The Debt of Time
Parte Um - A Dívida de Vida
Capítulo Onze: Mais Perto Do Que Nunca
"...I'm going under
Drowning in you
I'm falling forever
I've got to break through
I'm going under..."
(Going Under - Evanescence)
1o de maio, 1998
Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria
Escritório do Diretor
"O Lorde das Trevas está vindo?" Snape perguntou uma vez que todos entraram no seu escritório, lançando um feitiço silencioso, de algum jeito impedindo todos os quadros da sala a ouvir, a maioria deles o olhou de propósito ao fazer isso, mas ninguém mais do Phineas Nigellus Black que se revezava em encarar Snape e Sirius.
Harry encarou Snape por um longo momento, cerrou os olhos com as mãos tremendo de raiva, só a mão de Sirius em seu ombro o impedia de atacar. "Sim," Harry finalmente admitiu. "Não que você já não soubesse."
"Harry, agora não," Hermione pediu.
"Ele está com a cobra?" Os olhos de Snape voaram para Draco que parecia pálido a menção da besta. Draco deu um curto aceno e se virou para o Flu, se certificando de que não seriam seguidos.
"Mais perto do que nunca," Draco explicou. "Aconteceu depois que ele viu Bellatrix morta. Não deixa aquela coisa fora da vista dele."
Os olhos negros de Snape cerraram e ele se virou para a larga Penseira em sua mesa. Parecendo mais perturbado do que nunca, Snape andou rapidamente até um armário, o abrindo para revelar vários frascos, a maioria poções, mas alguns eram facilmente reconhecíveis como memórias. Pegando um frasco vazio, Snape o abriu e levou a varinha até sua têmpora.
"O que ele está fazendo?" Ron perguntou em voz alta.
"Tentando me concentrar, Sr. Weasley, e o seu silêncio seria indispensável, se for possível," Snape estreitou os olhos para o ruivo antes de fechá-los, se concentrando bem e deixando sua varinha puxar vários fios prateados do lado de sua cabeça, os girando e empurrando para o grande frasco em suas mãos. Segurando no topo, Snape o caminhou, entregando o frasco para Harry. "Tome," Snape insistiu.
"O que é isso?" Harry perguntou.
"Isso são memórias. Isso," ele apontou para a grande bacia de pedra coberta de runas sobre a mesa. "É uma Penseira. Se bem me lembro de sua tentativa abismal em Oclumência, você está familiarizado com seu uso," disse ele, olhando para Harry.
"Eu sei o que são, para que elas servem?!" Harry devolveu.
"Respostas para o caso do meu infeliz falecimento," Snape respondeu e tanto Ron quanto Sirius bufaram com a palavra 'infeliz'. "Uma morte, que certamente será inevitável, quando você, aparentemente, trouxe o Lorde das Trevas para a porta desta instituição! Agora, se o resto de você está pensando em sobreviver à noite, eu aconselho os Grifinórios para irem em direção ao corredor do sétimo andar."
"Eu sabia!" Draco resmungou. "Eu sabia que era lá que eles estavam se escondendo. Mas não consegui entrar quando tentei."
"O que está acontecendo?" Harry perguntou.
"Alunos têm desaparecido ao longo do ano," Draco resmungou de novo. "Eles estão na Sala Precisa. Devem ter deixado alguém lá em todos os momentos para manter Sonserinos fora. Inteligente," Draco admitiu. "Deve ter sido um Corvinal," acrescentou ele e todos os Grifinórios na sala - passado e presente - olharam para ele.
"Falando em Corvinais," Snape entrou na conversa. "Potter, você deve querer ir para a Torre Oeste no quinto andar."
"E por que eu iria para algum lugar que você me falasse?" Harry encarou friamente o antigo professor.
"Porque Comensais da Morte foram alertados pelo Lorde das Trevas que se você voltasse para Hogwarts, eles deveriam te manter longe da Torre da Corvinal. Eu imagino que você esteja procurando por algo?" Snape perguntou, olhando para Harry, mas percebendo que Ron e Hermione desviaram o olhar. Grifinórios eram péssimos mentirosos. "Eu aposto que o que você está procurando será encontrado lá." Snape virou-se para Draco. "Quanto a você, volte para a sala comunal da Sonserina e os mantenha ocupados, se você for capaz."
