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The Debt of Time
Parte Dois - O Vira-Tempo
Capítulo Quinze: Coragem e Astúcia
"...Time stands still
Beauty in all she is
I will be brave
I will not let anything take away
What's standing in front of me
Every breath
Every hour has come to this..."
(A Thousand Years - Christina Perri)
Capítulo 15 - Coragem e Astúcia
17 de setembro, 1998
Largo Grimmauld Número 12 - A Muy Antiga e Nobre Casa Black
Sirius sentou nos degraus da entrada do Largo Grimmauld Número 12, um copo de Firewhisky no degrau ao seu lado, um cigarro aceso na boca. Seus olhos cinzentos examinaram os vizinhos curiosamente, sorrindo ao observar as pessoas ao redor da sua casa irem resolver seus assuntos. Com o Largo Grimmauld debaixo de um novo Feitiço Fidelius, e com um extra Feitiço Repelente de Trouxas por uma boa causa, Sirius gostava de observar os Trouxas da sua porta da frente. Apesar de Hermione frequentemente chamar isso de voyeurismo, considerando que os Trouxas em questão não sabiam que estavam sendo observados, ele ainda achava calmante.
Essa era apenas uma das muitas coisas que a jovem bruxa falava em relação ao comportamento de Sirius desde o fim da guerra. Isso estava relativamente baixo na lista de hábitos irritantes dele, especialmente quando comparado com o seu hábito de beber e fumar, esses eram alguns dos ódios nos primeiros lugares na lista de Hermione. Pelo menos perto do topo da lista, desde que ele tinha mandado permanentemente Monstro trabalhar em Hogwarts. Ele evitava qualquer conversa de elfos domésticos em torno da jovem bruxa. Na verdade, Sirius tinha saído do caminho dela para tirar alguns itens da lista de hábitos irritantes, evitando assim qualquer forma de confronto com Hermione.
Era por isso que, neste momento, ele estava desfrutando de uma bebida e cigarro no início da tarde em seus degraus da varanda. Porque Hermione atualmente não estava lá para repreendê-lo por isso. Desde que ela mudou-se para o Largo Grimmauld com Sirius, Harry e Ron ela passou a maior parte de seu tempo isolada em seu quarto. Sirius ficava constantemente preocupado, assim como Harry, apesar de todos os outros - ou seja, a maior parte dos Weasleys - insistirem que Hermione talvez precisasse de tempo para si mesma. Era algo que Harry relutantemente concordou em deixá-la fazer, mas Sirius se recusava a deixar a bruxa se isolar no pós guerra.
Depois da derrota de Voldemort dentro da Floresta Proibida, os ocupantes do Número 12 se tornaram mais do que celebridades. Harry, Ron e Hermione eram heróis de guerra marcados, sendo apelidados de Trio de Ouro, um apelido que irritou Hermione, visto que ela nunca havia sido uma fã de apelidos. Enquanto o resto do mundo Bruxo começava a reparar Hogwarts, o Beco Diagonal e o Ministério da Magia, aqueles que lutaram na guerra ainda estavam reparando as feridas sofridas por causa dela.
O jeito de Harry para se curar era seguir em frente com a vida e ser o mais normal possível. Ele imediatamente se juntou a um novo treinamento de Auror, junto de Ron, ambos pessoalmente convidados pelo Ministro em pessoa. Kingsley tinha oferecido posições similares a Sirius e Draco Malfoy, ambos tendo recusado; um com uma sequência de palavras coloridas, o outro com um grande tom de zombaria.
Sirius, em vez disso, estava focado em sua família, o que, naturalmente, incluía Harry e Hermione, mas agora se estendendo de volta ao seu sangue. Sangue que ele tinha há muito tempo tentado se separar, mas com o incentivo de uma jovem bruxa, ele tinha se reconectado. Como a Mansão Malfoy era a sede para Voldemort e os Comensais da Morte, a casa dos restantes dois Malfoys foi colocada em quarentena, forçando Narcissa e Draco a procurar abrigo em outros lugares. Andromeda estava bem, mas insistiu que sua irmã mais nova e sobrinho ficassem com ela, já que ambas as mulheres tinham aprendido a confiar uma na outra, com ambos os sofrimentos. Incapaz de suportar o som das mulheres idosas constantemente chorando, Draco aceitou a oferta de Sirius para passar no Largo Grimmauld em qualquer momento, o que Draco levou literalmente muito a sério para o aborrecimento de Harry e Ron.
