Avisos ou alertas: Essa fic ignora completamente o sexto livro. Além disso, há cenas de sexo, consentido e entre adultos.

Resumo: Snape ganha uma segunda chance da vida.

Agradecimentos: A Lud, que criou esse desafio, um espaço para nós que amamos o Snape e que me ensinou a postar no rs. E à boa alma que me mandou a mp3 de Miss Sarajevo, sem a qual todo o embate (com trocadilho, por favor) entre Snape e Hermione não teria existido, rs.

Disclaimer: Nada disso me pertence, eu apenas peguei emprestado da tia JK Rowling e de seus associados para poder brincar.

Esta fic faz parte do SnapeFest 2006, uma iniciativa do grupo SnapeFest, e está arquivada no site http// fest

CAPÍTULO XI

De volta às masmorras, Snape não consegue esquecer a cena de Hermione abraçada a Harry Potter. O professor reparara o carinho com que o jovem acariciava os cabelos da grifinória e não pôde refrear a inveja que sentia. Ele queria estar no lugar de Potter, abraçando Hermione, acariciando seus cabelos, para em seguida separar-se ligeiramente da jovem e buscar seus lábios, beijando-a com loucura.

Snape reconhece que não adianta mais mentir para si mesmo. A atração que sentira pela Hermione-aluna poderia ser disfarçada como admiração pela inteligência e aplicação da menina e refreada pelo fato de ela ser uma aluna de Hogwarts.

Mas o impacto de encontrá-la 15 anos mais velha, já uma mulher, fez com que a barreira que se impusera cedesse à primeira vista da nova Hermione, quando ela entrara de repente no escritório da diretora. Depois, a delicadeza e atenção com que ela respondera todas as suas perguntas, a ira com que ela reagira ao fato de ele ter fingido durante todos aqueles anos e a paixão com que o beijara foram suficientes para que Snape tivesse que se render aos fatos: amava aquela mulher.

O professor sente-se martirizado. Se realmente Hermione falara a verdade ao dizer que o amava na adolescência, o passar dos anos e a suposta morte dele poderiam muito bem fazer com que ela o esquecesse, aproximando-se ainda mais do Potter, de quem era inseparável no tempo em que ambos formavam, junto com o Weasley, o Trio de Ouro.

O Mestre de Poções não sabia o que fazer. Tinha certeza de que Hermione estava deixando Hogwarts para não ter que conviver com ele. A solução seria ele mesmo abandonar a escola. Não sentia-se no direito de alterar a posição que a jovem havia alcançado por seus incontáveis méritos. Mas o mesmo tempo relutava em também abandonar a escola, tanto por não se imaginar fazendo outra coisa a não ser dar aulas quanto por ficar longe dela, permitindo que Potter vencesse mais uma disputa.

Snape decide voltar a Hogsmeade. Ele resolvera conversar com Hermione, mesmo que Potter ainda estivesse lá, para pôr tudo em pratos limpos. Se a jovem realmente estivesse abandonando Hogwarts por causa dele, iria pedir-lhe que ficasse, pois ele mesmo iria embora. Mas, antes, teria que dar aulas a duas turmas da escola.

Mal saiu da última classe, uma aula dupla da Lufa-Lufa com a Corvinal, Snape dirigiu-se à saída da escola e desaparatou com destino a Hogsmeade. Na recepção da hospedaria de Madame Fauchez, ele pede para falar com a senhorita Granger.

A hospedeira, discretamente, observa o homem charmoso parado à sua frente e decide que a hóspede deveria falar com ele, contrariando a recomendação de Hermione, que pedira para não ser incomodada após a saída de Harry Potter.

A senhora Fauchez lembra-se de ter visto a decepção no rosto do homem, mais cedo, quando ele entrou na hospedaria e viu a jovem abraçada com o amigo. Perceptiva, ela deduziu logo que tratava-se de um caso de amor mal-resolvido e decidiu interferir. A tristeza nos olhos do homem parado à sua frente tocara seu coração.

