Avisos ou alertas: Essa fic ignora completamente o sexto livro. Além disso, há cenas de sexo, consentido e entre adultos.
Resumo: Snape ganha uma segunda chance da vida.
Agradecimentos: A Lud, que criou esse desafio, um espaço para nós que amamos o Snape e que me ensinou a postar no rs. E à boa alma que me mandou a mp3 de Miss Sarajevo, sem a qual todo o embate (com trocadilho, por favor) entre Snape e Hermione não teria existido, rs.
Disclaimer: Nada disso me pertence, eu apenas peguei emprestado da tia JK Rowling e de seus associados para poder brincar.
Esta fic faz parte do SnapeFest 2006, uma iniciativa do grupo SnapeFest, e está arquivada no site http// fest
CAPÍTULO V
Deitada em seu leito na ala hospitalar, já medicada e sonolenta devido à poção calmante ministrada pela eterna Madame Pomfrey, Hermione Granger permite que seus pensamentos derivem.
"Eu só posso ter sonhado ou tido uma alucinação. Deve ser efeito do 15º aniversário da morte dele. Daqui a três dias, fazem exatos 15 anos que ele se foi. E se eu fosse bem sincera comigo mesma, teria que admitir que nunca superei essa morte. De todas as que aconteceram durante a guerra, essa foi a que me doeu mais", pensava a grifinória, agora uma linda mulher prestes a completar 32 anos.
"O que Severus Snape iria pensar se soubesse que a Sabe-Tudo irritante agora é a professora de Poções de Hogwarts. Será que ficaria feliz com isso? Será que algum dia ele pensou que Harry poderia assumir as aulas de DCAT?", continuava a devanear Hermione.
"Ora, deixe de ser tola, Hermione. O professor Snape é um sonserino. Jamais ficaria feliz ao saber que uma grifinória, ainda mais sangue-ruim, assumiu as aulas de Poções. Snape jamais ficaria feliz por alguma coisa ligada a você", contrapõe uma voz – verdadeiramente dolorosa - na mente de Hermione
- Isso é verdade – murmura a professora Granger – não há nenhum motivo para que ele ficasse feliz com isso!
Com essa frase, a grifinória interrompe o curso de seus pensamentos e, rendendo-se à poção que já fazia efeito, acaba adormecendo.
SSHGSSHG
Não muito longe da ala hospitalar, no escritório da diretora, dois bruxos e um retrato se encontravam em um silêncio estranho. Snape é o primeiro a romper a quietude.
- E então, diretora, como está a senhorita Granger?
- Deixei-a na ala hospitalar, medicada . Creio que uma boa noite de sono fará milagres nesse caso, retruca McGonagall, impressionada pela preocupação do Mestre de Poções.
Embora sempre concordasse que Hermione era uma excelente aluna e que merecia os elogios que lhe eram feitos nas reuniões do corpo docente, Snape nunca demonstrara uma maior atenção pela então aluna. A cena dele correndo ao socorro da agora professora quando ela desmaiara no escritório, há pouco, passou pela mente de Minerva e ela levantou os olhos para o retrato de Dumbledore, no exato instante que o velho brilho maroto surgia por trás das lentes daqueles oclinhos de meia-lua.
- E agora, o que faremos com ela, indaga o professor de Poções, para surpresa de McGonagall e Dumbledore.
- Como o que faremos, Severus. Eu não compreendi a sua pergunta, indaga o retrato do ex-diretor.
- O que faremos com a senhorita Granger. Eu sugiro que nós lancemos um obliviate, para que ela não se lembre de que me viu no futuro, responde.
- E por que nós faríamos isso, retruca McGonagall. Ela intuira a intenção de Albus, depois daquela troca de olhares.
- Para que eu possa voltar ao passado e encerrar a minha missão, além de impedir que Dumbledore seja morto por Voldemort, exclama Snape, já perdendo a paciência.
- Minerva, minha cara, sei que o escritório agora lhe pertence, mas você poderia nos deixar sozinhos um pouco, pede Dumbledore.