Sirius se encarregou da cura de Hermione, uma vez que todas as pessoas achavam que ela era inteligente o suficiente para saber o que era melhor para ela. Ele iria acordá-la todas as manhãs com café da manhã trazido de uma padaria nas proximidades, levando em conta que ele não tinha ideia de como usar corretamente a cozinha no porão. Quando ela voltasse para seu quarto ou para a biblioteca para trancar-se em horas de leitura, Sirius insistiria para que ela fizesse pausas para sair da casa, apesar de se aventurar nas partes Bruxas de cidade ter se provado difícil quando seu status de celebridade a mantinha nos holofotes constantemente, algo que ela absolutamente detestava. Os pesadelos, claro, eram a pior parte, mas Sirius estava acostumado com isso. Harry e Ron, no entanto, não estavam e a cada noite em que ela acordava gritando, os garotos iam correndo para o quarto dela, as varinhas nas mãos, só para ver que Sirius já estava lá, a segurando nos braços e botando os cabelos dela para trás até que ela se acalmasse e voltasse a dormir silenciosamente.
Harry admitiu que se sentia responsável pela condição de Hermione. Sirius insistiu que ele era responsável por todos na casa e que Harry precisava deixá-lo fazer seu trabalho e cuidar deles. Por extensão, isso significava que Sirius também era responsável por cuidar de Draco, que tinha sido condenado ao isolamento pela comunidade bruxa, bem como a sociedade puro-sangue por causa do seu novo status de traidor de sangue, algo que Sirius estava muito familiarizado. Ele tinha posto o garoto debaixo de suas asas - ou patas, o que fosse - e fez o que pôde para que Draco se sentisse valorizado de algum jeito. Harry e Ron se recusaram a ser qualquer coisa a mais do que cordial com o primo de Sirius, então o Animago tinha sugerido a Draco que o ajudasse a tirar Hermione de sua concha. O Sonserino e Sirius compartilhavam algum traço Black que os possibilitavam a entrar debaixo da pele da bruxa, provocando nela emoções além da apatia, e Sirius estava agradecido pela ajuda.
"Sirius!" A voz de Draco chamou de dentro da casa e o bruxo de cabelos negros rapidamente jogou o cigarro na rua e bebeu o resto do Firewhisky, deixando o copo fora de vista. Quando Draco virou no canto do longo corredor de entrada e viu Sirius na porta, ele soltou um suspiro de frustração.
"Hermione não está com você?" Sirius perguntou com uma sobrancelha levantada, de repente triste que ele tivesse jogado fora cedo seus vícios.
"Ela vai estar aqui logo," Draco suspirou irritado. "Eu vim de Flu porque percebi que seria mais rápido desde que ela foi andando até o ponto de Aparatar. Pensei que deveria te avisar sobre o humor atual dela."
"O que você fez?" Sirius o olhou enquanto entrava na casa, fechando a porta atrás de si.
"Fiz o que você malditamente me mandou fazer. A levei para almoçar, e não, eu não sugeri que ela estava aumentando de peso - de novo," ele revirou os olhos. "Eu ainda tenho as queimaduras do feitiço que ela me lançou por causa disso," Draco fez uma careta. "Nós fomos na maldita livraria."
"Por que ela está irritada então?" Sirius perguntou enquanto eles adentravam na casa, alcançando sua varinha para lançar um feitiço para tirar o cheiro ao redor do seu corpo, para se livrar do resto do cigarro que ele tinha jogado fora muito cedo.
Antes que Draco pudesse falar outra palavra, o alto CRACK da Aparatação foi ouvido fora da porta, que abriu violentamente. Hermione pisou dentro da casa, a massa dos cabelos espessos se agitando nas pontas, um olhar de raiva e humilhação claramente evidentes no rosto. No segundo em que ela bateu a porta atrás de si, o quadro da mãe de Sirius começou a gritar, "Imundos! Mancha na nobre Casa do meu pai!" Mas antes que ela começasse com os xingamentos raciais, Sirius balançou a varinha para fechar as cortinas.
"Boa tarde, amor," ele sorriu docemente para Hermione. "Está tudo bem?" Ele se aproximou dela cuidadosamente como se ela fosse um Hipogrifo selvagem, quase indo longe demais e se curvando a ela. Draco estava em pé atrás de Sirius, evitando contato visual. Com o som da porta batendo, Harry e Ron apareceram ao longo dos trilhos da escada olhando para baixo enquanto Hermione parecia estar enfrentando Sirius e Draco.
"O que você fez para irritá-la dessa vez, Malfoy?" Ron falou. "Vocês dois finalmente estão deixando de ser amigos?"
"Nós não somos amigos, Weasel," Draco fez uma careta.
"Tudo bem, o que quer que vocês sejam," Ron revirou os olhos. "Acabou? Sinto falta dos bons velhos tempos onde a gente podia te enfeitiçar e ela socaria você na cara."
"Cale a boca, Ron," Harry suspirou frustrado. "Hermione, está tudo bem?" Harry perguntou.