Pedindo que Snape aguarde por alguns instantes na recepção, ela sobe até o quarto da jovem e pede que esta atenda ao visitante. Hermione fica chocada com a presença de Snape na hospedaria, mas sua curiosidade fala mais alto e ela afirma que vai descer.

- Não se incomode, minha querida. Pode falar com ele aqui mesmo, em seu quarto. A recepção está um pouco tumultuada nesse momento e vocês não conseguirão conversar em paz. Vou pedir que ele suba, afirma a senhora Fauchez.

Hermione estranha o comportamento da simpática suíça, até mesmo porque de manhã ela fizera a jovem receber Harry na recepção, mas não protesta. Instantes depois da saída da hospedeira, ela ouve Snape batendo na porta de seu quarto e com um simples "entre", vê-se novamente frente-a-frente com o homem que ela nunca conseguiu esquecer.

Com um rápido olhar ao redor, Snape observa o quarto, simples porém elegante. Uma saleta com duas poltronas confortáveis e uma mesinha de cabeceira de madeira lavrada antecede a área onde está o quarto de dormir. A porta aberta permite observar de relance que a cama tem um dossel em organza manteiga, coberta com lençóis de linho cor de champagne e cobertores cor caramelo.

Desvindo o olhar para Hermione, Snape pede que eles se sentem na saleta, para que possam conversar. A jovem aceita e pergunta se ele quer beber algo, mas o professor recusa.

- Hermione. Eu preciso saber se a minha presença é o motivo que fez você sair de Hogwarts, dispara Snape.

Surpreendida pela pergunta direta, Hermione desvia o olhar e começa a apreciar a paisagem que se descontina pela janela aberta. Ela não sabe o que responder, ainda mais sabendo que o professor não vai se contentar com a mesma evasiva que a jovem dera a Potter pela manhã.

- Snape. Eu não sei responder, afirmou a grifinória, depois de um suspiro profundo.

- Me desculpe, mas eu não acredito. Você sempre foi a mais racional do Trio de Ouro. Não acredito que de repente você vá largar uma carreira estável sem ao menos saber responder porquê. Por isso é que eu insisto na pergunta. Foi a minha volta que provocou essa sua decisão? É por não conseguir conviver comigo que você vai deixar Hogwarts, interrompe o Mestre de Poções.

- Snape, eu não nego que o seu retorno mexeu muito comigo. Eu acreditava que você estava morto, sofri muito até me convencer de que você não iria voltar. E eu reconstrui a minha vida em torno de uma lembrança sua. O seu retorno e as coisas que você me disse, sobre o fato de que as suas ações em sala de aula e o seu comportamento na ordem eram fruto de um personagem que você criou, me deixaram confusa. Eu já não sei mais quem é você e tenho medo de que eu tenha vivido a minha vida inteira fantasiando, desabafa a jovem.

- E a reconstrução da sua vida envolve o Potter, correto, pergunta Snape, com ironia na voz.

- O que você quer dizer com isso?

- Que você e Potter estão juntos, somente isso, responde.

- Deixe de ser estúpido, Snape. Harry está morando com a Gina. Você acha que eu iria beijar você se eu tivesse alguma coisa com o Harry? Que tipo de mulher você acha que eu sou, diz a grifinória, se erguendo, irritada com a insinuação.

O Mestre de Poções também se ergue, decidido a jogar a sua última cartada.

- Eu não sei. Eu só sei que vi você abraçada com o Potter hoje de manhã e odiei a cena, odiei mais uma vez esse garoto, somente por ele estar com você nos braços, odiei a forma com que ele acariciava seus cabelos e o odiei por achar que ele poderia estar com você, enquanto eu não podia ao menos chegar perto. E me odiei acima de tudo, porque eu queria fazer isso...

Sem permitir que a bruxa pudesse reagir de alguma forma, Snape estende um dos braços e a puxa pela cintura, envolvendo o corpo de Hermione com os braços e beijando a professora com paixão.

Ela sente seu corpo estremecer ao tocar os lábios de Snape e acaba erguendo os braços, enlaçando o ex-professor pelo pescoço. Ao perceber a reação da jovem, o professor puxa Hermione ainda para mais perto, colando seu corpo ao da jovem.

