Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, apenas Isadora é uma criação única e exclusiva minha para essa saga.
Crônicas e Amor e Confusão VIII
ISADORA
Capitulo 2: O Florescer de uma amizade.
I – Confiar.
Sentiu um calor reconfortante tocar-lhe a face. Da janela do quarto, os cálidos raios do sol entravam displicentes. Abriu os olhos devagar, acostumando-se com a claridade. Tentou se mexer, mas sentiu o corpo dolorido, o que lhe impossibilitou de fazer tal coisa.
Instintivamente, sua mão pousou sobre o curativo feito pelo cavaleiro. Suspirou pesadamente, a que ponto chegara. Que tipo de pessoa fora se tornar; ela pensou, sentindo as lágrimas embaçarem seus olhos, ao lembrar-se novamente de tudo o que acontecera e o porque de estar ali.
Sem se importar se o cavaleiro poderia ou não aparecer, retirou a mascara, deixando-a cair sobre o chão. Encolheu-se na cama, ignorando a dor sobre o abdômen, abraçou-se fortemente ao travesseiro macio, deixando as lagrimas rolarem livres por sua face.
Ouviu passos vindos do corredor, mas permaneceu imóvel. Fechou os olhos momentaneamente.
-o-o-o-o-
Entrou no quarto tentando não fazer barulho, porém escorregou, caindo com tudo no chão, ao deparar-se com a imagem da jovem que parecia dormir tranqüilamente em sua cama, mas isso não era o que prendeu sua atenção.
Um rastro úmido marcava de forma tão cruel a face angelical, chegava a ser um crime que alguém como ela estivesse sofrendo tanto; ele pensou, levantando-se do chão, notando que ela ainda estava imóvel.
Aproximou-se, com cautela e porque não dizer com uma porção de curiosidade. Prendeu a respiração surpreso, ao deparar-se com a idéia de que ela simplesmente abandonara a mascara.
Sempre ouvira falar sobre as duas opções, nunca uma saída pela tangente. Não que a idéia lhe desagradasse, agora desejava apenas saber o que poderia fazê-la simplesmente deixar tudo aquilo de lado.
-Isadora; Milo chamou num sussurro, sentando-se na beira da cama, apoiando a mão suavemente sobre o ombro da jovem.
Viu-a abrir os olhos e sentiu seu mundo desabar, ao deparar-se com aquele par de orbes rosados a transmitir uma tristeza tão grande, que pela primeira vez em muitos anos, sentira um nó formar-se em sua garganta.
-Precisamos conversar; ele falou, com a voz branda. Não querendo assustá-la, mas notou-a ficar tensa. –Não se preocupe, vai ficar tudo bem;
Não sabia ao certo o porque, mas sabia que podia confiar. Estivera a ponto de bater nos portões de Hades e ele lhe salvara, ouvira a discussão que Milo tivera com o cavaleiro de Virgem. Não era certo que o comprometesse daquela forma, não era certo que causasse algum problema a ele; ela pensou, sentindo as lágrimas caírem novamente.
Sentiu o toque quente e delicado do cavaleiro sobre sua face, impedindo o caminho das lagrimas. Fitou-a com um olhar compreensivo, mesmo que não soubesse o porque de tanta dor, conseguia sentir perfeitamente o quão triste era o cosmo da jovem.
II – Amigos acima de tudo.
Olhou-se atentamente no espelho do banheiro, ainda estava pálida devido à perda de sangue, embora sendo curada pelo cosmo de Milo, a recuperação total ainda demoraria a acontecer.
Passou os dedos entre as melenas verdes, tentando alinhá-los e terminar de secá-los. Fechou o ultimo botão da camisa que vestia, ou melhor, aquilo parecia uma camisola; ela pensou, balançando a cabeça com um meio sorriso.
Milo lhe emprestara algumas roupas para que pudesse tomar um banho e ficar mais à vontade. Entre elas estava aquela camisa larga e a nada discreta samba-canção com estampa de Piu-Piu. Detalhe, ele apenas lhe entregara pedindo que não comentasse sobre isso.
