nós ficaremos aqui observando tudo, caso aconteça alguma coisa...
- Nada vai acontecer... Não hoje. – e dizendo isso Virgínia finalmente saiu do furgão, sendo acompanhada por uma Ammy receosa. Pouco antes de fechar as portas, pode ouvir o "Boa Sorte" do casal de caçadores.
- Elas estão chegando, Potter... Prepare-se, sua missão começará agora. – disse Eduard sério na outra linha.
- Eu estou preparado. – só que Harry não contava que as duas mulheres que teriam que enganar estivem tão belas. E se surpreendeu com isso.
Olhou para Ammy e desejou no seu intimo que ela o perdoa-se no fim de tudo. Era uma mulher doce e engraçada. Parecia pura e indefesa e ao mesmo tempo forte e sensual. Havia se encantado por ela desde do momento que a vira e pôde perceber algo que o surpreendeu: Ela não se importava por ele ser Harry Potter. Sabia que poderia ser besteira, mas esse simples fato fez com que ele a olha-se desde do principio da conversa com outros olhos. Reconheceu que ela poderia sim, ser a mulher que esperava.
Harry sempre fora tímido durante sua adolescência, se apaixonara por Cho e casara-se com ela depois da formatura... Tudo parecia perfeito até ela aparecer. A irmã do seu melhor amigo, aquela ruivinha quieta, que quando mais nova havia nutrido uma paixão infantil e doce por ele.
Nunca a olhara como mulher, apesar de provocar suspiros de alguns. Até aquele dia, em que tudo mudara. Em que começara a conhecê-la de verdade...
Flashback
- Nem tente me convencer de nada, Harry... meu irmão não conseguiu, o que te faz pensar que eu ouviria você? – uma nervosa Virgínia entrava no quarto junto com um Harry calmo, que fechou a porta antes de responder.
- Sou seu amigo, Ginny. Me preocupo com você.
- Me responda Harry... você acha que sou retardada? – perguntou ela enquanto o olhava intensamente.
- Não... mas... – ele tentava explicar, deixando a ruiva ainda mais nervosa.
- Mas o quê? – ela se aproximou dele rapidamente – Mas eu sou muito criança para batalhar? Sou muito incompetente, pois sou a Gininha Tolinha? – Harry ficara mudo. Ele sabia que era a verdade. Gina era muito indefesa, nunca poderia ir para uma frente de batalha. Contudo notou o olhar determinado dela. Não desistiria fácil dessa loucura. – Diga-me Harry... como você me vê? – a pergunta o pegou de surpresa.
- Que?
- Você me vê como, Harry? Me responda! – exigiu ela calma, olhando diretamente nos seus olhos. Aquela atitude o deixava embaraçado.
- Você é a Gina... uma garota... – começou ele decidido.
- Pare! – ela riu nervosa – Garota? – em um piscar de olhos ela estava com o corpo muito próximo ao dele. – Que garota você ainda vê aqui? Não notou que eu cresci, não?
Ele a olhava assustado, nunca esperou uma atitude dela assim. Sempre viu aquela ruiva como mais uma Weasley, como sua irmãzinha de consideração. Vê-la agir daquela forma, tão sensual, o deixava sem ação. Principalmente porque podia sentir o seu perfume e notar finalmente as curvas bem desenhadas dela. Virgínia definitivamente não era mais uma garota.
- Percebeu finalmente que sou uma mulher? Não sou mais uma garota. – se aproximou dele e sussurrou no seu ouvido – E vou para a batalha, porque não vai ser você que vai me impedir.
Virgínia virou-se para sair, mas Harry queria uma explicação para aquilo. Segurou em seu braço antes que abrisse a porta.
- Por quê? – notou um sorriso surgir no canto dos lábios dela.
- Você precisava me enxergar como eu sou, Harry... Eu não sou sua irmã e nem gostaria de ser. – sorriu sapeca, parecendo voltar a ser uma garota que aprontou algo e enquanto dava-lhe um beijo na bochecha, disse divertida – Boa batalha.
Três meses depois ficaram novamente sozinhos e dessa vez Harry temia estar assim. Passara todo aquele tempo observando-a... como se a conhecesse pela primeira vez. Via-a, não mais como uma garota, mas como uma mulher. Uma mulher terrivelmente sensual e bela. Nunca esqueceria em que situação a encontrará novamente...
- Gina, onde foi que você deixou aquele relatório do Ro... – parou no momento em que posou seus olhos nela.