Abrandando a intensidade do beijo, ele ergue uma das mãos que estava na cintura dela e começa a acariciar seus cabelos, com suavidade. No momento em que a mão de Snape deixa seus cabelos e acaricia a sua nuca, a jovem deixa escapar um gemido, para abraçá-lo com ainda mais força.

Em um pequeno momento de sanidade, Hermione interrompe o beijo e, olhando nos olhos de Snape, afirma:

- Eu acho que isso não está certo.

Mergulhando nos olhos castanhos da jovem, Snape pede:

- Não pense. Não raciocine, não agora.

E volta a beijar a jovem, segurando Hermione pela cintura, impedindo que ela tente fugir do abraço mais uma vez. A bruxa decide calar a voz da consciência, que alega que ela poderia sofrer caso se entregasse àquela loucura, e corresponde ao beijo do ex-professor.

Sentindo que não havia mais resistência, Snape aprofunda o beijo, ao mesmo tempo em que deixa as suas mãos livres para passear pelo corpo de Hermione. Com uma delas, ele acaricia a lateral do corpo da jovem, enquanto mergulha a outra nos cabelos dela, puxando-a ainda mais de encontro a seu corpo.

Ansioso por mais contato, e sentindo que a ex-aluna não o repelia, Snape torna-se mais ousado. A mão que percorria o flanco de Hermione se detém na base de um dos seios da jovem. Ao sentir, mais do que ouvir, o gemido rouco que se espreme por entre o beijo, o professor sobe lentamente os dedos, em uma carícia leve, ao mesmo tempo em que seus lábios abandonam a boca macia para pousarem beijos leves no queixo e no pescoço da jovem, até alcancarem a base do pescoço.

Para deleite de Snape, Hermione solta mais um gemido diante do ataque do professor a dois pontos tão sensíveis de seu corpo. Como recompensa, ele sente que as mãos da bruxa abandonam seu pescoço e começam a deslizar por suas costas, apertando seus músculos e acariciando-o por cima das vestes de aula que ele ainda usava.

O Mestre de Poções intensifica as carícias enquanto Hermione, sem qualquer traço de timidez, enfia as mãos por dentro da capa que ele usa, para ter menos roupas impedindo o contato dela com o corpo dele. Subindo lentamente as mãos para os ombros de Hermione, o professor volta a beijá-la e começa a abaixar lentamente as alças do vestido leve que a jovem usava.

Sem pudor, Hermione desabotoa a camisa dele, expondo pouco a pouco a pele alva de Snape. É a vez dele mesmo prender a respiração e deixar um gemido rouco escapar contra os lábios da mulher que ama. O toque suave das mãos dela, que roçavam a sua pele enquanto abriam a camisa, foi como um bálsamo poderoso, que apagasse todas as dores, todas as culpas e auto-recriminações que o Mestre de Poções acumulara durante toda a sua vida.

Foi a vez dele se afastar um pouco e olhar nos olhos de Hermione. Com voz rouca, ele apenas diz:

- Eu quero você. Sem passado, sem medos, sem dúvidas.

Ao que a jovem responde:

- Não pense, não agora.

Após uma separação breve para que Snape pudesse tirar a capa negra, ele volta a beijar Hermione e a segura no colo, andando com a jovem até a cama do quarto da hospedaria. Depositando a jovem com cuidado sobre as cobertas macias, ele apenas diz:

- Sim. Sem pensamentos agora.

Ele volta a beijar a jovem, percorrendo seu corpo com as mãos. Sem interromper o beijo, ele volta a acariciar-lhe os seios. Quando Hermione faz menção em tocar seu tórax, Snape segura-lhe as mãos. Ele não quer perder o pouco controle de que ainda dispunha e sabia que sentir novamente a maciez das mãos dela em sua pele iria derrubar o pouco auto-controle que ainda era capaz de ter.