"Não!" Ela gritou e imediatamente caiu no choro, correndo por Sirius e Draco e empurrando o último com o ombro enquanto ela voou até as escadas em um furacão de soluços, passando por Harry e Ron, que tentou impedi-la, mas falhou miseravelmente. Todos os quatro bruxos podiam ouvi-la fechando a porta com um estrondo e eles soltaram um suspiro coletivo de irritação.
"Viram o Profeta Diário essa manhã?" Draco finalmente quebrou o silêncio, erguendo o papel nas mãos para Sirius, antes de girar nos calcanhares indo em direção a grande sala de jantar, onde ele sabia que Sirius mantinha um estoque particular de Whisky, o prazer não tão secreto de Draco.
"Quão ruim?" Harry perguntou quando ele e Ron desciam a escada para encontrar com Sirius no corredor, pondo os olhos no papel aberto pelas mãos de Sirius onde uma grande fotografia de Hermione e Draco se movendo estava estampada na primeira página.
Os dois apareceram sentados fora sorveteria de Fortescue Florean. Nem pareciam excessivamente satisfeitos na foto, embora, quando a imagem mudou, Draco empurrava a metade do sundae comido através da mesa para Hermione. Tinha sido apenas alguns dias atrás, quando Sirius sugeriu que os dois saíssem de casa. Harry e Ron estavam no Ministério no treinamento de Auror, enquanto Sirius fazia planos com Remus para o dia. Hermione tinha passado a noite lidando com um pesadelo particularmente ruim e quando Draco apareceu entediado, Sirius pediu ao primo mais novo levar Hermione para fora da casa.
Não era a imagem que captou a atenção dos bruxos, mas a ridícula manchete e o artigo relacionado a ela. Sirius começou a ler em voz alta:
"HARRY POTTER TEM O CORAÇÃO PARTIDO POR GAROTA DE OURO" por Rita Skeeter
Parece que o Menino-Que-Derrotou-Você-Sabe-Quem-Duas-Vezes tem mais em seu prato do que lutar contra bruxos negros nas semanas seguintes ao seu grande triunfo. Como esta repórter afirmou em sua mais recente biografia premiada, chamado 'Trio de Ouro: Novo Amor Na Guerra', disse que o Trio de Ouro (que consiste nos heróis de guerra Harry Potter, Ronald Weasley e seu interesse amor compartilhado, a nascida trouxa Hermione Granger), passou a maior parte do ano passado na fuga das forças das trevas, e sob as pressões da guerra, encontraram o amor nos braços um do detalhes sobre o triângulo amoroso podem ser encontrados nas páginas de 'Trio de Ouro: Novo Amor Na Guerra', disponível na sua livraria local agora.
Não é segredo que Garota de Ouro Grifinória passou a maior parte de seu tempo de Hogwarts Escola de Magia de Bruxaria nos braços de muitos jovens famosos que palpitam corações. Ela primeiramente apareceu em cena durante o Torneio Tribruxo, que foi trazido a Hogwarts em ordem de estabelecer união entre as Escolas de Magia. Infelizmente a Srta Granger levou discórdia para o torneio na forma do primeiro triângulo amoroso entre ela, Harry Potter e o famoso Apanhador Búlgaro e Campeão Tribruxo, Viktor Krum.
Apesar de nosso mundo ainda estar se recuperando do pós guerra, parece que a Srta Granger não tem calma em infligir novas feridas nos seus famosos amantes, Potter e Weasley. A Princesa da Grifinória agora se encontra nos braços do autoproclamado Príncipe Sonserino, e supostamente ex Comensal da Morte, Draco Malfoy. Isso implora muitas perguntas, incluindo...
"Parem de ler," Draco o advertiu. "Vamos dizer que a minha lealdade e da Granger são questionadas e há rumores de que ela esteja grávida do meu filho," ele revirou os olhos. "Mas dependendo ou não que a criança nasça com cabelos ruivos ou negros, pode ser de um de vocês," ele apontou para Ron e Harry que o encarou. "Eu sei, não entendo também. Como se alguma garota fosse trocar sexo comigo por algum de vocês."
"Isso é muito ruim," Harry sacudiu a cabeça, encarando as palavras, ignorando as provocações de Malfoy.
"Muito observador, Potter. Agora um de vocês vá cuidar dela," ele apontou. "Se eu quisesse ficar ao redor de uma mulher chorando, eu iria para casa ficar com minha mãe e tia. De fato, eu acho que realmente prefiro a companhia delas," ele disse, terminando o whisky e deixando o copo numa mesa próxima. "Primo, sempre um prazer," ele acenou para Sirius e se adiantou para a porta. "Eu espero ser completamente recompensado por lidar com uma nascida trouxa irada," ele acrescentou antes de passar pela porta e Aparatar.
