Título: Irresistivelmente Atraído.

Autora: Dark Annek.

Anime: Fruits Basket.

Pares: Yuki/Kyo.

Classificação: Yaoi/Lemon.

Sumário: Yuki de repende descobre-se atraído por Kyo. O que fará agora com a descoberta deste novo sentimento? Yaoi / lemon.

Disclaimer: Não possuo os personagens de Furuba, estes pertencem a Natsuki Takaya. Esta fic tem apenas o intuito de entreter.

Agradecimentos: A Mo de Áries pela review, a Aiko Hosokawa e Yume Vy, pelo incentivo e pelos elogios. Adoro conversar com vocês, meninas! Espero que curtam este capítulo.

Capítulo 3 – Because of you

By Dark Annek

Yuki estava deitado em sua cama. Sua mente, porém, parecia longe dali. Estava confuso. Teria sido dor o que ele viu nos olhos de Kyo? Ele não saberia dizer.

Naquela fatídica noite anterior, quando o primo mais novo o convidara para o passeio, ele acabou por desabafar. Não agüentava mais guardar tudo somente para si

Flashback:

"Você o ama?" Haru olhou dentro dos olhos violetas de Yuki.

"Eu não sei..." Yuki hesitou.Seus olhos rumaram para o chão como se o achasse profundamente interessante.

"Tem certeza?" O boi insistiu, já sabendo realmente a resposta.

"Eu o amo, sim" o rato rendeu-se, lançando um fraco sorriso na direção do outro rapaz.

"Aquele bastardo não sabe a sorte que tem..." murmurou o primo baixinho. Era mais um comentário dirigido a si mesmo. Queria ele ter a sorte de ter o amor de Yuki.

Yuki recomeçou a caminhar em silêncio. Levantou seus olhos para encarar a noite estrelada que desabrochava.

"Yuki..."

"Sim?"

"Acho que não estamos sozinhos..." ele sussurrou enquanto diminuiu a distância entre eles.

"Como?" Yuki pareceu confuso. Estava perdido em pensamentos e não percebera o que o primo queria dizer. Apenas o encarou em muda expectativa, os lábios rosados entreabertos.

Haru suspirou. Yuki era o rapaz mais bonito que conhecera. E o luar só parecia colaborar para deixa-lo ainda mais irresistível. Ah, se ele o amasse! Mas o coração daquele anjo já possuía um dono.

Ele se aproximou ainda mais, seus olhos castanhos semicerrados. Suas mãos tocaram a face de Yuki. Seus lábios estavam perigosamente perto. Foi nesse momento que o rato percebeu com profundo espanto que Kyo estava ali. Observava a cena com os olhos rubros arregalados. A boca contraíra-se numa careta.

Yuki o encarou, pensara em dizer que aquilo não era o que ele estava pensando. Mas o que ele estaria pensando? Ele não saberia dizer.

"Kyo..." chamou o rato.

Porém Kyo postou-se a correr desabalado, deixando Yuki mais confuso ainda. Pensou por um momento em correr atrás dele, mas algo o deteve ali.Ele então se virou para fitar Haru e o encontrou com um sorrisinho nos lábios.

"Por que você fez isso?" Ele perguntou, sério. "Você fez de propósito?"

"Fiz para que o bichano perceba que, se ele não se decidir acabará por perder você." Respondeu com displicência.

"Não acho que tenha sido uma boa idéia..." murmurou tristemente.

"Se as coisas estavam ruim, ficariam ainda pior agora..." Pensou Yuki, desolado.

"Yuki, você ficou chateado comigo?"

Yuki o fitou e deu de ombros. "Acho que você só quis me ajudar, mas acredito que tenha sido em vão..."

Haru sorriu-lhe solidário. Estendeu uma das mãos e tocou-lhe a bochecha, acariciando-a com as costas das mãos.

"É uma pena que ele realmente ame aquele cabeça-dura..."

