Amigos ou Amantes? – Teffy Chan

Desclimer: Saint Seiya não me pertence. É de total autoria de Massami Kurumada e Toei animations. A história não tem fins lucrativos, a copia total ou parcial somente com a autorização da autora. Os nomes Veuliah, Yehoshua, Yukuita, Zadkine, Ellado e Lêokritos e os personagens Silver e Samuel são de minha autoria. Obrigada.

Atenção: A Fic está sendo reescrita, espero não mudar muito o contexto da história, mas se ocorrer mudanças será graças à incompatibilidade dos fatos.

ATENÇÃO 2: Esse capitulo contem cenas fortes de Dark e Lemon! Estão avisados.

Terceiro Capitulo – Remédios e algumas visitas inesperadas.

Acordei com o barulho de alguma coisa dentro do quarto, fitando finalmente o Doutor Afrodite arrumando algumas coisas em cima de uma mesa. Tentei erguer o corpo, percebendo que a ferida já não incomodava mais e percebi que ele não era o único ali. Os olhos azuis, um tanto escuros, me fitaram e um sorriso sádico se fez em sua pele morena.

-Sa... Saga? – Perguntei meio impressionado, mas já sabendo que uma hora ele iria aparecer. Afrodite olhou para mim e me sorriu.

-Vejo que acordou Camus. Achei que não iria acordar mais... Está a dois dias dormindo!

-Dois dias...? – Sibilei, impressionado.

-Isso mesmo Camus... Acontece. – Saga me sorriu, senti ânsia daquele sorriso e uma vontade alucinante de fugir daquele hospital. Mas me controlei, aceitando o copo de água e o remédio que o Doutor me ofereceu. – Doutor Zadkine, poderia me deixar a sós com ele alguns minutos?

-Claro Sr. Ellado(1). Então, eu já volto para ver como está o nosso ruivo. – Disse o sueco, acenando e saindo de lá.

Vi o loiro se levantar de onde estava e trancar a porta. Engoli seco, ainda demonstrando frieza. Saga se aproximou de mim e notei naqueles olhos escuros luxuria e desejo, e pela primeira vez em anos, lembrei toda a dor que ele me fez passar, o coração apertado contra o peito e a aproximação daquele outro corpo. Traição, desespero, medo. Tudo isso estava gravado na minha mente e eu não tinha como apagar.

-Como anda a vida ruivo? Aquele seu amiguinho grego cuidou bem de você? – Falou ele, se aproximando, tocando aquela mão imunda em uma de minhas pernas.

-Non. Toque. Em. Mim. – Falei pausadamente, batendo em sua mão, a jogando para longe, enquanto o via sentar na cama, ao meu lado. – O que você quer? Já non destruiu minha vida o suficiente? – percebi mais um sorriso por parte dele e senti meu coração doendo.

-Sabe que eu não vivo sem você Camus, aceite! Você é meu! – Falou ele, fixando bem aquela palavra, enquanto se debruçava sobre o meu corpo, tentei ainda empurrá-lo, mas isso só o fez investir mais forte contra mim.

-Não me toque Saga! – Falei um tom mais alto do que eu usava normalmente, mas só consegui um sorriso por parte do outro.

-O que você pode fazer contra mim? Não tens força, nem voz! – Falou ele mais uma vez, segurando meus pulsos sobre minha cabeça, não tive tempo de rebater, sua boca forçou um beijo e sua língua invadiu minha boca. Senti mais uma vez a ânsia de ser tocado por aquele ser imundo, mas o que poderia fazer? Estava indefeso, a mercê desse louco tarado.

Meus pulsos foram presos apenas por uma mão enquanto a outra ia abrindo sua calça. Sua boca desistiu dos meus lábios já machucados e começou uma trilha de beijos por meu pescoço, enquanto eu tentava me livrar daquelas mãos e abafar todos os gemidos. Parecia que meu corpo não respondia as minhas vontades, enquanto o toque do outro me queimava e machucava. Percebi que ele se aproximou de meu ouvido, murmurando algumas palavras que na hora para mim não fizeram sentindo.

-Te amo Camus. Desejo-te – Isso não é amor. Não poderia ser! Isso era ganância, luxúria. Meu corpo se arrepiou inteiro, quando sua mão puxou o fino avental que eu usava para cima, tocando meu corpo, tocando meu membro. Senti mais nojo de mim do que dele. De mim por estar deixando ele me tocar. Não tinha como resistir. Inútil. Simplesmente inútil tentar me mover ou falar alguma coisa. Meu corpo se contorcendo de dor, a mais pura dor física.

-Me solta Saga... – Murmurei, sentindo a dor se tornar quase insuportável. A calça já aberta, dava espaço para a mão que acariciava ao membro ereto. Senti a dor da primeira estocada, meu corpo parecia estar rasgado em dois enquanto eu tentava ainda escapar daqueles braços. O gosto salgado das lágrimas se misturava ao sangue na minha boca, enquanto percebi que a dor estava cada vez mais insuportável.