"Fácil," Malfoy concordou e fez o seu caminho para a porta, rapidamente desaparecendo na escada em caracóis.
"E você?" Sirius finalmente perguntou.
"Eu vou para minha grande fuga, sendo o covarde que sou," Snape disse sarcasticamente. "Eu fui descoberto afinal," ele revirou os olhos. "Ainda tenho ordens a seguir. Você lembra o que é isso, Black?" Snape o olhou. "Ordens? Já tem alguns anos, vou te dar isso. Se você se lembrar, você tinha ordens para permanecer nos confins do Largo Grimmauld, não ir vagabundear no Ministério e acabar sendo morto."
"Não," uma voz fria falou baixinho quando uma varinha de videira se levantou e apontou na direção de Snape. Olhos castanhos de Hermione brilharam na luz trêmula enquanto ela fuzilou seu ex-professor.
"Como eu pensei," Snape quase sorriu. "Assunto delicado, Srta Granger?" Ele perguntou. "Ou seria Srta Po-" Snape começou devagar, os olhos indo para Sirius que o cortou com um olhar.
"Estamos indo agora!" Sirius interrompeu, seus olhos escuros brilharam e se estreitaram perigosamente. Snape parecia olhar para Sirius por um longo momento e atrás do Animago, Ron e Harry reunidos, assistindo de perto, varinhas agarradas na mão. Sirius desviou os olhos primeiro, virando para escoltar Harry, Ron e Hermione para fora da porta. Uma vez que o trio começou a descer as escadas, Sirius virou para Snape brutalmente.
"O que você está fazendo?" Sirius rosnou.
"Eu tive um sentimento por vários anos, mas pensei ser impossível. Eu quase não a reconheci," Snape demorou. "Mas a forma como a menina se jogou em cima de você e vem a sua defesa, levantando uma varinha para ameaçar mesmo," ele zombou Sirius. "Para Potter talvez, mas você? Eu imagino que se o lobo estivesse aqui ela estaria levantando os punhos," Snape zombou de novo.
"Você não deveria estar fazendo a sua grande fuga?" Sirius rosnou perigosamente e saiu da sala, sacudindo a varinha e a porta bateu atrás dele violentamente.
"O que foi isso?" Harry perguntou imediatamente quando Sirius se reuniu a eles.
"Nada, Snape é um babaca," Sirius respondeu quando andava para frente, dirigindo-se para a grande escadaria.
"Ele parecia saber algo sobre Hermione -" Harry começou de novo, mas Sirius o parou.
"Harry, me desculpe, mas agora não é a hora de questionar as palavras de Severo Snape. Nós temos trabalhos a fazer, certo filho?" Sirius se virou e pegou o rosto de Harry nas mãos. "Agora, Torre da Corvinal?" Ele perguntou.
"Eu nem sei o que eu estou procurando." Harry sacudiu a cabeça. "Sei que vai ser algo pequeno como o resto, e provavelmente vai ter pertencido a Rowena Corvinal. Digo para irmos para a Sala Precisa e talvez algum Corvinal possa nos ajudar."
"Pode ser o diadema," Sirius sugeriu descuidosamente enquanto caminhavam.
"O que é um diadema?" Ron perguntou.
"É como uma tiara," Hermione explicou. "Mas espera, como você sabe sobre o diadema?" Ela perguntou a Sirius. "Eu só sei porque Luna é uma Corvinal e ela ficou murmurando sobre isso no trem um ano."
"Nós todos procuramos por ele no quarto ano," Sirius explicou enquanto dava de ombros. "James, Remus Wormtail e..." ele parou como se mudasse de ideia. "E eu."
"Vocês quatro alguma vez estudavam?" Hermione olhou para Sirius e ele riu em resposta.
"Se nós sobrevivermos a isso, eu vou te contar sobre como eu consegui nove NOMs." Ele piscou para ela.
"Nove!?" Hermione guinchou com olhos arregalados. "Isso é impossível! Eu consegui onze e eu quase me matei para conseguir isso!" Ela correu para ele, seus cachos - que recentemente soltaram-se em caracóis macios que caíam livremente pelas costas - agitados enquanto ela seguia Sirius, Ron e Harry rindo atrás dela.