"Idiota," Ron murmurou.
"Harry," Sirius virou e sorriu para o afilhado. "Você quer cuidar dela?"
Sirius sabia que Hermione nesse estado era algo que ele tinha a reputação de só piorar. Triste e distraída ele poderia lidar. Assustada ou apaixonada ele certamente poderia lidar. Mas quando era sobre humilhação pública, ele era terrível ao consolar. Ele tinha muito de si mesmo publicado e tinha tomado tudo na esportiva, quer alimentando com energia os rumores para sua própria diversão, ou ignorando todos os papéis. Fazendo essas sugestões para Hermione só iria irritá-la, e esta era uma semana que ele estava determinado a manter seu lado nas boas graças dela a todo custo.
"Covardes," Harry olhou para os dois homens a sua frente.
"Remus deve vir aqui logo," Sirius disse. "Se ela estiver a fim de companhia nós podemos enfiá-la num quarto com ele. Eles podem lamentar sobre má publicidade e ele pode animá-la, falando sobre livros chatos."
"Parece que eu não vou perder muito, então," Ron acenou com a cabeça e se dirigiu para o Flu. "Eu vou ficar na Toca por alguns dias. Minha mãe está irritada porque nunca mais apareci."
"Não esqueça que o aniversário de Hermione é sábado," Harry o lembrou.
"Eu sei," Ron acenou com um sorriso e entrando nas chamas verdes da lareira, desaparecendo de vistas.
"Muito bem, filhote," Sirius sorriu com deboche. "Vai lá e seja o grande herói, diga a ela que vai puxar o cartão de O Escolhido e vai fechar o Profeta Diário," ele riu.
"Você superestima seriamente a minha influência," Harry balançou a cabeça com uma risada e fez o seu caminho até as escadas em direção ao quarto de Hermione assim que a porta da frente se abriu e Remus entrou.
Apesar de estar dormindo pouco lidando com seu recém nascido e sua esposa cansada, Remus parecia mais jovem do que nunca. Ser pai caía tão bem nele quanto casamento, embora ele estivesse ansioso para sair de casa o mais rápido possível, considerando que a duração da gravidez de Tonks o tivesse confinado em casa, pelo pedido de Sirius.
"Ela está aqui?" Remus perguntou.
"Lá em cima no quarto dela, muito provavelmente chorando o coração dela na boa índole do ombro de Harry," Sirius deu um meio sorriso e levou Remus a grande sala de jantar onde ele estreitou os olhos para uma garrafa aberta de whisky no canto. Sirius se perguntava como na terra seu jovem primo estava sobrevivendo na casa de Andromeda sem ter elfos domésticos para pegar as coisas para ele.
"Imagino que ela tenha lido o jornal matinal?" Remus suspirou.
"A sugestão de que Hermione, entre todas as pessoas, fosse ter um caso amoroso com Malfoy é histericamente engraçada," Sirius riu.
"Tenho certeza que ela não vê desse jeito," Remus balançou a cabeça.
"Dê a ela uns dois dias," Sirius replicou, suas palavras com um significado escondido que Remus entendeu completamente.
"Eu, pessoalmente, acho que há pares românticos mais divertidos para Hermione," Remus sorriu para Sirius, que revirou os olhos para o lobisomem, dando-lhe um gesto rude com uma mão enquanto ele colocava sua garrafa de uísque de volta para o armário com a outra.
"Então, o que falta fazer?" Sirius perguntou ansioso.
"Para a festa?" Remus levantou uma sobrancelha.
"Estou um pouco mais preocupado com o que acontece depois da festa, Moony," ele olhou para o amigo. "Tudo o que eu tenho que fazer é abrir minha casa para todos os nossos amigos que querem mimar a bruxa. E ficar sóbrio pelo resto do dia," ele encolheu os ombros. "Você que está encarregado da coisa importante."
"Você tem certeza de que está pronto?" Remus perguntou.
"Isso importa?"
"Não. Sempre foi uma sensível questão de tempo," admitiu Remus e Sirius soltou uma gargalhada à irônica escolha de palavras.
"Estou pronto," Sirius assentiu apesar de um olhar preocupado ter cruzado seu rosto. "Odeio não saber como tudo isso vai acabar," Sirius resmungou baixinho. "Se funcionar e ela... isso vai trazer um monte de merda do passado, e eu vou ter que contar a Harry," Sirius franziu a testa. "Não importa o resto do mundo maldito e Godric me livre, Molly Weasley," ele gemeu com o pensamento.
"É, estou planejando não estar aqui quando Molly descobrir a verdade," Remus admitiu. "Você ao menos tem o bracelete?" Ele perguntou.