Respirou fundo, terminando de se vestir e saindo do banheiro. Arrumou a cama, estendendo a colcha sobre ela e saiu do quarto, indo em direção a cozinha. Lembrou-se que Milo avisara que tinha uma reunião, mas que voltava logo.
Parou por um momento pensando, assim que se recuperasse teria de ir embora. Não podia mais permanecer no santuário e para a casa também não poderia voltar. Já fora um ataque de rebeldia querer se tornar amazona, contrariando os desejos narcisistas de sua mãe. Agora que as coisas mudaram de rumo, precisava decidir o que fazer, não podia deixar o cavaleiro arriscar-se por sua causa.
Balançou a cabeça freneticamente, entrou na cozinha a fim de procurar algo que fosse saudável e que não fosse congelado pra comer. Ouviu a porta abrindo-se, porém imaginou que fosse Milo que já voltava da reunião, abriu a torneira da pia, enchendo um copo de água.
Levou-o aos lábios, enquanto virava-se para trás. Deparou-se com um par de orbes azuis lhe fitando de maneira fria e indiferente. O copo escapou de suas mãos, caindo no chão, partindo-se em vários fragmentos.
-Pensei que só aquele idiota fosse o irresponsável por aqui; a voz do cavaleiro de Virgem soou fria, cortante e com um 'Q' a mais de crueldade.
-Quem é você? –Isadora perguntou, tentando não parecer intimidada com a presença dele ali, mas sabia perfeitamente que o cavaleiro tinha ciência do terror que lhe infligia.
-Não se faça de ingênua, porque você não é; Shaka rebateu, de maneira perigosa.
-Que eu saiba o seu templo é o sexto e esse é o de Escorpião. Cavaleiro de Virgem; ela falou, adquirindo um olhar tão ou mais frio do que o dele.
Serrou os orbes de maneira perigosa. Quem aquela menina atrevida estava pensando que era, para lhe afrontar daquela forma? –ele pensou, indignado. Quem sabe se retirasse um ou dois sentidos dela, ela perdesse aquele ar petulante.
-Vamos deixar de rodeios então; ele falou.
-Foi você que começou, com isso. Não eu; Isadora respondeu, encostando-se na beira da pia. Cruzando os braços na frente do corpo, desafiando-o.
-Vá embora do santuário; Shaka falou a queima roupa.
-Só? –a jovem provocou, arqueando a sobrancelha.
-As amazonas estão desconfiando do seu sumiço e a morte do aspirante. Podem associar isso com a presença de Milo ao local e você não vai querer que ele tenha problemas, não é? –o cavaleiro falou em tom irônico.
Foi uma fração de segundos, quando ouviu os cacos de vidro quebrarem em mais fragmentos abaixo dos pés da jovem. E suas costas chocarem-se com violência contra a parede do corredor.
Teria perdido o controle de seu cosmo se não recobrasse a consciência. Mas deparou-se com um par de orbes vermelhos lhe fitando com a mais pura ira que sentiu um arrepio cruzar-lhe as costas.
-Não tenho medo de você Shaka! –Isadora falou pausadamente. –Se você é o homem mais próximo de Deus, posso muito bem ser seu pior demônio. Não abuse da sorte por achar-se o melhor, quando não passa de um idiota medíocre; ela vociferou.
-Aonde quer chegar com isso? –ele perguntou, com os orbes serrados. Estranhamente não conseguia reagir e a pressão da mão da jovem em seu pescoço impedia que se movesse, sem que perdesse o fôlego ou o controle de seu próprio cosmo.
-Você veio aqui e disse o que queria. Agora vai calar a boca e me ouvir; Isadora mandou, mantendo a mão firmemente presa em volta do pescoço dele, de forma que não lhe tirasse o fôlego, porém o impedisse de reagir. –Você pode ser um cavaleiro, pode se achar um Deus, mas a partir do momento que você tirou a vida de alguém, você não passa de um verme como qualquer outro;
-Deveria se colocar nesse grupo também, afinal, as rosas que mataram aquele aspirante não foram de Afrodite; ele provocou.