Uma vez que eles chegaram ao sétimo andar, Harry correu para a entrada da Sala Precisa e os outros três permaneceram atrás, olhando silenciosamente enquanto Harry andava para frente e para trás, cruzando a tapeçaria de Barnabás o Bárbaro. Como se a sala estivesse esperando pela chegada de Harry, uma porta apareceu em sua frente.
Devagar ele alcançou a maçaneta e a abriu, entrando na sala com olhos arregalados e chocados, os outros três vindo atrás.
oOoOoOo
Sala Precisa
A sala era enorme e parecia o interior de uma casa na árvore particularmente suntuosa, ou talvez uma cabine de navio gigantesca. Redes multicoloridas estavam penduradas no teto, e da varanda corriam ao redor das paredes com painéis de madeira e janelas escuras, que estavam cobertas de tapeçarias brilhantes. Eles viram o leão dourado da Grifinória, estampado no tecido vermelho; o texugo negro da Lufa-Lufa, contra amarelo; e a águia de bronze de Corvinal, contra o azul. A prata e verde da Sonserina estavam ausentes. Havia estantes esbugalhadas, algumas vassouras apoiadas contra as paredes, e no canto, um grande aparelho de rádio de madeira encaixotado.
"Harry?" Uma voz chamou debaixo dos degraus que levavam a sala. Todos olharam para baixo para verem Neville Longbottom olhando para eles com choque e exaltação, um olho amarelo e roxo nítidos no rosto. "Harry!" Ele gritou e se apressou, trazendo o Menino Que Sobreviveu para um abraço.
Com o grito de Neville, mais se seguiram.
"HARRY!"
"É o Potter, é o POTTER!"
"Ron!"
"Hermione!"
"Aquele é... Sirius Black?"
"Achei que ele estivesse morto."
"Neville, o que é esse lugar?" Harry perguntou, os olhos se abrindo mais ainda enquanto olhava ao redor da sala.
"A Sala Precisa, claro!" disse Neville. "Se superou né? Os Carrow estavam me perseguindo, e eu sabia que só tinha uma chance para me esconder: eu tentei passar pela porta e foi isso que encontrei! Bom, não estava exatamente assim quando eu cheguei, era bem menor, só tinha uma rede e cortinas apenas da Grifinória. Mas foi crescendo quando mais e mais gente da AD chegou."
"E os Carrow não podem entrar?" perguntou Harry, olhando para a porta.
"Só precisam se preocupar com um de qualquer jeito," Sirius comentou levemente.
"Por que isso?" Harry virou e olhou par o padrinho.
"O que? Os Carrow? É, eu encontrei a velha Alecto quando estava entrando," Sirius sorriu. "Ela é alérgica a cachorros," Sirius disse com um sorriso diabólico.
"Eu quero saber?" Hermione franziu a testa para ele.
"Ela sacou a varinha na minha direção," Sirius se defendeu. "Foi tudo legítima defesa, amor, prometo. Eu nem tinha a varinha em mãos."
"Você tinha mãos?" Hermione cerrou os olhos.
"Acredite em mim, Hermione, se você conhecesse a Alecto Carrow que eu cresci conhecendo, você não daria um pensamento à memória dela," Sirius rosnou baixo, "ou ao irmão. De fato, estou ansioso por uma pequena reunião com Amico."
"Você pode... não sei, tentar evitar problemas?" Ela pediu a ele, um olhar tenso no rosto. "Isso é ao menos possível?"
"Você age como se eu pulasse de propósito nas brigas," Sirius disse acusadoramente, um tom duro em sua voz. "Se você não percebeu, eu estou bem adepto em não morrer esse ano, e as únicas lutas que eu entrei foram as que eu estava sendo atacado."
"Você poderia estar menos entusiasmado com isso," Hermione cruzou os braços contra o peito.
"Eu tenho poucas maneiras para extravasar minha energia," Sirius disse, com a mandíbula rígida. "Pelo menos estou sendo útil, porra."