"Eu o surrupiei do cofre Potter quando fui com Harry alguns meses atrás para encontrar um presente para o aniversário de Ginny. Eu sugeri que ele desse algo de Lily. Facilitou para procurar através das caixas de joias sem ele mexendo," Sirius terminou a sua bebida em um grande gole. "Está tudo embrulhado e pronto. Como está o seu pequeno presente?"
"Está pronto."
"Você acha que ela vai ficar irritada com a gente?" Sirius empalideceu ligeiramente.
"Comigo?" Remo pensou cuidadosamente. "Possivelmente," ele concordou. "Com você? Sem dúvidas."
"Puta fantástico," Sirius disse sarcasticamente.
oOoOoOo
19 de setembro, 1998
Largo Grimmauld - A Muy Antiga e Nobre Casa Black
A noite do aniversário de dezenove anos de Hermione estava estranhamente calma. Família e amigos juntos no Largo Grimmauld onde Molly Weasley tinha passado o dia cozinhando um banquete, apesar de Hermione ter implorado para ela não exagerar. Desde que os reparos em Hogwarts tinham terminado, o primeiro dia de aula tinha sido adiado para Novembro, o que possibilitou Ginny ir para a celebração. Hermione, entretanto, tinha ficado chateada com o atraso, considerando que ela havia decidido voltar para a escola para terminar seu sétimo ano. Ela foi firme em sua decisão, apesar de Sirius ficar dizendo várias e várias vezes para tirar um tempo para pensar em voltar, mas Hermione não mudaria de opinião.
Os convidados começaram a chegar e Hermione ficou como a obediente anfitriã desde que Sirius preferia ser o bartender para todos os recém-chegados. Ela agradecia por terem vindo, mas insistia que eles não precisavam e que esperava que eles não tivessem mudado os planos por causa dela. Enquanto os presentes eram trazidos e empilhados sobre uma grande mesa no canto, Hermione empalidecia com a visão. Uma coisa era ter seus amigos e família fazendo um grande estardalhaço sobre seu aniversário, mas outra bem diferente eles esperarem que ela não ficasse sem jeito no centro das atenções e não ficasse apaixonada pelos materiais que ela não precisava, enquanto todo mundo olhava para ela.
Até que Remus e Tonks realizaram sua entrada com o pequeno Teddy e Hermione desculpou-se com o "Comitê de boas-vindas", pegando o pequeno Metamorfomago em seus braços com um sorriso brilhante no rosto.
"Posso apenas ganhar ele de aniversário?" Hermione sorriu enquanto aconchegava o rosto nas bochechas rechonchudas de Teddy, beijando-o repetidamente enquanto ele ria e mudava seus cabelos azuis lisos para cachos castanhos mel.
"Ele está mordendo, sinta-se livre para ficar com ele," Remus sorriu e até Tonks deu uma pequena risada com o comentário do marido. A bruxa de cabelos rosas sorriu e beijou as bochechas de Hermione em cumprimento. Os olhos cansados de Remus olharam para as duas bruxas com um sorriso e se desculpou para ir ao banheiro, se esgueirando lá para baixo. O pequeno embrulho em suas mãos passou despercebido por todos menos Sirius.
"Me dê meu afilhado," Harry proclamou, roubando Teddy do abraço de Hermione e o segurando com orgulho quando os cabelos de Teddy mudaram de cachos castanhos dela para o negro liso de Harry. "Ele vai acabar com problemas. Pais que estão muito ansiosos para entregá-lo e uma Hermione que não para de beijá-lo," Harry riu. "Você é muito velha para ele, Hermione!"
"Idade é só um número, Harry," Hermione riu, passando os dedos pelos cabelos de Teddy agora um negro bagunçado, tentando abaixar a parte de trás. "Eu devia saber, estou sendo lembrada da minha idade várias vezes hoje."
Houve um assobio alto na sala e Ron tropeçou para fora do Flu, um presente embrulhado ao acaso em suas mãos. "Feliz aniversário, Mione!" Ele sorriu e beijou sua bochecha em saudação.
"Obrigada," ela sorriu, olhando para o presente. "Alguma chance de eu convencê-lo a devolver isso o que quer que seja e parar de me chamar de 'Mione'?" Ela perguntou. "Você sabe que eu odeio apelidos," ela fez uma careta.
"Sirius te chama de 'gatinha'," Ron zombou.
"Isso não é um apelido, é um nome de animal," Sirius se defendeu, entregando uma garrafa de cerveja amanteigada para o bruxo ruivo.
"Eu pareço um animal para você?" Hermione botou as mãos do quadril e quando Sirius abriu a boca para responder, ela levantou as mãos com olhos bem abertos. "Urg, não responda."