Gina se encontrava com uma camisola curta e semi transparente azul clara. Fingiu não notar o suor escorrer pela sua testa. Tinha que lembrar que era um homem casado e com uma filha pra criar.
- O relatório de Rony? Tá em cima da mesinha do lado da cama dele. Por quê? Algum problema? – ela parecia se divertir com a situação dele. Depois de quase 5 minutos sem resposta, Virgínia se aproximou com o mesmo sorriso sapeca. – Que foi Harry? Tenho certeza que você já viu uma mulher de camisola... Além do mais, eu ainda sou uma garotinha ao seus olhos, não é mesmo?
- Por que faz isso? – ele realmente queria saber a resposta. Não entendia esse jogo de sedução justamente agora.
- Se você ainda não descobriu... não serei eu a pessoa que lhe responderei. – se aproximou mais um pouco, estavam com os corpos próximos e as respirações descompassadas – Mas não é obvio para você?
- Obvio o que? – Harry realmente não sabia. Como poderia? Virgínia namorara outros caras e tirando aquele paixão infantil, nunca demonstrara nada de verdade.
- Ora Harry, não se faça de desentendido! Você sempre soube sobre minha paixão por você. – ela, entretanto, parecia ficar irritada pela falta de tato do moreno.
- Mas... mas... mas isso foi há anos atrás. Você não poderia ainda... – começou ele confuso. Contudo, lembrou da conversa de três meses atrás. Olhou-a assustado. – Poderia?
- Infelizmente. – Gina parecia triste ao responder. - Vá embora, por favor... quero dormir. Estou cansada. – Ia em direção a cama, quando ele falava com os olhos verdes brilhando.
- Não entendo...
- Não entende o quê, Harry? – a ruiva parecia estar muito nervosa com a tapadisse dele. E quando virou-se enfim, pareceu surpresa ao notá-lo a menos de um palmo de distância, olhando-a intensamente.
- Por que nunca lhe notei. – nem esperou resposta... A beijou como nunca tinha beijado ninguém, nem mesmo Cho. Havia paixão ali e principalmente... desejo.
Com o tempo a situação entre eles passou a ficar séria. No dia em que vira Voldemort beijando-a... nunca tivera tanto ciúmes de alguém e tanta preocupação, ao notá-la cada vez mais pálida pouco antes de desmaiar.
Estava decidido a lutar por ela, olhava-a deitada na cama do hospital depois de 1 mês desaparecida, tão fraca e indefesa que chegava a desespera-lo. Cho começou a notar que havia algo de errado entre ele e Gina a partir dali.
Pouco tempo depois de acordar, entretanto, ela terminou. Nunca entendeu direito porque daquilo, já que estavam bem até então. Prometeu a si mesmo que descobriria custe o que custasse. Algo estava errado naquela história, muito errado...
Fim de Flashback
E agora ele estava ali, vendo-a se aproximar. Decidido a descobrir tudo sobre ela. Inclusive se era Circe...
Respirou fundo e sorriu simpático para as duas mulheres que se aproximavam cada vez mais. Nem parou para pensar no que faria se descobrisse que ela era quem estava procurando e muito menos que a verdade poderia ser muito pior do que ele imaginava. E esse foi seu pior erro...
- Boa Noite, Harry! – cumprimentou uma animada Virgínia.
- Como vai? – perguntou Ammy, enquanto sentava-se na cadeira.
- Melhor agora... Vocês estão divinas. – a ruiva sorriu diante do comentário dele.
- Obrigada. – Ammy agradeceu tímida, o que não era muito comum. Harry causava um efeito nela surpreendente.
- Restaurante muito bem escolhido. – Virgínia falou olhando ao redor. Na verdade pouco se importava se ele era um dos mais refinados da cidade, estava preocupada era com as camêras e aurores disfarçados. Notou logo de primeira dois. Um casal, na verdade... Se perguntava quando foi que os novatos se tornaram tão incompetentes. A moça olhava fixamente para mesa, nem ao menos piscava. Sua mão, com certeza segurando a varinha, remexia-se nervosa em um bolso do casaco. E o rapaz nem sequer mexia a mão, que estava em cima de uma mala pequena e preta... ali deveria estar uma camêra. Um outro auror estava de garçom, e a rapidez com que foi para a mesa o denunciara... não era necessário isso, o cardápio já estava na mesa. Harry pareceu impaciente, pois notou os erros também.