-É exatamente por isso que vou embora do santuário. Não é porque você quer. Pelo contrario, não sabe como desejo te contrariar, apenas pra esfregar nessa sua carinha de anjo, que você não pode metade do que pensa poder; ela rebateu a provocação com sarcasmo e uma promessa de morte lenta e dolorosa.
Viu-o serrar os orbes de maneira perigosa, mas não se abalou mais. Tinha coisas demais entaladas na garganta e precisava desabafar. Conversara com Milo, ele lhe ouvira e lhe aconselhara, mas não era o suficiente.
O que sentia era um desejo quase selvagem de socar a cara de alguém e aliviar aquilo. E o destino ironicamente colocara aquele cavaleiro prepotente em seu caminho e não seria nem um pouco arrogante de deixar essa chance passar.
-Mas pelo menos uma coisa acho que você já sabe, afinal, não deve ser tão idiota para ignorar isso; a jovem falou, afastando-se. –Não resolvi me tornar amazona e passar por todo esse inferno que é o treinamento para matar pessoas, mesmo que algumas mereçam. Essa missão é bem superior a isso, não me acho digna de ser hipócrita e continuar como se nada houvesse acontecido; ela completou.
Parou surpreso com o que ouvira da amazona. Não esperava esse tipo de reação. Nunca pensou que alguém fosse capaz de lhe desafiar daquela forma sem se importar em ser mandado pro inferno sem um pingo de piedade, mas de alguma forma entendia o porque do Escorpião ter se arriscando tanto para protegê-la.
Embora detestasse admitir, aquela garota prepotente tinha razão, mas no seu caso não podia deixar de ser um cavaleiro de ouro. Quanto a matar e ser hipócrita. Quem sabe, ninguém era santo; ele pensou.
A porta abriu-se num rompante e o dono do templo entrou, com os orbes serrados de forma perigosa, como se estivesse realmente a ponto de matar alguém.
-O que faz aqui, Shaka? –Milo perguntou.
-Já estou de saída Escorpião, não se preocupe; ele falou, recolocando a mascara de indiferença e sem olhar para trás deixou o templo.
Isadora fechou os olhos momentaneamente, suspirando cansada.
-Isadora; Milo falou, aproximando-se preocupado a ver no chão da cozinha marcas de sangue no formato dos pés da jovem.
Viu a jovem abrir os olhos, que agora estavam novamente com o tom suave de rosa, porém a palidez dela aumentara.
Sentiu o corpo pesar e tudo ficar escuro.
Correu rapidamente, amparando-a com os braços quando a viu cair. Suspendeu-a do chão, correndo até o quarto. Não acreditava que o cavaleiro tivera o disparate de cumprir aquilo.
Sabia que Shaka não lhe deixaria em paz enquanto não tomasse uma providencia com relação a amazona, mas antes que tivesse a chance de fazer algo, ele se adiantara. Não perdoaria o cavaleiro pelo que ele fez. Não sabia o que ele falara a Isadora, mas era imperdoável deixá-la naquele estado.
-o-o-o-o-
Saiu do templo a passos rápidos. Só parando em Virgem. Os olhos estavam fechados novamente, mas instintivamente levou a ponta dos dedos até a garganta. Pela primeira vez em muito tempo, desde que se tornara cavaleiro. Não sentia uma dor como aquela, prova disso eram as três marcas de um lado e uma de outro, em seu pescoço, precisamente onde as unhas da amazona encostaram quando lhe jogou contra a parede.
Ainda se perguntava quanto tempo ela ficaria ali, mas isso não era problema seu. Respirou fundo, dirigindo-se para a sala das arvores gêmeas, precisava meditar e recuperar o equilíbrio completo de seu cosmo.
Abrir os olhos daquela forma era arriscado demais, mas admitia que fora um pouco inconseqüente quanto a isso, mas sentira-se tentado em saber como era a jovem que fez o Escorpião encrenqueiro bater de frente consigo, pela primeira vez agindo por um bem maior sem que recebesse ordens.
III – Mudanças.
Sentou-se numa poltrona em um canto do quarto. Vendo-a remexer-se na cama dormindo tranqüilamente. Sentia-se curioso, queria saber o que acontecera antes de chegar, porque pelo visto o feitiço virara contra o feiticeiro; ele pensou, ao ver o sempre impassível cavaleiro de Virgem sair de seu templo visivelmente abalado.