- Severus, meu pupilo – disse Dumbledore, assim que se viu sozinho com o Mestre de Poções – eu tinha a esperança de que não fosse necessário te revelar o que vou contar agora, mas você me parece realmente convencido de que precisa voltar ao seu tempo. É bem verdade que se você voltar ao instante exato em que partiu, todos esses 15 anos serão uma realidade alternativa, uma mera lembrança tênue de algo que poderia ter sido. Mas eu preciso que você não faça isso. E vou te contar o porquê, completou.
O ex-diretor, então, revelou a Snape que designou-o para aquela exploração no futuro para impedir que ele se envolvesse em uma outra missão, que lhe custaria bem mais do que o Mestre de Poções poderia supor... ou querer pagar. E ainda disse que, por mais que odiasse a idéia, Snape deveria levar até o fim a missão que lhe seria designada.
A cada instante mais surpreso, o professor ouve Dumbledore revelar que ele seria procurado por Narcisa Malfoy e Bellatrix Lestrange, e que, provocado pela segunda, faria um voto inquebrantável com a mãe de Draco. Esse voto, somado ao pacto de fidelidade que o próprio professor tinha com o diretor de Hogwarts, faria com que Snape fosse obrigado a matar Dumbledore, antes que o final do ano letivo chegasse.
- Eu jamais faria isso, grita o professor.
- Sim, Severus, faria. Eu iria te obrigar. E o voto inquebrantável que fizemos quando você veio para a Ordem da Fênix iria te obrigar a me obedecer. Você precisa entender... a minha morte era necessária para o fim de Voldemort, explicou o diretor.
- Por que, Albus? Por que é necessário que você morra para que a ordem ganhe a guerra, pergunta Snape, com um tom de amargura na voz, nunca antes visto por ninguém.
- Porque Potter jamais conseguiria odiar Tom Riddle o suficiente para desferir um Avada Kedavra nele. Foi por isso que era necessário que eu morresse. Entenda, Severus, eu fui a imagem mais próxima de pai que ele já teve na vida. Ele sentiu como se Riddle o tivesse deixado órfão pela segunda vez. Por favor, meu pupilo, fique aqui, fique nesse tempo, não retorne. Eu odiaria ter que lhe obrigar a sujar suas mãos de sangue.
Um ruído angustiado sai da garganta de Snape. Não passou despercebida a Dumbledore a tentativa inútil que o professor fez para rir.
- Como se elas não já estivessem sujas!
- Severus. Lembra quando você voltou para o lado da luz, quando abdicou das trevas? Eu lhe disse que aquela única escolha correta seria suficiente para apagar todas as escolhas incorretas que você havia feito. Mas que caberia a você se perdoar pelo seu passado. E você nunca fez isso, você nunca se permitiu ser livre das escolhas erradas que fez. Agora, você tem essa chance, você tem uma segunda chance, meu caro Severus. Não a desperdice, pede Dumbledore.
- Mas mesmo depois de me aliar à Ordem da Fênix, eu voltei para os comensais, torturei com eles, assombrei, coagi e pressionei com eles...
- A meu pedido. Eu sou responsável pelo que você fez depois da volta de Tom. Você estava agindo como meu espião. Eu sinto muito pelos que foram pressionados, assombrados, coagidos e até mesmo torturados por você enquanto espionava. Mas entenda, Severus. Se é verdade que os fins não justificam os meios, também é verdadeiro que certos fins justificam, sim, certos meios, corta o ex-diretor, em um tom de exasperação.
- Correto Dumbledore. Eu vou pensar em tudo que você me disse. Mas ainda não sei. E se eu ficar nesse tempo, como faremos? Como alguém morto há 15 anos pode ressurgir de repente? Você pretende pedir a McGonagall que anuncie a verdade, indaga Snape.
- Ainda não sei, meu caro pupilo. Podemos revelar toda a verdade, podemos criar uma nova personalidade para você. O fato é que você não deve retornar ao momento de onde partiu. Mas você está cansado. Vá para os seus antigos aposentos nas masmorras. Eles foram preservados para você. A exceção do laboratório, sinto dizer, pois ele está sendo usado pelo novo professor de Poções.
- E quem é ele?
- Mais tarde, Snape, discutimos sobre o novo corpo docente de Hogwarts. Agora é hora de você descansar, completa Dubledore.
NOTA DA AUTORA: Agradeço aos comentários carinhosos da Sacerdotiza e da Nina Neviani. Espero que gostem dessenovo capítulo. Mil beijos.