- Já escolheram? – o auror perguntou logo que se aproximou. Estava suando, como os três na mesa perceberam. Gina respirou fundo para não rir... a cara de Harry estava digna de uma foto.
- Na verdade nem li o cardápio... o que você sugere? – a ruiva fazia de desentendida. Lera o cardápio muitas vezes, ele tinha uma filial perto de sua casa na França. Praticamente sabia tudo de cor.
- Eu diria para você pedir... pedir... – tossiu de leve – Na verdade o que a senhorita pedir será bom. Garanto que a comida daqui é excelente. – Harry estava a ponto de socá-lo. Ammy assistia a cena com pena do rapaz, não o perdoariam por tamanha falha.
- Eu confiarei então no meu amigo. – olhou para Harry sem esconder o divertimento – Peça o que você gostar, sim? Vou ao banheiro.
Levantou-se da mesa, notando uma mulher lendo distraidamente um livro... Seria comum, se ela movesse os olhos e não os tivessem fixados no mesmo ponto da pagina. Pela localização, Virgínia já sabia que era uma aurora novata. Balançou a cabeça negativamente e entrou no banheiro feminino.
Sentou em um dos pufes tranqüila. Saíra de lá para deixar Ammy sozinha com Harry. O olhar dele para a morena na entrada ficou claro o seu interesse. A questão era saber o que ele acharia quando descobrisse que Ammy também é uma caçadora. Será que a perdoaria? Respirou fundo... Aquela pergunta era mesmo para a amiga ou para si mesma? Esperaria quanto tempo para contá-lo? Mais alguns anos?
Estava sendo fraca, como Isabelle dissera. Fraca e sentimental... Precisava pensar nisso tudo como mais uma missão e levar isso dessa forma. Poderia por tudo a perder se permanece assim. Amanhã falaria com McGonagall sobre Lucius Malfoy e se tudo desse certo, a vingança estaria próxima. Muito próxima.
Segurou um bocejo. Estava com muito sono, pois não vinha dormindo muito bem. Sabia que cedo ou tarde apareceriam auror para saber o que ela estava fazendo. Sorriu divertida, apesar de tudo, não podia deixar de rir da situação. Ela ali, quase dormindo, enquanto os aurores deviam estar desesperados, com medo de ela ter fugido. Parecia até que ela cometeria um erro desses... Era uma profissional.
- Boa Noite. – uma moça loira havia acabado de entrar no banheiro, ainda incerta sobre o que falar. Bastou isso para Virgínia conhecer mais uma auror em ação. Resolveu voltar para o jantar, que a essa hora, já deveria estar a caminho.
- Boa Noite. Com licença. – a loira sorriu sem jeito em resposta.
Só faltava agora um auror e pelo que notou ele parecia ser bom em disfarce, pois nem desconfiava quem seria ele.
Olhou ao redor e não encontrou ninguém suspeito. Se bem que, na realidade, a suspeita ali, era ela. Mais uma vez segurou a risada e olhou para a mesa de Harry que agora conversava com a amiga. Ammy parecia encantada, seus olhos percorriam o rosto de Harry com carinho e até mesmo admiração. Queria sentir isso novamente, queria sentir borboletas baterem no seu estômago, queria se encabular com um elogio, queria suspirar novamente e se pegar pensando em alguém na hora mais imprópria... era tão bom.
- Com licença. – um jovem de porte atlético e olhos de um verde escuro profundo, a tirou de seus pensamentos.
- Como? – Virgínia perguntou ainda surpresa. Os olhos do rapaz era incríveis.
- A senhorita poderia me dar licença. Gostaria de ir ao banheiro. – ele disse sério e ao mesmo tempo educado.
- Claro... Desculpe. – respondeu a ruiva antes de sorrir e ir em direção a mesa. Fazia tempo que não viu um olhar daquele, tão misterioso e frio. Sacudiu a cabeça e sorriu para o casal que a olhava de modo questionador. – Me perdi em pensamentos.
- Só você mesmo, viu Gi. – Ammy riu da cara da amiga ao ouvi-la.
- Desde que te conheço você faz isso. – comentou Harry.
- Lembra do dia em que meu cotovelo foi parar na manteigueira?
- Como é, Virgínia? – a morena olhava assustada para os dois que riam.
- Um dia na Toca, quando eu era apaixonada por ele... fiquei tão concentrada nos olhos de sapinhos cozidos que quando acordei, meu cotovelo estava todo melado de manteiga.