Respirou fundo, fechando os olhos por um momento. Lembrou-se do que conversara com Isadora há dois dias trás. Sentiu o quanto a jovem sofria desde a morte daquele aspirante que tentara matá-la. Fora em legitima defesa, mas isso a marcara, como ferro em brasas sobre a pele.
A cada vida que se esvaia por suas mãos, uma parte de si ia junto. Desde que começara a treinar, decidira que defenderia as pessoas que sofriam injustiças e os fracos que não tinham quem os defendesse e ela. Mas muitas coisas mudaram desde que retornara ao santuário. Aliás, não fora o único.
Desde a morte de Aioros.
Aiolia não era mais o mesmo.
Guilherme tornara-se um assassino frio que se intitulava Mascara da Morte.
Kamus tornara-se mais frio do que a própria Sibéria.
Mú deixara o santuário, mandando para o inferno qualquer um que tentasse impedi-lo.
Afrodite, bem... Esse não tinha nem o que falar, mais um narcisista prepotente, vai ver que era por isso que se dava bem com Shaka, ou melhor, eles se toleravam.
O único que parecia não se importar com isso e tentar apaziguar as coisas naquele inferno que o santuário se tornara era Aldebaran.
Ainda se perguntava porque raios ele escolheu essa vida, mas isso não lhe dizia respeito; ele concluiu em pensamentos.
-Mi-lo; ouviu a voz tremula de Isadora lhe tirar de seus pensamentos.
Levantou-se correndo da poltrona, indo sentar-se na beira da cama, ao lado dela.
-Estou aqui; ele sussurrou.
Viu-a abrir os olhos que já estavam marejados. Novamente aquele olhar carregado de dor. Que o fazia praguejar contra os céus. Como alguém poderia ser capaz de fazê-la sofrer tanto.
-O Shaka; ela começou, com a voz tremula.
-Xiiiii, fique calma; Milo pediu. –Não ligue para as besteiras que esse idiota fala. Agora apenas descanse;
A jovem assentiu, aos poucos deixando-se cair num sono profundo.
IV – Partida.
Duas semanas haviam se passado. Estava completamente recuperada. Depois daquele dia, Shaka não aparecera mais em Escorpião e Milo também dissera que nem sair de Virgem o cavaleiro saia. Provavelmente entrando em estado de meditação absoluta, que o fazia passar meses trancado dentro de Twin Sall.
Respirou fundo, olhando-se no espelho. Parecia uma garota normal, vestindo um típico vestido de verão e sandálias baixas, mas sabia que a realidade era outra. Aquela era a única forma de sair dali.
Lá fora á noite já caia sobre a Grécia. Dali a poucas horas estaria embarcando em um navio rumo ao continente americano.
Nesse período que estivera com o cavaleiro de Escorpião, haviam encontrado um lugar onde o santuário não possuía influencias e que fosse seguro para permanecer. Coincidentemente esse lugar era nada mais nada menos do que Holambra uma cidade localizada no estado de São Paulo, no Brasil.
A cidade também era conhecida pela produção de belas flores e festivais de primavera, um bom lugar para se viver; ela pensou.
Agora que dispunha de uma pequena fortuna de sua família para pagar a viagem e seus gastos, poderia ir até para outro lugar se quisesse. Lembrou-se com tristeza de como fora para se despedir de seu pai, embora sua mãe tivesse aquela opinião sobre sua escolha. Seu pai não, sempre lhe apoiara incondicionalmente e era graças a ele que estava partindo.
-Isadora; Milo chamou, batendo de leve na porta.
-Estou indo; Isadora respondeu. Pegou em cima da cama uma capa preta com capuz, vestiu-a e saiu do quarto.
Encontrou o cavaleiro andando impaciente de um lado para o outro do templo, como um leão enjaulado.
-Estou pronta; ela falou, chamando-lhe a atenção.
-É melhor irmos então; ele falou, inquieto.
