Avisos ou alertas: Essa fic ignora completamente o sexto livro. Além disso, há cenas de sexo, consentido e entre adultos.
Resumo: Snape ganha uma segunda chance da vida.
Agradecimentos: A Lud, que criou esse desafio, um espaço para nós que amamos o Snape e que me ensinou a postar no rs. E à boa alma que me mandou a mp3 de Miss Sarajevo, sem a qual todo o embate (com trocadilho, por favor) entre Snape e Hermione não teria existido, rs.
Disclaimer: Nada disso me pertence, eu apenas peguei emprestado da tia JK Rowling e de seus associados para poder brincar.
Esta fic faz parte do SnapeFest 2006, uma iniciativa do grupo SnapeFest, e está arquivada no site http// fest
CAPÍTULO III
- Boa noite, professor Snape. Eu o aguardava...
A voz, um pouco mais velha, mas tão rígida quanto sempre fôra, surpreendeu o Mestre de Poções. Não a esperava ouvir ao aparecer 15 anos no futuro, mal se materializasse no escritório de Dumbledore.
- Professora McGonagall?
- Sim, Snape. Albus me revelou o plano de vocês, logo que pode falar...
- Pode falar?
- Sim. Acredito que você ainda não teve tempo de desconfiar de nada, ao me ver aqui, então tenho que lhe revelar que Albus morreu em um ataque de comensais liderados por Voldemort em pessoa, durante um passeio dos alunos em Hogsmeade. Tom Riddle tentou atacar Harry pelas costas, enquanto este duelava com Belatrix Lestrange.
Albus bloqueou o avada da melhor maneira que pode, com a ajuda de Fawkes, mas depois do ataque no ministério e da destruição da horcrux naquele anel, essa ação foi demais para ele. Uma semana depois do ataque à vila, Albus nos deixou, logo depois de Fawkes sobrevoar o salão principal de Hogwarts e se desfazer em uma bola de fogo, disse a diretora McGonagall, a um Snape atordoado.
- Quer dizer que...
- Sim, Albus morreu na guerra e eu sou a diretora de Hogwarts desde então. A morte dele significou o início da queda de Voldemort. Harry nunca perdoou Riddle pela morte de seu mentor, mais uma pessoa que o amava e morria nas mãos de comensais. Com isso, conseguiu gerar poder e ódio suficientes para proferir a maldição que pôs fim à vida e à tirania do Lord Negro, completou a diretora.
- Correto, McGonagall. Mas tente compreender o meu dilema, agora. Como eu posso voltar e contar a Dumbledore que ele vai morrer em breve. E mais, que a morte dele será indispensável para que a ordem consiga destruir o Lor..., quer dizer, Voldemort, disse Snape, ainda sem assimilar integralmente as informações dadas pela diretora. O pensamento "aliás, se a McGonagall é a diretora, quem está ensinando Transfiguração", passou, fugidio, pela mente de Snape.
- Você não vai voltar, professor, disse McGonagall, tranqüilamente.
- Como não vou voltar, levanta-se o Mestre de Poções, mostrando seu verdadeiro gênio pela primeira vez desde que começara a sua conversa com a nova diretora de Hogwarts.
Mal se levanta da cadeira - onde se sentara sem ao menos perceber -, Severo Snape ouve uma voz conhecida às suas costas, pouco depois de notar o barulho da porta do escritório de Dumbledore (ele ainda não se acostumara à idéia de que o diretor morrera) sendo aberta.
- Professora Minerva, preciso lhe passar os relatórios...
Snape vira-se para a origem da voz e se surpreende ao ver a dona dela empalidecer ao olhar para ele.
- P-p-professor Snape? Mas o senhor está... É o máximo que Hermione Granger consegue dizer, antes de desmaiar.
Sem conseguir entender direito o que ocorre e nem porque reage assim, Snape corre até o corpo da aluna (na verdade ex-aluna), mas é contido por Minerva McGonagall.
- Acalme-se Snape. A culpa é minha. Esqueci-me de que havia marcado uma reunião com Hermione para a noite de hoje. Nada de mal há de acontecer com ela. Basta um pouco dos cuidados de madame Pomfrey e ela ficará ótima, afirma McGonagall, antes de conjurar uma maca e flutuar a ex-aluna até a enfermaria da escola.
Snape volta a sentar-se na cadeira e enterra a cabeça nas mãos. Não parece um gesto condizente com o temido Mestre de Poções, mas ele está sozinho, ainda sem compreender bem a situação, atordoado pelas informações e já não quer mais manter a pose de indiferença que sempre lhe caracterizou.
- Hum-hum
Severo começa a achar que está delirando. Ouviu aquela tossezinha típica de Dumbledore. Mas, pelo que lhe dissera McGonagall, somente voltando ao passado é que ele poderia tornar a ouví-la.
Mas Snape ainda não poderia voltar ao seu tempo. Tinha que esperar que a nova diretora retornasse da enfermaria para lhe dar mais informações sobre a guerra.
- Hum-hum!
Desta vez não era apenas a sua imaginação. Snape levantou a cabeça e tentou guiar-se pelo som. Até que ...
- Olá, meu caro Severus, disse Dumbledore, do quadro existente na parede onde ficavam todos os quadros com imagens de ex-diretores de Hogwarts.
- Dumbledore... então é verdade o que McGonagall me contou. Você efetivamente morreu na guerra. Isso significa que eu preciso voltar o mais rápido possível, com as informações que eu conseguir aqui.
- Acalme-se, meu rapaz, disse o diretor.
- Mas eu estou calmo. Eu só quero impedir que você tenha que se sacrificar para salvar o Poderoso Potter, disse Snape, com um tom de irritação na voz.
- Além do mais - prosseguiu o mestre - essa viagem ao futuro está me fazendo achar que eu em nada ajudei na batalha contra o Dark Lord.
- Mas ajudou, e muito. Tanto que lhe concederam a ordem de Merlim. Póstuma, é claro, disse Dumbledore.
- Isso explica o desmaio da senhorita Granger, Ora, para uma sabe-tudo, ela se comportou exatamente como uma trouxa, ao pensar que tinha visto um fant... espere, Albus. Eu ouvi bem? Você disse póstuma, acrescentou Snape, em voz bem mais alta.
- Sim, meu caro Severus. A medalha foi concedida como homenagem póstuma, retrucou o ex-diretor.
- Dumbledore, será que você pode fazer o favor de me explicar o que está acontecendo? Como eu posso ter morrido, pede Snape.
Ele, que havia se levantado da cadeira ao ver o quadro de Dumbledore, volta a sentar-se, enterrando a cabeça entre as mãos, apoiando o cotovelo sobre os joelhos. Era menos de um décimo do homem que havia sido antes de iniciar a missão para Dumbledore. Naquela posição, Snape parecia a imagem viva da derrota.
O Mestre de Poções permaneceu alguns instantes nessa posição, em completo silêncio, até que pareceu finalmente entender o que Dumbledore lhe falava. Com voz sumida, perguntou:
- Quer dizer então que as pessoas pensam que eu morri? Tudo pelo qual me arrisquei sumiu, assim, sem mais ou menos?
Nota da autora: Mil beijos e obrigadas para Bastet-Azazis, Sacerdotiza e Sheyla Snape pelos coments.