"Eles são sempre assim?" Neville sussurrou para Harry que meramente revirou os olhos, concordou e se afastou da rixa entre seu padrinho e a melhor amiga. Hermione ouviu o comentário e olhou para Harry, observando o amigo ir para a multidão e ser recebido pelos velhos amigos e conhecidos.
"Preciso falar com qualquer Corvinal," Harry insistiu e ficou imediatamente chocado ao ver os cabelos loiros brilhantes de Luna se sobressair na multidão. Ele a viu no dia anterior no Chalé das Conchas, e não sabia que ela planejava voltar para Hogwarts, tendo feito a jornada sozinha. "Luna, tem alguma coisa na Torre da Corvinal que poderia ter pertencido à Rowena? Pode ser pequeno, com uma águia nele?" Ele perguntou.
"Bom, existe o diadema perdido dela," Luna sorriu.
"Eu disse," Sirius riu.
"Disse o que a quem?" Uma voz veio de trás de Sirius e todos se viraram para olhar Ginny, que surgia pelo buraco na parede, seguida de perto por Fred, George e Lee Jordan. Ginny deu a Harry um sorriso radiante e Sirius sorriu debochadamente com a cor que subia no rosto do afilhado.
"Sabia que ainda rolava alguma coisa ali," Sirius comentou com Hermione.
"Claro, ele só terminou com ela para mantê-la segura," Hermione sorriu enquanto Ginny se aproximava de Harry e o puxava para um abraço apertado.
"Ele é igual a James nisso," Sirius franziu a testa. "Sempre tentou deixar Lily segura."
"Ele é igual a você nisso," Hermione sorriu para ele. "Você nos manteve seguros. Você me manteve segura."
"Eu deixei que você fosse torturada," Sirius rosnou, sua voz baixa e sombria.
"Ela se foi," Hermione sorriu. "Eu não posso ter esse dia ... ou esse momento de volta, mas ela não está lá fora tentando terminar o trabalho", ela respirou lenta e profunda, como se estivesse tentando se lembrar dos fatos que ela estava tão ansiosa em usar para acalmar Sirius. "E eu devo isso a você."
"Achei que você tinha dito não gostar que eu lutasse," Sirius zombou um pouco, esperando quebrar a tensão do momento sério.
"Eu não gosto de você no caminho do perigo", Hermione deu de ombros. "Essa é uma grande diferença. É uma linha fina," ela admitiu em silêncio e olhou para cima para ver Sirius sorrindo para ela. "Uma linha muito fina," ela acrescentou, estreitando os olhos para ele. "Destemido e corajoso são coisas muito diferentes, Sirius."
"Bom que eu sou um Grifinório então né?" Ele sorriu com deboche. "Nós somos muito conhecidos por nossa bravura."
"Você não quase foi colocado na Sonserina?" Ela provocou e riu quando ele a encarou em resposta.
"Estou indo para a Torre da Corvinal," Harry anunciou quando se aproximou de Hermione e Sirius, um olhar determinado no rosto. "Luna vai comigo para que eu possa entrar. É um tiro no escuro, mas acho que o diadema é algo que ele usaria, sabe?" Ele disse olhando para Hermione que apenas acenou.
"Vamos com vocês," ela insistiu.
"Não, fique aqui. Fred disse que contatou os membros da Ordem para os avisarem do que está acontecendo. Eles devem aparecer e quando isso acontecer eu preciso de você aqui para preencher as lacunas. Ele está a caminho e nós precisamos agir rápido. Enquanto eu estiver fora..." Harry murmurou. "Lide com a taça."
"Ok," Hermione concordou e puxou Harry para um abraço de urso, "por favor tenha cuidado."
"Vemos você em breve, amor," Sirius acenou para ela e se moveu para a porta só para ser parado pela mão de Harry em seu braço.
"Não, Sirius, você fica aqui," Harry disse firmemente.
"Não vou deixar você sair da minha vista," Sirius quase rosnou.
"Sim, você vai," Harry insistiu. "Preciso que você fique com eles, especialmente Hermione," ele se inclinou e suspirou. "Quando Ron destruiu o medalhão, aquilo... aquilo lutou de volta de um jeito que quase o derrubou. Entrou dentro da cabeça dele e o mostrou mentiras horrorosas, se aproveitando de suas inseguranças e fraquezas. Quando eu destruí o diário ele quase me matou. Eu preciso de alguém com ela," os olhos de Harry se voltaram para Hermione que parecia estar procurando algo na bolsinha dela, muito provavelmente pela espada e pela taça; "Sirius, eu confio em você para cuidar dela."