Fim do flashback.

Yuki não vira mais Kyo desde aquela hora. Ele não aparecera para jantar. Não aparecera para dormir. Yuki ficara a noite toda acordado esperando na sala, ele retornar. Todos haviam ido dormir. Ele, no entanto, não pregara o olho a noite toda. Sua mente revisava aquela cena. Vezes e vezes, sem conta. Tentava identificar a reação de Kyo. Tão atípica... Queria fervorosamente acreditar que se tratava de ciúmes. Mas aquela fria reação...Parecia que o gato sentia ainda mais nojo dele. Por que havia corrido? Por que não tinha gritado? Ele era o rei dos berros...

"Yuki?" Uma voz chamava na porta.

"O que foi?" Ele disse de volta sem se levantar.

"Você não vai pra escola?" Perguntou Tohru.

"Humm, não.Não estou me sentindo bem." Era uma meia verdade já que não estava nada legal.

"Souma-kun está passando mal?" Yuki pôde sentir o tom aflito em sua voz.

"Nada que um bom descanso não cure."

"Está bem, eu vou indo então." Ela suspirou, resignada. Achava que o clima na casa havia mudado e muito. Yuki e Kyo andavam tão tristes. Será que estavam chateados com ela?

Depois de algum tempo, a fome venceu Yuki, que foi obrigado a descer para comer alguma coisa. Estava sentado no sofá comendo um sanduíche quando percebeu que Shigure o analisava com aqueles argutos olhos azuis.

"O que foi?" Perguntou meio irritado com o primo.

"Kazuma ligou. Kyo está no dojo."

"Ótimo" limitou-se a voltar sua atenção novamente para a televisão. Seu coração, contudo, respirou aliviado. Se estava com seu mestre, estava bem. Era o que importava.

"Não vai me dizer mais nada?" Tornou a perguntar o cão.

"O que queria que eu lhe dissesse?" A voz de Yuki soou bastante irritada desta vez.

"Ora, Yuki. Já está na hora de parar com esta farsa."

"Farsa?" Ele estava mortificado. Como Shigure poderia saber? Teria Haru lhe contado?

"Ninguém me falou nada" ele respondeu como se tivesse lido seus pensamentos."Eu apenas deduzi".

"Eu não quero falar a respeito".

"Uma hora você tem que por tudo pra fora".Ele respondeu, encostado no batente da porta.

Kazuma observava Kyo enquanto ele dormia. Parecia tão sereno agora. Nem parecia o Kyo que batera em sua porta no meio da noite. Não havia mais sinal de lágrimas em sua face. Esgotara-se durante a noite que havia passado em claro.

Ele conhecia profundamente seu filho. Havia deixado que ele se acalmasse sozinho. Apenas ficou a seu lado. Ofereceu sua companhia e carinho em silêncio. Kyo ainda não estava preparado para falar. E ele não o pressionaria.

Já perto da hora do almoço, o gato acordou e o encontrou na pequena cozinha.

"É muito tarde?" Perguntou jogando-se na cadeira a sua frente.

"Não. Mas acho que dormistes o suficiente." Respondeu-lhe sorrindo.

"Posso ficar aqui, mestre?"

"Você não quer mais voltar?" Kazuma preocupou-se.

"Não" Kyo desviou seu olhar do mestre.

"E a Tohru?"

"Ela vai entender..." O gato suspirou, sentindo o seu peito comprimir. Sentiria muita saudade da menina. Daquele seu jeito doce e meigo. Aqueles sorrisos bobos. Toda a sua alegria e vivacidade. Mas não, não deveria voltar.

"Meu filho..."

Kyo levantou seu olhar para encarar seu pai adotivo. Seus olhos pareciam preocupados, mas ele lhe sorria com bondade.

"Por favor, não diga mais nada..." o ruivo murmurou, sua voz fraca parecia extremamente cansada. "Apenas... permita que eu fique."