-o-o-o-o-
Andavam a passos rápidos pelo santuário, tentando não chamar a atenção. Precisavam chegar logo ao porto, antes que o barco partisse. A sombra das árvores os encobria. Fazendo com que pudessem aumentar a velocidade.
Por fim chegaram ao porto. O barco fazia suas ultimas chamadas de passageiros. Pararam próximo ao dec de embarque. Era a hora de se despedirem.
-Milo; Isadora falou num sussurro fraco, com os orbes marejados.
Ele aproximou-se. Envolvendo-a em um abraço carinhoso, ouvindo um baixo soluço escapar dos lábios da jovem. Céus, como era difícil ter de se despedir, nunca estivera ligado a alguém dessa forma, que pudesse confiar sem restrições, como um amigo para qualquer momento, mas agora ela tinha de partir.
-Não esquece de me escrever avisando que chegou viu; ele falou, com um meio sorriso, tocando-lhe a face para aparar a queda das lagrimas.
-Não vou esquecer; a jovem respondeu. –Obrigada por tudo Milo;
-Amigos são pra essas coisas; o cavaleiro falou, tentando manter o sorriso, embora seus orbes demonstrassem o quanto sofria pelo inevitável. –Nunca vou me esquecer de você; ele sussurrou, dando-lhe um terno beijo sobre o topo da testa.
-Nem eu de você, meu amigo; ela falou, tornando a abraçá-lo.
Alguns minutos se passaram, que só notaram quando o capitão do barco avisou que aquela era a ultima chamada. Afastaram-se, respirando fundo.
-Até algum dia; Isadora falou.
-Até;
Viu a jovem afastar-se acenando, enquanto recolocava o capuz da capa sobre a cabeça, subindo ao barco. Não demorou muito para ouvir os motores do mesmo serem acionados e aos poucos ele desaparecer na curva do Cabo. Uma lágrima solitária pendeu de seus orbes, sendo rapidamente aparada por seus dedos.
Deu as costas ao porto retornando a Escorpião...
-o-o-o-o-
Entrou em casa sentindo um estranho nó formar-se em sua garganta. Estava tão acostumado com a presença da jovem ali, que o templo parecia frio e solitário sem ela. Sem aquele riso cristalino e a presença marcante.
Com passos lentos, caminhou pelo corredor principal, indo para seu quarto. Ao abrir a porta, quase foi ao chão devido à surpresa do que encontrara. Arregalou os olhos, ao ver o quarto todo repleto de rosas azuis.
Aproximou-se da cama, único lugar que não havia rosas. Sobre o travesseiro encontrou um envelope bege com seu nome escrito e uma rosa sobre ele. Intrigado, abriu-o com cuidado.
Milo
Não sei mais como vão ser as coisas daqui pra frente, mas a você só tenho a agradecer. Não só por ter salvado minha vida, mas por ter sido o amigo que foi, no momento que mais precisei de alguém que me entendesse. Só desejo que um dia as Deusas do Destino venham a permitir que nos encontremos de novo, em uma Era de paz, sem aqueles Deuses Neuróticos ou Mestres arrogantes que acham que podem manipular o destino das pessoas. Espero que tenha gostado das rosas, aprendi a fazê-las nessas duas semanas que estive com você. A hora de ir esta chegando, mas saiba que nunca vou te esquecer. Até algum dia meu amigo.
Ass: Isadora.
Sentou-se na cama, com a carta em mãos. Respirou fundo, sentindo a doce essência das rosas impregnar em cada fibra sua.
-"Agora só nos resta seguir em frente"; ele pensou, dando um baixo suspiro.
Continua...
Domo pessoal
Final de fics sempre me deixam tristes, mas como eu sei que essa história continua, não to tão triste assim. Originalmente Isadora teria apenas dois capítulos, mas digamos que as Musas da Inspiração andaram dando uma passadinha em casa, o que acabou ajudando, para que essa crônica ganhasse um capitulo especial. O próximo, esta cheio de surpresas em 'Um novo reencontro'.
Antes de ir, deixo meus mais sinceros agradecimentos a todos que acompanham essa fic e ainda perdem um pouco do seu tempo comentando. Valeu mesmo pessoal.
Kisus
Já ne...