"Está bem," Sirius disse, um pouco a contragosto. "Mas volte logo," ele disse com uma voz um pouco paternal que ele pensou que conseguiria usar. Ele achou que poderia imitar o que ele imaginava que James faria nessa situação, mas falhou miseravelmente. Ele deveria ter imitado Lily. O temperamento daquela garota teria parado um rompante de Explosivins.
"Prometo," Harry sorriu e desapareceu pela porta depois de Luna.
"Ron!" Hermione chamou e se aproximou do ruivo. "Sirius e eu vamos lidar com a taça," ela disse rapidamente, sabendo que tempo não era algo do lado deles no momento e só Harry poderia saber quando exatamente Voldemort estivesse chegando perto da escola.
"Eu vou com vocês," Ron insistiu.
"Não, alguém precisa ficar aqui para quando a Ordem chegar. Você precisar passar todas as informações para eles," Hermione foi firme. "Todos temos trabalhos agora, o seu é ajudar Neville a reunir as tropas, suponho," ela olhou para os alunos que se reuniram e deixou escapar um suspiro nervoso. "Talvez achar um jeito de como tirar alguns daqui," seus olhos viram os irmãos Creevey. "Eles não deveriam estar lutando numa guerra."
"Nenhum de nós deveria estar lutando numa guerra, Mione," Ron franziu as sobrancelhas.
"Não, acho que não," ela olhou para a taça em suas mãos o que fez sua atenção voltar ao trabalho. "Muito bem, vamos andando. Cuidado, Ron," ela sorriu e o abraçou fortemente antes de virar nos tornozelos e foi na direção de Sirius que abria a porta, dando uma olhada em Ron que se reunia com Neville, dando aos rapazes um aceno com a cabeça na esperança de que seu apoio silencioso fosse transmitido corretamente.
"Para onde, gatinha?" Sirius perguntou enquanto andavam pelo corredor, Hermione segurando a taça fortemente, passando a espada de Gryffindor para Sirius como se fosse muito pesada para ela carregar e ainda se mover tão rapidamente quanto precisava.
"Eu... eu não tenho certeza," ela piscou. "Não sei aonde no castelo seria seguro. Sob circunstâncias normais eu teria sugerido a Sala Precisa," ela começou a morder o lábio inferior ansiosamente. "Por que não pensei em pedir o mapa ao Harry?"
"Você está esquecendo um recurso muito importante que você tem à sua disposição, Srta Granger," Sirius sorriu. "A pessoa que fez o mapa em primeiro lugar," ele estufou o peito. "Não há uma passagem neste castelo que eu não conheça. Falando nisso, há uma perfeitamente isolada no quarto andar atrás de um espelho."
"Não," Hermione sacudiu a cabeça. "Cedeu anos atrás," ela explicou. "Você esqueceu que Harry, Ron e eu usamos o mapa para navegar por todas as passagens secretas que você tanto se gaba," ela disse com um pouco mais de malícia na voz do que ela estava acostumada. O tom fez Sirius rir profundamente.
"Eu sei que cedeu, mas eu não a vejo há anos. Cedeu completamente ou só está bloqueada do outro lado?" Sirius perguntou a ela.
"Só... só está bloqueada," ela parou e deixou sair um suspiro frustrado, irritada que ele tenha chegado à conclusão antes dela. "O que essencialmente a torna uma sala privada, isolada, com apenas uma entrada," arregalando os olhos quando ela percebeu a implicação. "Você é brilhante."
"Fico contente que você esteja começando a ver as coisas do meu jeito, gatinha," Sirius irradiou alegria e a seguiu enquanto faziam o caminho para descer as escadas para o quarto andar, onde Sirius virou e liderou a caminhada por um longo corredor que não tinha saída. Um grande espelho contra a parede. Ele se aproximou, puxou o espelho e murmurou, "Aparecium." No momento em que terminou de falar, uma porta apareceu atrás do espelho e Hermione sorriu enquanto entravam.