Com um discreto feitiço não-verbal, Snape faz desaparecer o vestido que Hermione usava e, pela primeira vez, observa o corpo perfeito da ex-aluna. Atendendo a um profundo sentimento de ternura, ele retira a camisa, deita-se ao lado dela e a abraça forte, beijando-a em seguida.

Sem conseguir conter-se diante do roçar da pele da jovem em seu peito, Snape abandona-lhe os lábios para beijar os mamilos da ex-aluna, que reage arqueando as costas e entrelaçando os dedos em seus cabelos negros. Diante do gemido abafado e surpreso de Hermione, Snape ergue a cabeça e olha nos olhos da bruxa.

- Eu sempre sonhei com isso, mas não imaginava que seria assim, diz a grifinória.

- Hermione, você está dizendo que nunca...

- Sim, eu nunca...

A frase é interrompida pela própria grifinória, que se vira em meio ao abraço de Snape, deitando-o na cama, e passa a beijá-lo, descendo seus lábios pelo pescoço dele, até alcançar-lhe o tórax com esparsos pêlos negros, exatamente como o professor havia feito instantes antes com ela.

As mãos de Snape passeiam suavemente pelas costas de Hermione. Ele se abandona aos carinhos da ex-aluna até que o desejo fala mais forte. Ele volta a beijar o corpo da jovem, descendo os lábios pela barriga dela, enquanto as mãos abandonam a cintura para acariciar as coxas macias, os dedos buscando a renda da única peça de roupa que ela ainda vestia, ousados, desejosos, atrevidos, apaixonados, ternos, invadindo e proporcionando um prazer nunca antes imaginado pela jovem.

ermione consegue despir as roupas que Snape ainda vestia, usando também um feitiço não-verbal, e toca a ereção do professor. Ela quer retribuir o prazer que sente, e seus olhos brilham em triunfo quando ela sente o corpo dele retesar-se ao seu toque e um gemido incontido escapa dos lábios de Snape.

- Hermione, sussurra o professor, com os lábios de encontro ao ponto sensível que ele percebera existir na base do pescoço dela.

Sem sequer pensar em magia, a grifinória retira a única peça de roupa que cobria seu corpo, em uma muda aceitação, e se aproxima ainda mais do corpo do ex-professor. Por sua vez, Snape ergue-se e posiciona-se entre as coxas da jovem. Buscando forças no resto de razão de que ainda era senhor, o Mestre de Poções interrompe seu gesto e, olhando o rosto suado e vermelho da jovem, pergunta:

- Você tem certeza?

- Sim, sussura a jovem, para ter a frase interrompida por um beijo longo e sedutor. Movimentando-se com delicadeza, Snape controla o próprio ímpeto e penetra a jovem devagar. Ele sabe que a dor será inevitável, mas espera que o desconforto seja rapidamente substituído pelo prazer. Quando finalmente os corpos se encontram, o Mestre de Poções espera que a jovem se acostume com ele, antes de começar a se movimentar sobre o corpo dela.

Hermione sente-se preenchida de uma forma que nunca imaginara antes. A dor que ela sempre soube que haveria em sua primeira vez foi compensada pela forma cuidadosa com que Snape esperara que ela se acostumasse a ele. E agora, movimentando-se junto ao corpo do homem que sempre amara, ela logo sente o primeiro orgasmo de sua vida.

Sentindo que a amada estava gozando, Snape não consegue se conter. Ele abraça a jovem, como se tivesse medo de que tudo não passasse de um sonho, e se derrama dentro dela.

E em meio a respirações entrecortadas e carícias, a noite passa na hospedaria, sem que o casal se dê conta.

Nota da autora: Pessoas, perdoem se não ficou boa, mas foi a primeira cena NC-17 que eu escrevi na minha vida. E deu um trabalhão, eu juro, rs. Gostaria de agradecer mil vezes aos comentários de Sheyla Snape (espero que este tenha sido um capítulo que vale por dois), Sacerdotiza (viu como um tratamento de choque às vezes resolve?), JuHSnape (obrigada querida. Snape realmente é muiiiito melhor que o Potter) e Magalid (Sim, chefa, já consertei tudo, hehehe).