- Tá... vou fingir que entendi...
O jantar transcorreu tranqüilo. Harry apenas perguntava em que Virgínia trabalhava na França, e essa respondeu com tranqüilidade. Ammy acabou por comentar que tinha na verdade duas tias em Hogwarts e o moreno pareceu acreditar.
O que mais intrigava a ruiva, na realidade, era o fato de não ter encontrado nenhuma dica sobre o ultimo auror. Seja lá quem fosse, ela teria que descobrir, porque ele seria um ótimo caçador.
Resolvendo dar mais uma volta pelo restaurante, deu como desculpa a ida no banheiro novamente para retocar a maquiagem. Em uma mesa um pouco afastada viu o mesmo rapaz conversando com alguém no celular. Cerrou as sobrancelhas, antes de sorrir destravada. Apenas para confirmar, foi em direção ao jovem, que a olhou do mesmo modo profundo.
- Desculpa, será que podemos conversar? Prometo ser rápida.
- Se for realmente rápida. – e falando com esse alguém no aparelho, avisou que ligaria depois, sem tirar entretanto, os olhos de Virgínia.
- Primeiro, muito prazer. Sou Virgínia Weasley.
- Igualmente, sou Carlo MacGregor. – respondeu ele indiferente.
- Bom, MacGregor, eu sou modelo... na verdade já estou passando da idade e agora faço um ou outro trabalho. Lido mais com a parte financeira da empresa Madame Malkin... e não pude deixar de notar sua beleza. Se interessaria em ser modelo? – sem esperar a resposta do rapaz, perguntou novamente- Ou esta fazendo faculdade de algo?
- Curso o último semestre de Medi-bruxaria... Mas posso pensar no caso, onde poderia acha-la?
- Tem alguma caneta, pena? – ele rapidamente lhe entregou uma caneta preta, com alguns detalhes em ouro. Virgínia, sem nada comentar, passou o número do seu celular. – Espero que aceite minha proposta. Obrigada pela atenção. – quando ele vez mesura de se levantar, ela apenas respondeu sorrindo satisfeita, mais satisfeita do que ele pensava. – Não se incomode. Boa noite.
- Boa noite. – a ruiva poderia jurar que o viu sorrido no canto dos lábios.
Era obvio que ele era o ultimo auror disfarçado... Na verdade ficara em duvida, desde que encontraram-se na porta do banheiro. Mas ele não cometeu quase nenhum erro. Quase, porque falhou apenas com duas coisas: Por questão de comodidade, nenhum celular trouxa funciona neste restaurante... sabia disso, pois conhecia o dono, que vivia justamente na França. Alem do mais, aquele tipo de caneta só era dado ao filho recém formado. Contudo, se interessou por ele imediatamente... alem de bom em disfarces, era um rapaz bonito... Provavelmente de alguma família rica, pois sua educação era notável, exatamente o que procuravam em um caçador. Treinaria ele com o maior prazer.
Foi até o banheiro, apenas para não levantar muita suspeita do seu interesse por Carlo. Retocou a maquiagem sutilmente e voltou a mesa. Como esperado, Harry perguntou o que fazia conversando com o rapaz. Parecia levemente preocupado.
- Nada de mais, apenas o convidei para ser modelo. – ela respondeu calma, sem deixar de insinuar no fim. - Por quê? Parece que se incomodou com isso... O conhece?
- Não... nunca o vi, só achei estranha sua atitude. – ele rebateu com outra insinuação.
- Esqueceu que trabalho com moda, Harry? – Virgínia fingindo não notar, comentou sorrindo.
- Pois é... você deve viajar muito, não... – Engoliu seco. Tentou ritmar o coração. Era por isso que temia o encontro, era por isso que estava tão nervosa. Encontrando uma resposta rápida e não demonstrando seu turbilhão de sentimentos, ela respondeu:
- Viajo sim... principalmente na época de grandes desfiles.
- É por isso que nunca veio nos visitar? – Respirou longamente, sabia que seria uma oportunidade muito boa para contar tudo, mas com todas essas câmeras e aurores, essa possibilidade, para seu alivio interno, seria inviável. Seguindo com o plano, apesar da vontade de correr para seu quarto na França, em busca de paz, tentou semear a duvida não declarada.
- Mais ou menos, é uma das razões, mas não a mais importante delas...