"Lumus," Sirius sussurrou, mal iluminando o final de sua varinha e olhando ao redor. Hermione estava certa, o final da passagem tinha cedido, bloqueando completamente qualquer possibilidade de uma saída secundária e Sirius não podia deixar de se lembrar da última vez que ele tinha usado essa passagem. Como a porta bem fechada atrás deles, o quarto caiu na escuridão absoluta, salvo pelo brilho suave da varinha de Sirius.
"Isso vai tornar as coisas mais fáceis," Hermione disse, alcançando algo dentro da bolsinha e pegando um frasco de vidro. Acenando a varinha sobre o recipiente, lançando um feitiço não verbal, um fogo azul saindo da ponta da varinha e ela imediatamente os direcionou para o recipiente. As chamas bruxuleantes nada mais eram do que inofensivos vagalumes. Hermione sorriu, selando o vidro e o botando no chão, deixando que o fogo ilumina-se a passagem.
Ela colocou a Horcrux no chão na frente dela e estendeu uma mão vazia para Sirius, silenciosamente pedindo a espada. Sirius hesitou por um momento, lembrando-se das palavras de Harry para ele. As Horcruxes lutavam de volta. Seu coração batia contra seu peito em antecipação a qualquer sinal de luta que fosse sair da pequena taça, mas ele cedeu e entregou a espada para Hermione.
"Tenha cuidado, amor," Sirius murmurou docemente enquanto observava nervoso ela se aproximar da taça.
A bruxa se aproximou devagar, dando pequenos passos na direção do objeto. A espada pesava em suas mãos, mas ela viu que conseguia levantá-la com facilidade. Ela era uma Grifinória afinal de contas, e a espada foi feita para ser segurada apenas pelas mãos de verdadeiros Grifinórios. Uma parte dela se perguntou se seria difícil para alguém de outra casa segurá-la. Ela fez uma nota mental para pesquisar depois. Se, claro, ela sobrevivesse. Outro passo e a Horcrux começou a tremer como se antecipasse o ataque. Quando ela deu outro passo, uma voz fria falou em voz alta. Apesar de ter sido vago nas descrições do que aconteceu com Ron e o medalhão, Harry tinha explicado a ela que as Horcruxes eram quase sentimentais, e que elas poderiam falar e atormentar você a vontade - até atacar fisicamente se fossem fortes o bastante. Hermione estava preparada para o ataque.
Mas Sirius não.
"Sirius Black..." a voz falou, parando tanto Hermione quantos Sirius nos seus passos. Os olhos cinzentos dele se arregalaram. "Eu posso ver os seus medos..." Ela sussurrou, e os olhos dele caíram na forma de Hermione, desejando em silêncio que ela seguisse e apunhalasse a maldita coisa antes que começasse a falar muito. "Eu posso ver o seu coração. O passado é a sua fraqueza."
"Não diga," Sirius rosnou.
"E a garota também..." A voz vangloriou-se.
"Mate a maldita coisa, Hermione!" Sirius gritou.
"Está fazendo alguma coisa," Hermione disse, encarando a taça que parecia estar se enchendo com um líquido, eventualmente transbordando a borda e caindo no chão. "Por favor, que seja água," ela murmurou, aterrorizada que a taça estivesse expelindo sangue ou algo igualmente nojento e horrível. Seja como fosse, Hermione estava certa, a taça estava transbordando água. Transbordando em um ritmo rápido. Antes que qualquer um deles percebesse, eles estavam na metade de um pé de água, o copo oficialmente pregado na superfície. Hermione moveu-se para avançar em direção a Horcrux, mas o mais perto que ela levasse a espada, mais rápido a água subia, tornando mais difícil para se mover. Logo ela se viu em pé com água até a cintura enquanto a sala continuava a encher rapidamente.
"Sirius, eu não consigo alcançar!" Hermione guinchou.