"Está bem, se assim você deseja" resignou-se Kazuma "Mas vou avisar a Shigure que você vai passar um tempo aqui comigo."

Kyo levantou seus olhos rubros e o encarou por um longo momento. Um olhar que ao mesmo tempo demonstravam gratidão e carinho.

Yuki olhava para o telefone. Estava no escritório de Shigure. Tentava chegar a um consenso consigo mesmo sobre o que fazer. Seu coração dizia-lhe que deveria ligar. Tentar explicar ao primo a cena que ele havia presenciado. Em contrapartida, sua mente dizia que não. Que não era prudente. Ele o havia magoado muito. Se estivesse sofrendo era bem merecido.

"Oh, mais que tipo de pensamentos são estes? Eu não sou assim."

Sua mão alcançou o telefone. Ele hesitou por um breve momento e discou os números.

"Alô, mestre" sua voz soou trêmula de ansiedade. "Eu poderia falar com o Kyo?".

Kazuma arregalou os olhos. Então era isso, pensou. Teria sido mais uma briga? Ele olhou para Kyo que estava deitado no sofá. Ele tinha o olhar distante e vazio.

"Não creio que tenha sido isto. Nunca o vi deste jeito".

"Um momento, Yuki" respondeu-lhe o homem.

Ao mero som daquela palavra, o gato deu um ligeiro sobressalto. Seria ele mesmo? Por que teria ligado? Lançou um olhar confuso a seu pai quando ele passou-lhe o telefone.

"Alô" a voz saiu como um grunhido pela falta de uso nas últimas horas.

"Kyo eu..." murmurou o rato. Estava irritado consigo mesmo por não conseguir ser eloqüente naquele momento crucial.

O gato escutou atento do outro lado da linha. Somente a voz dele foi capaz de fazer acelerar seus batimentos cardíacos. Mas ele nada falou.

"O que você viu... não significou nada pra mim, eu e Haru somos..."

"Você não precisa dizer nada pra mim..." murmurou Kyo, a raiva agitando-se em seu estômago.

"Por favor, Kyo, seja razoável..." pediu-lhe Yuki, quase se arrependendo de ter ligado.

"Você me pede pra ser razoável?" exasperou-se o gato "Quando você o foi?"

"Por que você correu quando nos viu?" Yuki perguntou, sem conseguir conter a sua curiosidade. Aquela pergunta pairava sempre em sua mente. Tinha que ter a resposta.

Kyo congelou ao ouvir aquela pergunta. Por que ele havia perguntado logo aquilo? Nem ele sabia qual era a resposta.

"Não vai me dizer nada?" Yuki perguntou, sua voz estava embargada em medo. Não queria magoar-se novamente.

"Eu não sei..." Kyo respondera num murmuro quase inaudível. "Não sei o que te responder..."

"Oh, maldição ele deveria saber!" Yuki pensou furioso.

"Então acho que não há nada mais que possamos dizer um ao outro" O rato dissera tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair em seu rosto.

Kyo pode sentir a tristeza de Yuki através de sua voz. Ficou em silêncio por um momento. Um nó havia se formado em sua garganta. Por que sentia aquela dor em seu peito? Ele estava tão confuso...

De repente, ouviu que Yuki havia desligado. Desistira de esperar por uma resposta do gato. Kyo ficou profundamente aturdido e angustiado. Agora não sabia mais o que pensar.

"Eu nem ao menos deixei que ele me contasse sobre Haru!" Pensou com vontade de jogar o telefone longe. "Por que eu tenho que ser assim!"

Kazuma estava a observar seu filho adotivo de longe. Parecia que a conversa não tinha sido boa. Bem, estaria um pouco surpreso se fosse o contrário, dado ao histórico de hostilidades entre os dois. O relacionamento deles tinha sido difícil desde a infância. Não tinha como mudar agora.

