Avisos ou alertas: Essa fic ignora completamente o sexto livro. Além disso, há cenas de sexo, consentido e entre adultos.
Resumo: Snape ganha uma segunda chance da vida.
Agradecimentos: A Lud, que criou esse desafio, um espaço para nós que amamos o Snape e que me ensinou a postar no rs. E também à boa alma que me mandou a mp3 de Miss Sarajevo, sem a qual todo o embate (com trocadilho, por favor) entre Snape e Hermione não teria existido, rs.
Disclaimer: Nada disso me pertence, eu apenas peguei emprestado da tia JK Rowling e de seus associados para poder brincar.
Esta fic faz parte do SnapeFest 2006, uma iniciativa do grupo SnapeFest, e está arquivada no site http// fest
CAPÍTULO II
- Sente-se, meu caro Severus - diz Dumbledore, com expressão satisfeita. - Eu sabia que você viria. Aceita um drops de limão, acrescenta. O diretor ajusta seus oclinhos de meia-lua, enquanto observa o Mestre de Poções. Seus profundos olhos azuis brilham, como se já soubessem a resposta que Snape daria à sua proposta.
- Dumbledore - resmunga Snape, enquanto se senta à frente do diretor. - Eu não estou com disposição para amenidades sociais.
- Severus, meu jovem, você precisa aprender a apreciar as boas coisas da vida e a relaxar um pouco, retruca Dumbledore.
O professor apenas resmunga novamente, em resposta à provocação do diretor. Percebendo que o humor de Snape parece ser pior do que o normal, o diretor vai direto ao assunto:
- E então, o que você diz da minha proposta?
- O que eu digo? - vociferou Snape - eu digo que ela é uma loucura, que você deveria ser levado para a ala psiquiátrica do St Mungus, para uma revisão geral. Eu digo que nenhuma pessoa em seu juízo perfeito aceitaria colocar uma idéia insana dessas em prática.
- Mas... - provoca Dumbledore.
- Mas eu reconheço que existe uma chance praticamente impossível de que a sua idéia dê certo, rendeu-se Snape.
Sem permitir que Dumbledore retrucasse, e olhando para as chamas da lareira no escritório do diretor, Snape acrescenta, a meia-voz.
- E se essa idéia der certo, a vitória será nossa.
Diante do silêncio do Mestre de Poções, Dumbledore volta a falar:
- E isso quer dizer que...
- Você venceu, Dumbledore. Dê-me esse maldito viratempo, afirmou Snape, estendendo a mão por sobre a mesa do diretor de Hogwarts.
O plano de Albus Dumbledore era genialmente simples. Mas talvez por isso mesmo muito perigoso. De posse de um viratempo, Snape deveria viajar ao futuro e descobrir tudo sobre a II Guerra dos Bruxos. Além de saber o resultado da batalha entre Harry Potter e Voldemort, Snape se encarregaria de saber como o vencedor chegara àquele resultado e quais os principais erros cometidos pelo lado perdedor.
Depois, ele voltaria ao presente e entregaria as informações para a Ordem da Fênix. Para tanto, teria duas semanas para pesquisar em livros de história e conversar com sobreviventes da Grande Guerra. Dumbledore iria justificar a ausência de Snape alegando que o professor viajara para pesquisar as propriedades mágicas de uma planta recém-descoberta nas florestas do Canadá. Durante aqueles 15 dias, o próprio Dumbledore iria se encarregar das aulas de Poções.
O plano estava pronto e tinha tudo para dar certo. Ao menos era o que parecia... Naquela tarde, ao final das aulas, Snape se dirigiu de novo para a sala do diretor. Eles decidiram que o melhor ponto de partida para a missão seria o escritório de Dumbledore. Assim, Snape não correria o risco de ser surpreendido por ninguém ao chegar ao futuro. Nem provocaria sustos ao aparecer de repente em um lugar cheio de gente.
- Severus, meu caro pupilo. Preparado para a missão, questionou o diretor de Hogwarts, ao ver o Mestre de Poções entrando em sua sala.
- Sim, Albus, responde Snape, secamente.
- Então, programe o viratempo em 15 anos.
- Quinze? Mas por que tanto tempo?
- Severus, você se lembra muito bem que levamos 11 anos para descobrir que Tom Riddle ainda estava vivo. E três anos depois disso, ele conseguiu um novo corpo. Acho que 15 anos é um período seguro para a nossa pesquisa, explica o diretor.
- Isso, presumindo que Potter tenha vencido a guerra, não é, afirma Snape.
- Menos, meu caro Severus. Bem menos, responde Dumbledore, sem conseguir ocultar um sorriso.
- Então, se você quer que seja assim, assim será. Até daqui a 15 anos, afirmou Snape, pegando o viratempo. Antes de acionar o artefato, no entanto, fitou Dumbledore, em silêncio. Ao final de alguns instantes, o professor finalmente fala.
- Bem, Albus. Você sabe que eu abomino manifestações sentimentalóides, nem gosto de dizer o que sinto...
- E eu sempre...
- Por favor, Albus, deixe-me falar agora, senão eu vou me arrepender do que eu pretendo dizer. Eu sei perfeitamente que essa missão tem tudo para dar errado, e sei bem que pode acontecer de eu nunca conseguir voltar a esse tempo. Por isso é que eu quero falar. Pela primeira vez eu quero falar.
Snape para apenas para respirar profundamente. Diante do silêncio de Dumbledore, ele continua.
- Eu nunca lhe agradeci por ter acreditado na minha fidelidade à ordem, nunca lhe agradeci por ter me defendido quando todos duvidavam de mim. Eu sei que você sempre soube o quanto eu sou grato, Albus, mas eu quero te dizer isso antes de partir: obrigado, Dumbledore.
E antes que o diretor pudesse dizer algo, Snape acionou o viratempo e desapareceu do escritório.
N/A: Mil beijos e mil obrigadas para a BastetAzazis, Sacerdotiza, Lulu-lilits e para a Sheyla Snape, pelas palavras que adoçaram meu coração.