"Já está na hora dos presentes?" Ginny balançou sobre seus pés, pegando o presente mal embrulhado de Ron e jogando-o para a grande pilha sobre a mesa. "Estou morrendo de vontade de saber o que todo mundo te deu e se é melhor do que o meu presente ... o que é improvável", a ruivinha sorriu alegremente.
"Eu realmente queria que vocês não tivessem se dado ao trabalho," Hermione franziu a testa.
Os presentes foram abertos e Hermione passou a maior parte da hora seguinte agradecendo adequadamente as pessoas, mas parecendo extremamente culpada por todo o esforço e generosidade. A maioria das pessoas comprou livros, o que era esperado, apesar de Ginny ter lhe dado ingressos para o concerto das Weird Sisters, para quando ela já estivesse em casa, Harry lhe deu um antigo livro de Runas que ele tinha achado no cofre da sua família e que tinha pertencido à sua mãe, Fred e George lhe deram uma caixa com vários itens da WWW que ela estava com medo de tocar, e Ron tinha lhe dado um certificado de presente para Dedos de Mel.
Quando a maior parte dos convidados foi embora, Hermione estava feliz. Ela estava mais introvertida do que o normal desde o fim da guerra, e uma grande reunião como essa a tinha deixado ansiosa. Ela teria ido ajudar a arrumar as coisas, mas foi impedida de entrar na cozinha por uma determinada Sra. Weasley que recusou a ajuda dela, então Hermione pensou em se refugiar na biblioteca. Ela se virou para descer as escadas, mas foi bloqueada por um doce sorriso de Sirius, com uma pequena caixa de carmesim em suas mãos.
"Pensou que eu não te daria nada?" Ele sorriu debochadamente e ela ruborizou. "Abra."
As mãos de Hermione abriram o pequeno recipiente quando Sirius o estendeu para ela, e seus olhos imediatamente caíram em uma pulseira de ouro brilhante que brilhava em vermelho nas luzes piscando do lustre. Hermione engasgou com a visão, reconhecendo-o instantaneamente como feito por Duendes e, portanto, caro, embora ela não tivesse coragem de gritar com Sirius por ter exagerando, considerando o olhar muito genuíno de antecipação em seu rosto.
"Oh! Merlin, Sirius isso é muito!"
"Não é," ele insistiu, pegando o bracelete e o botando no pulso estendido dela e acrescentando um feitiço para que ela nunca o perdesse. "Apenas uma herança antiga que eu tinha," ele sorriu para ela e ela momentaneamente perdeu-se nas variações de cinza dos olhos dele. Ela sentiu suas bochechas esquentarem sob seu olhar e ela se afastou dele.
Ela e Sirius não tinham discutido sobre o vínculo que vinha com o ritual de dívida de vida que ela tinha usado para trazê-lo de volta do Véu. Qualquer menção sobre o vínculo - ou o beijo extremamente quente que tinham compartilhado na passagem cedida depois de destruir a Taça da Lufa-Lufa - e Sirius iria repetir a promessa que havia feito enquanto eles tinham estado na corrida: eles discutiriam tudo no dia após seu aniversário.
"Amanhã é o dia após meu aniversário," Hermione sussurrou.
"Eu lembro," Sirius concordou. "E nós iremos conversar, prometo."
Hermione assentiu e voltou seus olhos para o belo presente. Ela forçou o olhar por um momento quando viu uma gravura na pulseira forjada por Duendes e levantou uma sobrancelha. "Sirius, estas não são as palavras da Casa Black."
"Eu nunca disse que era uma herança Black," Sirius riu com o pensamento de que ele daria à ela alguma coisa que pertenceu a sua família psicótica.
"Animo et astutia," Hermione repetiu as palavras em latim em voz alta. "Sirius, onde você conseguiu isso?" Ela perguntou curiosa.
"Com Coragem e Astúcia," Sirius traduziu.
"Eu perguntei onde, não como," Hermione sorriu, sabendo a tradução daquelas palavras.
"Eu já ouvi isso antes," um garoto de cabelos negros bagunçados apareceu no canto do corredor. "Onde eu ouvi isso?" Harry perguntou.
"Em qualquer lugar em Godric's Hollow imagino," Sirius replicou. "Ou até no seu cofre em Gringotes. Essas são as palavras da Casa Potter."
Com a explicação dele, os olhos castanhos de Hermione arregalaram e ela tentou tirar o bracelete como se pensasse de repente que fosse demasiado valioso e delicado para ela vestir. "Sirius, não posso aceitar."
"Sim, você pode," ele insistiu. "Era de... pertencia à família de Harry. Mas eu guardei são e salvo todos esses anos. Agora é seu."
"Eu não sou uma Potter, Sirius, não posso aceitar isso." Ela virou, estendendo o pulso para o melhor amigo, insistindo que ele tirasse. "Harry, você deveria..."