Atrás dela, Sirius tinha a varinha na mão, lançando feitiço atrás de feitiço tentando impedir o líquido de continuar saindo, que estava subindo pelas paredes rapidamente. Nada estava funcionando. "Merda!" Ele berrou e alcançou Hermione, mas quando a mão dele tocou a pele dela, a água ao redor deles começou a se mover em um movimento circular como um redemoinho. Hermione gritou e caiu no chão abaixo dela, as forças das ondas a levando para longe de Sirius que se agarrava ao muro com uma força descomunal. "Hermione!" Ele gritou, estendendo a mão para ela.
"Não, não, não," ele murmurou e ficou horrorizado quando a perdeu de vista. A jarra com vagalumes flutuava na superfície, uma luz cintilante através da água e contra as paredes enquanto girava nas profundezas das ondas. Quando a jarra de fogo se aproximou dele, Sirius a alcançou e a segurou acima da cabeça, procurando desesperadamente por ela e não a vendo em nenhum lugar. Seu olhar foi para baixo quando a água alcançou seu pescoço, olhando firme e focado quando viu uma grande sombra em algum lugar nas profundezas abaixo e o vislumbre de algo brilhante e dourado. Ele rosnou e deu uma profunda respirada quando a água subiu e encobriu sua cabeça, os prendendo quando alcançou o teto.
Ele mergulhou na água escura, iluminando o caminho com a jarra, olhos cinzas procurando constantemente por Hermione. Sirius nadou mais para baixo, brigando contra a corrente que tentava levá-lo para longe. Seus olhos captaram outro vislumbre, mas em vez da determinação que ele sentiu quando viu a taça na parte inferior da sombria água, a visão da espada de Gryffindor fez seu coração afundar. Ele a viu por último nas mãos de Hermione. Pânico o invadiu e ele instintivamente se estendeu para pegar o cabo da espada, a segurando fortemente. Uma grande parte dele queria encontrar Hermione, salvá-la, mas a pequena parte racional do cérebro dele revidou com vingança, o lembrando de que tinha que culpar a Horcrux, e mesmo se ele encontrasse Hermione, ele não poderia salvá-la enquanto ainda estivessem sendo afogados por esse maldito cálice.
Sirius nadou, movendo-se rapidamente, apesar da luta que a Horcrux estava fazendo, assim como o peso da espada em suas mãos. Avistou a taça e, embora a água fosse empurrada contra seu peito, forçando que o pouco oxigênio deixasse seus pulmões, ele trouxe a ponta da lâmina para cima, e empurrou-o para baixo, esfaqueando-o através do centro do objeto escuro. A taça começou a tremer e um líquido preto escoou para fora, girando na água em torno dele e Sirius se encolheu para trás para evitar que o líquido negro o tocasse. Ele lutou contra a água ao redor dele, segurando a garganta e chutando enquanto tentava chegar à superfície, tendo apenas um vislumbre de esperança nos escombros na saída da passagem, rachaduras na caverna, que permitia que a água saísse rapidamente.
Quando sua cabeça rompeu para a superfície, ele soltou um suspiro alto, buscando ar tão profunda e rapidamente quanto possível, tossindo água que tinha forçado seu caminho em sua garganta durante a luta. Mantendo o equilíbrio quando seus pés tocaram o chão, o escoamento da água o suficiente para permitir que ele tocasse o chão, seus olhos percorreram a sala em busca de Hermione. O frasco que cercava as chamas tilintava contra o chão duro, girando pelo chão quando toda a água evaporou da sala e Sirius viu a silhueta da pequena bruxa, amassada no canto da sala e ele correu para ela, dando um grito alto e macabro, o nome dela no limite de seu grito quando ele alcançou seu corpo.
"Hermione!" Sirius berrou, a puxando para seus braços e segurando sua cabeça para ver seu rosto. Pálida e parecendo sem vida, os olhos de Hermione estavam fechados e sua pele estava fria. "Hermione!" Ele berrou de novo, alcançando sua varinha. "Enervate, merda!" Sirius gritou, mas ela continuou inconsciente.
N/A: Oi, meu queridos! Espero que continuem gostando e me digam o que acharam do capítulo!
O próximo é emocionante, um dos meus favoritos dessa primeira parte!
Felicia Malfoy: Eu também sou assim, adoro tudo que envolve Hermione, menos Ron hahahaha sei lá, não consigo gostar deles como casal, acho que funcionam mais como amigos. Obrigada por comentar, me deixa muito feliz!