Yuki sempre soubera do risco que era se envolver com Kyo. Ele era bem instável. Não sabia lidar com emoções. Era de certo modo, rude e grosseiro.

Sabia num nível bem profundo de inconsciência que magoaria seu coração novamente ao ligar para ele.

"Por que eu tenho que ser tão terrivelmente idiota?" Pensou, largando-se em sua cama com a cara amarrada.

Não deveria ter ligado. Era isso que uma voz da sensatez dizia-lhe na sua mente. Mas, diabos! Ele sequer conseguia ter um minuto de paz! Não tinha ido a escola. Não tinha ânimo para fazer nada. Shigure tinha mais do que leve suspeitas entre ele e Kyo.

Sua vida estava um completo inferno... Isso tudo se somava à extrema dor que sentia em seu peito. O desespero que sentia por não conseguir resolver aquela situação.

"Não devia ser isso que sente uma pessoa quando esta apaixonada..." suspirou, cansado.

Kyo passou boa parte da noite inquieto e confuso. Seus pensamentos não deixaram-no dormir direito. Quando finalmente pegava no sono, seus sonhos eram sobre ele e Yuki. Sinceramente não precisava por mais lenha naquela fogueira. Fugir do confronto com o primo não estava ajudando. Ele realmente tinha que ir falar com o rato. Não tinha jeito.

No dia seguinte, Kyo resolvera ir pra escola. Sabia que encontraria seu antigo rival e irritava-se ante a perspectiva de um encontro forçado. Ainda mais depois da conversa ao telefone.

Chegou mais cedo do que o costume, escolhendo um lugar ao fundo da sala de aula. Suspirou entediado enquanto rabiscava algo em seu caderno quando ouviu um barulho.

Seus olhos rubros imediatamente caíram sobre a pessoa que adentrava a sala no momento. Sentiu-se tenso ao receber o frio olhar daqueles olhos violetas.

Yuki pareceu-lhe ainda muito ressentido pela conversa. Pelo visto, ele tinha um longo caminho pela frente até encontrar a tão desejada normalidade. Se é que um dia ela retornaria.

O rato sentou-se na parte da frente, ignorando totalmente o outro. Kyo impacientou-se ainda mais com o gesto.

"É melhor acabar com isso logo de uma vez. Rápido e indolor".O gato pensou, infeliz.

Levantou-se e caminhou lentamente até Yuki. Seus passos ecoando no silêncio da sala de aula. Parou de chofre ao estar a seu lado.

"O que você quer?" Veio mordaz a voz do rato.

"Não lhe parece óbvio?" Devolveu Kyo sarcástico.

"Não, não comece deste jeito!" Uma voz interveio, aflita em sua cabeça.

"O que é bem óbvio aqui é a sua estupidez." Limitou-se a replicar Yuki.

Se ele estava tentando acabar com a sua paciência, conseguiu.

"O único estúpido aqui é você, ratazana!" Alteou a voz o gato, fechando seus punhos, inconscientemente.

Silêncio. Yuki levantou seus olhos, encarando-o. Kyo de repente viu-se muito tentado a socar a cara dele por tamanha insolência e arrogância.

"Oh, isto nunca dará certo" Kyo pensou, infeliz.

Yuki o observava com os braços cruzados. Tivera a nítida sensação de que o primo travava uma batalha interna. Tentou conter o riso.

"Você não está se esforçando realmente. Controle este seu gênio terrível".A voz em seu cérebro provocou-lhe.

"ORA, CALE A BOCA!" Kyo gritou, numa de suas explosões típicas.

"Eu me esqueci de citar maluco." Yuki murmurou, desdenhoso com um sorriso.

"QUEM É MALUCO AQUI, RATAZANA MALDITA!" Vociferou ele com olhar assassino, quase pulando em cima de Yuki.

Neste momento, Tohru adentrou a sala junto de Hanajima e Uotani, que sorriu ao ver a cena. Era algo que não acontecia há vários dias. Parecia até normal o fato daqueles dois brigarem tanto.