"Não," Harry sacudiu a cabeça a cortando. "Eu concordo com Sirius. Você é minha irmã," Harry insistiu. "E isso a torna uma Potter," ele sorriu e seus olhos verdes brilhantes pareciam reluzir. "Além disso, eu gosto da ideia de você possuir algo que a conecte com a minha família. Se alguém honra as palavras da minha Casa, é você. Coragem e Astúcia? Podemos muito bem dizer apenas 'Hermione Granger'," Harry gargalhou.
"Viu?" Sirius apontou para Harry. "Até Harry diz que está tudo bem."
"Ainda não me sinto bem com isso, mas está bem." Hermione franziu a testa, de repente se sentindo muito culpada e indigna ao mesmo tempo. "Você pode pegar de volta qualquer hora que quiser, Harry. Quando você tiver seus próprios filhos, você pode passar para eles."
"Apenas aceite o presente, Hermione, e para de argumentar com todo mundo," Harry riu. "Você brigou com todas as pessoas que trouxeram um presente de aniversário hoje."
"Bem, eu te disse para não me dar nada em primeiro lugar, então não é minha culpa," ela rebateu.
"Acho que estamos perdendo um grande momento aqui," Sirius interrompeu os dois. "Eu dei um presente de aniversário e não recebi o meu obrigada," ele fez beicinho.
"Obrigada, Sirius," Hermione murmurou gentilmente e se inclinou para dar um beijo em sua bochecha. "Agora se vocês acabaram de empurrar presentes para mim, estou animada em ir à biblioteca para ler todos os meus livros novos," ela sorriu e abraçou Harry antes de se virar e descer as escadas para a biblioteca onde Remus foi gentil o bastante para colocar a coleção de livros novos que ela tinha ganhado da família e dos amigos.
Seus olhos se voltaram para a pilha de volumes no centro da sala, montada em uma torre em cima da grande mesa de café feita de carvalho. No topo da grande pilha estava uma pequena caixa feita de carmesim amarrada com fita do ouro. Supondo ser outro presente de Sirius, já que as caixinhas combinavam, Hermione suspirou e voltou a girar para fora da porta para falar com ele. No entanto, quando ela se virou, se viu frente a frente com Sirius e Remus que pareciam se apoiar na porta.
"O que é isso?" Ela estreitou os olhos para Sirius, apontando o presente.
"Isso na verdade é de mim," Remus sorriu suavemente, "Dora e eu estamos indo embora. Eu quis descer e me despedir," ele se aproximou devagar parecendo incrivelmente ansioso enquanto a alcançava e a puxava para perto dele, envolvendo seus braços ao redor dela e a respirava o cheiro dela. "Espero que você tenha tido um aniversário maravilhoso, Hermione. Você realmente merece algo bom depois de tudo o que você fez."
Hermione ignorou a frase que a fez se sentir desconfortável, mas ela apertou Remus de volta com força. "Oh, deixe-me abrir o seu presente", ela o soltou e pegou a caixa, mas antes que sua mão o tocasse, Remus pegou o pulso dela.
"Não," Remus engoliu. "Espere até eu ir. É... é privado," ele piscou para a palavra, percebendo como isso poderia ser interpretado. "Quero dizer, é só que... você pode não gostar dele", ele franziu a testa. "A próxima vez que eu a vir, você pode me dizer se gostou dele, certo?" Ele perguntou, seus olhos verdes suaves momentaneamente brilhando de ouro e âmbar.
"Está tudo bem?" Ela perguntou baixinho, sabendo que o ouro e âmbar dos olhos do lobo só apareciam quando Remus estava lidando com gatilhos emocionais ou físicos.
"Espero que sim," Remus deu um sorriso tenso antes de deixá-la ir e sair pela porta, colocando a mão no ombro de Sirius antes de ir para longe da biblioteca.
"Ele está bem?" Hermione perguntou, preocupada.
"Ele tem muito na cabeça," Sirius explicou. "Temos tido umas passagens de nostalgia recentemente. Trouxeram algumas memórias intensas do passado," ele encolheu os ombros e lentamente entrou no quarto, pegando seu pulso com a pulseira folheada e a puxando para ele. "É quase meia-noite," Sirius sussurrou. "O dia seguinte ao seu aniversário."
Hermione engoliu e assentiu nervosa.
"Antes de nos aprofundarmos em magias antigas, e conversas adultas esquisitas, você deixaria que um velho cachorro tivesse um último momento de imprudência?" Ele perguntou a ela, os olhos cinzas escuros e profundos. A respiração de Hermione ficou presa na garganta, com medo de que o calor de seu toque que estava se espalhando por seu corpo estivesse sendo causado pela magia que ela tinha usado para trazê-lo de volta à vida. Uma forte parte sua duvidou da autenticidade de suas afeições, mas ela não tinha coração para afastá-lo, então ela balançou a cabeça em consentimento.