Parou. Senti que parou. Tinha acabado, mas ainda o sentia dentro do meu corpo. Este que gritava de dor. As marcas vermelhas no pescoço, que não tardariam a ficar roxas, e ao lado do meu corpo, marcas de dedos que me pressionavam para não sair daquela posição.

O corpo se soltou sobre o meu, enquanto a respiração acelerada se acalmava. A dor era enorme, mas parecia que ele não se importava. Não queria se importar. Meus olhos pareciam cada vez mais cheios de água. Sim estava chorando água e sal. Dor. Meu corpo foi solto por ele, que decidiu se levantar, escondendo a pele novamente com as roupas e fechando a calça. Arrumava o cabelo, mas eu não queria levantar.

-Sr. Camus? Está tudo bem? Por que a porta está trancada? Sr. Camus! – A voz de Afrodite soava do lado de fora, não queria responder. Ergui meu corpo com dificuldade e me aproximei dele, percebi os olhos me fitando pelo espelho, limpei os lábios, deixando o sangue rubro em minha mão. Ergui-a, acertando-lhe a face. Percebi que tinha mais força do que imaginava, o fazendo andar uns dois passos para trás.

-Você continua repugnante. Como sempre! – Bradei, sentindo ainda todo o corpo doer. Minhas pernas fraquejavam, porém eu não queria mostrar fraquezas. Ele me fitou por alguns segundos, sem acreditar. Ele me sorriu, enquanto segurava a face atingida, manchada de vermelho, meu próprio sangue escarlate.

-E você frio como sempre. Ainda assim eu continuo te desejando. – Me sorriu, arrancando-me um grunhido baixo, o vi sair pela janela e ouvi mais uma vez o doutor do lado de fora.

Com muito custo cheguei à porta e destranquei, fitando Afrodite, apoiando-me na parede escorregando até o chão.

-Dói. Dói muito. – murmurei, sendo amparado por ele.

Oooooooo²

-Então Camus... Quem te fez isso? – Falou Shaka, olhando para Camus, sério.

-Hun, lembram de Saga? – Respondeu o ruivo, com um copo de água na mão, já limpo e com os lençóis e roupas trocadas. As ataduras sobre o ferimento iam ser trocadas agora, para que ele finalmente saísse de lá. Ele estava vestido com uma roupa limpa, que pedira para Shaka ir buscar, porque a outra estava rasgada e ensangüentada.

-Aquele seu ex, que você deixou na França depois do ocorrido...? – Quem perguntou foi Mu, erguendo uma das pintas que ele tinha na testa.

O ruivo apenas afirmou com a cabeça. Para depois agradecer o médico e descer até a recepção para pagar as contas, dando de cara com o Diretor do hospital, e aquela estranha garota.

O Diretor se chamava Dohko Libras, um grande diretor poderoso. Separado e tinha uma única filha. Todos acham até hoje que era envolvido com a posse de drogas do país, mas ele derrubou essa hipótese há alguns anos, e logo após isso fundou o hospital grego Sanctuarie(2), famoso por sua ótima localização e preços baixos. Ele vinha vestido de um terno da Hugo Boss(3) e ao seu lado, a garota conhecida como Silver Libras, vinha conversando com seu pai. As roupas estranhas tinham a ver com sua personalidade. O vestido preto por cima da calça jeans, all stars e os cabelos prateados, um óculos escuros estranho e chamativo estava preso a sua cabeça.

-Mas pai, eu já disse que não tenho nada a ver... – Fala, tentando se defender.

-Acha que eu não te conheço filha? Sei que foi você! – Rebateu o mais velho, suspirando em seguida e olhando para ela – Vá para casa. Você sabe que sua mãe não gosta de te ver comigo.

-Sim senhor. – Murmurou a jovem, indo para casa.

-Espero que ninguém perceba o que ela está fazendo... – Murmurou, não chamando atenção de ninguém, a não ser dois olhos vermelhos, fitando a ele.

"Estranho..." Pensou Camus, ainda fitando ele, perdido em pensamentos.

-Camus! Camus vamos logo! – Chamou Mu, fazendo o francês 'acordar'.

-Hã? Ah, excuse-moi, vamos sim! – Os segue para fora do hospital.

Continua...

(1) - significa "terra de luz", relacionado à "helios", "sol".

(2) – Nome Ficticio. Não existe.

(3) – Hugo Boss é uma marca de terno famosa, muito cara por sinal... o.o

Notas: (muito envergonhada, quase igual ao cabelo do Camus xD) Gostaram? Não? Odiaram!? Eu bem que imaginei... -.-'' Eu non sei escrever muito bem... É que sabe como é... Eu escrevo lemon no MSN... Agora, pra uma fic... É muito diferente... (capota) xD Mas o ponto é... Prometi, tá ae... Espero que vocês gostem! \o/

Agradecendo a:

Musette Ruthven, Celecia Windown e Anjo Setsuna

Kissus e Bacinhus,

Até Mais! o/

221 – 17/10/2006