"Bom dia" disse tohru, já anestesiada com o comportamento dos dois.

"Bom dia, Honda-san" murmurou Yuki com um sorriso gentil, ignorando subitamente o outro a seu lado.

"O que aconteceu?" Perguntou Uotani para Kyo.

"Não enche, você também".Respondeu-lhe, abrindo seu livro.

"Parece que alguém já acordou estressado".Provocou a garota loira, mexendo numa das mexas do cabelo dele, bagunçando-o.

"Ótima observação a sua. Agora me deixe em paz, sim?".

"Como queira..." Uotani sorriu maliciosa, sentando-se a seu lado.

Hanajima deu-lhe uma longa encarada que o incomodou muito. Não gostava de sentir-se analisado daquela forma.

No intervalo do lanche, Kyo subiu até o telhado para esfriar os ânimos já que durante a aula nada melhorou. Teve que agüentar os olhares lânguidos que Takei lançava em cima do rato. Aquilo lhe dava náuseas. Será que o maldito não percebia?

"Oh, não. A princesa anda muito ocupada para perceber que alguém está quase se jogando em cima dele".

"Maldito" bufou aborrecido.

"Como se já não bastasse Haru e o fã-clube idiota dele. É por isso que ele é tão cheio de pose".

Lembrou-se mais uma vez da cena presenciada entre ele e Haru. Sentiu uma pontada dolorosa em seu peito. Não entendia por que aquilo o afetava tanto. Ele não deveria se importar.

"Olá" murmurou um garoto de cabelos muito claros, pegando-o de surpresa.

"O que você faz aqui, pentelho?" Kyo grunhiu.

"Bom dia pra você também".Murmurou Momiji irônico, sentando-se a seu lado.

Kyo ficou em silêncio, carrancudo. O que diabos, Momiji queria com ele, afinal?

"Anda logo e diz o que você quer".Murmurou o gato impaciente.

"Sutileza não é o seu forte, não?" O coelho sorriu abertamente.

"Olha, se você veio curtir com a minha cara é melhor...".

"Deixa de ser burro, Kyo".Momiji disse sério.

"Como é que é?" Kyo fitou-lhe, incrédulo. Uma veia já latejando em sua têmpora.

"Você vai acabar perdendo a pessoa que você ama".

"De que besteira você está falando, moleque?" Kyo fitou-lhe com uma mistura de horror e medo.

"Lá vamos nós..." pensou Momiji. "Só o Haru mesmo pra me convencer a vir aqui e falar com o Kyo. Vou começar a cobrar por esses conselhos sentimentais".

"Estou falando que você vai perder o amor do Yuki".Murmurou o loiro, direto.

"QUÊ?" Kyo deu um pulo de susto. O que será que ele sabia? Ah, ele ia partir a cara do maldito assim que o encontrasse. Ele disse que não ia contar a ninguém o que tinham feito.

"Você ainda não percebeu?" Momiji suspirou, espantado. Não era de se esperar que Yuki andava triste. Era por isso, afinal.

"Eu não tenho nada pra perceber" levantou-se o gato. "E você trata de me deixar em paz".

Kyo deixou-o sozinho e desceu. Estava completamente abalado pelo que o primo mais novo lhe dissera. Não era possível que Yuki o amasse. Se era verdade, por que o tinha tratado mal?

"Você começou".A voz intrometida interveio.

"Me dá um tempo".Pensou ele, cansado de travar aquela guerra.

Mas ele ia beijar o Haru. Ele viu! Aquela era uma evidência muito forte para ser contestada.

"Mas ele tentou te explicar, você é que não deixou".

Oh inferno, era verdade. Ele não deixou que Yuki lhe dissesse. Estava preocupado demais em ser rude com ele para prestar atenção ao que verdadeiramente importava.