Sirius segurou seu rosto com a palma da sua mão e se inclinou em direção a ela, nunca tão leve ao encostar seus lábios nos dela. Ela poderia dizer que ele queria mais. Suas mãos tremiam e ele parecia estar segurando a respiração, e Hermione estava lutando para pensar em como responder. Ela sabia o que queria fazer, claro, mas com Harry e todas as pessoas ali em cima, ela não conseguia encontrar a famosa coragem Grifinória. Um calafrio desceu por sua espinha e ela respirou profundamente. Ele cheirava a Firewhisky, couro e uma insinuação persistente de tabaco que a fez querer brigar com ele, mas certamente não agora. Antes que ela tivesse a chance de reagir apropriadamente aos lábios dele contra os dela, Sirius se afastou dela, um olhar nervoso no rosto.
"Feliz aniversário, gatinha," ele murmurou. "Não importa o que aconteça," ele engoliu. "Me prometa que você vai apenas tentar ser feliz, está bem?"
"Sirius, eu não enten-"
"Não, sem mais conversas até amanhã," ele insistiu. "Agora abra o presente de Remus. Ele não parou de falar sobre isso," Sirius sorriu e se afastou dela, movendo-se em direção às portas da biblioteca e com grande hesitação, ele escorregou para fora da sala.
Hermione respirou devagar, tentando acertar as batidas do coração. Por que ele tinha tal efeito sobre ela? Tinha que ser a magia. Sirius tinha sido tão diferente desde que ela o tirou do Véu. Lembrou-se que antes dele morrer, ele muitas vezes a evitava quando ela se hospedava no Largo Grimmauld. Quase ao ponto dela ela achar que ele não gostava dela, o que a magoou já que ela sempre se sentiu um pouco atraída pelo misterioso bruxo. Desde que ele retornou do Véu, Sirius se mostrou muito atencioso, protetor com ela e abundantemente sedutor, apesar dele ser assim com várias mulheres. No entanto, ela nunca o viu beijar outra mulher, e certamente não do jeito que ele a beijou durante a batalha, ou agora.
Recusando-se a se envolver nos mistérios de Sirius Black, Hermione voltou sua atenção para a caixa de carmesim em cima de seus novos livros. Ela sorriu pensando no quão tolo Remus era ao estar tão preocupado com ela por não gostar de seu presente. Ele sempre foi tão atencioso, ela estava certa de que amaria seja lá o que ele tivesse lhe dado. Ela pegou a pequena caixa em suas mãos e puxou a fita de ouro. Quando seus dedos tocaram ela percebeu que não era uma fita, mas uma pequena corrente de ouro. Ela levantou uma sobrancelha com a sensação que sentiu quando os dedos encostaram na corrente e de repente seus olhos se arregalaram quando a corrente brilhou num tom de azul claro e ela sentiu um puxão familiar atrás de seu umbigo que gritava Chave de Portal, mas também uma outra sensação familiar.
Algo que ela não sentia há anos.
A sensação de voar para trás, muito, muito rápido.
N/A: Oláááá, pessoal! Então, acho que isso finalmente responde muitas perguntas, apesar de algumas pessoas já terem adivinhado.
Hermione realmente volta no tempo, mas por quê? A partir do próximo capítulo as coisas começam a ser explicadas realmente :)
Espero que gostem do capítulo!
Motoko Li: Prontoooo, agora sabemos que ela vai para o passado! O motivo disso... No próximo cap! Hahahahaha
Fico muito muito muito feliz que você esteja gostando tanto, essa fanfic, junto de Apaixonada pela Serpente e Cidade das Pedras, é uma das minhas favoritas! Ela ter evitado a morte de tantos personagens que eu amo é um dos motivos.
Acho que eu leio muito rápido, porque já estou no último livro dos Intrumentos Mortais hahahaha gostei muito! O filme realmente foi uma bosta, mas geralmente é, fazer o que? Poucos são os filmes que ficam no mesmo nível dos livros :(
Por favor, não fale do clima daí senão vou chorar. Aqui a sensação térmica tá de 42 graus. Não vou sobreviver até o fim do verão! Quero neveeeee hahaha
Até o próximo cap!
Felicia Malfoy: Não tá viajando não, é exatamente isso! Agora vamos ter o desenrolar da história, o próximo capítulo explica bastante coisa :))
Eu também adoro fanfics com viagem no tempo, acho que a JK tinha que fazer outros livros só sobre os anos dos Marotos; sobre a construção de Hogwarts e os quatro criadores; sobre os anos dos filhos de Harry, Hermione, Ron; sobre a infância de Voldemort... Hahahahahaha
Espero que continue gostando!