- E posso saber qual é o verdadeiro motivo? – ele não parecia querer ouvir a resposta entretanto, sabia como aquela missão era difícil para ele, muito mais do que ele sequer supunha...
- Aqui não é o lugar certo, muito menos o momento certo. E você, mais do que eu, sabe disso... – respirou fundo, sem dar atenção ao olhar surpreso e duvidoso do moreno – Um dia você vai saber, Harry... Pode ter certeza disso.
O silêncio se seguiu por alguns instantes e Ammy apenas observava a tudo calada. Precisava descobrir o passado de Virgínia, pelo que pareceu, não só a machucara de tal maneira, que nem mesmo para visitar a família ela voltava para Londres, como poderia ser importante para Harry também... Mas se era tão importante, por que ela não contara a ele? Desistindo de entender sua mestra, sem contudo, desistir de descobrir a verdade, puxou um assunto rapidamente, não sabendo ela, que esse também era um assunto indesejado:
-Então? Ele aceitou o convite?
-Ficou de pensar... faz medi-bruxaria.
-Fiquei sabendo que se tornou medi-bruxa na França...
-A Ammy andou contado minha vida foi? – perguntou divertida – Me formei sim...tenho que confessar que é um cursinho complicado.
-Eu leio de vez em quando umas reportagens sobre as curas novas...
-Tem saído mesmo grandes descobertas...
-Mas tem sempre umas estranhas. – comentou Ammy sorrindo divertida. – Mês passado tinha uma que curava pessoas mal-humoradas para sempre. Só que tinha o efeito colateral dela nunca mais parar de fazer piada sobre tudo. Quanta maluquice, viu!
-Eu li essa reportagem! Foi a mesma que mostrou um feitiço que escondia barriga de gravidez... uma mistura complicada de feitiço e poção... – comentou Harry pensativo.
-Eu estudei essa poção semestre passado... não trás riscos ao bebê, só a mãe na verdade. Parece que tá sendo muito usada pelas adolescentes que querem esconder que estão gravidas para a família.
- Loucas... não quero nem imaginar minha filha fazendo isso... Por que alguém esconderia que está grávida para os outros? Não consigo entender.
Virgínia olhou para aqueles olhos verdes perturbada... Aquela havia sido a maneira dela esconder a barriga por quase nove meses da família e principalmente dele. Respirando fundo, comentou, como se não fosse tão importante, afinal, eles olhavam para ela, esperando alguma posição de sua parte.
- Não? Mas eu consigo... Cada um tem seus motivos particulares, não acha Harry? E sempre há um bom motivo para tomar essa decisão tão difícil...
Ele olhou-a com as sobrancelhas levemente contraídas, mostrando que não entendera sua colocação. Entretanto, Ammy percebendo o desconforto da situação, sorriu e mudou de assunto. Seguiram por assuntos amenos até o final do jantar.
- Bom trabalho, Potter. – Eduard dizia friamente a um Harry pensativo.
- Acredita que ela seja a Circe? – perguntou já sabendo a resposta.
- Claro! Seu trabalho agora será estudar os gastos dela financeiros. Preciso saber o quanto ela ganha por mês e quanto vale seus bens. Ah, e se ela tem algum gasto estranho. Precisamos prende-la o mais rápido possível. – a última parte parecia mais ser dita para si mesmo do que para o auror.
- Por quê? – Harry questionou. Eduard agia cada vez mais estranho.
- Cuide de seu trabalho Potter. – respondeu nervoso. Tentando se controlar, continuou – Quero um relatório sobre o jantar, amanhã na minha mesa.
- Fui bem, Gi? – Ammy perguntou quando já estavam no saguão do hotel. – Gina?
- Como? Ah, sim, claro, foi muito bem! – suspirando alto, continuou cansada – Desculpa... tava pensando sobre alguns assuntos...
- Está preocupada. – afirmou a amiga.
- E esgotada. Amanhã conversamos, certo?
- Tudo bem. Durma bem... – desejou Ammy, sem obter resposta, pois a ruiva estava novamente perdida em pensamentos.
Virgínia relembrava cada detalhe da conversa. Harry estava decididamente perdido e completamente preocupado. O que estaria pensando agora? Ela precisava contar! Cedo ou tarde essa historia viria a tona... E aí, o que faria? Como explicaria suas mentiras? E quando sua família descobrisse? Ficaria completamente só! Afinal, ninguém aceitaria o fato dela ser uma assassina... Assassina... Era uma assassina... E pior, não sentia nenhum remorso pelas vidas que tirou, sabia que cada um que matou, mereceu de alguma forma. Mas... e sua família? Entenderia isso?
