Transilvânia-700 anos depois
O jovem contador Harry Potter puxou as cortinas da janela de sua carruagem. O céu do lado de fora estava cinzento e ventava. Sem mais paciência virou-se para seu condutor:
-Falta muito?
-Estamos quase chegando , senhor.
Harry suspirou encostando-se no banco. Fazia horas que estava ali. Olhou para seu caderno de notas. Fora o único da agência que aceitara o trabalho. Todos pareciam ter medo do cliente, pois um contador já enlouquecera e o último estava desaparecido.
Estava começando a pensar que não deveria ter aceitado, se casaria em breve, e se os negócios durassem mais de 2 meses, como era o esperado, estaria em sérios riscos com sua noiva. Sorrindo ao se lembar dela, abriu seu caderno em uma determinada página, onde guardava uma fotografia dela. Tao linda!
-Ah, Hermione...
Então sentiu um tranco quando a carruagem parou. Abriu a porta e viu que já escurecera. Assim que desceu as pessoas do povoado, onde pararam, o rodearam. Uma velha começou a falar coisas esquisitas e pôs uma corrente com uma cruz em seu pescoço. Um jovem com cabelos iguais a palha, se aproximou, e disse:
-Para protege-lo de todo o mal que há naquele castelo.
-Castelo?
-Para onde o senhor vai. Lá há toda a espécie de fera, prontas para morde-lo na jugular, e chupar todo o seu sangue. Cruzes e alho é tudo que pode afugenta-los.
-Bem... obrigado.- Harry agradeceu achando tudo muito esquisito.
-Na verdade, senhor, são duas moedas de bronze.
Harry suspirou com raiva. Mas, se eram mesmo loucos não seria bom contraria-los. Pagou as duas moedas de bronze e o jovem e a velha se afastaram. Harry então correu para seu condutor.
-Por que paramos aqui? Eu devia ir para o castelo do Conde
-Mas, o senhor vai. Só que eu não tenho coragem de entrar lá depois do anoitecer, por isso vai trocar de condutor.
E o velho apontou um homem muito mais velho, de aspecto sinistro e maldoso, que tinha apenas 3 dentes.
-Isso sera mesmo necessário? - Harry perguntou desesperado.
-Sim, senhor! Eu não entro lá agora nem por todo o dinheiro do mundo.
-Por quê?
-O senhor deveria ouvir mais o conselho das pessoas daqui. Elas sabem o que dizem. - e saiu deixando o outro mais deconfiado.
Harry balançou a cabeca. Malucos. Todos eles! O que um Conde sozinho poderia fazer? O que haveria de tão estranho e sinistro nele, que deixava as outras pessoas apavoradas? Apesar de que... tinha o contador maluco e o desaparecido.
"Mas, que bobagem, Harry! Você não vai acreditar nessas tolices e voltar para casa, para se taxado de covarde, não é? Além do mais, você só vai ficar um tempo, e agora tem essa cruz estúpida e cara, para te proteger" pensou com selvageria.
Um pouco mais seguro, mas nem tanto, Harry voltou para a carruagem, na qual seu novo condutor já estava sentado. Este lhe sorriu maldosamente.
-Vai ter que me pagar adiantado.
-Quanto?- Harry suspirou, revirando os olhos.
-Duas moedas de ouro.
-De ouro! Isso é mais que o dobro que se cobra por uma viagem tão curta!
-Sou o único disponível na área que entra lá depois do anoitecer. - ele sorriu com mais vontade.
-Voce é daqui?
-Nasci aqui e ei de morrer aqui.
-Ja desconfiava. -Harry suspirou e lhe deu o dinheiro. Só esperava que valesse a pena.
Começaram a andar, e passando um tempo, tendo pouco distância do povoado, Harry comecou a perceber as alterações na paisagem. Já não havia nenhum pássaro. Na verdade, não havia vida. Só plantas mortas e terra seca. Harry estremeceu, e sabia que não era de frio. O lugar era abafado e sufocante. Comecara a pensar que o primeiro condutor tinha razão.
Passaram por portas de ferro retorcido, e o musgo tomava conta do muro de pedra, que estava rachado e quebrado. As luzes do povoado ficaram longe, as casinhas pareciam ter o tamanho de uma unha. Logo a frente o castelo se erguia, lindo e imponente, apesar de aparentar ter mais de 1000 anos. Harry olhava tudo boquiaberto. A chuva prometida desabou com força, e Harry foi obrigado a pegar a própria bagagem, e leva-la para a frente das portas do castelo, já que seu segundo condutor não queria ficar mais nem um segundo ali. Harry percebeu que ele também parecia ter medo, mas ao contrário do outro, aceitava ir até lá pelo dinheiro.
Parou em frente a gigantescas portas de madeira, e bateu. Estava frio agora, só que não havia vento. A porta se abriu revelando um ruivo magrelo e sardento, que parecia ter a mesma idade de Harry.
-Olá, sou Harry Potter, o novo contador do Conde!- Harry gritou por causa do barulho da chuva.
O outro acenou com a cabeça, e lhe deu espaço para entrar. Harry pegou suas malas e entrou no frio, porém seco, castelo. De dentro pode verificar que era maior do que aparentava, e muito mais confortável e luxuoso.
-É um prazer finalmente conhece-lo, Sr. Potter.- o ruivo falou sério, não estendendo a mão pra Harry, como este fizera.
Harry abaixou logo a mão, vermelho."Que homem mais sinistro e esquisito." pensou. Não era à toa que todos detestassem o castelo. Ele realmente dava arrepios, como se nada que entrasse, pudesse escapar.
-Ah... o senhor quem é?
-Sou o Conde Ronald Bilius Weasley. Dono deste castelo e seu atual patrão. - então deu um sorrisinho sem felicidade, diante da confusão de Harry.- Não gosto que meus criados sejam visto, então eu mesmo atendo a porta.- explicou.
-Bem, não é só isso. - Harry comentou, sem pensar muito, em choque - Você não é muito novo pra ser Conde? Devemos ter a mesma idade.
-Acredite-me, sou bem mais velho do que imagina. - o Conde respondeu sombrio, com tom de que encerra a conversa.- Agora, o senhor deve estar cançado. Foi uma longa viagem, não?
-Oh, sim. Foi muito cansativa.
-Siga-me.
E o Conde virou de costas, e começou a subir as escadas, deixando Harry carregar sozinho suas malas, e sem chamar um criado para ajuda-lo.
N/A- Espero que estejam gostando. Estou recebendo reviews! EBA! Vocês fizeram meu dia! Continuem assim, vão fazer uma autora de fics feliz! Beijos Mary