Kyo resolvera voltar sozinho para casa. Passou no dojo e disse a Kazuma que estava voltando para casa de Shigure. Seu mestre foi discreto e não lhe perguntou nada.

O gato dissera a si mesmo que fugir do confronto com o primo era covardia. Por isso estava voltando.

No caminho de volta, sua cabeça era tomada de dúvidas e incertezas.

Achava que Yuki tinha feito tudo, naquela tarde, por desejo. Não havia pensado na possibilidade de haver sentimento. Ele mesmo não sabia definir o que sentia.

Somente sabia que tudo era sempre muito intenso entre os dois. Fosse ódio, fosse...

"Amor..." pensou, sentindo o peito arder.

Era isso que sentia? Era por isso que se sentira tão mal em vê-lo com Haru?

"Mas eu deveria odiá-lo, não amá-lo. Isso é totalmente anormal. Não faz nem um pouco de sentido".

Flashes de tudo o que viveu ao lado dele passando velozmente em sua cabeça. As brigas da infância. As provocações tolas. À vontade de vencê-lo sobrepujando qualquer tentativa de entendimento.

Era culpa de Yuki que sua vida fosse tão difícil. Era sempre culpa do maldito rato.

Não se questionou que tudo não passava de fingimento. Que não verdade sempre o admirou em segredo.

E numa tarde, em meio a mais uma de suas habituais brigas, algo havia mudado. Yuki lhe roubou um beijo. E longe de se sentir insultado ou enojado, ele correspondera. Correspondera como nunca em sua vida. Sentira-se flutuar naquele beijo. Perdera-se totalmente naquela deliciosa sensação e apenas deixou-se ser arrebatado por ela.

Mais que isso, tinham compartilhado o desejo mútuo que sentiram naquele momento.

E depois disso, todas as noites antes de dormir ele pensava em Yuki. Sonhava com ele e quando acordava, sozinho no meio da noite, desejava ouvir sua voz. Desejava sentir mais uma vez suas mãos correrem por seus sedosos fios de cabelo.

Novamente seus pensamentos vagaram até a tarde fatídica. Quando tudo saíra de seu curso habitual. Bem como seus pensamentos e ações.

Kyo havia mentido a Yuki de forma cruel e deliberada. Dissera que o que tinha acontecido entre eles havia sido um erro.

No fundo, ficou amedrontado com a possibilidade de sentir o que não deveria sentir por seu inimigo. E o destino lhe passara uma bela rasteira. Ele tinha se apaixonado!

Ele suspirou, cansado quando entrou em casa. Falou com Tohru rapidamente, dando graças aos céus que não tivesse dado de cara com Yuki.

Subiu as escadas, silencioso. Precisava tomar um banho e relaxar na paz de seu quarto. Estava com uma dor de cabeça horrível.

Jogou sua mochila descuidadamente sobre a cama. Escolheu uma roupa qualquer e rumou em direção ao banheiro no final do corredor.

"Você aqui?" Perguntou uma voz conhecida, fazendo seu sangue gelar. "Por que você voltou?".

Kyo virou-se encontrando aquele par de ametistas fitando-o com curiosidade.

"Por você".

26/06/06

Continua...

N/A: Eu sei que vocês vão falar que eu sou uma pessoa malvada e sem coração, mas eu não resisti a este finalzinho. Eu sempre quis terminar um capitulo assim, XD Desculpem-me também pela demora, mas meu computador tava muito ruim e tive que formata-lo.

Agora se vocês forem bonzinhos e me mandarem reviews suficientes quem sabe, eu não escreva o próximo mais rápido? Rsrs

Eu agradeço muito quem leu e comentou ,mas também agradeço da mesma forma quem apenas leu.

N/A2: Como será que Yuki vai reagir as palavras de Kyo? Ele não foi fofo, gente? Eu amo o Kyo! O neko é demais...fã enlouquecida...

Beijos e até a próxima...