- Estou perdida. – resmungou ela, sem se dar conta que já estava na porta do seu quarto.
- Que ruiva? – uma voz a tirou dos devaneios, dando-lhe um susto.
- David! Nunca – mais – faça – isso! – o loiro apenas ria, junto com Ryam. Ela arqueou uma das sobrancelhas levemente e perguntou tentando manter a calma:
- Vocês beberam?
- Imagina Cenorinha! Nós nunca faríamos isso! – respondeu David ainda rindo sem motivo aparente.
- Na verdade bebemos só um tiquinho, sabe... um tiquinho assim... – Ryam demonstrava com a mão o "tiquinho" que eles beberam.
- Sei... e vocês resolveram fazer isso justamente hoje...
- Percebemos que estamos velhos. Muuuito velhos. – comentou David lacônico.
- Certo. – Virgínia respirou fundo – Então como bons velhinhos que vocês são, vão agora dormir, não é mesmo? Para descansar, cada qual em seu quarto. – ela simplesmente não acreditava na cena que estava vendo. Nunca tinha visto os dois bêbados... Era só o que faltava para terminar aquele dia com chave de ouro. Pensando nisso, Virgínia entrou no quarto balançando a cabeça negativamente, mas por fim rindo dos dois amigos. Seria uma situação que ela nunca esqueceria. – Velhos! Eu mereço!
Rindo, ela andou até a penteadeira do quarto para tirar o brinco de prata, quando novamente levou um susto, desta vez, também causada pela voz de um homem...
- Você fica irresistível assim, de verde e prata... Incrivelmente sonserina... mas tenho que confessar que fica ainda melhor rindo... – ela virou-se rapidamente, dando de cara com Malfoy sentado sobre sua cama elegantemente, trajando uma calça e blusa social preta. Ela tentou controlar o primeiro pensamento que veio em sua mente: "Lindo!", mas não conseguiu. E fingiu não notar o arrepio na espinha quando ele voltou a falar, lentamente e de uma maneira ainda mais sensual – Boa Noite, Virgínia. Sentiu minha falta?
Nota da Autora (Q sim! Ela está viva!): Ai! Ui! Aiiii! Espera! Não precisa jogar essas coisas em cima de mim com tanta força!
Não... tudo bem... Podem me matar! Eu morro sabendo que mereço!
Oiii gente (sem graça)... como posso me justificar! Se eu chamar Rafael será o bastante? Não... não é o Rafael filho de Gina não... É o técnico em informática mesmo! Pois é! Fiquei sem computador antes mesmo de vir pra Salvador! Foi um sufoco! Mas finalmente estou com pc não tão novo, mas totalmente transformado! Até virou XP... com mais memória e velocidade! Tô impressionada com meu bebê!
Tava com tanta saudades de vcs! Ai ai... minha vida mudou tanto!
Bom... mas voltando a fic, agora eu preciso é correr pra escrever! Tá ai essa cap. que já estava pronto há meses, mas que tava preso no PC que nem sequer ligava... preciso terminar a fic o mais breve possível, pq próximo ano não vou ter o menor tempo... vai ser do colégio por cursinho pré-vestibular e do cursinho para os livros em casa... ou seja... vai ser estudar e estudar... e como no final do ano eu viajo pra praia... o negócio complica ainda mais. Quero tá mandando ainda essa semana o próximo cap.. Só que tbm preciso estudar para as 2 provas finais que tão vindo ai... tão pensando que estudar em colégio da polícia militar é moleza! Eu vou ter um treco com tanta coisa pra fazer e essa média 7 vai me matar!
Mas enfim... eu quero agradecer muuuuuuuuuuuuuito pelos comentários! Eu fico tão feliz! Vcs não tem noção! Ai q SAUDADES DISSO! Hahaha... Ufa! Liberei meus sentimentos! ¬¬
Os agradecimentos vem aos poucos, pq senão eu iria demorar ainda mais... mas vs sabem q eu amo todos eles!
Meu psiquiatra me disse q ando meio sentimental... porém não notei nada disso!
Snif... snif... ai q saudades de dizer: Bom apetite!
Hahaha... BRIGADA POR TUDOOOOOOOOO!Bjs e até o próximo cap. q virá o mais rápido possível!
